Primeiras Impressões sobre Violet Evergarden




Por colaborador Douglas Santiago

E aí pessoal, tudo bem? Um dos animes mais aguardados para esse ano por muitos é Violet Evergarden. O trailer mostra um trabalho de produção muito bom, tanto no design dos personagens, quanto nos cenários e músicas do anime, mas normalmente se espera uma queda de qualidade comparando-se o trailer ao anime, só que isso não acontece nesse caso.

Imagem: Divulgação
Após assistir os 3 primeiros episódios, tive uma grata surpresa ao ver que a produção não decepciona em nada, mantendo a qualidade prometida no trailer. Além disso, tanto cenários e soundtracks acompanham muito bem, dando o clima dramático proposto pelo anime.

O anime trata-se de um drama vivido pela personagem Violet onde ela tenta entender tudo que aconteceu no seu passado e entender os sentimentos humanos em si. A animação por mais que já focada no drama, ainda parece prometer algumas cenas de ação entre outras coisas.

Estou muito ansioso pelos próximos episódios, ver o desenvolvimento de todos os personagens e como a trama vai continuar se desenrolando. Então para aqueles que ainda tinham dúvidas sobre assistir ou não, aqui vai minha super recomendação. E bom anime.

Os sonhos e os desafios da Bailarina!




“Para que preciso de asas, se tenho pés para dançar?”  – Jô Diniz 

Por colaboradora Monise Rigamonti

Com ambientação e temporalidade na França de 1869, a animação franco-canadense “A Bailarina” estreou em janeiro de 2017 no Brasil. A história gira em torno de dois personagens principais: Felicie e Victor, dois órfãos que sonham em ser bailarina e inventor. Para quem for apaixonado por dança, só de olhar as fotos e com o sugestivo nome, sentirá seduzido para assistir ao filme. 


Foto: Divulgação

Para chegar em Paris, os protagonistas enfrentam um obstáculo que é fugir do orfanato para realizarem seus sonhos. A menina tem como seu talismã uma caixinha de música de quando foi abandonada por sua mãe, e ele nasceu com a habilidade de consertar coisas, e se meter em confusão. Após algumas aventuras chegam em Paris, uma separação ocorre assim que colocam o pé na cidade, ela encontra abrigo com uma mulher manca que trabalha como empregada no teatro e ele com um inventor. 


Foto: Divulgação

Ao ser maltratada por Camille que também sonha em ser bailarina, Felicie tem a oportunidade de se passar por sua rival, que diferente dela é rica e já tem o domínio e o estudo da técnica. No começo das aulas ela se atrapalha inteira, mas não desiste do que foi fazer lá: buscar o seu lugar no palco. Consegue como aliada a Dora que manca, mas que um dia havia sido bailarina, por isso consegue ensinar algumas nuances que são importantes para a dança como o equilíbrio, a técnica bem desenvolvida e aprimorada, a postura, e a disciplina que é algo imprescindível, ajuda ela trabalhar algo que já tem e talvez seja o segredo de uma grande artista: a emoção. E sua tutora lhe faz uma pergunta que a priore ela não sabe responder: por que você dança? 


Foto: Divulgação

Depois de algumas confusões, a protagonista é mandada de volta para o orfanato e perde completamente sua alegria e vontade de viver, só volta a treinar e trazer sua garra de volta após sonhar com a sua mãe. Em uma entrevista Fernanda Montenegro disse algo que é peculiar para todas as artes, especialmente as dramática: “Se eu tivesse que dar um conselho para um artista que está em começo de carreira, qual seria? Ficar longe do palco. É, fique longe. Se você quase morrer por causa disso, perder o brilho no olhar por que não tá em cima dessas tábuas, então você volta!”. Ter ficado por um tempo longe do seu sonho, só fez a bailarina retornar as suas atividades com ainda mais força e persistência, conseguindo o que tanto almejava: ser protagonista da peça do Grand Ópera de Paris, uma das maiores companhias de balé do mundo.


Foto: Divulgação

Muito embora em alguns momentos o roteiro do filme deixa a desejar no sentido de construir e amarrar melhor alguns personagens e principalmente pontos da história, por outro, provoca os adultos a reverem os seus sonhos e que os desafios que nossos sonhos exigem de nós na verdade são patamares para a sua realização e que antes de qualquer coisa devemos acreditar que é possível realiza-los e o segredo talvez seja a persistência.


Foto: Divulgação

  


Data de lançamento: 26 de janeiro de 2017 
Duração: 1h e 30 minutos 
Direção: Eric Summer e Eric Warin
Elenco: Mel Maia, Elle Fanning, Dane DeHaan
Gêneros: Animação
Nacionalidade: França e Canadá 
Produtora: Gaumont 
Distribuição: Paris Filmes 

Meu Malvado Favorito Não Perde o Encanto… e a comédia




Por Redação
Por mais que o primeiro filme de animação da franquia de Meu Malvado Favorito tenha aparecido há sete anos atrás, o novo longa traz o mesmo tipo de energia e comédia que havia encantado o público. Para celebrar e entender como a franquia se manteve bem-sucedida, é interessante traçar seu enredo desde a introdução dos personagens que se tornaram queridos.

