PODCAST #AC: Venha ouvir o nosso quarto TOP5!




Por colaborador: Cristian César

Como nas últimas semanas, nós do Acesso Cultural temos o orgulho de apresentar as cinco matérias que mais bombaram na semana que passou.

Foto: Divulgação

Hoje, temos resenha do filme “Submersão”, o anúncio dos óculos baseados no nosso bruxinho preferido “Harry Potter”, as nossas dicas de cinco cantoras italianas que você precisa conhecer, entrevista com o ator e humorista Gustavo Mendes e também a gravação da ópera rock dos Titãs.

E aí? Gostou? Então descubram quem se destacou e se divirtam com o nosso quarto podcast. Confira!

Entrevista com Hugo Bonemer, o advogado Theo da série Natália!




Por Nicole Gomez

O ator Hugo Bonemer, reconhecido por papéis importantes na TV e no teatro, está atualmente na série Natália, como o advogado Theo Villaça Jr. Conversamos um pouco com Hugo sobre seu personagem e o resultado você confere aqui!

Hugo Bonemer em cena da série Natália | Foto: Luciano Xavier

Acesso Cultural: Como foi o processo de preparação de seu personagem? Quais foram suas maiores inspirações?
Hugo Bonemer: Meu irmão é advogado e me ajudou a me aproximar do idioma jurisdiquês.

AC:Como você recebeu a notícia de que iria interpretar um advogado na série Natália?
HB: Recebi um convite direto da produtora de elenco, a Marcela Altberg.

Wagner Santisteban e Hugo Bonemer | Foto: Luciano Xavier

AC: Olhando pelo ponto de vista de Theo, qual você acredita que seja o maior desafio em seguir uma carreira honesta em um ambiente claramente tomado por interesses que prevalecem em detrimento de outros?
HB: O de abdicar dos privilégios indiretos dos quais fazemos uso. Quando você começa uma jornada heroica para livrar a vida da corrupção, percebe que ela é entrelaçada nos nossos hábitos diários.

AC: Qual é a maior lição que o personagem Theo te trouxe? Há alguma coisa que você aprendeu com ele, que te ajudou ou continua ajudando na vida?

Hugo Bonemer vive o advogado Theo | Foto: Luciano Xavier

HB: Ele entende quando uma historia amorosa tem seu fim e sai dela de forma muito elegante. Achei isso incrível nele.

AC: Para você, qual a importância de trazer à tona por meio da série, temas tão importantes como a discriminação racial, o preconceito de modo geral e até mesmo a corrupção, que está tão em pauta nos dias de hoje e como figuras como o Theo são essenciais para que essa realidade mude?

HB: Esses temas são discutidos porque é sobre o que o público deseja conversar hoje. Existe uma onda de conservadorismo que não deseja um mundo melhor, mas ela não resiste a uma população em crescimento que critica velhos hábitos que não funcionam mais, e deseja um futuro mais afetuoso entre pessoas diferentes.


Foto: Luciano Xavier

Não perca Natália! A série tem exibição na TV Brasil, às 21h15 e na Universal Channel às 20h.

Entrevista com Carol e Vitoria, a nova sensação do Youtube




Por Nicole Gomez

O fenômeno das redes sociais, Carol e Vitoria acaba de lançar seu novo single “Mais que um Verão”. Além de serem um grande sucesso no Youtuber, acumulando incríveis números de visualizações e de inscritos, a dupla terá sua música na trilha sonora da novela ’As Aventuras de Poliana’, do SBT.

Foto: Divulgação

Conversamos um pouco com a Carol sobre temas como carreira, inspirações e futuro. Confira!

Acesso Cultural: Como surgiu a ideia de ingressar na carreira artística? Como vocês começaram, criando canções em forma de “respostas” para outras?

