‘Trava Bruta’ estreia no Centro Cultural São Paulo com texto e interpretação de Leonarda Glück


Créditos: Alessandra Haro


Estreia dia 7 de dezembro, às 21h no Centro Cultural São Paulo, o espetáculo TRAVA BRUTA, manifesto que parte da experiência transexual da autora Leonarda Glück para propor uma ponte e um embate entre o contexto artístico e a conjuntura política e social brasileira atuais no que se refere ao campo da sexualidade. O trabalho marca as comemorações de 25 anos de carreira da artista e também o seu reencontro com o diretor Gustavo Bitencourt.

Com ampla trajetória no campo das artes cênicas brasileiras, Leonarda fundou importantes coletivos nacionais como a Companhia Silenciosa e a Selvática Ações Artísticas e apresentou seus trabalhos em diversos países da Europa e América Latina, esta é a primeira vez que Leonarda aborda exclusivamente a questão da transexualidade em uma de suas criações. O espetáculo é uma espécie de vertiginoso poema cuja principal metáfora reúne o ato de bloquear e impedir a livre movimentação com a capacidade de brutalidade da natureza humana, sua violência e sua incivilidade. “Como é experimentar um corpo que provoca um misto de repulsa e desejo a um só tempo? O que tem a cultura a ver com a transexualidade? Como é ser uma artista trans no Brasil de 2021? Resposta não há, mas ainda há a poesia. E, mesmo que alquebrado, ainda há o teatro”, diz Leonarda.

A artista conta que começou a escrever o texto para a peça em 2018 em Curitiba, sua cidade natal, antes de se radicar em São Paulo. “Me veio uma possível angústia repentina: a de talvez não ter conseguido em outro momento antes escrever tão intimamente sobre o assunto da transexualidade, e seus efeitos na minha mente e na vida social da qual faço parte”, diz Leonarda, que arrastou por meses a tarefa de terminar o texto.

Créditos: Alessandra Haro

Já em 2019, a montagem foi premiada pelo Centro Cultural São Paulo, integrando a 6ª Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos da instituição. Após ter sua estreia suspensa por conta da pandemia, o trabalho foi retomado em 2021 e estreará presencialmente na Sala Jardel Filho, onde serão disponibilizados 160 ingressos. Sobre a pandemia, Glück faz questão de frisar: “A gente entrou no modo catástrofe que meio que está até agora. As pessoas trans ficaram ainda mais vulneráveis do que já eram antes. E elas eram muito. São, no Brasil. Física e psicologicamente.”

A direção da obra, que é produzida pela Pomeiro Gestão Cultural, produtora que realiza a gestão dos projetos de Leonarda, ficou a cargo de Gustavo Bitencourt, parceiro de Glück há mais de 20 anos. Juntos os dois já desenvolveram criações em performance, dança e teatro, com destaque para Valsa Nº 6, montagem do texto de Nelson Rodrigues premiada pela Funarte, feita em 2012 na ocasião do centenário do autor.

Quando foi convidado para dirigir o espetáculo, Gustavo Bitencourt ficou com um pouco de medo. “Porque era um texto que falava muito da experiência dela como mulher trans no Brasil. Onde é que eu ia poder contribuir nisso? O que é que eu sei disso? Mas lendo e relendo, e conversando com ela, fui vendo o quanto esse texto também fala de muitas coisas que dizem respeito a todo mundo, e que era importante que a gente olhasse tanto pro que tem de específico nesse contexto do qual ela fala, quanto pra onde essa história se conecta com outras tantas”. Partindo daí, ele conta que foram entendendo o texto de Trava Bruta como um jeito de falar de coisas que são reais e concretas e nem por isso menos ficcionais.

Leonarda e Gustavo, então, se encontraram na ideia de ficção, como nos diz o diretor: “Ficção que é o que eu pesquiso, é a minha profissão – como drag queen, que é o que eu faço da vida faz 12 anos – e é uma necessidade básica de qualquer ser humano. Básica como fazer xixi, cocô, comer, tomar água, dormir. Humano prescinde de ficção pra viver, e em diferentes medidas, com diferentes graus de comprometimento e de risco, todo mundo vai dando um jeito de concretizar”.

Créditos: Alessandra Haro

A ideia de ficção que move a criação reflete-se, em todos os recursos técnicos utilizados na montagem: seja na criação em videoprojeções de Ricardo Kenji ou na trilha original desenvolvida por Jo Mistinguett, estas camadas ficcionais são construídas e destruídas em cena. O mesmo acontece nos figurinos assinados por Fabianna Pescara e Renata Skrobot e no desenho de luz de Wagner Antônio, que cumprem a função de revelar e ocultar alguns dos signos explorados na montagem.

