O espetáculo “De Volta a Oz”, que aconteceu na noite desta segunda-feira (10) no Teatro Renault em São Paulo com direção de Daniel Salve e direção musical de Jorge de Godoy, foi repleto de emoção e descontração. Apresentado por Fabi Bang e Myra Ruiz, Glinda e Elphaba na versão brasileira do musical Wicked, respectivamente, o show trouxe os clássicos do sucesso da Broadway, é claro, em versão brasileira, além de algumas curiosidades a respeito de momentos específicos do espetáculo.
Foto: Andy Santana
Regada a palavras de motivação, mensagem principal de Wicked, a apresentação reforçou ainda mais a amizade entre Myra e Fabi, que se formou ainda durante o tempo em que o espetáculo esteve em cartaz no Brasil e é forte até hoje. Tanto que Myra será madrinha de Isabel, filha que Fabi Bang está esperando. Fabi, inclusive protagonizou um lindo momento durante a canção “Que Dia”, na qual a atriz falou um pouco sobre o momento que está vivendo, de plenitude e felicidade, graças à filha. A música também contou com a participação especial de Adriana Quadros.
As participações especiais não pararam por aí! Diego Montez brilhou com Fabi durante a apresentação de “Popular”, no papel de Boq, quando Glinda o ajudou a ser mais popular, com direito a “bate, bate” de cabelo e tudo!
Além de Diego Montez, Adriana Quadros retornou no número de “O Mágico e Eu”, na voz de Myra Ruiz. Roberta Jafet e Thuany Parente também acompanharam Fabi e Myra em “Não é Pra Mim”, além de repetirem a cena de “É Só Dançar”, quando Elphaba dança na pista, com sua forma meio desajeitada de ser.
Gabriel Leone, que foi Fiyero por um final de semana na versão brasileira de Wicked no lugar de Jonatas Faro, acompanhou Myra Ruiz na canção “Se Eu tenho Você” no show.
Como não poderia deixar de ser, “Desafiar a Gravidade”, com Myra e Fabi não poderia faltar, levando a plateia ao delírio. E o Solo de Myra Ruiz em “Todo bem Tem seu Preço” fez a plateia aplaudir a performance de pé, como sempre!
“De Volta a Oz” se encerrou com “Venha Ver”, quando Glinda e Elphaba vão parar no “Mundo Esmeralda”, onde Elphaba se sente em casa. A performance final contou com a participação dos convidados Diego Montez, Adriana Quadros, Roberta Jafet e Thuany Parente em cena, com direito a surpresa da plateia e tudo, que levou pulseirinhas neon na cor verde para dançar ao som da última performance.
O show memorável aconteceu dois anos depois de a temporada de Wicked no Brasil se encerrar, também no Teatro Renault. Relembre os bastidores do musical com Jonatas Faro!
O espetáculo que fez sucesso em circuito alternativo na broadway chega a São Paulo e ganha uma versão nacional com grandes nomes da cena do teatro musical brasileiro.
Por Andréia Bueno
Em uma produção independente e bancada com uma campanha de financiamento coletivo, o musical “Na Pele” (bare, na versão original) ganha uma versão nacional depois de ter passado por cidades como Los Angeles, Londres, Nova Iorque, Sidney, Toronto e outras. Com direção de Léo Rommano, a montagem faz sua estreia no dia 31 de outubro (haverá duas pré-estreias abertas nos dias 24 e 25 de outubro), no Teatro Augusta, às 21 horas.
Mateus Ribeiro e Diego Montez – protagonistas de Na Pele ( Foto: Caio Gallucci)
O musical faz uso de um rock contemporâneo pulsante e elétrico e mostra a história de um grupo de estudantes em um internato católico, enquanto eles lidam com questões de identidade, sexualidade e futuro. Pedro (Mateus Ribeiro) e Jonas (Diego Montez) se apaixonaram um pelo outro, mas Jonas – um atleta popular – teme perder seu status se descobrirem que é gay. A impopular Nadia (Vania Canto), irmã de Jonas, despreza Eva (Thuany Parente), uma garota bonita e de reputação duvidosa. Enquanto o grupo tenta apresentar uma produção de Romeu e Julieta, as tensões se intensificam, a insegurança aumenta e o caminho parece mais difícil de se encontrar do que nunca. Com os sons da repressão e da revolta juvenil, letras de tirar o fôlego e um elenco promissor, na pele é uma visão provocativa, nova e absolutamente honesta dos perigos de desnudar sua alma e as consequências de continuar a se esconder.