Carol: Começamos a gravar juntas por perceber que o público preferia a gente como dupla. Os vídeos separadas não tinham tanta repercussão e engajamento quanto os vídeos juntas. Somos muito ecléticas então ouvimos de tudo, inclusive o Funk, mas começamos a perceber que algumas letras não nos representavam e objetificavam muito a imagem da mulher, então começamos a fazer versões com o ponto de vista feminino e galera curtiu muito.

AC: Qual a expectativa de vocês para o lançamento do primeiro single autoral, “Mais que um Verão”?

C: A música já foi lançada nas plataformas e teve uma repercussão bem boa! Estamos muito felizes que a galera esteja curtindo, e hoje, esperamos que o clipe também seja bem recebido pelos fãs.

Foto: Divulgação

AC: Como foi receber a notícia de que a música de vocês estaria na trilha sonora de “As Aventuras de Poliana”?

C: Ficamos muito animadas em ter uma música nossa na trilha sonora da novela, achamos que vai ter tudo a ver com o enredo da novela, o pessoal vai curtir.

AC: Na opinião do duo, qual a responsabilidade de figuras públicas como vocês, alertar temas tão importantes como o empoderamento feminino?

C: Somos mulheres, bonitas, fortes e independentes que cresceram ouvindo que devem ser a mudança que querem no mundo, então vamos continuar levando a mensagem do amor, do respeito e da igualdade sempre em nosso trabalho, para contribuir na construção do futuro que desejamos.

AC: O que os fãs podem esperar para os próximos passos de Carol e Vitória, na carreira?

C: Podem esperar para ver muito som autoral, vamos continuar com as tão amadas versões no canal, mas queremos muito que o pessoal também conheça Carol e Vitória pelo trabalho que elas próprias escreveram.

Foto: Divulgação

Deixem um recado aos fãs de vocês, que acompanham o Acesso Cultural.

Muito obrigada pelo carinho, por acompanhar cada vídeo, por vibrar com as nossas conquistas e estarem sempre com a gente, sem vocês nada desse sonho teria se tornado realidade! Amamos vocês.

Confira o clipe de Mais que um Verão:

Da Bahia para o mundo: conheça a trajetória do humorista Luiz França




Por Brisa Albuquerque

Ele tem França no sobrenome, Bahia no sangue e Japão no coração. Luiz França, ator e comediante nascido na cidade de Senhor do Bonfim, interior baiano, não pára. No Brasil coleciona parcerias de sucesso com o stand up 3Tosterona, há 18 nos em cartaz, ao lado de Robson Nunes. E, desde 2008, organiza “caravas” com outros humoristas brasileiros rumo ao Oriente. 


Foto: Divulgação
O jeito simples e carismático de falar revela um artista sensível às causas sociais do país e uma personalidade colaborativa que ajuda os amigos de profissão a levarem a alegria para os palcos mundo afora. Confira a entrevista exclusiva:
De onde vem esse sotaque? Os nordestinos têm tradição no humor, com grandes talentos como Chico Anisio, Tom Cavalcante, Renato Aragão…

Eu sou uma mistura, sou um baiano, criado no Rio que vive em São Paulo. Tenho cabeça de nordestino, não tem por onde escapar.

Em 2018, o stand up 3Tosterona completa a maioridade. Como surgiu esse espetáculo?

O projeto do 3Tosterona começou entre três comediantes: eu , Robson Nunes e  Roni Castro em 2000. Mas o Roni saiu e entrou o Diogo Portugal. O Diogo Portugal saiu e entrou o Danilo Gentili. O Danilo Gentili também saiu. Decidimos então ficarmos nós dois e o terceiro elemento sempre ser um convidado.  Os textos são individuais ou em conjunto. Não sentamos para escrever, eu e o Robson começamos o show e o texto vai surgindo. Improvisamos o tempo todo.

Hoje você é dono do Beverly Hills, em Moema, uma casa que entrou para a história do humor brasileiro…

O Beverly Hills foi o primeiro comedy club do Brasil onde eu e Robson Nunes fizemos nossa primeiras apresentações. O Clube da Comédia também começou nesse bar com o Rafinha Bastos, Marcela Leal, Marcelo Mansfield.  Esse ano queremos que a casa funcione de terça a domingo, com shows durante a semana toda.


