Entrevista com Caio Lira, a nova aposta do POP nacional




Por Rodrigo Bueno

Publicitário e amante do audiovisual, Caio Lira tem a música presente em sua vida desde pequeno, já que seus pais também são músicos, mas foi aos 12 anos que ganhou um teclado deles e começou a estudar. Com o tempo, veio a técnica, o aperfeiçoamento do talento e, só agora, aos 22 anos, que o artista resolveu investir nessa trajetória.

Foto: Divulgação

“Acredito que a música une e conecta as pessoas de uma maneira incrível e meu desejo é construir um vínculo com o maior número de envolvidos possíveis, para espalhar amor, esperança e dizer: estamos juntos!”, conta Caio, que acaba de fechar contrato com a Sony Music. “Sempre foi meu sonho compartilhar com as pessoas através da música situações da minha vida, podendo ajudar e somar na vida de alguém de alguma forma.” Recentemente, o cantor lançou o seu single de estreia “Eu Te Falei“, que já está disponível nas principais plataformas digitais de música. 

Conversamos um pouco com o Caio para saber mais sobre esta nova fase de sua vida. Confira!

Acesso Cultural: Como é a sensação e quais são suas expectativas ao estrear no POP num momento tão aquecido?

Caio Lira: Minha expectativa é fazer o que eu amo e transmitir a minha verdade através das letras. Que isso de alguma forma gere identificação e leve algo positivo pra alguém!

AC: Além do seu single “Eu Te Falei”, o que mais tem ouvido nos últimos tempos?

CL: Tenho ouvido muito Troye Sivan, o novo álbum do Shawn Mendes e Sigrid. Entre as produções brasileiras, tenho ouvido muito as novidades da Iza e do Jão.




AC: Como foi todo o trabalho de produção de “Eu Te Falei”? Conte um pouco mais pra nós!

CL: Trabalhei com pessoas incríveis do meu lado para produzir a música e o clipe. Dirigi praticamente tudo, então foi um processo bem cansativo mas muito prazeroso. Muitas horas pensando em cada arranjo da música e em cada take do vídeo pra no final poder sorrir orgulhoso e compartilhar tudo com muita satisfação.

Foto: Divulgação

AC: Qual sua opinião sobre, nos dias de hoje, fazer trabalhos musicais assim, com uma mensagem a ser passada, na forma de lutar para algo através da música?

CL: Acho essencial enxergar a música desta forma. Com propósito! Fico feliz que existam compositores sem medo da vulnerabilidade e enxergá-los compartilhando experiências e reflexões que exerçam um impacto positivo na vida das pessoas.

Entrevista com a Youtuber Fê Longoni




Por colaboradora Anyelle Alves

Fê Longoni para quem não conhece, é uma youtuber de 20 anos que aborda em seus vídeos assuntos que relacionam criatividade e cotidiano, conseguindo assim se aproximar do seu público através do carisma. 

Foto: Arquivo Pessoal
Com seu jeito alto astral e vídeos que despertam a vontade de criar e a curiosidade de seus espectadores através do seu canal intitulado “Femingos”. Tendo o carinho de quem a acompanha pelas redes sociais e pelos seus vídeos, se sente realizada por conseguir produzir um conteúdo relacionado ao que ama e ao mesmo tempo despertar nas pessoas o lado bom da vida criativa.

Nessa entrevista Fê nos conta mais sobre como é a vida de um produtor de conteúdo e como é ser artista para ela.

Acesso Cultural: Porque você decidiu ser youtuber?

Fê Longoni: Sempre assisti vídeos e me interessava demais pela produção de conteúdo e decidi criar meu canal, para colocar as coisas que eu gosto, as coisas que eu faço, que eu gostaria de assistir e ainda não tinha e também para encontrar outras pessoas que gostam das mesmas coisas que eu, para assim se eu tivesse sorte, encontrar uma comunidade.

AC: Você acredita que desperta no seu público um lado mais criativo?