Mais do que contar uma história sobre dois jovens que se apaixonam, na pele fala sobre a descoberta da sexualidade e do início da vida amorosa dos jovens. Segundo Léo Rommano, a montagem explora a sexualidade, a autoexpressão, a culpa, o ciúme, a gravidez na adolescência, a imagem do corpo feminino, todos transbordando com o tipo de urgência e intensidade que acompanha os dezessete anos.
O musical estreou nos EUA no início dos anos 2000 e, em todos os lugares por onde passou sempre se apresentou em circuitos não muito comerciais e com uma encenação de pequena proporção. O mercado do teatro musical cresce cada vez mais no Brasil! Ao mesmo tempo, cada vez mais o grande público busca produções extravagantes com cenários e figurinos que dão certeza de que o preço salgado do ingresso, valha a pena.
Entretanto, acreditamos que hoje nosso país felizmente goza de um público cativo que busca no gênero não apenas os grandes clássicos ou blockbusters da Broadway, mas também as histórias contadas em palcos e estruturas menores, conhecidos como “off-Broadway” lá fora. Reafirmamos que diante de uma extensa pesquisa de público, sim: existe mercado e interesse no circuito alternativo no Brasil.
Pensando nisso, a 4ACT acaba de lançar um novo braço. A vertente alternativa com intenção de enaltecer e dar força ao circuito independente: a 4ACT OFF. Uma cia de atores especializada em Teatro Musical que conta com experientes profissionais do mercado para a produção de espetáculos menores em tamanho, mas imensos em conteúdo. Juntando a qualidade e talento ao frescor e ousadia de um universo sem fronteiras de censura comercial.
O objetivo é contar novas histórias – sejam elas nacionais, internacionais e até mesmo originais – com requinte, respeito pelos profissionais envolvidos e principalmente ao público, entregando espetáculos emocionantes e transformadores com valores de ingressos acessíveis.
Serviço
Estreia: 31 de outubro
TEATRO AUGUSTA – Rua Augusta, 943.
Telefone – 11 3231-2042.
Bilheteria – de quarta a sexta, das 16 às 21h30, sábado, das 13 às 21h30 e domingo, das 13 às 20 horas.
A história entre dois garotos que se apaixonam em um internato católico ganha montagem nos palcos brasileiros
Por Andréia Bueno
Na pele – um musical off broadway é a versão brasileira do premiado espetáculo off-broadway Bare – A Pop Opera e conta a história de dois garotos que se apaixonam em um internato católico. Fala sobre identidade, sexualidade, religião e contribui com uma voz importante para igualdade e tolerância. Tudo isso com uma trilha de rock e uma histórica única e emocionante.
Mateus Ribeiro e Diego Montez – protagonistas de Na Pele ( Foto: Caio Gallucci)
A real é que fala sobre AMOR. Amor é amor. e não importa se é menino com outro menino, menino e menina, uma menina que tá com menino e depois com menina. O que a gente só quer amar e ser amado. A produção tem o rock como trilha sonora e fala sobre identidade, sexualidade,tolerância, amor e religião. A primeira montagem foi realizada em 2000 em Los Angeles, Estados Unidos. Quatro anos depois a peça foi encenada no circuito Off- Broadway em Nova York. De lá para cá, mais de 20 cidades no mundo – de Barcelona a Buenos Aires – já puderam apreciar a história que tem texto de Jon Hartmere e Damon Intrabartolo.
No Brasil, Léo Rommano assinará a direção geral e Jorge de Godoy a direção musical. No elenco estão nomes como Diego Montez, Mateus Ribeiro, Thuany Parente e Gottsha. O valor para a realização do espetáculo foi realizado através de crowdfunding no site Kikante e ultrapassou a meta.
O mercado do teatro musical cresce cada vez mais no Brasil! Ao mesmo tempo, cada vez mais o grande público busca produções extravagantes com cenários e figurinos que dão certeza de que o preço salgado do ingresso, valha a pena. Na Pele tem previsão de estreia para este mês. Confira o vídeo divulgado durante a realização do crowdfunding.