Luiz França e Robson Nunes | Foto: Nando Jr.
Você testemunhou os primeiros passos de Danilo Gentili. Como foi o início da carreira dele?

Posso dizer que fui uma espécie de “padrinho” do Danilo Gentili. No início dos anos 2000, estávamos com um show no Beverly Hills e o Danilo pediu uma oportunidade, queria ‘dar uma canja’. A gente não quis dar muita abertura porque não conhecia  o trabalho dele. Não era essa loucura que é hoje em que as pessoas têm coragem de falar. Demos uns cinco minutos pra ele se apresentar e ele foi muito bem. O público adorou. Na semana seguinte pedimos para o Danilo voltar e sentou na cadeira, com um texto novo, e mandou muito bem. 

Como podemos rir em meio a tantos acontecimentos tristes no nosso país?

O mercado de comédia no Brasil está muito aquecido porque o brasileiro está cheio de problemas e rir é a melhor válvula de escape, melhor que brigar pelas ruas. A grande sacada do ser humano é brincar com o que não é favorável. Os políticos se acham ‘costas quentes’, qualquer bobagem que fazem até mesmo no trânsito já falam: ‘sabe quem eu sou?’ Essa mentalidade está impregnada na cabeça deles, se acham os intocáveis. Vai levar um tempo para colocar toda essa turma na cadeia e o Brasil viver uma sociedade melhor. Todo mundo trabalha muito e vê os caras roubando pra caramba, ficamos indignados.

A corrupção é uma matéria-prima para seu trabalho? Dizem que o Brasil é o país da piada pronta.

Engraçado sua pergunta porque todas as sextas-feiras tenho um show no Teatro Renaissence, em São Paulo, e preciso fazer humor com temas da semana. E sempre caía em assuntos de política. Dois meses seguidos falando desses caras de Brasília e decidi criar piadas de outros assuntos porque está todo mundo angustiado, querendo ver o Lula, o Temer presos. Deve ter político bom por aí mas os que estão no comando são os piores, são bandidos que merecem ir pra cadeia. Quero fazer piada desses caras quando estiverem atrás das grades. Vai ser uma lavagem da alma.

E você também lava a alma quando está nos palcos? O humor é uma terapia pra você?

Eu viajo muito e tem dias que fico exausto a ponto de mal conseguir ficar em pé. Mas tenho que fazer o show, é meu trabalho. Eu me apresento e no final do stand up vem uma energia inexplicável que nem parece que estava cansado, a gripe some….

Brisa Albuquerque e Luiz França | Foto: Nando Jr.

Como estão as turnês pelo Japão?

Desde 2008 já levei quase quarenta comediantes para o Japão entre Paulinho Serra, Nany People, Fabio Porchat, Mauricio Meirelles, Fábio Rabin, Léo Lins, Leandro Hassum, entre outros. Eu sou o primeiro comediante brasileiro a se apresentar no Japão. Os brazucas acompanham tudo pela internet e muitos brasileiros nunca mais regressaram para o nosso país. Esse projeto aproximou muito esse público com os humoristas do Brasil.


Robson Nunes, Luiz França, Paulinho Serra e Bento Ribeiro | Foto: Nando Jr.

Como será o lançamento do “Pela Madrugada”, seu primeiro DVD solo?

Em 2017, decidi finalmente gravar meu primeiro DVD solo. É um show de stand up de uma hora e quinze minutos com participação do Danilo Gentili na abertura. No DVD eu falo sobre minha trajetória até minha primeira viagem para o Japão. O lançamento será dia 17 de março com dois shows em Tóquio e Gunma. Depois viajo para a região de Nagoya. A transmissão do lançamento no Japão será ao vivo pelas redes sociais de Luiz França. É só segui-lo em @lfranca. 

