Prêmio DID anuncia os destaques do teatro musical em 2022


Créditos: Andy Santana


O Prêmio DID realizou na última quarta, 14, no Teatro Faap, a sua nova edição, sendo a primeira de forma presencial após quatro edições em formato digital. Contemplando produções elegíveis e que realizaram temporadas entre 1º de janeiro e 31 de outubro de 2022, na cidade de São Paulo, a celebração destacou artistas e profissionais de diferentes áreas dos palcos, escolhidos em votação sigilosa pelo corpo de jurados, composto este ano por 14 representantes da imprensa digital, dedicados a divulgar o teatro musical brasileiro, em constante crescimento, entre eles o Acesso Cultural que apoia o prêmio desde sua criação.

Idealizado pelo jornalista e ator Joaquim Araújo, que compõe o comitê organizador junto dos comunicadores Grazy Pisacane, Wall Toledo e Pedro de Landa, a edição contou com diversas novidades, como a realização de 09 números musicais exclusivos apresentados ao vivo, incluindo o número de abertura, uma paródia musical escrita por Vitor Rocha e Lucas Drummond, autores do roteiro da cerimônia, que foi apresentada pelos atores Ivan Parente e Aline Serra, o Stage Manager Luciano Fernandes e o próprio Joaquim.

Créditos: Andy Santana

A noite contou ainda com números de alguns dos musicais indicados nas categorias Destaque Musical Brasileiro (Brenda Lee e o Palácio das Princesas, A Hora da Estrela ou o Canto de Macabéa e Nautopia – O Musical) e Destaque Musical Estrangeiro – Versão Brasileira (A Família Addams, Chicago, Sweeney Todd e West Side Story), acompanhados pelo pianista do evento, Rodolfo Schwenger, além do número de encerramento, dirigido por Daniel Salve, e apresentado pelos atores Bianca Tadini, Caio Mutai, Henrique Moretzsohn, Luci Salutes, Marília Nunes Cortês e Tiago Barbosa, que soltaram a voz em um medley com trechos de canções de algumas das próximas estreias de 2023.

Outra novidade da edição foi a entrada de 09 novas categorias: Destaque Cenografia, Destaque Iluminação, Destaque Figurino, Destaque Visagismo, Destaque Letra Original, Destaque Ator/Atriz Revelação, Destaque Elenco, Destaque Voto Popular e Destaque Homenagem, ampliando assim seu olhar e reconhecimento a àqueles que movimentam este cenário e mercado. E para a primeira homenagem, o Comitê Organizador escolheu celebrar o trabalho de Marllos Silva, ator, produtor, diretor, dramaturgo e idealizador do Prêmio Bibi Ferreira, criado em 2012 e pioneiro no reconhecimento aos musicais, com relevância irrevogável.

A cerimônia foi transmitida via Live pelo Instagram, e contou com Vini Hideki, responsável pelo desenho de luz, e a parceria da Audio S.A, que cuidou do design de som da apresentação. Em breve, o vídeo completo estará disponível no canal do YouTube oficial do Prêmio DID, preservando o conceito digital valorizado desde 2017.

Conheça os premiados da 5ª edição:

DESTAQUE COREOGRAFIA

Elcio Bonazzi | Grease – O Musical
Fernanda Chamma | Ney Matogrosso – Homem com H
Floriano Nogueira | Evita Open Air
Kátia Barros | O Pequeno Príncipe – Musical
Marta Melchiorre | A Família Addams

DESTAQUE CENOGRAFIA

Daniel Salve | Nautopia – O Musical
Federico Bellone | A Família Addams
Rogério Falcão | O Pequeno Príncipe – Musical
Rogério Falcão | West Side Story
Zé Henrique de Paula | Sweeney Todd

DESTAQUE ILUMINAÇÃO

Fran Barros e Tulio Pezzoni | Ney Matogrosso – Homem com H
Fran Barros e Tulio Pezzoni | Sweeney Todd
Guilherme Paterno | Nautopia – O musical
Paulo César Medeiros | West Side Story
Valerio Tiberi e Emanuele Agliati | A Família Addams

DESTAQUE VISAGISMO

Alisson Rodrigues | O Bem Amado Musicado
Anderson Bueno | O Pequeno Príncipe – Musical
Cabral e Feliciano San Roman | A Família Addams
Dhiego Durso e Feliciano San Roman | Sweeney Todd
Feliciano San Roman | Evita Open Air