A veia artística está no sangue. Filho do apresentador Wagner Montes e da atriz e ex-modelo Sonia Lima, o paulista natural de Cotia tem talento de sobra. Desde 2010, Diego Montez tem brilhado na TV e nas produções de teatro musical. Ator e roteirista formado, o jovem de 26 anos tem um público enorme de crianças e adolescentes por seus papéis televisivos, como Murilo de “Rebelde” (RecordTV/2012) e Tomas de “Cúmplices de Um Resgate” (SBT/2015). Nos palcos atuou em musicais importantes, entre eles: “Cazuza, Pro dia Nascer Feliz” (2013), “Wicked” (2016), “RENT” (2016/17) e protagonizou a montagem nacional de “Rock of Ages” (“A Era do Rock”) no final do primeiro semestre de 2017. Atualmente segue em cartaz no Teatro Renault, no papel do carteiro Rolf Gruber, crush de Larissa Manoela em “A Noviça Rebelde”.
Ex-namorado da atriz Myra Ruiz? Amante da cultura geek? Cover de Green Day? Hora de conhecer um pouco mais de Diego Montez!
01 – Acesso Cultural – Tarde de fotos no ‘Beco do Batman’. Além de ser um lugar que respira arte de rua tem o nome de um super-herói. E você é supergeek! Conta pra gente sobre suas coleções e quais personagens da cultura geek você mais gosta?
Diego Montez: Eu sou!! Tinha uma coleção de quadrinhos em Cotia que tive que me desfazer quando mudei pra SP. Ganhei uma grana boa no sebo, rs. Eu coleciono Funkos faz tanto tempo… e o meu favorito é sem dúvida um personalizado da Angel (minha personagem em “RENT”), que eu ganhei e guardo até em uma estante diferente. Agora, escolher UM personagem da cultura geek é tão difícil! Essa resposta vai ser bem ‘siri com toddy’, mas vou ficar com: L de “Death Note”, Olaf de “Desventuras em Série” e Jubileu de “X-Men”.
02 – AC: Além de turístico, o Beco virou point para ensaios de editoriais de moda. Como é a sua relação com a moda e o seu estilo? O que não pode faltar no seu guarda-roupa?
DM: Eu confesso que era mais ligado nisso antes. Hoje em dia opto pelo conforto mesmo, mas gosto de roupas que animam meu dia. Exemplo: Estou respondendo essa entrevista na fila da prefeitura, olho para minhas meias com desenhos de burritos e tacos e já melhora meu humor. Acho que meias. Meias não podem faltar.
03 – AC: Tanto para fazer o príncipe Fiyero (“Wicked”) e a drag Angel (“RENT”) você precisou perder vários quilos. Como funciona sua rotina e alimentação nesta fase pré-estreia?, para um ex-gordinho não deve ser nada fácil.
DM: A questão é que eu amo comer. Não é nem algo compulsivo, mas sou muito disciplinado e focado. Para Angel foram 8 quilos. Perdi muito músculo, massa magra. Dois dias por semana eu tomava apenas líquidos para trazer o visual que eu sentia que faria aquela personagem comunicar mais. Quando fui pro “Chacrinha” pude recuperar o corpo com mais calma; voltei pra academia de fato só quando entrei no “2 Filhos de Francisco”. É uma luta!
04 – AC: Você já comentou que participa de um grupo no whatsapp onde estão os intérpretes de Angels pelo mundo. Como foi essa relação e troca de experiências pré, durante e pós-participação em “Rent no Brasil”?
DM: Nos falamos no mínimo semanalmente até hoje. Até porque enquanto estava em cartaz, apenas Luís e Ronny (México e Panamá) estavam simultaneamente. Mas somos em muitos e trocar fotos, áudios e conhecimentos sobre foi algo muito enriquecedor para meu trabalho. Luís eu já conhecia, pois havia feito “Wicked” lá no México. Ele foi o único que conheci pessoalmente e tenho um contato maior e amizade.
05 – AC: Em “Wicked”, alternadamente você fazia par com Myra Ruiz (Elphaba), uma das suas melhores amigas. Imagino que seja engraçado a hora do beijo na boca e fazer o casalzinho apaixonado. Como era isso para vocês? Tem alguma história hilária de bastidores ou que aconteceu em cena que você pode compartilhar com a gente?