O show 3Tosterona está em cartaz todas as quintas-feiras, no Bar Jack&Joe´s, em São José dos Campos. O valor do ingresso é R$30,00, reservas pelo número 12 3203-4004.

Entrevista Projeto #Elenco60: Fhilipe Gislon




Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Fhilipe Gislon

Por Leina Mara


Divulgação/60! Doc. Musical – Caio Gallucci


Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo, “60! Década de Arromba – Doc.Musical volta ao Theatro NET Rio para uma curta temporada! Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer. 

“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.

No intuito de continuar apresentando ao público um pouco mais sobre o elenco, voltamos com o projeto #Elenco60 divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista com Fhilipe Gislon.

            Divulgação/Foto: Caio Gallucci

Conte-nos um pouco mais sobre sua carreira e trajetória no teatro musical?

Sempre fui um ator muito curioso. Sempre me interessei em buscar coisas novas e conhecer gêneros diferentes. Na maioria das vezes me encantava quando conhecia algo novo e sempre tinha muita vontade de fazer aquilo também, e corria atrás até conseguir. Com o Teatro Musical não foi diferente. Conheci o gênero em 2010, já trabalhava com teatro há um tempo, fiquei encantado, e prometi a mim mesmo que eu faria daquilo a minha vida. Dai em diante comecei a estudar mais a fundo, e aprimorar todas as ferramentas que eu precisaria ter para trabalhar com teatro musical. Em 2012, morando em Curitiba, fiz audição para uma montagem acadêmica de “Les Misérables”, sem nem conhecer muito a obra e sua importância dentro do meio. Dias depois, recebi uma ligação dizendo que eu tinha sido escolhido para interpretar o personagem “Marius”, e começava aí minha carreira como ator de musical, e minha paixão pelo gênero e por aquela obra. Foi uma experiência incrível e muito especial que guardo pra sempre dentro do meu coração. Depois disso segui meu caminho estudando teatro, canto, dança e todas as variáveis artísticas possíveis. Minha carreira profissional no teatro musical começou em 2015 quando fiz minha primeira grande audição em SP para o espetáculo “Chaplin, O Musical” e passei, sendo este meu primeiro musical profissional. Uma experiência incrível e inovadora onde convivi com pessoas maravilhosas e já super experientes no meio, que me ajudaram e ensinaram muito. Depois que Chaplin terminou continuei morando e estudando em SP, até surgir a oportunidade de entrar no 60! , esse espetáculo maravilhoso que faço até hoje! 

Como Marius em montagem acadêmica de “Les Misérables” – Foto: Arquivo Pessoal


Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator? 

Eu acho que o que mais me inspira a seguir essa carreira é a arte em si e o que ela pode comunicar, ou causar nas pessoas. O que me leva a admirar um artista é o que ele causa em mim quando aprecio sua obra. Sou muito movido pela música, e na maioria das vezes pelas melancólicas, apesar de ser uma pessoa super extrovertida e alegre. Acredito muito na arte e o olhar poético e sensível de Alexandre Nero, que antes de ser um ator muito famoso, já tinha uma carreira artística muito bonita. Vejo que hoje em dia ele sabe transitar muito bem entre o ser comercial sem ter que abandonar o ser artista que ele sempre teve dentro de si, e isso é algo que me inspira. Sempre admirei muito Claudia Raia também, antes mesmo de saber o que era musical, quando só a via na TV mesmo, e depois que a conheci, ela se tornou alguém muito inspiradora também, pela pessoa doce que é, pela disciplina e determinação. A vida foi muito boa comigo de ter me colocado nas mãos dela, que foi quem me abriu a primeira porta para o mercado profissional de teatro musical. 

Mas quem realmente me inspira muito profundamente são alguns dos meus colegas de trabalho. Sempre tão batalhadores e estudiosos, que buscam dar o melhor de si para apresentar um bom trabalho, se realizar artisticamente, ser pessoas de bem que possam viver fazendo o que mais amam. Que buscam sempre ir além do que podem, para alcançar objetivos e sempre sonhando. Quando encontro pessoas assim no meu caminho, elas sim, tornam-se inspiração pra seguir em frente na carreira de ator. 