Reprodução / Internet
A primeira produção de Meu Malvado Favorito conta a história de Gru, voz de Steve Carell nos EUA e Leandro Hassum no Brasil, um supervilão que deseja ser o melhor, ou mais precisamente pior, malvadão do mundo. Porém seu desejo é quebrado quando um outro supervilão, Vector (Jeason Segel nos EUA e Marcius Melhem na versão brasileira) rouba a mais antiga e maior pirâmide do Egito. Desesperado, não resta mais nada a Gru a não ser então roubar a lua – uma tarefa não muito simples. Para isso, ele precisará roubar uma arma encolhedora que se encontra na fortaleza de seu oponente.

Mesmo ajudado pelos atrapalhados Minions (os personagens mais engraçados e queridos do filme) Gru não tem chance de entrar na fortaleza. Até que conhece três meninas órfãs que tentam vender biscoito para sobreviver. Gru, que tenta comicamente ser pai das meninas e ensiná-las a roubar o raio encolhedor, acaba sendo bem-sucedido em roubar a lua. Porém, logo percebe que talvez não seja tão mau assim, e que as meninas são mais valiosas para ele do que a própria lua. O vilão, sem querer, acaba formando uma família inusitada.

O segundo filme começa com Gru tentando ser um normal, embora não muito afortunado, homem de negócios que pensa em sustentar sua nova família. Claro, a tentativa de ser uma pessoa normal é estraçalhada quando a liga de anti-vilões pede ajuda para ele recuperar um poderoso mutagênico que altera o DNA e a forma de qualquer pessoa, e também qualquer Minion. Assim como no primeiro filme, o que parece ser uma comédia de ação onde Gru tem um objetivo claro e certo, se transforma em uma comédia familiar, onde o personagem vê suas emoções pessoais misturar com seus objetivos. Desta vez, ele se apaixona pela agente Lucy, que o ajuda a investigar o roubo do mutagênico. Em uma cena final hilária, Lucy admite que ela também gosta do vilão, casando-se com ele e tornando-se a mãe que as meninas órfãs sonhavam em ter.

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Antes do terceiro filme, os produtores ainda criaram Minions, um longa que conta a história de como os ajudantes atrapalhados de Gru evoluíram desde o começo do universo até se tornarem as criaturas amarelas de hoje. Sempre sendo vidrados no mau, os Minions no final encontram no jovem Gru o tipo de vilão que sempre desejavam seguir.

Esta trajetória divertida e cômica nos trás ao terceiro filme da franquia. Agora, Gru, desempregado por não ser tão bom em capturar vilões, acaba encontrando seu irmão gêmeo desconhecido, que é milionário e… mau. Embora Gru tente manter uma nova vida normal, com sua mulher e suas filhas adotadas, o desejo de ser mau começa a aparecer novamente, para a alegria dos Minions.

Sem nunca perder o conflito geral da história, aquele desejo de ser mau versus o desejo de ter uma família – e sem perder o tipo de comédia que garantiu um filme próprio até a personagens secundários como os Minions – a franquia de Meu Malvado Favorito não falha desde a criação do primeiro filme. 

* Artigo publicado por Daniel Bydlowski no jornal A Tarde

Crítica: Uma Família de Dois




Por colaboradora Luci Cara

Por ter o  ator Omar Sy , o filme já merece o título de sensacional. Encontraram uma atriz mirim, com o mesmo nome de sua personagem, Gloria , que o acompanha muito bem nessa saga moderna sobre relacionamentos.

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O longa traz a história de uma turista inglesa de passagem pela França que tem uma noite de amor com o eterno garotão e bon vivant , à beira da praia. Após um ano, Gloria aparece para lhe entregar um “pacote” : a filha dessa união. 

O homem, numa mistura de revolta com incredulidade, tenta de toda maneira devolver a menininha à mãe, mas não consegue mais encontrá-la. 

Nessa busca, o bon vivant vai parar na Inglaterra. Dentre  inúmeros franceses que encontra pela capital, acaba recebendo ajuda de um homem que lhe dá um emprego, e acaba ficando por lá, se desdobrando para aprender como cuidar de sua pequena. E um belo dia a mãe reaparece, com marido a tiracolo, e  a vontade de recuperar o tempo perdido.

Crédito: Divulgação
Um filme envolvente, engraçado, animado, e para qualquer idade, que vai entreter a família inteira . Tem uma pitada de tristeza, apenas para nos fazer sentir maior compaixão por todos, vontade de amar bastante quem a gente já ama, ou quem se apresentar para ser amado . 

Bem melhor do que uma quantidade imensa de “comedinhas medíocres” que o país tem colocado no mercado, daquelas que a gente já esqueceu no dia seguinte. Aperte o play e assista ao trailer.



Crítica: A última imperatriz e os mistérios ocultos!




Por colaboradora Monise Rigamonti

O livro “A última imperatriz” foi escrito pelo chinês erradicado nos Estados Unidos chamado Da Chen, é um romance que se passa na China do século XIX. Considerado como um dos best sellers internacionais, sua primeira publicação foi em 2012, chegou ao Brasil em 2015 pela Editora Nova Fronteira. 

