Japan House São Paulo promove experiência cultural e gastronômica online


Hiroshima – Itsukushima Shrine | Créditos: Divulgação


Para proporcionar uma viagem pela cultura japonesa de forma virtual, a Japan House São Paulo promove a segunda edição do evento “Experiência JHSP: Cultura e Gastronomia de Setouchi Oeste” no dia 21 de outubro, às 19h. O projeto, que teve sua primeira edição realizada em julho apresentando províncias da região leste, agora convida ao público a conhecer as outras três províncias, localizadas na região oeste de Setouchi: Ehime, Hiroshima e Yamaguchi.

Conhecida pelas belezas naturais de seu mar, que é o maior mar interno do Japão, Setouchi se destaca como o único local escolhido do Japão como um dos “52 lugares para se ir em 2019” pelo ranking do jornal New York Times. A série apresenta novas e interessantes perspectivas de diversas regiões do país nipônico, abordando diferentes temas como estilo de vida, cultura, produtos tradicionais, história, arte contemporânea, natureza, festivais e literatura.

Yamaguchi | Créditos: Divulgação

Nesta edição, há duas formas de participar: uma por meio de inscrição gratuita para acompanhar a transmissão online no YouTube da Japan House São Paulo e outra para quem quiser ir além nessa experiência, adquirindo o kit gastronômico (R$ 240,00) elaborado pela chef Telma Shiraishi, do restaurante Aizomê, com itens de destaque da gastronomia local. Com quantidades limitadas (100 unidades) disponíveis somente para a cidade de São Paulo, os kits trazem saquê, entradas, prato principal e sobremesa com todos os ingredientes separados nas porções exatas, facilitando o preparo e tornando a experiência muito divertida. Em ambos os casos, a inscrição deve ser feita pelo site da instituição.

Durante a transmissão do evento, os participantes ainda poderão presenciar entradas ao vivo direto do Japão, em pontos turísticos que se destacam em Setouchi, dando a sensação de estarem ainda mais próximos desse local. “A ideia é apresentar detalhes pouco conhecidos dessa região marcada pela paisagem marinha estonteante, passando por sua história profunda e suas diferentes lendas, até seus costumes e rica gastronomia de uma forma que possa encantar a mente e os sentidos”, comenta Eric Klug, Presidente da Japan House São Paulo.

Joruri-ji temple | Créditos: Divulgação

Dentre os destaques das atrações locais que serão apresentados nesse encontro online estão o “Hotel Barco Guntû”; a “Rota Shimanami” que liga Ehime e Hiroshima; o Ryokan Azumi Setoda, que fica na Ilha Ikuchi em Hiroshima; o 46º templo da Peregrinação de Shikoku, “Templo Joruri”, as nishikigoi, que retratam o senso de beleza nipônico; a Cúpula da bomba atômica; o Santuário de Itsukushima, com o seu elegante portão torii fixado no mar, e a gastronomia local de cada uma das três províncias.

A gastronomia de Setouchi

Em dois momentos da experiência, a gastronomia de Ehime, Hiroshima e Yamaguchi serão apresentadas pela chef Telma Shiraishi. A primeira etapa começa pela degustação do drinque de boas-vindas, saquê Kinkan Kuromatsu Junmai Ginjo, de Yamaguchi, bebida alcoólica fermentada tradicional no Japão. Na sequência, a primeira entrada é o Senzanki, porção de frango karaage de Ehime. A segunda será uma porção de kimpira renkonde Yamaguchi. E de Hiroshima, será apresentado o Mini Okonomiyaki, prato composto por porco, repolho, moyashi, macarrão yakisoba e ovo, entre outros ingredientes tradicionais.