Em Chaplin, O Musical | Foto: Caio Gallucci

Existe algum papel que ainda almeja interpretar? 

Nossa, muitos! Acho que ainda tenho tanto a fazer e muito a aprender! Quero muito trabalhar com cinema nacional, com teatro clássico, com musical, quero fazer muitas coisas. Tenho muita vontade de participar de uma montagem profissional de “Les Misérables”, que foi o espetáculo que me abriu as portas para esse meio, e é minha paixão até hoje! Mas também tenho muita vontade de participar de montagens profissionais de “Into The Woods” e “Sweeney Todd”. 


Cartaz do curta “Feriado” – Foto: Arquivo Pessoal

Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – Doc. Musical? 

R: O 60! Foi uma grande surpresa na minha vida. Eu entrei na peça em junho do ano passado para fazer uma substituição. Tudo aconteceu muito rápido, eu fiz o teste e fui aprovado, 5 dias depois eu tinha que estrear.  Tive 5 ensaios para pegar o show inteiro. Ensaiava o dia todo no teatro, e de noite ia pra casa e ficava estudando tudo na frente de um espelho. Mas tudo correu bem e foi muito prazeroso e divertido. Eu não teria conseguido sem a ajuda dos meus colegas Victor Maia, Marcelo Ferrari, Rodrigo Morura e Leticia Mamede que me ajudaram muito. 

Qual sua parte favorita no musical? Por que? 

Antes de ingressar ao elenco eu já tinha assistido ao espetáculo 4 vezes, e desde lá já tinha minhas partes favoritas, que são as mesmas até hoje! Eu amo muito a cena do “Filme Triste”, que as meninas choram, pela interpretação brilhante da Amanda Doring e afinação surpreendente das meninas. Sou apaixonado pela cena em que as Barbies Negras cantam Jackson’s 5 porque sempre gostei muito de Michael Jackson, e achei brilhante a concepção e ideia da cena. E minha cena favorita do espetáculo sempre foi “Barbie e Ken” por que me encantava muito o trabalho corporal da Fernanda Biancamano e do Marcelo Ferrari que pareciam bonecos de verdade em cena, e é a cena que hoje tenho o prazer de fazer!


Como Ken em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão


Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?

Me sinto lisonjeado de ter essa oportunidade. A cada dia que passa eu a admiro mais, pela garra e força que ela tem. Ela é um doce de pessoa, muito muito forte e batalhadora. Conviver com Wanderléa é uma aula todos os dias. Queria que mais pessoas da minha geração pudessem conhecer seu trabalho e história de vida. 

Quais seus planos futuros?

Pretendo continuar seguindo em frente, investindo em mim e na minha carreira, e correndo atrás dos meus sonhos. Espero aprender muito mais do que imagino que possa, e viver mais experiências incríveis como essa que estou vivendo atualmente! 

Em seu solo “Esqueça” em 60! Década de Arromba | Foto: Julio Leão

Do canal Parafernalha para o AC, Mariana Rebelo nos conta um pouco sobre sua vida




Por colaborador Cristian César

Esbanjando humor e acidez em seus vídeos, Mariana Rebelo vem dando cores ao YouTube com suas atuações. São quinze anos de carreira, uma graduação, uma pós-graduação e um currículo para ninguém botar defeito.  


Foto: Denis Alves

Além de atriz, Mariana é dubladora, roteirista e diretora; se sente em casa quando está no teatro e produz textos excelentes. Desde muito nova desejou ser independente, saiu de sua cidade (Barra do Piraí-RJ) para enfrentar a capital carioca, tudo para buscar seu verdadeiro destino e exercer aquilo que sonhava.  