FL: Acabou que eu foquei meu canal nesse aspecto de vida criativa, porque eu amo muito
esse lado e a amplitude que ele tem, dá pra explorar muita coisa nele e também porque eu poderia me desafiar através dele, sair da minha zona de conforto e assim criar a vida que eu quero ter. Porque eu acredito que isso é que é ter uma vida criativa, você criar sua própria vida. E pela resposta do público eu estou fazendo algo certo, pois estou conseguindo incentivar e inspirar outras pessoas. Acho muito legal isso das pessoas assistirem a jornada de alguém e despertar a vontade de querer mais, buscar mais e ser mais e eu acho que eu tenho conseguido despertar isso.

AC: Como funciona para você a criação de um vídeo? De onde vêm as ideias?

FL: Para criar o conteúdo eu sempre penso no que eu gostaria de assistir e está dando muito certo. Sempre buscando assuntos que gosto e que ainda não vi ninguém falando sobre isso, coisas que me agradam e que outras pessoas também podem gostar.

Foto: Arquivo Pessoal
AC: Como é conciliar a vida pessoal com a exposição na mídia? É difícil se envolver
com novas pessoas e criar amizades?

FL: A única mudança que percebi com a exposição é que quando eu conheço uma pessoa nova, algumas vezes ela já me conhece da internet e acaba sabendo muito da minha vida enquanto eu não sei nada sobre a dela. No começo foi muito estranho, mas agora eu acabei me acostumando. Minha tática é sondar o que a pessoa já sabe e também mostrar coisas novas para assim criar uma conexão. Até hoje tem dado tudo certo, acabei conhecendo muitas pessoas do mesmo meio, fazendo assim com que eu conhecesse muito da vida dela e ela da minha, criando assim uma empatia e ficando mais fácil de abordar assuntos em comum.

AC: Você traz um pouco da sua formação profissional para os vídeos, você acha que
isso auxilia no alcance ao público?

FL: Eu acabei envolvendo minha graduação no meu conteúdo porque eu percebi que isso era algo que faltava ainda na internet, faltava muito conteúdo falando sobre faculdade, sobre o cotidiano dela e os conteúdos que a mesma tem. Ainda mais sobre meu curso de design, que foi algo que eu procurei muito quando eu estava na época de vestibular e eu não achava, então foi mais uma coisa que eu queria assistir e eu trouxe para o meu canal.

AC: Qual sua opinião sobre a frase “ser artista não é profissão”?

FL: Minha trajetória prova o contrário sobre isso. Acho isso bem engraçado, pois na época que eu fui fazer os vestibulares eu procurei coisas que eu era boa e eu cheguei a conclusão que eu sou criativa, era a única coisa que eu conseguia me classificar e perguntei pra mim mesma “O que eu sou?” e respondi, sou uma artista. E nisso chegamos aos dias de hoje, onde eu consegui criar um nicho no youtube, um grupo que é baseado na arte, criando assim minha própria carreira, pois mesmo o youtube já existindo eu pude criar meu conteúdo através dele e hoje posso dizer que eu consigo ganhar dinheiro com a minha arte.

AC: Para as pessoas que querem ser youtuber ou querem seguir algum ramo artístico, qual sua dica?

FL: Seja você mesmo, a arte se trata disso, ela se trata de expressividade. Cada pessoa é única e é tão bom você poder ser você, cada pessoa é seu próprio superpoder, por isso eu também falo que no youtube não há competição, porque mesmo tendo várias pessoas, cada uma é de uma forma. Eu sou a Fê Longoni e não há ninguém no youtube que também possa ser a Fê Longoni, porque eu tenho o meu próprio jeito, minha personalidade está envolvida nisso. Eu pesquisei muito para saber o porque meus youtubers favoritos, eram meus favoritos e descobri que era por conta da pessoa deles, da personalidade deles e isso vale para qualquer ramo artístico, pois todos requerem um carisma, as pessoas se identificarem com você.

AC: Quais são seus planos para o futuro?