Kit gastronômico | Créditos: Rafael Salvador

No segundo momento gastronômico do evento, a chef ensina o prato principal do encontro que celebra duas versões do Taimeshi, tradicional da região de Ehime, que consiste na combinação de arroz, peixe e outros ingredientes clássicos da gastronomia japonesa. O prato ao “Estilo de Uwajima” leva em seu preparo sashimi de pargo, kaiso, arroz, ovo cru, shoyu, mirin e dashi, gergelim branco e outros temperos. Já a versão ao “Estilo de Matsuyama” é feita com pargo shioyaki, arroz, caldo tipo osuimono de pargo, Kombu do dashi, gengibre palitinho e outros temperos.

Serviço:

Experiência JHSP: Cultura e Gastronomia de Setouchi Oeste

Quando: 21 de outubro de 2021, (quinta-feira), das 19h às 20h30

Onde: Canal YouTube da Japan House São Paulo

Inscrição obrigatória: https://bit.ly/EventoSeto

Valor: R$ 240,00 (com kit gastronômico) ou gratuito (acompanhar evento pelo YouTube)

Allianz Parque ganha restaurante japonês




Por Nicole Gomez

O Allianz Parque, popularmente conhecido como Arena Palestra Itália ou Arena Palmeiras, ganhou seu primeiro restaurante. 

Foto: Divulgação
O escolhido foi o Nagairô, que é especialista na culinária oriental. Com vista privilegiada para o campo, o restaurante tem opções à la carte, rodízio ou seleção escolhida pelo sushi chef. 

Além dos pratos tradicionais, como o sashimi e o sushi, a casa oferece itens diversos, como o carpaccio trufado de salmão com flor de sal. Se você se interessou e quer conferir pessoalmente, segue informações abaixo.

Serviço
Av. Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca, São Paulo – SP
Fica aberto de terça a quinta e domingo, das 12h às 22h. Sexta e sábado, das 12h às 23h. 
Telefone: (11) 4800-4141

Dica: Isakaya Matsu




Por colaboradora: Luci Cara

Já descrevi em uma postagem o que é um izakaya, mas resumindo é um bar (onde se bebe de preferência sake) com comidinhas. O Izakaya Matsu, em Pinheiros, é uma “filial” da tradicionalíssima matriz, na Liberdade, o Issa, com integrantes da mesma família.

Foto: Divulgação

Desde sua inauguração tem feito um enorme sucesso, e está sempre cheio. No almoço, oferece um menu a preço fixo: R$35,00, com entradinha e sobremesa inclusas, e o menu semanal é divulgado em sua página no Facebook na segunda-feira. Atende especialmente quem trabalha na região. 

Já o jantar, é um capítulo à parte. Permite que um guloso e/ou curioso possa visitar o local inúmeras vezes, sempre experimentando algo novo. Há sugestões diárias, que podem incluir unagui feito ali (enguia, um prato saborosíssimo da culinária japonesa, mas que tem assustado com o preço do produto importado), ou uma tijela de arroz coberta com atum fresco de ótima qualidade (tirashi), ou algo que esteja fresco ou que seja recomendado pelos cozinheiros por ser, simplesmente, muito saboroso.

Sugiro começar a refeição com o trio de otoshi, as entradinhas, que nessa minha última visita poderia ser a escolha entre abobrinha, alga, nabo em conserva, a tradicional mistura de bardana com cenoura, atum, ou manjubinha. 

Em seguida, se o tempo estiver fresco, pode pedir um delicioso caldo. Você poderá escolher o caldo, o tipo de macarrão, e as coberturas, dentre as opções disponíveis. Nós, por exemplo, optamos pelo caldo dashi, feito com peixe seco e alga (que pode incluir também, se o cozinheiro quiser, cogumelo), o macarrão soba (feito com “trigo” sarraceno, uma planta da mesma família do trigo, mas com um sabor característico), e como cobertura camarões tempura, o prato se chama tempura soba. Pedimos com gentileza, e fomos atendidos, para substituir uma das coberturas por tempura de legumes.

