Espetáculo Consentimento estreia no Sesc Belenzinho

Priscila Prade

Priscila Prade


Em resposta ao recente aumento de casos de violência contra a mulher em todo o mundo – sobretudo no Brasil –, o espetáculo Consentimento, da premiada autora inglesa Nina Raine, propõe uma discussão afiada e universal sobre o sistema judicial, que acaba culpabilizando as vítimas dos crimes sexuais. A peça ganhou uma versão brasileira dirigida e idealizada por Camila Turim, que também está no elenco, com co-direção de Hugo Possolo, fica em cartaz até 6 de novembro. A montagem brasileira, que tem tradução de Clara Carvalho, traz no elenco Anna Cecília Junqueira, Camila Turim, Flavio Tolezani, Guilherme Calzavara, Helô Cintra Castilho, Lisi Andrade e Sidney Santiago.

O texto, uma tragicomédia de humor ácido que dialoga com temas urgentes e universais, estreou no National Theatre de Londres, na Inglaterra, e, desde então, ganhou várias encenações ao redor do mundo. No Brasil ela é inédita.

“É um dos textos contemporâneos mais brilhantes que já li, uma peça que consegue ser impactante, contundente, dolorosa, afiada e divertida. É como se pudéssemos vivenciar as contradições de uma geração que hoje chega aos 40 anos refletindo sobre o espírito do nosso tempo. É, também, pessoalmente uma peça em legítima defesa. Minha terceira produção sobre uma das últimas instâncias das violências que o corpo da mulher atravessa: o estupro”, comenta a diretora Camila Turim.

A trama do espetáculo acompanha casais de amigos que compartilham entre si opiniões sobre um caso de estupro, no qual o agressor alega ter tido o consentimento da vítima para a relação sexual. Essas opiniões são confrontadas com as atitudes de cada um dos personagens em suas vidas privadas. As relações entre os casais da peça se aprofundam a ponto de revelar um cotidiano que ultrapassa as pequenas agressões. Entre festas, encontros e audiências jurídicas, o limite entre o pessoal e o profissional das personagens começa a ser borrado e as certezas vão perdendo contorno.

Sobre esses personagens complexos e contraditórios, Turim pontua: “Elas e eles são protagonistas que se debatem entre suas escolhas nas suas vidas públicas e privadas. Entre seus discursos e seus desejos. O universo da justiça é o palco para um jogo desumano de estabelecer a força da narrativa que vence, numa construção de retóricas muitas vezes tão cruel que nos leva ao riso. Na berlinda estão as mulheres vítimas de violência sexual, revitimizadas por um sistema que não as acolhe”.

Consentimento aprofunda a discussão sobre como o sistema judiciário muitas vezes é incapaz de reconhecer os limites entre o estupro e a relação sexual consentida, culpabilizando a vítima dos crimes sexuais e deixando o agressor impune. A peça traça um retrato provocativo sobre a falta de empatia e é também um cruel panorama de uma classe social privilegiada, diplomada e bem-sucedida que se considera acima do universo de crimes e violência.

Sobre a encenação

A encenação é pensada para colocar o espectador dentro da cena, convidando-o a se sentir tanto no papel de voyer como um juri popular dentro de um tribunal.

“A encenação, por meio da arquitetura cênica que dispõe o público ao redor da cena, da iluminação que inclui a plateia no acontecimento teatral e da sonoridade que delimita os espaços, busca estabelecer uma relação de reconhecimento e proximidade com os ambientes privados das casas de classe média. E, em contraposição, de testemunho no ambiente público do julgamento. A ideia é permitir o teatro na sua vocação arquetípica de fórum para que tenha sua potência aumentada pelo encontro do elenco com a dramaturgia de Raine, que nos lembra sempre que a verdade, assim como o olhar, tem pontos de vista diversos”, comenta a encenadora.

