“AS MÁSCARAS QUE HABITO” REÚNE SETE ARTISTAS




O projeto As Máscaras Que Habito, com criação e curadoria de A TRANSÄLEN, propõe uma experiência imersiva através da investigação e seu universo interior, com a finalidade de potencializar sensações, percepções e (re)ações à vida em diálogo com o mundo. A partir de atividades coletivas conduzidas em um laboratório mediado pela curadora, um grupo de sete artistas selecionados desenvolveram suas habilidades pessoais diante do resgate e (re)configuração de suas memórias e experiências para a criação de obras de arte sobre a compreensão de cada artista em um mergulho em si mesmo.

“Refletir sobre quem se é exige coragem e generosidade. Abertura e vontade. Profundos mergulhos em dor, calor, calafrios e gozo. Refletir como constante ato de quebra e confecção. Quebra de conceitos, espelhos. Entre os fins e recomeços habita a mais pura essência do ser que se faz e refaz no movimento contínuo dos ciclos, da mudança. No desejo de fazer caber mais mundos”, afirma A TRANSÄLEN no texto curatorial.

Os artistas selecionados que apresentarão seus trabalhos em exposição virtual, são Agüa Yayu (PB), Cida Gloss (PE), ewa niara (CE), Kay Okan (BA), Lee Teófilo (BA), Tempuh Carvalho (GO) e Zwanga Adjoa Nyack (CE).

A iniciativa surge como desdobramento das investigações artísticas e de vida da multiartista A TRANSÄLEN em seus diversos segmentos profissionais no campo das artes visuais, unindo atravessamentos individuais e coletivos que permeiam ações educativas de compartilhamentos, trocas e descobertas, motivadas pela intersecção entre arte e psicanálise.

A realização do projeto As Máscaras Que Habito, uma experiência imersiva num intenso processo de investigação do ser através de seu universo particular que permanecerá disponível no site A TRANSÄLIEN por um ano, a partir de 24 de novembro, foi viabilizada através do PROAC Expresso Lab 2021, em Premiação por Realização em Artes Visuais.

Sobre a curadoria e os artistas:

A TRANSÄLEN

Corpa híbrida transitando entre a utopia e o mistério, A TRANSÄLIEN, pernambucana vivendo em São Paulo, é multiartista, produtora cultural, curadora, corpo-espetáculo, DJ, idealizadora da Coletividade MARSHA! e articuladora pelos direitos das pessoas Trans e Travestis no Brasil.

Desde 2015 Ana Giselle dá vida A TRANSÄLIEN, sua primeira grande criação: uma (id)entidade que utiliza de máscaras como dispositivos de transmutação às infinitas faces, uma estratégia para driblar o domínio do inteligível em favor da liberdade de brilhar outras formas de presença.

Estuda na pele a estranheza do mundo em contato com sua performatividade pós-humana, compreendendo a própria vida e seus movimentos enquanto fenômeno e manifestação artística.

Atuou em algumas da principais festas e festivais do Brasil como Mamba Negra, Batekoo, No Ar Coquetel Molotov, Saturnália, SP NA RUA 2017, 2018 e 2019 enquanto DJ, performer e produtora. Participou de exposições coletivas na ‘Arte Veículo’ no Sesc Pompéia, Performative Acts of the Everyday na Defibrillator Gallery em Chicago, 15º Salão Nacional de Artes de Itajaí, em 2021 foi premiada no 18º Território da Arte de Araraquara e Prêmio Arte Contemporânea na 14ª Grande Exposição de Bunkyo pela obra ”DivinA”. Assinou a curadoria da primeira exposição online do Brasil inteiramente composta e curada por pessoas trans, a ”TRANSVISUAL” no Centro Cultural São Paulo (2020), Edital Natura Musical 2021, Exposição ENCANTADAS no Schwules Museum em Berlim (2022), Virada Cultural de SP (2022). Em 2015 criou na cidade do Recife a política de inserção ”Lista TRANSFREE”, na qual promove entrada gratuita para pessoas trans e travestis em eventos privados, atualmente implementada Brasil afora.

