Especial Dia dos Namorados: Amor.Com




Por colaborador Jurandir Vicari

Em clima de dia dos namorados conferi o longa AMOR.COM e recebi um tsunami de clichês. Eu sei…eu sei…trata-se de uma comédia romântica e é difícil não ter clichê, mas poderia trazer algum frescor, alguma novidade.

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A tentativa desse tal frescor se dá pelo fato do casal protagonista ser uma dupla de “Youtubers” e pelo relacionamento totalmente exposto nas redes sociais. Algo bem atual, não é verdade?

O casal em questão é formado por Katrina, vivida pela linda e talentosa atriz Ísis Valverde, que convence como a blogueira fashion que faz tudo para manter a sua imagem. Tanto que se aproxima do “menino da informática”, vivido pelo ator Gil Coelho, que ao contrário de Isis não convence como o nerd Fernando, que faz de tudo para evitar o vazamento de suas nudes. A partir daí vemos os conflitos de opostos que tentam ter um relacionamento, como acontecem na maioria dos romances. Destaque para a cena que a Katrina se veste de zumbi em uma festa nerd, deixando de lado um dos seus looks famosos. Mas infelizmente o resto do longa é bem previsível e um pouco desinteressante.

Os pontos positivos: como já salientado ficam para a atuação da protagonista e a sinceridade com que é abordada a vida dos famosos ou não nas redes sociais e a crítica ao fato de como a sociedade está cada dia mais valorizando as aparências em vez do que realmente somos.

Os pontos negativos: a total falta de química do casal e a quase ausência de trilha sonora. Gente é um filme romântico e cadê a música para gente lembrar do crush?
Mesmo com altos e baixos, Amor. Com é um filme que EU RECOMENDO ! Porque eu recomendo ? É um filme nacional, e é sempre bom prestigiar o nosso cinema. Porque é dia dos namorados. Porque o mundo precisa mais de AMOR, mas talvez menos .COM. Aperte o play e confira ao trailer.



Resenha: Stephan Zweig – Adeus, Europa




Por colaboradora Luci Cara

Estréia em streaming na próxima semana, nas plataformas VOD (iTunes, Google Play entre outros) o filme Stephan Zweig – Adeus, Europa, que também está em cartaz no cinema.

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Trata-se de uma cinebiografia sobre o escritor de origem judia, austríaco, que vive em exílio por diversos países no período anterior à Segunda Guerra. 

Ao mesmo tempo em que foca no trabalho, em discutir questões ligadas à Literatura, colocando a arte acima da política, ele se torna cada vez mais atormentado em perceber que a realidade se escancara diante de seus olhos. 

A possibilidade que tem de ajudar os que ficaram para trás é ínfima, diante das necessidades que insistem em se apresentar. E o escritor se vê em certa medida covarde, como alguém que não consegue realizar tanto quanto gostaria. 

Dividido em capítulos, de acordo com as passagens que fez por diferentes locais da América, o filme é bastante detalhista em retratar sua crescente angústia , conforme o mundo vai se tornando um lugar cada vez mais impróprio para se viver . Aperte o play e confira o trailer!



Resenha: O Círculo




Por colaboradora Luci Cara

Em tempos de Google , denúncias de quebra de sigilo de todos os tipos, câmeras em muitos locais inspecionando cidadãos sem que eles se deem conta disso…o trailer desse filme nos desperta a atenção automaticamente. 

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Emma Watson interpreta uma americana jovem e inteligente que é chamada por sua amiga para trabalhar numa empresa moderna e eficiente que coleta informações a nível global sobre as pessoas, e fica um pouco indecisa em relação à idoneidade e intenções de seus patrões, assim que conhece um pouco mais dos bastidores . 

Ao mesmo tempo, é incentivada a se tornar uma espécie de porta-voz da empresa, tendo a própria privacidade (e de amigos e familiares) escancarada ao mundo.

Ótimos atores ( além de Emma, o elenco conta a estrela de Tom Hanks) e um bom início nos fazem continuar a assistir, esperando pelo desfecho , que deveria ser tão interessante, mas…. a mim não agradou tanto, para ser delicada . 

Foto: Divulgação
Não posso opinar no roteiro do filme dos outros , mas em uma das passagens do filme, um dos personagens , fica um tanto quanto exagerado, no intuito de dizer que a nossa privacidade ou intimidade necessita de proteção. Na verdade, para mim, até outro não foi muito bem esclarecido ou desenvolvido. Mas deve haver espectadores que vão considerar que a narrativa correu bem , que tudo funcionou de acordo com um propósito. 

Os filmes americanos tendem a ser assim, simplistas, com fórmulas prontas onde as pessoas vão se encaixando para criar uma (boa?) história . Já eu , considero que as pessoas são mais complexas do que podem parecer. 

Vale a visita ao cinema, sim, para questionar nossos atuais valores . (Só não reclamem comigo se desanimarem na parte final do filme ). Aperte o play e confira o trailer!