Já o co-diretor Hugo Possolo, conta sobre os desafios de discutir um tema tão importante. “Coloquei-me diante de meu próprio machismo. Minha trajetória como artista, com tantas outras vertentes de linguagem, foi convocada a se redimensionar para artisticamente expor e viver minhas próprias contradições. Nessa montagem tenho como principal tarefa me voltar à atuação, construindo os caminhos das atrizes e atores para suas personagens, respondendo às opções estéticas concebidas pela Camila. Retirado de uma condição de poder à qual me habituei, à frente de muitas direções, combinamos que minha experiência estaria a serviço de esmiuçar as diversas possibilidades de cada atuação, para chegarmos juntos ao deslocamento que a dramaturgia de Nina Raine nos oferece”, afirma.

A equipe de criação do espetáculo ainda conta com o cenário de Bruno Anselmo, trilha sonora original composta por Daniel Maia, os figurinos de Anne Cerutti, e a iluminação de Miló Martins.

Serviço

Consentimento, de Nina Raine

Temporada: 6 de outubro a 6 de novembro

Quintas, sextas e sábados às 20h e domingos às 17h

Sesc Belenzinho – Rua Padre Adelino, 1000, Belenzinho

Ingressos: R$30,00 (inteira), R$15,00 (meia-entrada) e R$9,00 (credencial Sesc)

Classificação: 16 anos

Duração: 120 minutos, com 10 minutos de intervalo

Capacidade: 120 lugares

Acessibilidade: Local acessível para cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000.
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/Belenzinho

Estacionamento

De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.

Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 12,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional.

Transporte Público

Metro Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)

CCBB apresenta o espetáculo gratuito infantil “A Futura Rainha”


Créditos: divulgação


Uma viagem ao universo da cultura popular nordestina com foco na rima, na poesia e na literatura de cordel é o pano de fundo de A FUTURA RAINHA, novo espetáculo infantil da Cia Mar, que estreia no teatro do CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL em São Paulo – com ingressos gratuitos – dia 7 de outubro, sexta-feira, 11h. A peça contada e cantada pelas atrizes Beatriz Barros e Jéssica Policastri e, pelo trio de musicistas Lua Oliveira, Camila Silva e Catarina Rossi, tem dramaturgia de Bruno Lourenço e direção de Gustavo Braunstein. A montagem traz à cena as aventuras de uma princesa muito determinada, que questiona as tradições do reino em que vive.

Contemplada pela 14ª edição do Prêmio Zé Renato de Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, A FUTURA RAINHA tem como ponto de partida a história oral registrada pelo escritor e pesquisador Ricardo de Azevedo em prosa escrita no conto A Princesa que se perdeu na Floresta. O dramaturgo Bruno Lourenço transformou a prosa do escritor em gênero literário popular: a literatura de cordel, construindo uma poesia rimada e cantada.

Em A FUTURA RAINHA, uma princesa muito teimosa e corajosa, que não gosta das histórias tradicionais de princesas e reinos, discorda do funcionamento do seu reinado e junto do seu cavalo Alazão se perde em uma aventura pelo continente. Ao visitar outros reinos, encontra-se com outras princesas e príncipes que necessitam de ajuda para enfrentar feiticeiros, monstros e tradições antigas.

No palco, as duas atrizes, que narram toda a história e ao mesmo tempo dão vida aos inúmeros personagens, são acompanhadas por músicas originais e uma cantiga de domínio público, executadas ao vivo pelo trio de musicistas com instrumentos de percussão, violão, violino e rabeca. Com direção musical de Lua Oliveira, a trilha sonora é ponto de destaque em A FUTURA RAINHA, pois mostra as influências e transformações da música nordestina.

Imaginação é uma tecnologia

Para o diretor Gustavo Braunstein, a artesania da palavra (a oralidade), bem como a musicalidade e os jogos cênicos acionam a imaginação do público. “Ativada por meio de coreografias, gestualidades, jogos cômicos e a palavra falada, rimada ou cantada, o público é convidado a construir as espacialidades da jornada percorrida pela futura rainha. A ideia é atualizar os imaginários, já que a imaginação também é uma tecnologia”, conta ele.

Para isso, o espetáculo que acontece em um grande tapete redondo, estabelece uma disposição de arena sem coxias ou cortinas onde elenco, musicistas, objetos e instrumentos musicais estarão visíveis e passíveis de desconstrução constante, assim como o imaginário de princesas que vai sendo dissecado durante toda a montagem.