FL: Pretendo crescer no meu canal, sendo cada vez mais criativa, criando coisas que ninguém pensou em ver no youtube, mudar o jeito de fazer vídeo, misturar áreas diferentes, trazer coisas diferentes da nossa realidade, mais artísticas, mais malucas, mais opções criativas e interessantes, coisas que as pessoas não tem contato e querem saber mais, quero elevar ao máximo essa questão da criatividade, mas para isso eu mesma tenho que me desconstruir, sair da caixa e assim alcançar isso, algo que é muito difícil mas faz parte dos meus planos.

Entrevista com Fabiano Okabayashi – Dono do Canal Maquiagem de Homem




Por colaboradora Anyelle Alves

Fabiano Okabayashi é um dos pioneiros na questão de criação de conteúdo para homens, aborda um tema que por muitos é considerado “coisa de mulher” que são truques de beleza, moda e lifestyle voltados ao público masculino.

Foto: Arquivo Pessoal

Como sempre foi interessado no assunto optou por criar o canal para compartilhar experiências e dicas de cuidados para homens, pois via que esse assunto era – e ainda é- um tabu para muitos. Mas quem pensa que seu público alvo são só homens, está enganado, suas ideias são tão boas que ele logo conquistou o público feminino que aproveita para aprender cuidados gerais (pele, cabelo, etc…) como também profissionais que querem saber como melhor atender o público masculino.
Nessa entrevista Fabiano conta como é para ele tratar esse assunto diariamente e a exposição diária.
Acesso Cultural: Como surgiu a ideia de criar um canal sobre beleza masculina?
Fabiano Okabayashi: Sempre fui muito vaidoso, sempre gostei de mudar de cabelo, estilo, etc. E sempre acreditei que essas mudanças poderiam ser feitas pelos homens e não se destinavam somente para elas. Então, porque não dividir essas experiências com outros homens? Assim nasceu o Maquiagem de Homem, um canal de beleza masculina. Onde eu compartilho homens as possibilidades e truques para mudar o visual e ficar mais bonito!
AC: Com um conteúdo geral, qual é o seu principal público alvo? 
FO: Meu publico alvo são homens de todas as idades, LIVRES e ansiosos por dicas e truques para ficar mais bonito. O consumo de beleza pelos homens vem aumentando a cada dia! Eles estão percebendo que existem sim, dicas, canais, cosméticos para eles e que faz bem a ele se sentir mais bonito!
Foto: Arquivo Pessoal

AC: Pela temática escolhida, quais os principais problemas enfrentados, tanto na questão do preconceito, quanto na formação do conteúdo?
FO: Para nossa felicidade não sofremos com isso! Em alguns momentos surgem alguns comentários indesejados, mas meus próprios seguidores se encarregam de elimina-los, rs! Tenho um time ótimo! Como disse antes, meu publico são homens livres e que sabem o que quer! Quem ainda tem preconceito em relação a cuidados masculinos é porque ainda não tem informação suficiente sobre este novo homem.
AC: Como é sua rotina como produtor de conteúdo? Essa mesclagem de pessoal com o profissional atrapalha ou auxilia nos seus projetos futuros?
FO: O MDH começou como todo canal, um hobby conciliado com um trabalho. Tenho duas empresas além do MDH e digo que não é uma tarefa fácil administrar tudo, afinal o Maquiagem de Homem virou mais uma empresa, então precisamos tirar no minimo 5 horas por dia para nos dedicarmos a produção de conteúdo, responder mensagens, ajudar os seguidores, responder emails, reuniões, etc. O Maquiagem de Homem funciona igualzinho a uma empresa, só que é beeeem mais legal! 🙂
AC: Quais projetos você tem para o futuro?
FO: Cada semana recebemos um e-mail e pensamos: Uau! Como estamos crescendo! Cada dia temos mais empresas nos apoiando e trazendo projetos incríveis! Temos um projeto para o próximo ano, mas ainda é segredo! Entretanto nosso principal  objetivo é fazer com que essas informações deixem o homem mais livre e feliz com seu próprio corpo!