Nesses quinze anos de carreira a atriz já atuou, produziu roteiros fez parte da produção de programas humorísticos como o “Tô de graça” e “Os suburbanos” do Multishow, escreveu, atuou e dirigiu dois espetáculos próprios e agora se dedica a projetos tanto de escrita quanto de atuação.

Quando está incorporada em uma de suas personagens, Mariana imprime a imagem de uma mulher dura, ríspida e sem paciência. Viajando sempre entre o humor ácido ao humor tradicional. Mas será que ela é assim também no seu dia a dia? Nós do Acesso Cultural fizemos uma entrevista com Mariana Rebelo para saber mais sobre sua vida profissional e pessoal, vamos lá!  

Foto: Serginho Carvalho

Acesso Cultural (AC): São quinze anos de carreira, uma graduação e uma pós… Dentro desse espaço de tempo, qual foi a experiência que marcou sua vida?  

Mariana Rebelo (MR): Eu amo tudo que faço, acho que tudo aquilo a que me entrego é marcante, porém o teatro ganha uma força maior nesse sentido. Ter escrito, produzido e atuado na peça “Versão de 2” foi com certeza uma experiência muito grande em minha carreira. Vivi um misto de sentimentos, a insegurança de não saber se meu texto seria aceito pelo público foi um deles. Mas atuar em um espetáculo produzido e escrito por mim foi sem sombra de dúvidas algo muito marcante em minha carreira. Tive essa mesma sensação quando dirigi, ajudei no roteiro e atuei no espetáculo da “Parafernalha” e também no infantil “As aventuras de Pedro” que foi eleita umas das cinco melhores peças infantis do Rio de Janeiro do ano de 2015. Não consigo dizer qual dessas três foi mais importante, mas estar no ao vivo, é desafiador. 

AC: Atriz, roteirista ou dubladora? Existe uma preferência entre alguma dessas três profissões que você exerce?   

MR: Gosto muito da dublagem, mas ainda considero um desafio. Admiro os bons dubladores. Também amo escrever, acho mágico ver alguém interpretando um texto meu. Amo de paixão escrever humor, tanto pela acidez quanto pelo senso crítico que há nele. Mas minha paixão mesmo é atuar, dentre as três se eu tivesse que escolher uma, seria atuar. 

AC: Como foi estar na produção da novela “Joia Rara”?    

MR: Foi uma participação pequena, mas foi muito bom. Fui muito bem recebida por todos. Lembro que era uma cena de perseguição e a novela era de época então os carros antigos custavam a pegar, foi ali que conheci o ator Domingos Montagner, que faleceu precocemente, minha cena era com ele e outros atores. Na hora do almoço pude conversar com o Domingos e apesar do brevíssimo tempo de contato que tivemos, vi que era realmente um ser humano maravilhoso e tudo aquilo que falam dele. Ele foi gentleman, um querido comigo, me entristeci muito com sua morte.  Mas voltando à pergunta…. Foi uma experiência muito bacana estar ali, me sentir numa época na qual não vivi, foi ótimo. Nunca havia feito nada de época, gostei muito. 


Foto: Serginho Carvalho

AC: Em suas atuações é perceptível um humor ácido, a Mariana é assim naturalmente ou apenas seus personagens são? Como você é em seu cotidiano?  

MR: Eu sou muito “na minha”, calada, reservada, um pouco tímida, mas não acho que chego a ser tímida (risos). Esse humor ácido está presente sim dentro de mim, porém solto só com quem tenho intimidade. Se tem algo que me define em meu dia a dia é “na minha” (risos).  

AC: Ser atriz é um sonho desde de criança?  

MR: Tudo foi acontecendo devagar, cursei turismo antes de ser atriz. A atuação foi algo que cresceu naturalmente dentro de mim e eu só deixei acontecer, mas sim, desde muito nova já fazia cursos nessa área. 

Foto: Serginho Carvalho

AC: Sua família sempre te apoiou em suas escolhas profissionais? Como foi a relação deles com o seu trabalho?  