DM: Acho que ela me mata! (risos), mas são muitas histórias. Myra e eu fomos namorados antes de amigos (!) então ainda tem esse fator. Beijar sua melhor amiga, 10 anos depois e verde é indescritível. Só sei que ela riu e ficou um tempo no beijo para o público não perceber, porém a segurança que ela me deu, sendo a titular e ali minha estreia de Fiyero, sem preço.
06 – AC: Depois do estrondoso sucesso de “Wicked”, veio o protagonista de “A Era do Rock” no papel do Drew Boley, um aspirante a roqueiro. Você já teve o sonho de ter uma banda de rock também? O que mais te identificava com o Drew?
DM: Eu sonhava em fazer “Rock Of Ages”. Amava a peça e assisti 6 vezes na Broadway. Nunca me imaginei como Drew, confesso. O Lonny era o personagem que me atraía! Mas depois de conhecer ele “de perto”, descobri tantas coisas em comum. Eu tive uma banda cover de Green Day no colégio. Não deu muito certo, claro.
07 – AC: Diferente de outros filhos de famosos, você optou por mudar uma letra do sobrenome e a entonação. Por que?
DM: Eu nunca quis me desligar dos meus pais. Seria impossível. Sempre quis ter minha própria identidade e “Montez com Z” já tava na família, então eu segui com ele. Tenho muito orgulho da trajetória dos dois.
08 – AC: Falando em família, quando criança você já demonstrava a mesma veia artística dos pais? Quando você decidiu ser ator eles te incentivaram a seguir carreira? Lembra dos primeiros conselhos?
DM: A real é que eu queria ser roteirista e estar por trás das câmeras. Tanto que entrei – e me formei – em Rádio e TV pra isso. Mas minha mãe queria que tivesse uma segunda opção, então ela me colocou na escola de teatro. Sim, a segunda opção que minha mãe escolheu pra mim foi ser ator. Então ela é a culpada!
09 – AC: Você transita entre TV e teatro, acostumado a fazer os dois ao mesmo tempo. O que te fascina em cada um?
DM: Teatro tem a reação imediata do público. Receber de volta a energia que você emana é único. E na TV o atrativo é o novo: novas tramas, novas relações, reviravoltas inesperadas. Além de seu trabalho alcançar mais pessoas obviamente. Os dois me dão um retorno MUITO gratificante.
10 – AC: E quando veio a paixão pelo teatro musical?
DM: Aqui a culpada é a Myra! Eu já amava o gênero, mas não tinha muito contato. Quando fui chamado para um teste de musical e fui correr atrás para estudar canto e dança – já estava me formando ator no (Centro de Artes de Educação) “Célia Helena’. No “Teenbroadway” – escola de teatro musical de Maiza Tempesta – conheci muitas pessoas que eram apaixonadas por musicais e com muita bagagem. Myra era uma dessas pessoas e me ensinou muito.
11 – AC: Agora você também é um youtuber, vamos falar de “Topa Tudo Por Diego”. A ideia do nome brincando com o título do programa do seu padrinho Sílvio Santos surgiu rápida ou ficou entre outros nomes? Para quem ainda não assistiu nenhum vídeo, como você apresentaria o canal? Desafio: Escolha somente 1 vídeo para enaltecer e postarmos aqui.
DM: Preciso confessar: o título não é meu. Na verdade, eu tinha pensado exatamente em TOPA TUDO POR DIEGO, mas como passa muita coisa ruim na minha cabeça, achei melhor deixar pra lá. Foi quando pedi ajuda para uma amiga que considero genial, Thati Lopes. Thati é uma atriz que sempre foi inspiração pra mim. E ela falou: “porque você não brinca com isso, com suas raízes…Topa Tudo por Diego hahaha”. Então bati o martelo. O canal mudou muito durante as três temporadas. Tem alguns vídeos que tenho muito carinho por: gosto dos de “Reação aos strips de Rebelde”, gosto muito do “Coisas que não se pede a ninguém” porque considero um serviço público (risos). Como citamos muito ela nessa entrevista, vou deixar aqui o “UMA PALAVRA, UMA MÚSICA” com Myra Ruiz. (assista o vídeo na íntegra no rodapé)
12 – AC: Nos vídeos do canal, você comenta de um livro que está escrevendo, pode falar mais sobre ele?
