O terror é um dos gêneros que mais desperta curiosidade e fascínio, assim como trata de questões relevantes por meio de alegorias e analogias. Mary Shelley, Bram Stoker, Horace Walpole e Edgar Allan Poe são exemplos de autores clássicos do terror, que inspiram obras até hoje. A mais recente série de terror da Netflix leva o nome de um dos contos de Edgar Allan Poe: A Queda da Casa de Usher.
Comemorado no dia 31 de outubro, o Dia das Bruxas – também conhecido como Halloween ou até mesmo Dia do Saci, aqui no Brasil – deriva de um festival pagão celta, intitulado Samhain, que celebrava a chegada do inverno e era tido como o momento em que a barreira que separava os mortos dos vivos deixava de estar presente.
Por conta da colheita que era feita antes do inverno, a abóbora era um dos símbolos do Samhain. O Halloween se tornou cada vez mais como conhecemos hoje após a influência do catolicismo ao mesclar as tradições celtas ao Dia de Todos os Santos.
A atmosfera sobrenatural que cerca a data certamente inspira a leitura de histórias de terror e as nuances que estão presentes no gênero, seja por meio do mistério, do horror, do misticismo ou até mesmo do que é considerado científico. Para se aprofundar mais nas histórias que não te deixarão dormir, confira cinco livros que são clássicos do medo.
Elaborado como um romance a partir de uma série de cartas, relatos, diários pessoais, reportagens de jornais, registros de bordo, etc, o livro nos apresenta os costumes, tradições e a cultura da Inglaterra vitoriana e a reação dos britânicos com relação ao que vem do estrangeiro, personificado através do medo da figura do vampiro.
O Estranho Caso do Doutor Jekyll e do Senhor Hyde, de Robert Louis Stevenson
Escrito em 1886, o clássico conta a história de Utterson, um advogado que acompanha os horrores acontecidos em Londres no final do século XIX por um misterioso homem que comete crimes e provoca a polícia local. O clima sombrio da capital inglesa contorna a história e dá o tom de mistério, pois mesmo durante o dia, a névoa deixa a cidade escura.
O livro relata a história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais que busca recriar um ser vivo, uma criatura, através do uso da ciência em seu laboratório. Mary Shelley escreveu a obra quando tinha 19 anos. Publicada em 1818, sem o devido crédito para a autora em sua primeira edição, o romance obteve grande sucesso e gerou todo um novo gênero, tendo influência na literatura e na cultura popular ocidental.
O Fantasma da Ópera, de Gaston Leroux
Publicado originalmente em série na famosa revista literária “Le Gallois”, entre 23 de setembro de 1909 e 8 de janeiro de 1910, e posteriormente em livro em abril de 1910. O romance é parcialmente inspirado em fatos históricos da Ópera de Paris durante o século XIX e em um conto relativo à descoberta de um esqueleto de um bailarino durante a produção da ópera “O Franco-atirador”, de Carl Maria von Weber, em 1841.
A Volta do Parafuso, de Henry James
Para aqueles que se interessam por histórias mais sobrenaturais, em A Volta do Parafuso somos levados ao dia a dia de uma governanta num casarão em Bly, Inglaterra, a qual cuida de duas crianças, que serão possuídas por espíritos de um criado de quarto e de sua antecessora na função.
Mais real do que se espera, distopias também podem dar medo. 1984 oferece uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as sociedades capitalistas modernas. A história se passa em um futuro onde o Estado impõe um regime extremamente totalitário, através da vigilância do Grande Irmão, imposta pelo partido (Ingsoc), onde ninguém escapa do seu poder.