 Foto: Divulgação

Há pratos que são famosos, e que muitos fazem questão de provar, como o meio da asa de frango frito com um molho especial e gergelim. Ou o sanduíche de porco com repolho e maionese, katsu sando.

Mas é só perguntar, que todos vão poder lhe fazer sugestões e explicar cada um dos pratos, para que você possa experimentar algo do seu gosto.

Nós adoramos o takoyaki , que são bolinhas de massa do tipo panqueca, e recheadas com verduras, gengibre, pedaços de polvo, e cobertas com um molho agridoce e fatias finíssimas de peixe bonito seco. Adoramos também os oniguiris, que são bolinhos feitos com arroz sem tempero, e no Matsu podem vir recheados de peixe, ou de ameixa ume. Ou a beringela assada com molho de misso. Adoramos o atendimento de todos, a simpatia com que recebem, e a dedicação em preparar sempre a melhor refeição, mais fresca, saborosa, e bonita. 

Não, o Matsu não é um rodízio de sushi e sashimi. É um local de cozinha japonesa autêntica, que pode lhe maravilhar, se você estiver aberto/a à experimentação.

O melhor izakaya da cidade!




Por colaboradora: Luci Cara

Na segunda metade do período Edo (1603 a 1867) começou a venda para a população de saquê. As lojas que comercializavam a bebida a ofereciam também para degustação no local, e serviam petiscos para acompanhar. A origem da palavra izakaya é “estar e continuar bebendo”. Com o tempo passaram a oferecer um cardápio mais variado, sendo que alguns serviam somente suas especialidades.

Foto: Divulgação

Um izakaya é um local para beber, confraternizar ou fazer reuniões de negócios, e comer. Não é em essência um restaurante. Em São Paulo, quase todos eles se tornaram, sim, restaurantes, pelos nossos hábitos. Mas em nenhum deles encontramos sushis, sashimis, e nada parecido com isso.

Há poucos desses estabelecimentos na cidade. Algumas casas especializadas em lamen, um dos muitos tipos de macarrão apreciado pelos japoneses, que é servido com caldo e acompanhamentos, de variados tipos. O Hirá, uma casa especializada em lamen, inaugurada este ano no local onde funcionava o AK, ganhou da revista Veja São Paulo em 2016 o prêmio de melhor izakaya da cidade, e fomos conferir. 

É tradição pedir entradinhas para compartilhar, chamadas otoshi, e no trio do dia pudemos degustar salada de mexilhão, pepino, shissô, gergelim, muito refrescante e saborosa, uma tradicinal mistura de bardana e cenoura crocantes, e kimchi, uma conserva de acelga apimentada, da culinária coreana. Quisemos, gulosos que somos, provar o cogumelo eryngui, refogado com shoyu, e servido com gergelim e cebolinha, fantástico, no ponto certo, e com a dose perfeita de temperos. 

Pedimos lamen como prato principal, dois vegetarianos e um caldo shoyu, mais simples para o paladar “caipira” de minha mãe. 

Para os vegetarianos e veganos, o local é um paraíso, têm vários pratos que podem ser consumidos, e o nosso estava saborosíssimo, embora um pouquinho salgado. Como nunca quisemos nos intrometer nas tradições de uma culinária como a japonesa, deixávamos de consumir esse tipo de macarrão por imaginar que fosse obrigatório o caldo feito com porco.  

Nossa visita ao Hirá deixou o gostinho de “quero mais”.  Se é um yzakaia tradicional, um restaurante japonês, ou com pratos japoneses e de culinária asiática, se é uma casa de lámen, isso não tenho a mínima pretenção de saber ou afirmar, mas afirmo que é um local agradável, com preços honestos, boa oferta de saquês, e vários petiscos e pratos elaborados a se conhecer. 

Conheça mais em www.hiraramenizakaya.com.br.

Notas sobre izakaias: livro Izakaya, por dentro dos botecos japoneses, de Jo Takahashi, editora Melhoramentos.