Resenha: Paris Pode Esperar




Por colaboradora Luci Cara


O que esperar desse filme ? 

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Um casal de milionários americanos, da indústria de cinema, deveria sair do festival de Cannes, para em seguida passar por Budapeste, passear um pouco, namorar, e depois se encontrar em Paris. 

Porém, a  esposa tem um mal estar que lhe impede de voar e decidem em comum acordo, que um amigo em comum , que faria o trajeto sozinho, a conduzirá com seu carro diretamente a Paris. 

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Ela deixaria de passar por Budapeste e esperaria pelo marido em Paris. Mas o amigo do casal tem outras intenções. 

Resolve jogar sua formosura para cima da mulher, e parar em cada ponto turístico interessante , o que inclui inúmeras passagens por pequenos comércios, hotéis charmosos, e, o mais importante, restaurantes deliciosos. Tudo sempre acompanhado por muitas taças do vinho local. Para isso até faz desvios do caminho “normal” da rota. Ela o acompanha com alegria.

Para os amantes da gastronomia e enologia , um prato cheio.  Para quem gosta de viajar, ver belas paisagens, aprender sobre locais , incluindo sua representação nas artes plásticas , também. 

Mas para quem espera de um filme uma grande história, cheia de emoções arrebatadoras, nem tanto. 

Para quem compreende francês, faz falta a tradução dos diálogos nessa língua, não só pelas explicações dos pratos, mas do relacionamento do homem com as pessoas que encontra pelo caminho, e não vejo motivo por optarem em deixar esses diálogos assim. Ponto desfavorável.

Outro incômodo gerado é a representação de um clichê : o amante francês. Algo como dizer que todas as brasileiras são sensuais, fogosas, e sabem sambar divinamente. Essa época já passou. 

Os atores estão muito bem em seus papéis, em especial o casal. Representam muito bem o charme que uma pessoa “passada” (dos 40, ou 50) pode ter.
Um filme para jovens curiosos, e especialmente para quem já passou dos 40.  Aperte o play e confira o trailer.

Resenha : Z – A Cidade Perdida




Por colaboradora Luci Cara

O personagem real desse filme,  Percy Fawcett, inspirou o escritor Arthur Conan Doyle a escrever Lost World. E cineastas a rodarem a incrível obra Indiana Jones. E este filme sobre ele está à altura de sua interessante vida.

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Nascido em Devon, na Inglaterra, tendo passado por alguns países em missões militares, e não vendo possibilidade de progredir em sua profissão por problemas relacionados a seu pai, ele vê na exploração da América do Sul um novo caminho. 

Aceita fazer o mapeamento da fronteira entre Brasil e Bolívia, que estavam disputando esse território, e desejavam um país neutro para esclarecer os fatos. Trabalhou, então, para a Real Geographic Society, com parcos recursos para executar o trabalho. 

As condições duríssimas a que se submeteram não o fizeram desistir de encontrar os restos de uma civilização perdida, aparentemente riquíssima ,chamada Z,  levar consigo seu filho mais velho , e um amigo. 

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Essa expedição foi feita a partir da Serra do Roncador, no Mato Grosso, e é a mais enigmática de sua vida , levantando inúmeras teorias a respeito de seu desfecho. 

O que importa , no filme, é traçar toda sua trajetória de vida até esse ponto. Nós “viajamos em suas viagens” , uma situação tantas vezes desconfortável, mas que lhe dá um sentido para viver. Imperdível!

Crítica: Punhos de Sangue




Por colaboradora Luci Cara

O filme Bleeder, no original, “sangrador”, ou hemofílico, referência à grande quantidade de sangue que saía de seus cortes) nos transporta a um passado recente, década de 70. Acompanhamos alguns momentos pelas televisões das casas e bares, de fatos que realmente ocorreram.

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Um boxeador amador, morador de subúrbio,treinando da maneira que pode ,em seus momentos de folga, começa a galgar etapas rumo ao título de campeão peso-pesado. Na luta entre Foreman e Ali, vencida por Ali, descortina-se seu próximo adversário.

Sua força de vontade , sua obstinação em lutar todos os rounds sem cair, lhe conferem heroísmo. 

Um ator musculoso resolve escrever e produzir um filme sobre esse homem.

Assim nasce Rocky.

Rocky é um sucesso, ganha Oscars e tudo.  Já Chuck Wepner, o personagem desse filme, vive perambulando por bares, conquistando mulheres vulgares, consumindo drogas, e tendo uma vida nada fácil ou glamurosa.

Interessantíssimo conhecer a verdade por trás dos fatos. 

Uma delícia ser embalado/a pela trilha sonora, conhecer os passos das danças ,para quem é jovem, e o visual do cabelinho à moda “Panteras” das mulheres, e as calças justas de cintura alta dos homens. Um verdadeiro deleite. 

A se ver, com certeza.