DM: Quanto ao livro, é uma ficção infanto-juvenil, prometi pra mim mesmo que desse ano não passa.
13 – AC: Agora você está em cartaz na nova montagem do musical “A Noviça Rebelde”. Como é fazer par romântico com Larissa Manoela, o casal Rolf Gruber e Liesl von Trapp?
DM: Eu já conhecia a Lari. Havíamos trabalhado juntos em “Cúmplices de Um Resgate” (SBT). No primeiro dia de ensaio já me senti tão confortável com ela, aprendo tanto… Eu espero que as pessoas sintam a mesma diversão e leveza que a gente teve no processo de criação.
14 – AC: No filme “A Noviça Rebelde”, entre o amor/proteger Liesl e a razão/dever com os nazistas, Rolf fica do lado da razão. Você já esteve em alguma situação que a razão falou mais alto?
DM: Eu raríssimas vezes escuto a razão (risos). Mas preciso dizer que o tempo tem me mostrado que a melhor coisa é definitivamente o equilíbrio.
Uma publicação compartilhada por Diego Montez (@dimontez) em 25 de Mar, 2018 às 5:09 PDT
15 – AC: Após tantas conquistas, o que você diria para o pequeno Diego de Cotia?
DM: Um dos melhores clichês que já li: “Faça. Vão te criticar do mesmo jeito”. Ah! E estude. Ah!! E estude dança também. E Ah! Vai ter uma galera que vai querer te bater no segundo colegial, evite a escola nas primeiras semanas de setembro.
Em breve Diego também poderá ser visto na nova série jovem do SBT com Disney Channel, chamada “Z4”. Mais um vilão vindo por aí na carreira do ator, entretanto vamos deixar para falar dessa novidade mais perto da estreia, marcada para segunda quinzena de julho.
Fique ligado aqui no Acesso Cultural, porque ainda esta semana postaremos a segunda parte da entrevista, divertida e com perguntas bem inusitadas, assim como o “Topa Tudo Por Diego”!!
Após dez anos da primeira montagem, “A Noviça Rebelde“, espetáculo de Charles Möeller e Cláudio Botelho, está em cartaz na capital paulista, no Teatro Renault.
Foto: Daniel Teixeira/Estadão
A história se passa um pouco antes da Segunda Guerra Mundial e tem como protagonista a noviça Maria, uma jovem que ama cantar. Por não se adequar às regras do convento em que vive, ela é contratada para trabalhar como governanta na casa do Capitão Von Trapp e cuidar de seus sete filhos. Através da música, a noviça traz a alegria de volta à família.
O musical estreou em 1959 no Broadway e nos cinemas, em 1965, sendo protagonizado por Julie Andrews. No Brasil, a primeira montagem também foi assinada por Charles Moeller e Cláudio Botelho. A atriz Malu Rodrigues, que há dez anos interpretou Louisa, retorna ao espetáculo desta vez no papel principal: a noviça Maria. Linda, e com uma voz doce e marcante, Malu hipnotiza o público que mergulha de imediato no espetáculo. As clássicas canções ganharam um novo frescor na sua voz e a cumplicidade com o elenco infantil é construída durante o espetáculo com muita naturalidade.
O time de artistas é muito bem escalado. Gabriel Braga Nunes interpreta bem o rígido Capitão Von Tropp. Marcelo Serrado e Alessandra Verney fazem uma bela dupla. As cenas dos dois são sempre agradáveis e exaltam o talento cômico dos atores, principalmente de Verney, que está perfeita como Elsa Von Schraeder. O elenco infantil é encantador, as crianças são bem espertas e a sincronia dos números musicais surpreende. Larissa Manoela e Diego Montez convencem como Liesl e Rolf. A principal cena dos dois reflete bem a magia do primeiro amor. Nábia Villela, Roberto Arduin e Gottsha também merecem aplausos.
Produzido por Möeller & Botelho e Atelier de Cultura, “A Noviça Rebelde” fica em cartaz até 27 de maio. Vale muito a pena conferir!