A FUTURA RAINHA compreende as diversas possibilidades de cruzamentos da encenação teatral tradicional desenvolvida para o espaço do palco italiano com a estrutura dramatúrgica da cultura popular. “A montagem apresenta esteticamente um Nordeste não estratificado e canonizado no estereótipo do discurso político de seca e da fome, mas que se propõe a investigar novas construções narrativas, novas possibilidades de se contar tais nordestes, além de convocar o público  a reimaginar os espaços femininos em nossas tradições”, explica a atriz Beatriz Barros.

Serviço:

A FUTURA RAINHA

Local: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo 

Período: De 7 a 30 de outubro

Horário: Sexta a domingo, 11h

Sessões extras dias 12 e 30 de outubro, 15h | Dias 16 e 28 de outubro não haverá apresentações.

IngressosMediante retirada na bilheteria do CCBB uma hora antes do espetáculo.

Entrada Gratuita 

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: Livre (recomendado a partir de 6 anos)

Endereço: Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, São Paulo – SP 

Funcionamento: Aberto todos os dias, das 9h às 20h, exceto às terças 

Entrada acessível: Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e outras pessoas que necessitem da rampa de acesso podem utilizar a porta lateral localizada à esquerda da entrada principal. 

Informações: (11) 4297-0600 

Estacionamento conveniado: O CCBB possui estacionamento conveniado na Rua da Consolação, 228 (R$ 14 pelo período de 6 horas – necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB). O traslado é gratuito para o trajeto de ida e volta ao estacionamento. No trajeto de volta, tem parada na estação República do Metrô. As vans funcionam entre 12 e 21h. 

Transporte público: O Centro Cultural Banco do Brasil fica a 5 minutos da estação São Bento do Metrô. Pesquise linhas de ônibus com embarque e desembarque nas Ruas Líbero Badaró e Boa Vista. 

Táxi ou Aplicativo: Desembarque na Praça do Patriarca e siga a pé pela Rua da Quitanda até o CCBB (200 m). 

Ivan Parente retorna ao universo infantil no palco e na TV


Créditos: Henrique Tarricone


Há quem conheça Ivan Parente da televisão, na pele de Lindomar, da novela “As Aventuras de Poliana”, ou reconheça sua voz de dublagens da Disney, como o Lumiére, do live-action “A Bela e a Fera” ou como o Timão, do live-action “O Rei Leão”; há também quem o conheça pelo rosto maquiado, como integrante da trupe O Teatro Mágico, ou na forma de dezenas de outros personagens, que fazem dele um dos principais nomes do teatro musical brasileiro.

Entre tantos trabalhos, ao longo de uma década Ivan mergulhou na ludicidade de diversos contos que habitam o imaginário, e encantou em papéis como Homem de Lata, Pinóquio e Capitão Gancho. Sob a direção de Billy Bond, se apresentou dentro e fora do Brasil; e agora, quando a produtora Black & Red celebra 20 anos de trajetória, ele retorna como convidado especial de “O Mágico de Oz” – que marca o primeiro musical montado pela Cia. – na pele do Mágico. A produção estreia dia 10 de setembro no Teatro Claro SP, do Shopping Vila Olímpia.

“Voltar para esse espetáculo após 10 anos fora da Cia é muito emocionante. Creio que lá eu tive a oportunidade de me testar como ator, como diretor e até como diretor musical. Não tem como apagar a influência de um artista tão importante como o Billy Bond de nossa vida. A confiança que ele depositou em mim em 2003, quando me permitiu criar uma personagem do zero, foi determinante para o que aconteceu no resto da minha carreira. Eu segui meu coração. Desde então, sempre busquei contar histórias que transformam a vida das pessoas e que, principalmente, conversam com a minha alma e o meu coração”, diz ele, que considera o Homem de Lata seu primeiro grande papel.