DESTAQUE FIGURINO

Fabio Namatame | A Família Addams
Fabio Namatame | O Bem Amado Musicado
João Pimenta | Sweeney Todd
Lígia Rocha, Marco Pacheco e Jemina Tuany | Evita Open Air
Theodoro Cochrane | O Pequeno Príncipe – Musical

DESTAQUE ROTEIRO ORIGINAL

Anna Toledo | Vingança – O Musical
Daniel Salve | Nautopia – O Musical
Emilio Boechat e Marilia Toledo | Ney Matogrosso – Homem com H
Fernanda Maia | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Vinicius Calderoni | Museu Nacional – Todas as Vozes do Fogo

DESTAQUE LETRA ORIGINAL

Chico César | A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa
Daniel Salve | Nautopia – O Musical
Fernanda Maia | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Adrén Alves, Alfredo Del-Penho, Beto Lemos, Lucas dos Prazeres, Ricca Barros, Rosa Peixoto e Vinicius Calderoni | Museu Nacional – Todas as Vozes do Fogo
Zeca Baleiro e Newton Moreno | O Bem Amado Musicado

DESTAQUE ATOR COADJUVANTE

André Torquato | Tatuagem
André Torquato | West Side Story
Fernando Marianno | Evita Open Air
Marco França | O Bem Amado Musicado
Mateus Ribeiro | Sweeney Todd

DESTAQUE ATRIZ COADJUVANTE

Claudia Ventura | A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa
Ingrid Gaigher | West Side Story
Kiara Sasso | A Família Addams
Marina Mathey | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Pâmela Rossini | A Família Addams

DESTAQUE ATOR

Beto Sargentelli | West Side Story
Daniel Boaventura | A Família Addams
Dudu Galvão | Morte e Vida Severina
Renan Mattos | Ney Matogrosso – Homem com H
Rodrigo Lombardi | Sweeney Todd

DESTAQUE ATRIZ

Andrezza Massei | Sweeney Todd
Giulia Nadruz | West Side Story
Laila Garin | A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa
Myra Ruiz | Evita Open Air
Verónica Valenttino | Brenda Lee e o Palácio das Princesas

DESTAQUE ATOR/ATRIZ REVELAÇÃO

Cleomácio Inácio | Tatuagem
Dennis Pinheiro | Sweeney Todd
Marina Mathey | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Sofia Savietto | Nautopia – O Musical
Verónica Valenttino | Brenda Lee e o Palácio das Princesas

DESTAQUE ELENCO

A Família Addams | T4F Entretenimento
Brenda Lee e o Palácio das Princesas | Núcleo Experimental
Nautopia – O Musical | Eureka Entretenimento, H Produções Culturais e Pulsar Ideias
O Bem Amado Musicado | Sesc São Paulo e Velloni Produções Artísticas
West Side Story | Santa Marcelina Organização Social de Cultura

DESTAQUE DIREÇÃO MUSICAL

Daniel Rocha | Ney Matogrosso – Homem com H
Diego Salles | Nautopia – O Musical
Fernanda Maia | Sweeney Todd
Rafa Miranda | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Vania Pajares | Evita Open Air

DESTAQUE DIREÇÃO

Daniel Salve | Nautopia – O Musical
Kleber Montanheiro | Tatuagem
Ricardo Grasson | O Bem Amado Musicado
Zé Henrique de Paula | Brenda Lee e o Palácio das Princesas
Zé Henrique de Paula | Sweeney Todd

DESTAQUE MUSICAL ESTRANGEIRO – VERSÃO BRASILEIRA

A Família Addams | T4F Entretenimento
Chicago | IMM e EGG Entretenimento
Evita Open Air | Atelier de Cultura
Sweeney Todd | Del Claro Produções e Firma de Teatro
West Side Story | Santa Marcelina Organização Social de Cultura

DESTAQUE MUSICAL BRASILEIRO

A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa | Sarau Cultura Brasileira e Ágapa Criação e Produção Cultural
Brenda Lee e o Palácio das Princesas | Núcleo Experimental
Nautopia – O Musical | Eureka Entretenimento, H Produções Culturais e Pulsar Ideias
O Bem Amado Musicado | Sesc São Paulo e Velloni Produções Artísticas
Tatuagem | Movicena Produções e Cia. da Revista