Entrevista com Klara Castanho




Por colaboradora Anyelle Alves

Klara Castanho é atriz e está presente nas telas brasileiras desde 2006. Atualmente com 17 anos tem muitos planos para o futuro na profissão. Mesmo com pouca idade tem um currículo que envolve televisão, cinema e teatro, além de diversos prêmios por esses papeis.

Foto: Divulgação
A atriz ficou conhecida por seu papel em “Viver a Vida”, quando ainda era criança e desde então cultiva essa paixão por atuar. Confira abaixo a opinião da Klara sobre sua vida como atriz e dos desafios que teve de enfrentar para chegar onde está no momento.

Acesso Cultural: Klara, como foi para você começar a atuar tão cedo?

Klara Castanho: Eu costumo dizer que não conheço outra vida. Eu amo o que eu faço, então independente da idade, eu sempre estava feliz fazendo isso.

AC: Como é para você ter que enfrentar uma rotina como atriz e conciliar com os estudos, família, amigos, entre outros tópicos mais básicos?

KC: Sempre foi super tranquilo, porque quando eu era mais nova, todos os meus trabalhos já priorizavam os estudos e essa vivência, e tudo era muito bem organizado. E agora, que
eu já não estudo mais, minha família me ajuda com data, eles vão pra onde eu estou, ou
se eu conseguir, eu volto a Santo André… Funciona bem!

AC: Com 17 anos você já possui muitos prêmios como atriz, como é para você ser reconhecida pelo seu trabalho mesmo tão jovem? Ser reconhecida atrapalha sua vida pessoal?

KC: Nãooo!!!! De nenhuma forma! Eu sou extremamente grata por todos eles, e por todo o
reconhecimento que eu recebo, mas sempre fui muito preparada em casa pra encarar
tudo isso, então isso jamais me dá um gás pra deslumbrar.

Foto: Arquivo Pessoal
AC: Atualmente temos muitas novelas focadas no público infanto-juvenil, com enredo que envolve crianças em diversos papeis. Você acredita que foi a pioneira no requisito vilã-mirim, com a novela Viver a Vida?

KC: É um pouco pretensão dizer que eu fui pioneira, até porque eu usava A Órfã como referência, mas sinto que a Rafa chamou atenção por ser uma novela em canal aberto.

AC: Migrando entre teatro, televisão, cinema e outros, você já fez diversos papeis, qual é o melhor meio desses para se trabalhar e por quê?

KC: É injusto eu dizer qual o melhor. Eu me sinto à vontade em aspectos diferentes nessas três “frentes”, mas minha casa é a TV, mesmo amando minhas experiências fora dela.

AC: Qual trabalho realizado por você até o momento é o seu favorito?

KC: Eu sempre costumo dizer que é o último, por ser o mais recente na minha cabeça, e na cabeça do público, mas todas as minhas personagens agregaram igualmente na minha
vida.

AC: Mesmo sendo jovem e com uma carreira ainda pela frente, quais são seus projetos para o futuro?

KC: Que eu já possa contar, o filme “O Tudo Por um PopStar”, que agora tem data de estreia pra outubro, e mais dois projetos maravilhosos que por enquanto eu não posso
divulgar!

Brechós: A Alternativa que deu certo




Por colaboradora Anyelle Alves

Atualmente o crescimento do índice de vendas de lojas de produtos reutilizados, ou como comumente chamamos brechós, vem aumentando cada vez mais em comparação aos anos anteriores. A procura vem sendo tanta que a maioria tem até sua própria mídia para divulgação de produtos.

Foto: Divulgação
Pensando nesse aspecto, conversamos com a Luanna uma das donas da TROC, um brechó especializado em roupas de boa qualidade de diversos tamanhos, que trabalha com o recebimento de peças do próprio público, assim como também diversas influenciadoras como: Karina Milanesi, Bel Pimenta, Maju Trindade, Helena Lunardelli, entre outras.