Com mais de 30 anos de carreira, especialmente reconhecidos por importantes espetáculos como “A Madrinha Embriagada”, “O Homem de La Mancha”, “Les Misérables”, que o consagrou melhor ator coadjuvante nos principais prêmios do gênero, e, mais recentemente “Silvio Santos Vem Aí”, onde reforçou sua veia cômica como o caricato jurado Pedro de Lara, o artista, gosta de frisar o quanto o universo infanto-juvenil permeia sua história, tendo sempre um lugar especial entre seus projetos.

“Sempre amei trabalhar com crianças. Isso fez com que eu nunca me desconectasse da minha, e também com que eu aumentasse as possibilidades das minhas personagens. Nunca tive filtro. Acho que as crianças serão os próximos adultos, ou seja, elas serão nosso próximo público. Acho importante educar e fazer com que elas se interessem por cultura, histórias e sonhos”, reflete.

Créditos: Henrique Tarricone

Ainda envolto a projetos destinados às crianças, Ivan se prepara para estrear em breve a segunda temporada de “O Piano Mágico da Ju”, exibido pela TV Cultura; no papel de Antonello, ele se junta à renomada musicista, pianista e solista Juliana D’Agostini e sua turma de bonecos, para cantar e contar histórias sobre o universo da música, com uma abordagem sempre educativa e cultural, presente em cada um dos 40 episódios inéditos.

Antecipando as comemorações dos 20 anos desde a primeira montagem no repertório da companhia, o musical O MÁGICO DE OZ – Versão 2022, dirigido por BILLY BOND faz temporada em São Paulo a partir do próximo sábado no Teatro Claro, no Shopping Vila Olímpia. No papel principal do clássico está o ator Ivan Parente. Dorothy é interpretada por Bia Jordão.  Após quase duas décadas em cartaz, entre indas e vindas em turnês pelo Brasil, e países como Chile e Argentina, o espetáculo volta à capital paulista para celebrar o centenário da atriz Judy Garland, que marcou a história do cinema de maneira única, interpretando a doce Dorothy. Cantora, atriz e uma das maiores artistas que o mundo já viu, Garland completaria 100 anos.

O Mágico de Oz, dirigido por Billy Bond, foi um dos primeiros grandes musicais a chegar no Brasil, com a estreia realizada em setembro de 2003, no Teatro Via Funchal. Naquele tempo o espetáculo já contava com mais de 40 pessoas em cena, cenários rotativos e figurinos elaborados. Os personagens principais do espetáculo ganharam quatro capas da Revista Veja. Nessa trajetória, entre os atores que interpretaram o personagem-título estão Carlos Capeletti, Diego Luri e Felipe Tavolaro. O Homem de Lata foi vivido pelo ator argentino Franco Masine (hoje na série Rebelde, da Netflix), em Buenos Aires, em 2019.

O musical transporta para o palco a obra de L. Frank Baum, de 1900, criador de um dos mais populares livros escritos na literatura americana infantil. Trata-se da história de Dorothy e seu cãozinho Totó, que são levados por um terrível ciclone de uma fazenda no Kansas, nos Estados Unidos, até o Mundo de Oz. Uma terra mágica e distante, além do arco-íris. O filme, de mesmo título, é conhecido como um dos primeiros no cinema a usar bem as cores, em uma época onde quase tudo era preto e branco. Foi também considerado o melhor filme musical de todos os tempos, pelo American Film Institute.

Italiano naturalizado argentino, Billy Bond é um dos mais talentosos diretores de musicais em atividade no Brasil, responsável por produções como Les Miserables, Rent, O Beijo da Mulher Aranha, Um Dia na Broadway, além de espetáculos que encantam famílias há anos, como Cinderella, Alice no País das Maravilhas, Peter Pan, Natal Mágico, A Bela e a Fera, entre outros.