DESTAQUE MUSICAL – VOTO POPULAR

Nautopia – O Musical | Eureka Entretenimento, H Produções Culturais e Pulsar Ideias

Musical brasileiro “Nautopia”, de Daniel Salve, estreia em novo espaço cultural na capital


Créditos: Caio Gallucci


Estreia no dia 1º de abril um novo espetáculo autoral no Brasil: “Nautopia”. Em grande estilo, coube à primeira produção associada da Pulsar Ideias, Eureka Entretenimento e H Produções Culturais dar início a primeira temporada teatral do espaço cultural mais moderno e tecnológico de São Paulo, o Teatro B32, inaugurado há poucos meses e localizado no nobre endereço da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista.

“Nautopia” é o sétimo musical escrito pelo autor, compositor, performer e produtor paulistano Daniel Salve, que traz no currículo produções que fazem com que seu nome se funda ao processo de revitalização do teatro musical brasileiro em meados da década de 2000. Na obra, o multiartista, que pode ser conhecido ainda por outros marcos de carreira, como integrar o elenco de “Rent”, em 1999, ou pela direção artística de espetáculos da Walt Disney Company no Brasil há 17 anos, assina o texto, o score original (com 24 composições inéditas) e a direção geral da montagem, que conta ainda com direção musical de Diego Salles e direção de movimento de Olívia Branco.

Apresentado por 26 atores acompanhados de 10 músicos, o musical é estrelado pelo veterano Beto Sargentelli, que já esteve à frente de outros espetáculos, como o nacional “Dois Filhos de Francisco”, além das montagens brasileiras de grandes produções como “Billy Elliot”, “A Família Addams”, “Mudança de Hábito”, “Os Últimos 5 Anos” – seu debut como produtor, sendo também por ele eleito Melhor Ator no Prêmio Bibi Ferreira -, e, em breve, em “West Side Story”, no papel protagonista.

Créditos: Caio Gallucci

A obra narra a trajetória de Tomás (Beto Sargentelli), um jovem navegante que parte de sua terra natal, o idílico Vale da Utopia, no litoral de Santa Catarina, para um exílio em Paraty (RJ) após o misterioso desaparecimento de sua irmã Clara. Na nova vida, o jovem se envolve com a mergulhadora Iara, disposta a abraçar seus sonhos utópicos de um novo futuro.

Os planos de Tomás mudam ao receber a notícia da doença fatídica que acometeu Rocha, seu padrinho e pai de criação, o que o leva de volta ao Vale da Utopia para lidar com seus demônios internos e encontrar antigos fantasmas, como a obstinada Selena, sua namorada da juventude, que ainda mexe com suas emoções.

O passado e o presente se misturam na obra, que estabelece conexões com o clássico “A Utopia” (1516), de Thomas More (1478-1535), para retratar o eterno retorno ao lar do jovem que busca a cura por meio do enfrentamento com seu passado e seus fantasmas internos e externos.

Projeto de longa data

O musical nasceu bem antes da sua “pré-estreia”, habitando o imaginário de Salve há cinco anos, porém, só em 2020, quando foi apresentado a um público restrito em uma oficina experimental, em São Paulo, é que as personagens e suas tramas, diretas e indiretas, começaram a ganhar vida e camadas mais profundas, dando sentido aos sentimentos e intenções que dialogam com a proposta reflexiva do projeto, lapidado desde então, até tomar a forma que o público poderá conferir no palco.

A ideia é contar uma narrativa genuinamente brasileira, fugindo, contudo, dos clichês mais comuns da nossa identidade cultural. “É comum vermos no Brasil espetáculos com tramas universais, mas que se passam em cenários externos, com referências geográficas distantes da nossa realidade. Com ‘Nautopia’, queremos falar desses anseios universais da humanidade, mas com cores e tons locais”, chama atenção o autor e idealizador.

Créditos: Caio Gallucci

A obra é considerada pelo próprio autor como seu texto mais maduro até então. “Hoje me sinto mais maduro para contar essa história. Penso que todos os outros projetos que já fiz serviram como um treinamento para trazer ao público essa narrativa tão complexa, que passou por um processo minucioso de cinco anos de pesquisa e desenvolvimento. Ao longo de oficinas, laboratórios e workshops, eu passei a investigar as relações humanas dessa comunidade fictícia estabelecida no litoral de Santa Catarina, encontrando pouco a pouco a trama que queria se apresentar”, explica Daniel, que reitera o desafio atual: “como falar sobre utopias em tempos de distopia?”.