Qual é o principio básico que toda loja de roupas reutilizadas deve ter?

Acredito que não existe apenas um princípio básico a se adotar, mas sim alguns. Ao desenvolver um business como o nosso, precisamos trabalhar com a conscientização da população para que antes de mais nada haja uma quebra de paradigma.

Sabemos que não faz parte da cultura dos brasileiros em massa utilizar roupas usadas, mas através da conscientização da necessidade de fazer algo para mudar o mundo (nem que isso gere apenas consequências futuras), através da cultura de atitudes sustentáveis é possível quebrar esse paradigma e trazer mais e mais pessoas para adotar o second-hand.

Quais critérios vocês analisam em uma peça para integra-la a loja?

Um dos pontos mais característicos do TROC é o processo de analise das peças. Temos uma lista de marcas aceitas (mais de 1000 marcas integram o rol) além de um politica de qualidade. Não aceitamos peças com qualquer tipo de marca de uso, como bolinhas, zíper emperrado, manchas. Nossa equipe é altamente treinada para rejeitar e anunciar a venda peças que não estejam no padrão TROC.

Como é o perfil do público que vocês atingem atualmente?

Nosso publico principal forma-se por mulheres de 24-35 anos. Trabalhamos com marcas categorizadas como básicas (Zara, Forever21, Mango), Premium (Animale, bo.bô, Bobstore) e luxo (Chanel, Valentino, Prada) e isso nos faz ter um público bem variado.

Henrique e Luanna – proprietários da TROC – Foto: Divulgação

Em sua opinião, qual o motivo do crescimento da procura por brechós?

Somos entusiastas da cultura do second-hand. Ficamos felizes cada vez que aparece um novo brechó tomando espaço no mercado e em nossa opinião, quanto mais business surgirem no seguimento, melhor será para todos, já que hoje a maior barreira a ser quebrada é da cultura negativa de roupas usadas.

Qual é a redução do impacto no meio ambiente que uma loja de roupas reutilizadas tem em comparação com uma fabricante?

É difícil falar qual é a redução direta do impacto. Tudo varia do tipo de peça que estamos falando e da forma de sua fabricação. Mas ao adquirir uma peça usada, estamos dando mais vida útil à roupa ou acessório que estaria guardada no guarda roupas. Se esse item, para ser criado, já danificou o meio ambiente, então que seja utilizado ao máximo para fazer vale a pena. A grande parte das peças que temos no TROC foram utilizadas pouquíssimas vezes. É muito gratificante ver mais de 35 mil peças em nosso barracão e pensar que antes do TROC elas estariam PARADAS no guarda roupa de alguém, mas agora terá uma destinação. Todo ano é comprado R$135 bi na indústria fashion, mas apenas aproximadamente 20 a 30% é utilizado. Portanto aproximadamente R$95 bi poderia ser revendido no mercado second-hand. Que loucura né?

Porque uma pessoa deveria optar pelo brechó ao invés de uma loja de primeira linha?

Temos que mudar nosso conceito de brechó. O TROC veio para desmistificar isso! Não precisamos pensar em ambientes escuros, com mal cheiro, com roupas de avós que precisam ser “garimpadas”. Hoje temos brechós que trazem coleções atuais, peças atemporais, de marcas desejo e de qualidade inquestionável. No TROC se pode encontrar peças das mesmas coleções que estão nas lojas. Isso mesmo! Algumas mulheres usam as peças apenas uma vez e já nos enviam para anunciar. Elas têm consciência de que não usarão novamente e já criam oportunidade de outras mulheres usarem com tanto prazer quanto elas! Fantástico né?

A TROC é uma das entusiastas dessa nova era assim como outras empresas que trabalham no ramo que vale a pena conhecer, pois além de ser um lugar para se encontrar peças raras, também é uma forma de economia.

