Última semana das pilantragens de Max, Leo e Ulla em São Paulo. Invadimos os camarins das estrelas para saber sobre a reta final do espetáculo e realizar uma tag.
Por Walace Toledo
Foto: Divulgação
Após quase três meses em cartaz no Teatro Procópio Ferreira, o musical “Os Produtores” chega a sua última semana em São Paulo e prepara curtíssima temporada carioca. Protagonizado por Danielle Winits, Marco Luque e Miguel Falabella (também na direção geral), o espetáculo se junta ao grupo de ‘revivals’ dos últimos tempos.
Na montagem realizada em 2007, Miguel liderava o elenco como Max Bialystock, ao lado de Juliana Paes e Vladimir Brichta. Coincidências da vida, dez anos depois, finalmente Winits encarna a dançarina sueca Ulla, papel que seria seu na época, mas a gravidez do primogênito a interrompeu de aceitar o convite. O tímido contador Leo Bloom é um personagem desafiador para Marco Luque; estreante no teatro musical, o comediante acostumado a se apresentar sozinho, dessa vez precisa interagir com um elenco e cantar em cena.
Antes da sessão do último domingo (1), entramos nos camarins das estrelas para saber deles o sentimento nesta reta final paulistana, já que foi um espetáculo muito especial para a dupla. Para descontrair, adaptamos também algumas situações da trama do musical para a #tag “Você prefere…?”. Assista agora o bate-papo.
ALOPRADO, INCORRETO E HILÁRIO
O maior vencedor de prêmios Tony Awards – o Oscar da Broadway -, “Os Produtores” ri da própria ironia de sua trama escrita por Mel Brooks, dois produtores pretendem ganhar muito dinheiro montando um fracasso musical certeiro, entretanto a peça alcança o sucesso absoluto colocando-os de frente às consequências do golpe.
Nova York, 1959. Ao constatar que é mais fácil ganhar dinheiro com um fracasso do que um sucesso, Leo Bloom e Max Bialystock seguem a jornada de procurar o texto e equipe ‘perfeitos’ para o espetáculo.
Para conseguir os investimentos, Max precisa enganar e satisfazer senhoras sedentas pela ‘atenção’ de uma figura masculina. Destaque total para esta cena, em que a coreógrafa Fernanda Chamma faz das velhinhas ricas com andadores o melhor número do espetáculo.
Com dinheiro para gastar, o primeiro a aparecer é um nazista histérico criador de pombos, autor de um texto em homenagem a Hitler. É preciso pontuar a atuação impecável e hilária de Edgar Bustamante como Franz Liebkind. (É muito incorreto gostar demais deste Hitler Junior? hahaha)
Neste meio tempo, surge no escritório dos pilantras a sensual sueca Ulla, em busca de uma vaga no espetáculo. Com visual à la Marilyn Monroe, a dançarina acabando virando secretária e comparsa antes de brilhar nos palcos.
Na busca dos criativos, Max precisa convencer o velho amigo diretor Roger de Bris (recentemente interpretado por Cláudio Galvan), desastroso no que faz, e seu caricato esquadrão LGBT a integrar o musical “Primavera Para Hitler”. Bem expressivo corporalmente, o ator Maurício Xavier merece destaque pelo afetadíssimo assistente do diretor; Carmem Ghia arranca gargalhadas do público só de entrar em cena.
A partir daqui, o trio segue para audições do elenco, a estreia e muitas confusões até o destino final dos personagens. Além da sátira aos bastidores das produções, o humor ácido de “Os Produtores” pode ser considerado um ‘guilty pleasure’ (culpa prazerosa) àqueles que sentem-se presos à pregação do politicamente correto das redes sociais.
Vá ao teatro para rir e não se ofender. E lembre-se, “não há bonzinhos nesta história”, já disse Falabella.
Foto: Caio Gallucci
Serviço:
Até 8 de julho – SP
Local: Teatro Procópio Ferreira – Rua Augusta 2.823, Jardins
Dias e horários: Qui e Sex 21h | Sáb 17h e 21h | Dom 15h30
Ingressos: Bilheteria do teatro ou ingressorapido.com.br
A partir de 13 a 22 de julho – RJ (não haverá sessão dia 15)
Local: Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85
Dias e horários: Sex 21h | Sáb 15h e 21h | Dom 17h30
Ingressos: Bilheteria do Vivo Rio ou eventim.com.br