MR: Sempre me apoiaram em todas as minhas escolhas. Tudo foi acontecendo naturalmente, desde muito nova saí da minha cidade e eles me ajudaram financeiramente aqui na capital do Rio de Janeiro. Se não fosse eles nada disso seria possível. 

AC: Tem algum filme que você considere como o filme da sua vida?  

MR: Sempre quando me perguntam isso eu fico confusa, porque na verdade eu não consigo eleger um só (risos) Mas um filme que eu gosto muito e que recomendo para todo mundo é “Relatos Selvagens” que são histórias curtas e que tem uma temática implícita sobre até onde vai o limite do ser humano, é um humor ácido, uma tragicomédia, são situações super trágicas, mas que são conduzidas de uma maneira que provocam o riso. Por isso, talvez esse seja um longa que eu goste e indique, me deixou com a sensação de “Eu queria ter escrito esse filme”. 

AC: Aproveitando o ensejo, existem planos para o cinema?  

MR: Eu quero muito fazer cinema, fiz uma pequena participação, ano passado, num filme protagonizando por Luis Lobianco, e colaborei com roteiro de um outro longa recentemente. Acho que todo ator sempre quer fazer cinema. porém se não for convidada eu aproveito essa minha onda de escrever e escrevo um para mim (risos). Deixo aqui aberto, quem quiser me convidar para fazer um longa, estou aceitando (risos).

AC: Quais foram suas inspirações para seguir sua carreira? E na música? Quem foi?   

MR:  Assim, foi tudo surgindo tão naturalmente que eu não sei dizer quem me inspirou. No meu trabalho de atriz eu busco algo mais naturalista, independente da personagem. É uma linguagem que eu gosto e acredito. Admiro muito atores que trabalham com esse viés, por exemplo, a Meryl Streep que não precisa nem de legenda, ela consegue ser dramática e engraçada sem ficar caricata. Sou apaixonada também pela Cate Blanchett. Sua personagem em “Blue Jasmine” do Wood Allen é maravilhosa. Super dramática, porem cômica ao mesmo, sem exageros . No Brasil uma inspiração para mim seria a atriz Marília Pera. Atriz brilhante que conseguia manter um naturalismo e ser hilaria e dramática ao mesmo tempo. Para mim essas três são as minhas inspirações. Já musicalmente falando, sou muito eclética, mas gosto muito de música calma. Amo “Beirut” que é super performático e instrumental mas tem um estilo mais lento, não gosto de música barulhenta (risos). Melodias melancólicas me encantam, a canção “Elephant Gun” narra muito dessa minha preferência. 

AC: Dentre tantos personagens já feitos, existe alguma que é sua preferida?  

MR: Sobre personagens não tenho nenhum predileto, gosto de narrar a realidade. Tem uma personagem que é uma mãe desempregada. Ainda não usei publicamente. Ela já está em uma idade que não tem mais pudor com as coisas, sabe? Ela não se preocupa com o que os outros vão falar, não precisa ser hipócrita… É uma personagem de identificação.  

AC: Existe possibilidade de retorno do espetáculo da Parafernalha ao teatro?  

MR: Hummm… Por enquanto sem planos.

AC: Se você fosse viajar agora, qual seria seu destino?  

MR: Acho que a Tailândia, queria conhecer a cultura e as belezas naturais de lá.  

AC: E para encerrar, como surgiu o canal Parafernalha em sua vida?  

MR: Surgiu o convite por indicação de dois atores amigos meus, sem querer, ao mesmo tempo. O Fábio Nunes e o Cézar Maracujá. Eles me indicaram, fiz os testes e estou na Parafernalha desde o final de 2012.  


Foto: Serginho Carvalho

Mariana é uma atriz com nome já reconhecido no mercado e possui uma vasta experiência. Querem acompanhar o trabalho dela? Sigam-na no Instagram e no Facebook, é só procurar Mariana Rebelo que vocês encontrarão, e no Youtube, poderão se divertir com os vídeos da Parafernalha.