ELENCO

Mágico de Oz – Ivan Parente
Dorothy – Bia Jordão
Espantalho – Ítalo Rodrigues
Homem de Lata – Alvinho de Pádua
Leão – Márcio Yáccof
Glinda – Paula Canterini
Bruxa Malvada / Srta Gultch – Alexandra Liambos
Tio Henry – Ivan Parente
Tia Emmy – Fernanda Perfeito
Porteiro – Renan Cuise

CRIANÇAS

Soldado – Juiz – Legista – Munchkins – Papoula
Clarinha Jordão, Laura Albuquerque, Pietro Tarricone

Pirulito Esmeralda – Papoulas
Joy Domingos e Davi Okabe

Soldados Amarelos – Esmeraldas – Papoulas
Renan Cuise, Hudson Ramos, Willian Santana, Mayla Betti e Amanda Flowers.

Soldados da Bruxa
Hudson Ramos, Amanda Flowers, Luiza Freria, Tabata Cristina, Achila Felix, Carla Reis, Marcia Freire e Isabella Morcinelli.

Macacos Alados
Willian Santana e Joy Domingos.

Munchikins – Esmeraldas- Papoulas
Achila Félix, Carla Reis, Fernanda Perfeito, Luana Martins, Luiza Freria, Nicole Peticov e Tabata Cristina.

Bebês de Colo- Esmeraldas –Papoulas
Isabella Morcinelli e Márcia Freire

Serviço

O MÁGICO DE OZ. Estreia dia 10 de setembro. Sábados às 16h e Domingos às 15h30 – Curta temporada. Indicação Etária: Livre. Duração aproximada: 100 minutos. Capacidade do Teatro: 803 lugares. Acessibilidade. Teatro Claro. Shopping Vila Olímpia – R. Olimpíadas, 360 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04551-000 – 1 Piso – Acesso A. Até 30 de outubro. u>

Reserva para grupos com Marcelo Lopes – grupos@brainmais.com / 11 94536-7083. Bilheteria aberta todos os dias das 12h às 20h.

Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Parcelamento em cartão de crédito, com juros. Não aceitamos cheques.

50% de desconto destinados a:

Cliente Claro Clube: Limitado a 4 ingressos por sessão. Necessário informar o número do CPF do titular no ato da compra e apresentação da fatura na entrada do evento. Válido nas compras realizadas na bilheteria do Teatro e site da Sympla.

30% de desconto destinado a: Cliente Rede D’Or: Limitado a 4 ingressos por sessão. Necessário informar o codigo promocional fornecido pela Rede D’Or no ato da compra. Válido nas compras realizadas no site da Sympla.

Meia-Entrada: CONFIRA AS REGRAS DA LEI https://bileto.sympla.com.br/meia-entrada/

É NECESSÁRIO APRESENTAR DOCUMENTO QUE COMPROVE O DIREITO AO DESCONTO NA ENTRADA DO ESPETÁCULO.

*O benefício prevê a reserva para idosos, estudantes, jovens de baixa renda e pessoas com deficiência de pelo menos 40% dos ingressos de meia-entrada por espetáculo.

Consulte também: https://www.documentodoestudante.com.br/

Espetáculo infantil reflete sobre a busca da felicidade


Créditos: Caique Pereira


Nos dias 27 e 28 de agosto, a Galeria Olido, em São Paulo, recebe o infantil “Um, Dois, Trem! Mergulhando em uma Aventura”, do coletivo teatral paulista Ciatreve. O espetáculo, que terá sessões gratuitas, reflete sobre a busca pela felicidade e a amizade, mostrando como as relações podem ser afetadas pela tecnologia e pelo imediatismo das redes – principalmente em um contexto pandêmico em que as crianças também passam por dificuldades para entender seus sentimentos e emoções.

Na história, a menina Amélia, que adora brincar em um trem que viaja para todos os cantos do mundo, conhece três pessoas muito diferentes: uma mergulhadora que busca uma solução para sua própria mãe voltar a ser feliz; a cientista Dra Félix, criadora de uma suposta fórmula da felicidade; e Ravena, uma mal humorada repórter (será repórter mesmo?). Juntas, elas entram nesse trem rumo ao Congresso Anual de Cientistas.

