Conheça um pouco mais do elenco do musical 60!, Década de Arromba – Doc. Musical, através de entrevistas semanais. Esta semana, saiba mais sobre o ator Marcelo Ferrari.
Por Leina Mara
Foto: Divulgação/60! Doc. Musical
Após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, em 2016, “60! Década de Arromba – Doc.Musical” repete o feito também em São Paulo, com temporada prorrogada no Theatro Net São Paulo.
Estrelado pela representante maior da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa, o espetáculo é dirigido por Frederico Reder, com roteiro e pesquisa de Marcos Nauer.
“60! Década de Arromba – Doc. Musical” utiliza ferramentas de documentário (fotos, vídeos e depoimentos reais), somadas a cenas, textos e canções apresentadas ao vivo por 24 atores/cantores /bailarinos para contar a história da década de 1960.
No intuito de apresentar ao público um pouco mais sobre o elenco, divulgaremos um especial semanal de entrevistas com os atores. Esta semana o AC entrevista o ator multitalentoso Marcelo Ferrari.
Marcelo Ferrari,começou seus estudos de interpretação, canto e dança aos 8 anos de idade na Escola Livre de Artes Cênicas do Teatro Municipal de Santos. Em São Paulo iniciou bacharelado em Teatro pela Universidade Anhembi Morumbi; cursou o “TeenBroadway”, workshop de musicais dirigido por Maiza Tempesta; estudou canto com Rafael Villar e dança na Escola de Ballet Cisne Negro e Studio 3. No Rio de Janeiro continuou os estudos de canto com Danilo Timm; dança e sapateado, no Centro de Arte Nós da Dança, com a coreógrafa Regina Sauer; interpretação para TV no Art Cênicas com direção de Antônio Amâncio.
Entre os principais trabalhos destacam-se em teatro: A Ostra e o Vento; Quero à Lua e O Despertar da Primavera, da Cia. de Teatro experimental Fúrias. Nos musicais protagonizou BARK com direção de José Possi Neto, que lhe rendeu destaque como Ator Revelação de 2010 pelo Estadão na coluna de Ubiratan Brasil; fez a versão brasileira do musical HAIR da dupla Möller e Botelho. Foi o fantasma Martim na série Julie e os Fantasmas do canal Nickelodeon, série indicada ao Emmy de melhor série infanto-juvenil. Foi o Pinóquio na versão brasileira de Shrek o musical. Também viveu o baixista Dé Palmeira em Cazuza o musical, de João Fonseca. Fez parte do elenco de ‘O Primeiro Musical a Gente Nunca Esquece’ com direção de Rodrigo Nogueira e, atualmente, está no elenco de 60! Doc Musical interpretando o boneco Ken, entre outros personagens, com direção e produção de Frederico Reder.
AC: Que artistas te inspiraram a seguir a carreira de ator ? Existe algum papel que ainda almeja interpretar?
MF: Difícil escolher uma pessoa que represente essa minha motivação pela arte, o teatro em si já é meu combustível, mas claro que guardo grande admiração por alguns que me inspiram. Recentemente assisti Marco Nanini em Ubu Rei e fiquei maravilhado com tanta genialidade em cena, com certeza ele é um dos meus preferidos. Em relação a algum papel que almeje, com certeza existe rs, senão eu poderia parar tudo agora, acho que sempre existirá um novo desafio e eu adoro isso. Em musicais, viver Pippin seria um sonho; e também tenho muita vontade de interpretar Trepliov, do texto “A Gaivota” de Tchekhov.
Em cena na versão brasileira do musical HAIR da dupla Möller e Botelho – Foto: Divulgação
AC: Como foi o seu processo para 60! Década de Arromba – doc. Musical?
MF: Foi muito desafiador, assustadoramente gratificante, rs. Dividir palco com um elenco de grandes vozes, interpretar sucessos que marcaram uma época e ainda estão ‘frescos’ na memória do público, foi engrandecedor em vários sentidos. Fomos também muito bem direcionados pela equipe criativa que nos preparou durante esses 2 meses de ensaios, Frederico, Tony, Victor e Alessandra souberam amarrar tudo e nos dar muita segurança no palco, além de ser muito divertido, porque a gente rala mas também dá muito risada, é uma delícia.
AC: Qual sua parte favorita no musical? Por quê?
MF: Os números “Splish Splash” seguido de “Filme Triste”, brilhantemente cantados por André Sigom e Amanda Doring. Acho que é um bloco da peça onde se consegue criar uma dramaturgia (historinha), que me lembra muito Grease e eu sou apaixonado por esse universo.
Em seu numero de maior destaque de 60! “Decada de Arromba”, no qual interpreta Ken, cantando a música “Gostoso Mesmo é Namorar” de Celly Campello – Foto: Divulgação
AC: Qual a sensação de trabalhar ao lado de Wanderléa?
MF: É um acontecimento. Ainda fico muito bobo quando ela fala comigo como ‘parceira de cena’, tipo me puxa na coxia e diz “Marcelo, olha, adorei o Ken, me emocionei.” ; ela é mesmo a ‘Ternurinha’ como dizem, extremamente generosa, tem uma energia incrível, uma luz diferente, além de ser MUITO cheirosa,rs (a gente já sente o perfume quando passa na frente do camarim dela rs). Admiro a forma dela de se comunicar em cena, a propriedade com que diz cada palavra nas músicas, é lindo!
Como o baixista Dé Palmeira em Cazuza o musical, de João Fonseca – Foto: Léo Aversa
AC: Quais seus planos para o futuro?
MF: Espero continuar estudando, criando e vivendo de arte, sendo desafiado por obras que me encantem e comuniquem cada vez mais. O ator tem uma função social muito importante de criar, provocar, promover o debate; a arte em si tem essa função. E eu espero poder continuar a emprestar meu corpo, minha energia, minha voz e minha alma por essa missão.