Agüa Yayu – São Mamede / PB – 25 anos

Artista Multimídia não-binarie do sertão da paraíba, nascida e criada no Vale do Sabugi, sua  pesquisa investiga formas e questionamentos acerca da criação de memórias e do desdobramento do discurso de gênero, preservação ambiental e espiritualidade, em meio a instituição de arte e natureza.

Cida Gloss – Recife / PE – 21 anos

Multiartista não-binarie nascida em 2001 na cidade do Recife, aprendeu a se virar diante de toda precariedade e violência que ameaçam sua existência. Produz arte como ferramenta de hackeamento e resistência.

ewa niara – Fortaleza / CE – 25 anos

Artista transmídia e pesquisadora; territorializada em Fortaleza, Pindorama. Lança feitiços nas artes visuais, design, teatro, audiovisual, performance, moda, poesia e outras linguagens que sua corpa atravessa. Bacharela em Design-Moda (UFC) e mestranda em Antropologia Social pelo Museu Nacional (MN/UFRJ). Realiza estudos interseccionais de (trans)gênero, raça y classe, tecendo arte-pesquisa-política sobre construção de (pós)identidades e corpas transvestigêneras negras-nativas.

Kay Okan – Ipirá / BA – 23 anos

Multiartista mergulhando em processos de criação contínuos e ancestrais, parte do coletivo Afrobapho, transpondo arte, cultura e educação enquanto ferramentas de transformações sociais, cruzando as encruzilhadas que a sua identidade cria nos tempos presentes.

Lee Teófilo – Ilhéus / BA – 29 anos

Baiano radicado em Berlim, Lee Teófilo é artista plástico e joalheiro. Estudou Cinema e Audiovisual na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia onde se aprofundou e realizou atividades relacionadas a Figurino e Cenografia. Em sua passagem por São Paulo atuou na política de redução de danos produzindo joias de uso individual a fim de diminuir o estigma sobre pessoas usuárias de drogas recreativas e aumentar a segurança das mesmas. Integrou a coletividade. NÁMÍBIÀ, onde produziu eventos, figurinos, e gerenciou artistas negres da cena de música eletrônica nacional.

Tempuh Carvalho – Goiânia / GO – 28 anos

Tempuh Carvalho é artista do corpo e das artes visuais. Desde 2020 experimenta a criação e concepção de fotoperformances, colagem digital, fotografia e videodança. Tem buscado, por meio desses cruzamentos, borrar a fronteira do humano, dando voz ao que não é imaginado/visto/presentificado. Reaver a vida partindo de suas próprias mortes.

Zwanga Adjoa Nyack – Maracanaú / CE – 26 anos

Antropóloga, professora de sociologia em cursinhos pré-vestibulares populares, arte-educadora, produtora cultural, poeta, artista visual, contadora de histórias afro-ancestrais, performer e reontologizada em Kaviungo e Ndandalunda. Atua na valorização de sua ancestralidade afrikana, em especial a de origem bantu, e na ancestralidade indígena, que vem sendo retomada a partir da ave marakanã.

36º Panorama da Arte Brasileira terá curadoria de Júlia Rebouças


Créditos: Sofia Colucci / Fundação Bienal de São Paulo


No segundo semestre, entre 17/08 e 15/11, o MAM São Paulo realizará, com o patrocínio da Movida aluguel de carros, sua tradicional exposição bienal: o Panorama de Arte Brasileira. Dando início aos preparativos desta edição, o museu anuncia o conceito que norteará o projeto, “Sertão”, e a curadoria de Júlia Rebouças, que desenvolverá mostra com cerca de 20 artistas.