Além desta missão, o espetáculo tem outra grande responsabilidade: ser a primeira obra de temporada a se apresentar no Teatro B32, inaugurado em novembro de 2021 e que desde então vem recebendo eventos pontuais. “O B32 se tornou um grande parceiro na realização desse projeto totalmente independente, sem uso de leis de incentivo ou editais. Estamos seguindo um caminho desafiador, mas que permite acreditar que formas alternativas de produção são possíveis e podem abrir caminhos para que mais projetos autorais e independentes possam surgir no cenário cultural”, expressa Alexandre Bissoli, sócio do projeto e diretor de produção do espetáculo.

Espetáculo colaborativo

Habituado a trabalhar com obras de companhias, Salve escolheu escrever um espetáculo para um grande elenco, deixando margem para que cada um dos membros tenha oportunidade de brilhar no palco. Desse grupo, há participantes, inclusive, envolvidos desde os primeiros workshops realizados, o que leva o idealizador a crer que, a passagem de cada artista ao longo do processo, contribuiu para o resultado final.

“Eu acredito que a história do próprio espetáculo se confunde com a trajetória das pessoas que passaram por esse projeto, porque estamos falando de sonho, de perseverança e resiliência para atingir um lugar que muitas vezes nem todo mundo consegue ver, mas que acreditamos que conseguiremos chegar”, explica Salve.

Créditos: Caio Gallucci

Assim como seu personagem em cena, Beto encontra pontos em comum com sua própria trajetória artística e pessoal. “Para mim, está fazendo muito sentido contar essa história, nesse momento da minha carreira. O Tomás passa o espetáculo todo tentando entender qual seu objetivo na vida. Tem sido uma descoberta diária para mim esse personagem e, apesar da pandemia, tudo fluiu de maneira muito natural. E aqui a gente ainda é polivalente, como ator e produtor – o que é muito gostoso e prazeroso, ainda que exaustivo. Acho que todas as produções das quais fiz parte me ensinaram sobre o estilo de produzir que eu queria ter, pois, apesar da pouca idade, foi minha experiência, em mais de 15 anos de carreira, que me ensinou sobre o que fazer e o que não fazer, me levando a ter um olhar mais carinhoso para as pessoas que estão nessa comigo. Tem sido uma troca maravilhosa”, conta Beto.

O elenco, que se divide em dois tempos na trama, traz os “Filhos do Vale”, representados por Beto Sargentelli no papel de Tomás, Sofia Savietto como Clara, Eline Porto como Selena, Gabriel Camillo como Tadeu, José Diaz como Elias, Bia Anjinho como Isabel e Yudchi Taniguti como Cauã, e “Os Pioneiros”, composto por Jonathas Joba como Rocha, Aurora Dias como Lúcia, Neusa Romano como Zara, Max Grácio como João, Nani Porto como Fátima, Bruno Vaz como Jovem Rocha, Elá Marinho como Jovem Zara e Dara Galvão como Jovem Lúcia. Completam o time Luana Zehnun como Iara, Nina Vettá como Helô e Rafael de Castro como Zarolho, Mau Alves, Bel Nobre, Daniella Biancalana, Alessandro Balbi, Gabriela Gonzales, Daruã Góes, Dalia Halegua e Henrique de Paula.

“Estou tendo o privilégio de dar vida a um personagem pela primeira vez, de originar um papel no mundo, e isso é muito especial. Tomás me leva a um grande desafio como ator, na interpretação, por ser extremamente dramático, o que exige muitas potencialidades ao explorar várias nuances, e também vocalmente. Estou ansioso para mostrar esse trabalho, que é diferente de tudo que já fiz, seguindo a linha do que busco na minha carreira, através de construções genuínas e com olhares fora do comum. Acho que esse velejador agregará muito na minha jornada”, conta Sargentelli, que partilha do elo espiritual e da paixão pelo mar com o herói da trama.

Para ver “Nautopia” sair do sonho e virar realidade nos palcos, o trio de produtores e realizadores se uniu à um time de renomados criativos, conhecidos no mercado de teatro musical como Theodoro Cochrane na assinatura dos Figurinos, Duda Arruk na Cenografia, Caetano Vilela no Desenho de Luz, e Fernando Fortes e Tocko Michelazzo no Desenho de Som.

