Por colaboradora: Lívia Maria Guedes
O crush teen da galera, Giovanni de Lorenzi, está atualmente na novela das 19h, da Rede Globo “Deus Salve o Rei” dando vida ao personagem Ulisses.
Foto: Divulgação
Em entrevista exclusiva para o Acesso Cultural, o ator conversou com a gente sobre a novela, seus projetos, relação com os fãs e muito mais. Confira!
Acesso Cultural: Como surgiu o seu interesse pela arte? O que te inspirou a ser ator?
Giovanni de Lorenzi: Tudo começou no final do Ensino Médio. Eu estava estudando pro vestibular e ia prestar engenharia química. Um professor deu indicações de peças baseadas em livros que precisávamos ler para o vestibular. Fui ver uma peça sobre “Capitães da Areia” e me apaixonei pelo jeito que o teatro conta histórias. A luz, a trilha sonora, o corpo dos atores, tudo contava história. Me apaixonei por toda essa atmosfera e, por isso, eu quis fazer um curso de atuação. Entrei em uma escola de teatro, junto com a faculdade (que acabei saindo e focando inteiramente em atuação).
AC: Fala um pouco pra gente quem é o Giovanni e quais são as suas aspirações e referências como artista?
GL: Me vejo uma pessoa disponível, tranquila e curiosa. Eu tento me aprofundar nas coisas que eu me interesso, mas, ao mesmo tempo, quando eu perco interesse eu realmente me afasto daquilo. Depende muito da intensidade do momento pelo qual estou passando na minha vida. Eu escolho seguir caminhos que eu tenho curiosidade e descarto os que não me interessam. Sobre as minhas referências, gosto de falar que todos os meus projetos partem de música. Seja no teatro, cinema ou TV, a composição do personagem pra mim, parte da música. Sempre que escuto música, eu crio coisas na minha cabeça. A música me provoca sentimentos, me impactam de alguma forma. E eu sou eclético, justamente porque tenho que aprender a trabalhar com tudo. Se eu faço um personagem diferente de mim, não vou escutar as músicas que eu escuto.
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AC: Você está no ar atualmente como o Ulisses na novela “Deus Salve o Rei” das 19h, da Rede Globo. Na trama, o seu personagem vive um conflito entre suas escolhas e as de seu pai. Ulisses gosta de cozinhar, mas seu pai deseja que ele seja um guerreiro e siga carreira na academia militar. Como você vê essas questões e conflitos do seu personagem e quais os conselhos que o Lorenzo daria para o Ulisses?
GL: É muito difícil ter alguém (no caso do Ulisses, o pai) que deveria ser inspiração, confidente e amigo, querer determinar a sua vida e levar você em um caminho que além de não ter habilidade, não suporta. Mas o conselho que eu daria pro Ulisses é para que ele não desista do pai, nunca. Digo isso pois com certeza vai ter um momento em que tudo vai se encaixar, que ele vai se realizar na cozinha e o pai vai entender aquilo. Acho que a maior lição de pai e filho é que a constante conversa e o “sempre tentar e nunca desistir das pessoas” leva a uma solução, cedo ou tarde. A vida é uma só e seja qual for o caminho que tome, o fim é o mesmo pra todo mundo. Cabe a nós aproveitar a vida e as pessoas a nossa volta para que tudo não seja em vão. Eu o aconselharia a nunca desistir do pai.
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AC: Hoje em dia, existe uma grande movimentação do público em geral nas redes sociais e muitos (as) fãs te consideram como o “Crush” da galera. Como é a sua relação com teu público e o que você acha sobre esse título recebido?
GL: É tudo muito novo pra mim. Ainda não estou acostumado com isso! Eu nunca tive esse tipo de exposição antes e receber todo esse carinho é maravilhoso. O exército de Deus Salve o Rei (como os fãs se chamam) são muito carinhosos, mandam mensagens, mencionam no Twitter, mandam direct no Instagram. Eu recebo tudo com a maior felicidade e acho importante demais essa relação. Pois este é o meu público. Essas pessoas são quem assistem o meu trabalho. Trabalho que é sobre eles. É sempre sobre o público, sobre quem está recebendo a mensagem que você quer passar.
AC: Além da novela, quais são os seus planos e projetos artísticos para 2018?
GL: Estrearei no filme Ferrugem, em setembro, que foi produzido no começo do ano passado. O filme é de Aly Muritiba e rodou em Sundance. Ele foi selecionado para o festival e muito bem recebido pela crítica. Nós ganhamos o San Sebastian na Espanha e ele fará a estreia no Brasil no segundo semestre deste ano. Já está vindo com um certo prestígio e estamos muito felizes por isso.
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AC: Para finalizar, deixe um recado para os leitores do Acesso Cultural.
GL: Eu queria dizer para nunca pararem de consumir conteúdo artístico. Todo o tipo de arte serve como um termômetro de como está o mundo, socialmente e politicamente. É um termômetro da humanidade. Sempre foi. Então, é fundamental que nós estejamos abertos a receber novas produções, novos conteúdos, nunca deixarmos de incentivar a cultura e nunca parar de inovar. Quanto mais mantermos o mundo conectado culturalmente, mais a gente chega em uma conexão humana global, que seria esse intercâmbio cultural para que a gente progrida como humanidade, para assim, combatermos os problemas que estão aí e que são provocados por nós mesmos. É um espelho que temos que olhar e melhorar a cada dia.