“Para o projeto curatorial do 36º Panorama da Arte Brasileira, tomamos o sertão como termo evocativo, que traz consigo afetos, formas, ideias, ficções. Suas imagens estão presentes em toda a cultura brasileira, ainda que nenhuma delas dê conta de tudo o que pode significar. Se o imaginário de um certo senso comum trata o sertão como vazio e aridez, a ele confrontam-se as acepções de resistência, vitalidade, experimentação, em processos criativos gestados a partir de uma ordem de saberes e práticas que desafia o projeto colonial em suas reiteradas tentativas de submissão. De forma alusiva, sertão refere-se a um só tempo à arte e ao estado da arte”, adianta Júlia Rebouças.

Créditos: Sofia Colucci / Fundação Bienal de São Paulo

Os artistas e as ideias de sertão

Como ponto de partida, a curadora toma o termo “sertão” para pensar práticas artísticas que não estão associadas a uma região geográfica, mas a processos que entendem a arte como instância de experimentação e resistência. A pesquisa inclui uma investigação por diversas cidades do território brasileiro, que resultará na apresentação de obras inéditas ou comissionadas especialmente para o 36º Panorama, trazendo uma leitura do estado atual da arte no Brasil.

Em viagens por localidades como Cachoeira, no Recôncavo baiano, Recife, Brasília, Florianópolis, São Paulo, ou pelas cidades da região do Cariri cearense, Júlia tem se encontrado com artistas que trazem em comum proposições criativas que apontam para metodologias, temas, formas de engajamento, materialidades outras, que ampliem o repertório estético e social da arte brasileira. Trata-se de uma geração em início ou meio de carreira, cuja produção aponta para territórios especulativos que dão sentido à ideia de sertão, além de artistas maduros com obras que merecem ser revisitadas à luz dos debates propostos na exposição.

“Sertão”, como tema, vem sendo retratado por escritores, artistas e compositores brasileiros há séculos, entre eles: Euclides da Cunha (1866- 1909), Graciliano Ramos (1892-1953), Jorge Amado (1912-2001), Candido Portinari (1903-1962), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Luiz Gonzaga (1912-1989). Reconhecendo esse legado, neste Panorama de Arte Brasileira, o público encontrará uma nova visada sobre sertão, que se afasta do folclórico e distingue-se de representações regionalistas. A lista de artistas será divulgada em meados de março, em apresentação do projeto à imprensa.

ArtRio apresenta novo programa curatorial: PALAVRA




Com curadoria de Claudia Sehbe, apresentações serão em espaço projetado por Zanini de Zanine

Por Redação

A poetisa e artista plástica Claudia Sehbe será a curadora do novo programa da ArtRio, batizado de PALAVRA. A ideia é mostrar como a palavra – escrita e falada – é importante nos diferentes processos de criação da arte. A programação vai unir poetas e artistas que usam a palavra como peça chave em seu processo criativo. Já estão confirmadas as participações de Cabelo e dos poetas do selo Lábia Gentil, da galeria A Gentil Carioca, que publica exclusivamente livros de poesias.

Foto: Divulgação

A agenda do PALAVRA vai acontecer em um palco no estilo teatro de arena, projetado exclusivamente por Zanini de Zanine para a ArtRio, que será instalado nos jardins da Marina da Glória e que vai possibilitar a aproximação do público com os artistas.

Em 2017, a ArtRio estreia em novo endereço: a Marina da Glória. O evento, que acontece de 13 a 17 de setembro, vai reunir importante galerias brasileiras e internacionais. Chegando a sua 7ª edição, a feira tem entre suas metas ser um dos principais eventos mundiais de negócios no segmento da arte.

SERVIÇO 
ArtRio 2017

Data: 14 a 17 de setembro (quinta-feira a domingo)
Preview – 13 de setembro (quarta-feira)
Horários: Dias 14 e 15 – quinta e sexta-feira – 14h às 21h
Dia 16 – sábado – 14h às 21h
Dia 17 – domingo – 14h às 19h
Ingressos: R$ 40 / R$ 20
Bilheterias no local nos dias de evento
Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória
Estacionamento no local
Metrô – Estação Glória / Passarela em frente à Rua do Russel
Instagram: @ artrio.art.br
Facebook: ArtRio-Feira-Internacional-de-Arte-do-Rio-de-Janeiro