 

SERVIÇO: NAUTOPIA

Local: Teatro B32 | Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3732

Temporada: de 01/04 a 29/05/22

Sextas às 20h30 | Sábados às 16h e às 20h30 | Domingos às 19h

Duração: aprox. 180min. (com intervalo)

Classificação: 12 anos

Ingressos: A partir de R$50,00 (meia) a R$220,00 (inteira).

Vendas: site do teatro: teatrob32.com.br

CAZAS DE CAZUZA:21 anos depois de sua estreia, Musical Tributo a Cazuza está de volta!


Créditos: Robert Schwenck


Já se passaram 31 anos desde que Cazuza, um dos maiores poetas da história da música  brasileira, nos deixou. Suas letras e canções, sua imagem irreverente e, principalmente, sua mensagem, deixaram uma marca e um legado único na história da MPB, transformando-o em um ícone jovem, cuja obra transcende o tempo e permanece viva.

Dez anos após sua morte, Cazuza recebeu uma das maiores homenagens, o musical tributo “Cazas de Cazuza”, escrito e montado em 2000, na virada do milênio, por um grupo de jovens artistas, tendo à frente o diretor e compositor Rodrigo Pitta, que gerou um grande sucesso e uma enorme repercussão na época, sendo visto por 80 mil pessoas. Vinte e um anos depois, o espetáculo está de volta, em nova montagem e com um novo elenco, escolhido em diversas audições realizadas no Vivo Rio.

Em dois atos, o musical mostra a história de oito personagens, Mia, Enrico, Justo, Bete, Deco, Vera, Ernesto e Dornelles, que vivem no Baixo Leblon, no Rio de Janeiro, abordando temas como preconceito, sexo, drogas, amor e desemprego presentes nas 20 músicas de Cazuza, entre elas “O Tempo não para”, “Pro Dia nascer Feliz”, “Um Trem para as Estrelas”, “Codinome Beija-Flor”, “Ideologia”, “Bete Balanço” e “Brasil”.

Créditos: Robert Schwenck

Essa nova montagem de “Cazas de Cazuza” deveria ter estreado em 2020, como parte das homenagens dos 30 anos da morte do poeta. Com o cronograma alterado pela pandemia e o atraso de mais de um ano, novas audições foram necessárias. Com participação especial de Paulinho Serra, que viverá Dornelles, os papéis principais serão interpretados por Fernando Prata ( Enrico),Yan Dufau (Deco), Jade Baraldo (Bete Balanço), Leandro Bueno (Justo), Julianne Trevisol (Mia), Janamo (Vera) e Alexandre Damascena (Ernesto).

Dois componentes do elenco da versão original estarão na nova montagem, o ator Fernando Prata que interpretou Enrico em 2000, volta a viver o papel do poeta desempregado 21 anos depois. A versão 2021 terá como Diretor Musical o cantor e compositor Jay Vaquer que fez parte do elenco da montagem original no papel de Justo.

O espetáculo retorna para três grandes apresentações no Vivo Rio nos dias 20 de Novembro, 3 e 4 de Dezembro. Mas já a partir de outubro se apresenta, em versão adaptada, dentro da programação do festival itinerante “Rock Brasil – 40 anos”, nos dias 28 e 29 de outubro no CCBB Rio de Janeiro; 16 e 17 de fevereiro de 2022 no CCBB Belo Horizonte; 31 de março e 1º de abril no CCBB São Paulo e 26 e 27 de maio no CCBB Brasília.

Escrito e dirigido por Rodrigo Pitta, então com 22 anos, “Cazas de Cazuza” chamou atenção por apresentar uma genuína e pioneira “ópera-rock” nacional com arranjos e textos inéditos, que ousava transformar canções de rock emblemáticas em um musical “estilo Broadway”, muito antes do Brasil ter se transformado em um polo consumidor e criativo de espetáculos do gênero.

Com arranjos vocais e instrumentais de Daniel Salve, a versão original contava com um elenco afiado e afinado, formado por atores e cantores desconhecidos da mídia, do teatro ou da TV, foi outro fator que fez o espetáculo se transformar em um fenômeno e lotar grandes casas de espetáculo e teatros como o Tom Brasil em São Paulo e o Canecão no Rio de Janeiro por várias semanas. No elenco original estavam Jay Vaquer, Lulo Scroback, Debora Reis, Rosana Pereira, Bukassa Kabenguele, Fernando Prata e Vanessa Gerbelli.