Serviço:
Teatro Renault – Av. Brig. Luís Antônio, 411, Bela Vista, tel. 4003-5588. 1.500 lugares. Qua. a sex.: 21h. Sáb.: 16h e 21h. Dom.: 15h e 20h. Até 27/5.
Como resolução de ano novo. Se você é de São Paulo ou está pela cidade em Janeiro do ano que vem, diria que é quase obrigatório pra quem gosta de teatro, assistir a montagem de Rent que está em cartaz no Teatro Frei Caneca, às terças e quartas, às 21hrs.
Não sou fã de musicais. Acompanho, assisto, mas não tenho embasamento ou respaldo suficiente para discorrer muito sobre o gênero, porém de Rent eu entendo. Assisti na Broadway na semana final de apresentações, 2008 em Buenos Aires e o revival de 2011 no circuito off-broadway. Posso me considerar um Rent-head – como chamam os aficionados pela obra de Jonathan Larson. Então vou tentar me distanciar o máximo dessa minha condição que, na verdade, me colocava numa posição confortável para torcer o nariz, uma vez que a montagem não é uma réplica.
Ninguém me convidou. Assim que soube eu comprei meu ingresso no site e fui assistir a última performance do ano, na última quarta-feira (21). Cheguei cedo e sentei quase no centro, de frente para o simples cenário que pode chocar quem espera um cenário Broadway. Quando os atores ocuparam o palco – no melhor sentido da palavra ocupação – eu sorri ao ver barracas iguais as que eu via ocupadas por moradores de rua quando morei em Nova York no começo dos anos 2000. Eu sabia que pelo menos o cenógrafo já tinha sacado algo da essência.
Quando comecei a procurar os personagens na cena inicial, tive a sensação de ver alguns amigos depois de muito tempo. O Roger que eu conhecia tava lá, mas não como eu lembrava. O Mark não tinha cachecol e a Mimi tava de moletom. Mas tudo bem, porque a Mimi que eu conhecia usaria um moletom. E eles começaram.
Vou tentar ser sucinto e também não ser um grande estraga prazeres porque, de verdade, estou fazendo um apelo para que assistam e tirem suas próprias impressões. O que acontece nessa montagem é: todos eles entenderam a peça. A peça que eu amo. Não eu, jornalista e professor de teatro. Eu, Luca, o fã. Que viu o documentário, filme, vídeos mil e morou perto do Village.
Eu não sei quem é o produtor de elenco desse espetáculo, mas esse profissional deveria ser ovacionado. O trio protagonista é maduro, técnico e, ao mesmo tempo, emocionam. Mark de Bruno Narchi pode ser mais melancólico do que estamos acostumados e isso gera um contra ponto interessantíssimo com o energético Thiago Machado.
Crédito : Caio Galucci (Reprodução/ Facebook)
Mauro Sousa me fez torcer pelo Benny boa parte da história e Myra Ruiz – que tive o prazer de ver na semana anterior como Elphaba no musical Wicked, que saiu de cartaz no Teatro Renault – me surpreendeu como uma Maureen única e bem construída. Nenhum momento se deixa levar pelo vozeirão para deixar de contar a história. Diego Montez tem que ser visto. Esse garoto tem que ser visto por críticos, por drags, por fãs… A Angel está viva, está lá de verdade, fora da forma e plena. Sua cena hipnotizante antes do solo avassalador de Max Grácio, no segundo ato, é um delicioso e certeiro soco no estômago.
Por último eu quero falar da minha parte favorita da peça: o coro. Ou ensemble. De maneira ponderada e inteligente, todos mostram seu talento e competência dentro de uma feliz unidade que conta história. Eu vi tantos amigos da época do meu intercâmbio, a empresária psicótica (excelente!), o pintor viciado e a mendiga que gritava obscenidades na frente da NYU. Todos lá. Quanta riqueza.
O único quesito que distancia a gente é a parte técnica, que ainda precisa passar por alguns ajustes, deixando o público incomodado por querer entender por vezes coisas que as personagens falam e não conseguindo, por conta de som ou iluminação que não favorecia. Mas espero que consigam reverter.
Façam esse favor a vocês, um espetáculo sobre amor, feito claramente com amor. E é tão difícil achar profissionais assim, com esse interesse. Uma gema!
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