Créditos: Caique Pereira

A montagem usa o veículo como metáfora das passagens da vida, com seus altos e baixos. “Muitas crianças convivem com a ansiedade, principalmente depois de passarem por uma pandemia. Buscamos refletir sobre a necessidade de estarmos sempre perfeitos e felizes, algo também promovido pelas redes sociais”, explica Andrea Leopoldino, atriz do coletivo. A diretora da montagem, Paloma Rodrigues, completa: “Eles precisam saber que está tudo bem ficar chateado, frustrado. Somos mais do que isso”.

É o primeiro trabalho infantil do Ciatreve, coletivo independente que existe há sete anos e já passou por diversas formações. Atualmente, o grupo é composto pelas artistas Andrea Leopoldino, Kels Sousa, Leticia Vilela e Milena Lopes, que convidam colaboradores de acordo com os novos projetos, como no caso de Paloma Rodrigues. A diretora trabalhou recentemente com Carla Candiotto, artista reconhecida pela jornada no teatro para crianças. Paloma conta que utilizou recursos do teatro físico em alguns momentos da peça. “São entradas pontuais de fisicalidade e os objetos cênicos também nos ajudam muito a contar essa história de aventura”, explica.

Serviço

“Um, Dois, Trem! Mergulhando em uma Aventura”

Quando: dias 27 e 28 de agosto, às 16h

Onde: Galeria Olido (sala Paissandu) – Avenida São João, 473, centro. São Paulo/SP

Capacidade: 139 lugares

Classificação etária: a partir de 4 anos

Duração: 60 minutos

Quanto: Grátis (retirar ingressos no sympla

Carlinhos Brown estreia Musical “Paxuá e Paramim e o Novo Planeta Azulzinho”


Créditos: João Tatu


Carlinhos Brown levará para os palcos seu projeto infantil, que apresenta de forma lúdica e educativa personagens da cultura e do folclore brasileiro. O musical “Paxuá e Paramim e o Novo Planeta Azulzinho”, que estreia neste sábado (20), no Teatro Liberdade, em São Paulo, conta com direção artística de Gringo Cardia, roteiro de Stella Miranda e direção de André Gress. As músicas são de autoria de Brown e da cantora Milla Franco. O espetáculo comemora os 10 anos de existência do projeto, idealizado em parceria com Andrea Mota, e que é pensado para toda a família.

“O musical chega aos palcos em um momento muito especial em que todo o planeta se recupera de grandes perdas e onde nós estamos rediscutindo uma nova relação com o meio ambiente, em especial o mar como pulmão do mundo, as florestas e os rios. A história do espetáculo é feita para valorizar a vida, as pessoas e a natureza como um renascimento educativo”, define o músico.

O diretor do espetáculo, André Gress, destaca o cuidado com que o musical foi pensado: “Quem assistir ao espetáculo vai vivenciar uma atmosfera de cores, sons e efeitos especiais que vão transportar a todos para um mundo onde tudo é possível. Das coreografias às cenas, tudo foi pensado para cativar crianças e adultos”, revela. A realização é da Produtora Pappou, Candyall Entertainment, Beloca Eventos, Lab Cultural e Grupo Infinitus.

Créditos: João Tatu

Na aventura infantil, o malvado Jururú rouba a Pedra da Sustentação que mantinha a gravidade, deixando o Planeta Azulzinho de pernas para o ar. A Terra fica desprotegida e seus tesouros podem ser saqueados. Por causa desse desequilíbrio, Talísia — a Mamãe Natureza – ficou doentinha, adormeceu.

A Terra adormecida está passando por maus bocados, os humanos esqueceram a própria humanidade! Pajeum a velha Bruxinha do Bem, aquela que conhece todos os segredos desse e de outros mundos, faz um alerta: – “Parem! É uma ordem! Por favor, parem agora! Não estamos bem! Não se ouve mais os pássaros cantar, não vemos mais as estrelas brilharem, nossas florestas estão sufocadas!”

Os personagens Paxuá, Paramim e Braúna vão salvar o Planeta Azulzinho, numa jornada pelas estrelas e assim, despertar a Mamãe Natureza. Para isso, precisam aprender lições sobre respeito, amizade, bondade, tolerância, saúde, paz e amor.