Créditos: Robert Schwenck

“Cazas de Cazuza” causou “furor” como se dizia antigamente, foi fenômeno de público e teve excelentes críticas, reuniu em sua plateia uma gama impressionante de personalidades como Caetano Veloso, Ney Matogrosso, Gilberto Gil, Moraes Moreira, Marilia Pera, e seu elenco foi convidado para se apresentar em programas como os de Fausto Silva, Jô Soares e Hebe Camargo, entre muitos outros lideres de audiência. Por onde passou, o
espetáculo ganhou destaque na capa de jornais, chegou a virar tema de tese em universidade e, até hoje, é grande o número de pessoas que gostaria de revê-lo ou assisti-lo pela primeira vez.

Em menos de 50 apresentações, “Cazas de Cazuza” realizou o sonho de jovens desconhecidos mas, desde então, nunca mais foi assistido. Sua trilha sonora, agora disponível nos serviços de Streaming, foi lançada em CD pela SOM LIVRE, fato raro na época, para uma produção teatral nacional. Em escolas de teatro musical como a CEFTEM, no Rio de Janeiro, o espetáculo é cultuado por uma geração que nem havia nascido quando foi montado.

“Cazas de Cazuza foi a primeira grande homenagem feita a Cazuza e agora, 21 anos depois, ainda é tão atual! Eu fui ver todos os dias no Canecão e a cada dia era uma nova emoção. Não é uma biografia, não é um filme, são variações sobre um mesmo tema falando das várias facetas do Cazuza. É um musical muito bonito e vocês não podem perder, corram para comprar os ingressos”, declara Lucinha Araújo, Presidente da Sociedade Viva Cazuza e mãe do cantor.

SERVIÇO ROCK BRASIL 40 ANOS:

CCBB RJ
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Centro)
Telefone: (21) 3808-2020.
Horário: Domingo a Quarta-feira (09h às 19h); Quinta-feira a Sábado (09h às 20h)
Ingressos: Exposições e filmes – entrada franca
Peças e pocket shows – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia).
*Compra e retirada de ingresso para eventos gratuitos devem ser feitas pelo site
eventim.com.br
*Venda de ingressos para teatro e pocket-shows começam com 10 dias de antecedência da
data marcada.

Serviço VIVO RIO CAZAS DE CAZUZA:

Data e horário: Sábado, 20 de novembro às 21h / Sexta, 03 de dezembro às 21h /
Sábado, 04 de dezembro às 21h.
Abertura da casa 1h antes do espetáculo.
Endereço: Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo, RJ
Informações: 2272-2901
Vendas online em vivorio.com.br
Valores: Setor 1 – R$ 180,00
Setor 2 – R$ 160,00
Setor 3 – R$ 140,00
Setor 4 – R$ 120,00
Setor 5 – R$ 80,00
Camarote A – R$ 180,00
Camarote B – R$ 160,00
Camarote C – R$ 100,00
Frisa – R$ 130,00

Protocolo de segurança e Comprovante de Vacinação:

O Vivo Rio elaborou um protocolo rígido que segue todas as recomendações das autoridades sanitárias. Nosso compromisso é com o bem-estar e a saúde do nosso público, funcionários e dos artistas que passarão pela nossa casa. A utilização da máscara é indispensável.

PASSAPORTE DA VACINA

Em atendimento ao Decreto Municipal N°: 49335, do dia 26 de agosto de 2021, para acesso ao Vivo Rio é obrigatório a apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 através do certificado digital disponível na plataforma do Sistema Único de Saúde – Conecte SUS. Além do comprovante de vacina será exigida a apresentação de um documento oficial com foto.

A exigência do comprovante será feita na entrada do Vivo Rio para todas as pessoas maiores de 18 anos.

A comprovação do ciclo vacinal completo será exigida com o calendário da vacinação na cidade do Rio de Janeiro nas datas abaixo.

60 anos ou mais: 15/09
50 anos ou mais: 16 a 30/09
40 anos ou mais: 01 a 31/10
30 anos ou mais: 01 a 15/11
18 anos ou mais: após 15/11

Veja nosso protocolo completo em vivorio.com.br