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Segundo a sinopse o enredo pode ser descrito como: “Quando a amada esposa de Samuel Pickens morre tragicamente, ele decide viajar pelo mundo, sempre com Annabelle nos pensamentos. Um dia, ele se vê frente a frente com o reflexo de sua obsessão, no último lugar que ele esperava. Precisa descobrir os segredos por trás desse mistério e até onde está disposto a ir pela mulher que ama. Nos leva para o mundo secreto e suntuoso do palácio imperial da China, com seus fantasmas e suas perdas, onde concubinas sedutoras, eunucos maquiavélicos e senhores de guerra se dividem em uma desenfreada luta pelo poder. É uma saga épica da China do século XIX, em que a jornada de um homem atrás de seu destino acaba se tornando uma viagem desvairada em busca de um amor proibido.“

Sabe aqueles livros que te seduzem pela capa? No qual a história parece ser interessante, mas quando você começa a ler dá aquela desanimada bonita? Me deu vontade de largar ele na minha incontestável lista dos livros começados e não terminados, e não saberia responder se algum dia eu terminaria de ler, ou se viraria um mero objeto de decoração na minha estante. Á propósito comprei porque estava em promoção na FNAC.  

Crédito: Divulgação

Confesso que insisti na leitura, especialmente no meio do livro até o final só para ter aquele gostinho mágico de criticar. Um livro pesado, robusto, com um tipo de escrita e de história que não estamos acostumados a ler. Me senti enganada por sua aparência bonita e sedutora, e ao ler a resenha me chamou a atenção de que a história vivida se passava na China, sendo um universo desconhecido para mim, resolvi embarcar na viagem da leitura. E me decepcionei um pouco, ao finalizar a história confesso que ainda fiquei cheia de dúvidas como se um ponto não conectasse direito com o outro. Diferente da Série Hacker da Meredith Wild não proporciona uma abertura para querer saber mais da narrativa e suas nuances, ao contrário, dá aquela sensação de “Ufa! Terminou”. 

Não existe uma construção de relação com os personagens como na maioria das histórias consideradas best-sellers. Você não é envolvida pelo enredo ao entrar dentro da vida do personagem e não sente que está andando naquele cenário descrito pelo autor, dificilmente eles transmitem alguma emoção intensa, uma identificação seja através do ódio ou do amor. São mornos, há um marasmo em torno dos indivíduos e dos cenários, transmite a sensação de eles tocam o barco, mas não criam uma intimidade. 

Os sentimentos não são explorados de forma intensa, subentendesse a melancolia e a nostalgia no ar, porém o autor não explora e adentra mais as particularidades transpondo em formas, cores, texturas, cheiros aguçando os cinco sentidos do leitor. Não teve toque, pele, envolvimento, aquele gosto de quero ver mais essa cena, me conte mais sobre isso, não teve. Tudo fica um grande vácuo, chegando a ser um incomodo, uma sensação de vazio, de durante a leitura estar naquele mundo sem pertencer e sem percorrer de verdade ele. 

Crédito: Divulgação
O livro tem uma forma de se desenvolver tão sinistra, que chega até um estilo barroco, cheio de lirismo. Porém sinto falta dele desenvolver melhor alguns conceitos, por exemplo, faz referência ao Budismo mas não explica e nem exemplifica melhor os conceitos desta religião. Quando descreve uma cena não enfatiza alguns detalhes que fariam o leitor se sentir mais curioso, deixa tudo ofuscado, preso, submerso. 

Talvez o que me tenha feito chegar até o final além do gosto de criticar, fosse uma esperança remota de que o escritor me desse mais satisfações e desenvolvesse melhor algumas coisas subentendidas. Sabe aquela teimosia que fica para quem gosta de ler: será que é isso mesmo? Vou insistir mais um pouco para ver se melhora. Ah, terminou assim? É só isso? Provavelmente será doado ou passado adiante para algum curioso que se atreva a adentrar a história. 

Resenha: As Bruxarias




Por colaboradora Luci Cara

A animação espanhola As Bruxarias tem um início bastante confuso. Não conseguimos entender muito bem quem são a avó e sua neta, porque se sentem ameaçadas, qual seu trabalho, etc. Mas, aos poucos tudo vai se esclarecendo .


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A avó tem uma tradição a ser preservada, do uso de plantas medicinais , e tenta transmitir seu conhecimento à netinha , que , um pouco distraída por uma paixão adolescente, e pelo uso constante de seu smartphone, não lhe dá importância. Ao mesmo tempo uma grande indústria tenta se apossar desse conhecimento e de outras senhoras da região.

Apesar das grandes aventuras a que os personagens se expoem, o ritmo do filme é um pouco lento , e demora um pouco até nos habituarmos a ele. Depois dessa adaptação, podemos desfrutar completamente da poesia que acompanha a narrativa. 


Reprodução/ Internet

Como não conta com uma carga dramática muito expressiva, deve agradar os pequenos , que desejarão voar com a facilidade que se vê na tela, e encontrar parceiros para suas aventuras pela floresta.  Aperte o play e confira o trailer.