Entrevista com Vânia Pajares




Por Nicole Gomez

Vânia Pajares já foi responsável por grandes sucessos que passaram pelo Brasil. Se você assistiu O Rei Leão, My Fair Lady ou até mesmo Mudança de Hábito e se apaixonou, Vânia foi uma das grandes responsáveis pela magia acontecer! Atualmente, ela está atuando em A Pequena Sereia. Se você quiser conhece-la e se emocionar, o espetáculo está em cartaz no Teatro Santander! 
Foto: Divulgação
Conversamos um pouco com a maestrina para saber mais sobre a jornada que a tornou uma das grandes profissionais do teatro musical. Confira:
Acesso Cultural: Você foi e continua sendo responsável por reger grandes musicais. Pode dizer qual deles foi mais desafiador e por quê?

Vânia Pajares: My Fair Lady, em 2007. Porque foi a primeira superprodução de Teatro Musical que eu regi e porque estreei no dia 08 de Março, Dia Internacional da Mulher: um manifesto do poder feminino. Ou seja, uma tremenda responsabilidade e um enorme desafio.
AC: Existe algum espetáculo que você ainda sonhe em reger? Conte um pouco!
VP: Tem vários! Para listar alguns: School of Rock, Matilda, Sweeney Todd, Chicago… Não tenho uma preferência por determinado estilo, apenas amo boa música e boa dramaturgia. E sempre me apaixono pelo Musical que estou regendo.
Em Mudança de Hábito – Foto: Arquivo Pessoal

AC: Qual momento você acha que é mais especial para você em um espetáculo? 
VP: O show como um todo é especial em todos os momentos. Porém, quando subo ao pódio da regência e peço a afinação da Orquestra, logo em seguida há um momento em que faço uma oração silenciosa onde, além de me concentrar ainda mais no show que tenho pela frente, declaro minha intenção de que tudo que faço ali é para servir a um propósito muito maior do que as palavras conseguem explicar. Dessa forma tento ser um instrumento melhor e mais limpo para canalizar a energia maravilhosa da Arte que tenho a honra e o privilégio de executar com toda a companhia.
AC: Conte um pouco sobre o processo de preparação, desde que você recebe o trabalho, até o momento em que os espectadores assistem à apresentação.
VP: Um brevíssimo resumo, já que se trata de um processo trabalhoso, meticuloso e altamente especializado. Depois que recebo o convite para ser a Diretora Musical de um show, começa um longo trabalho de estudos da obra e da concepção do espetáculo: é uma gestação… Em seguida, muitas reuniões com a equipe criativa e produção e então acontecem as audições para escolha de elenco e da orquestra. 
Agenda definida, dois meses antes da estréia começam os ensaios de elenco e um mês mais tarde os de orquestra. No Ensaio à Italiana, o Elenco se junta à Orquestra. E depois de muitas horas de ensaios juntos, envolvendo todas as equipes técnicas do show, temos a nossa primeira pré-estréia com público, Coletiva de Imprensa, Estréia Vip e estréia oficial. Em seguida a temporada oficial e ensaios de manutenção do show durante a mesma.
Durante a apresentação de ” O Rei Leão” – Foto: Arquivo Pessoal
AC: Já aconteceu alguma situação inusitada durante alguma de suas apresentações? 
VP: Muitas e muitas vezes. Ainda escreverei um livro: “Memórias do Fosso”…
Algumas situações: o público ainda se espanta em ver uma mulher regente. Em todo show alguém me aponta como se visse um aparição: ” Olha ! É uma ‘maestra’.”
Perguntam no intervalo entre os atos: ” é você a maestrina? Você é profissional? Você é maestrina de verdade?” Isso porque estou no pódio de regência, toda paramentada, com a batuta na mão e o primeiro ato já acabou, ou seja, me viram regendo. Já respondi cordialmente que sou profissional o bastante para ser aprovada pela Disney.
Uma vez enquanto eu regia a Exit Music, uma senhora me abraçou! Imagine a situação, já que obviamente fico de costas para o público… Mas é o meu trabalho que tanto amo! E lidar com essas situações com bom-humor faz parte dele.
Foto: Arquivo Pessoal