Ficha Técnica

Direção: André Gress

Direção artística: Gringo Cardia

Diretor Musical: Marcelo Castro

Direção de Movimento: Mariana Barros

Roteiro: Stella Miranda

Adaptação e Textos Adicionais: Juliano Marceano

Paxuá e Paramim nas Redes: Youtube | Instagram | Spotify | Facebook

Serviço:

“Paxuá e Paramim e o Novo Planeta Azulzinho”

Teatro Liberdade 

R. São Joaquim, 129 – Liberdade, São Paulo – SP, 01508-001

Datas: 20, 21, 27 e 28 de agosto

Sessões às 15h e 17h

Classificação: Livre

Venda de ingressos pelo site da Sympla

Preços:

Plateia Baixa (R$ 160 Inteira – R$ 80 Meia)

Plateia Alta (R$ 140 Inteira – R$ 70 Meia)

Balcão A (R$ 120 Inteira – R$ 60 Meia)

Balcão B (R$ 100 Inteira – R$ 50 Meia)

Bendita Trupe propõe ‘antropofagização contemporânea’ em DESMASCARADOS


Créditos: Maria Clara Diniz


No Centenário da Semana de Arte Moderna, a Bendita Trupe presta uma homenagem a Oswald de Andrade (1890-1954), realizando uma desconstrução de O Rei da Vela. O resultado desta pesquisa cênica é DESMASCARADOS, uma (des)homenagem aos Reis da Vela do século XXI. Com direção de Johana Albuquerque, o espetáculo estreia no dia 18 de agosto no Teatro de Contêiner, onde segue em cartaz até 18 de setembro, com temporada de 5ª a domingo.

O elenco de criadores é composto pelos atores Marcelo Villas Boas, Vera Bonilha, Joca Andreazza, Fernanda Dumbra, Luciano Gatti, Cris Lozano, Sérgio Pardal, Pedro Birenbaum, Silvia Suzy, Jaime Branco, Ma Reys e Lisi Andrade. Completa a equipe em cena, 05 jovens atores que se destacaram no processo formativo como colaboradores bolsistas, contrapartida do Fomento, Lei Municipal que subsidiou o projeto.

Como seria “O Rei da Vela” de Oswald de Andrade, caso ele o escrevesse nos dias atuais? Para responder a tal pergunta, a Bendita Trupe trabalhou com a criação de cenas a partir de fontes documentais, em processo colaborativo. As cenas surgem de um cruzamento entre os materiais modernistas, o ideário oswaldiano, um olhar sobre a peça e os acontecimentos que atravessam a todos em 2022. É dessa mistura e desta colaboração coletiva que surge este novo texto, DESMASCARADOS, que é construído no corpo dos atores.

Créditos: Maria Clara Diniz

Ainda sobre esse esforço de “comer” a obra oswaldiana, a diretora e idealizadora do projeto Johana Albuquerque acrescenta: “A ‘devoração’ parte do conceito de se alimentar de referências “de fora” para fortalecer “dentro”, e a desconstrução que estamos realizando surge exatamente deste lugar: olhar para um Brasil sem empatia e sem máscaras, numa linguagem debochada e demolidora – assim como fez Oswald de Andrade – mas agora com as nossas palavras, com foco no contemporâneo.”

DESMASCARADOS pode ser visto como um espetáculo em camadas, um panorama lúdico e ácido que faz o público rir, constrangedoramente, diante do que nos tornamos depois que a ‘elite da barbárie’ tomou as rédeas do país. O que ressoa da longa investigação da Bendita Trupe sobre o legado modernista e o ideário oswaldiano é a constatação de que os princípios da exploração despudorada que domina o nosso cotidiano não advêm de agora, e sim desde que conquistadores, donos do mundo e fabricantes de impérios dominaram as terras brasileiras em nome de suas majestades reais.

Serviço
Desmascarados – Uma (des)homenagem aos Reis da Vela do século XXI
Temporada: 18 de agosto a 18 de setembro, de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Teatro de Contêiner – Rua dos Gusmões, 43, Luz
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada)
vendas online no Sympla
Classificação: 12 anos
Duração: 140 minutos
Capacidade: 80 lugares