Para Gustavo, o ponto chave da ideia de ficção explorada no trabalho encontra-se no fato de que “algumas ficções são permitidas e outras não. Quando se trata de gênero, as pessoas tendem a ficar muito assustadas”. TRAVA BRUTA desloca o seu olhar para um dos principais dilemas culturais, políticos e sociais de hoje: a ideia da diversidade. Neste caso, ela se refere muito mais ao lugar ocupado pelas pessoas trans na sociedade brasileira e mundial. Leonarda é enfática: “Chego aqui com a certeza de que o herói macho branco, heterossexual, cristão e suas ideias precisam urgentemente ser substituídos, trocados ou mesmo revisitados por outros ângulos. Estão chatos. De alguns eu ainda gosto muito, mas estão chatos.”

Esta primeira temporada presencial será realizada entre os dias 7 e 12 de dezembro, de terça a sábado às 21h e domingo às 20h. Os ingressos variam de R$15,00 a R$30,00 e haverá, em todas as apresentações, uma cota de ingressos gratuitos para pessoas trans, que poderá ser retirada presencialmente, uma hora antes do espetáculo.

SERVIÇO: TRAVA BRUTA

Temporada presencial.

Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho

Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso, São Paulo

Temporada: 7 a 12 de dezembro

Horários: Terça a sábado, 21h e domingo 20h.

Ingressos: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada)

Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo ou antecipado pelo link Sympla

Classificação: 18 anos

Duração: 60 minutos

Com texto fascinante, espetáculo ” SEDE” estreia no Tucarena


Créditos: Caio Gallucci


Inédita no Brasil, Sede é a terceira peça do autor libanês-canadense Wajdi Mouawad montada pelo ator Felipe de Carolis. Suas outras incursões no universo do premiado autor foram duas montagens de sucesso que percorreram mais de 20 cidades em turnê: Incêndios, que ficou 4 anos em cartaz, e Céus, que esteve em cartaz durante 3 anos, ambas dirigidas por Aderbal Freire-Filho. Felipe tem muita convicção na universalidade do teatro de Wadji, após experiência de quase 9 anos com seus textos e agora se associa às produtoras Selma Morente e Célia Forte para realizar Sede, em uma montagem de Zé Henrique de Paula. A produção é apresentada pela Secretaria da Cultura e pela Bradesco Seguros.

A peça conta com humor a história de três personagens, interpretados por Felipe de Carolis, Luna Martinelli e Marcelo Várzea, em busca da representatividade de suas identidades. O texto do autor contemporâneo mais premiado da atualidade narra a jornada de pessoas com sede de viver e de provar, através de suas inquietações pessoais e artísticas, que a educação pode salvar vidas. Sede é uma crítica subjacente ao nosso modo de vida: ao neoliberalismo, ao capitalismo agressivo, mesquinho e predatório da nossa sociedade. Modo de vida esse que é capaz de separar pessoas que se amam e alimentar uma geração cada vez mais ansiosa e com o maior número de depressão entre jovens insatisfeitos de todos os tempos.

Wajdi Mouawad apresenta um conjunto de obra muito coeso com temas recorrentes como origem, ancestralidade e a presença determinante do passado na vida das pessoas. A estrutura de seu texto é enigmática e misteriosa, quase um quebra cabeças, e existe uma razão para esse formato, pois a peça é cheia de imagens e metáforas. Sede também promove uma discussão sobre a importância da arte e da beleza em nossas vidas. “Não a beleza no sentido mesquinho, mas ela como experiência estética de primeira grandeza e experiência estética renovadora e revitalizante pras nossas almas”, conta o diretor Zé Henrique de Paula.

Trata-se de um texto universal, com temas que dizem muito a nosso respeito, mesmo sendo ele um autor franco-libanês radicado no Canadá. “São grandes quantidades de questões e elementos que se comunicam com a plateia brasileira e é muito importante falar de tudo o que ele fala”, afirma Zé Henrique assegurando que a tradução do texto é muito fiel e criteriosa, respeitando tanto a estrutura e o vocabulário, quanto a ideia central do autor. “Não mexi no texto. É brilhante, poético, sofisticado. Não me sinto no direito de modificar nada”, pondera o diretor.

Ao misturar realidade, ficção, humor, músicas e drama, Sede é uma peça contundente, emocionante e que põe em cheque radicalismos ao proporcionar, através de sua narrativa, a certeza de que o futuro das nações está nas mãos da educação, respeito às diferenças e cultura de cada país. Com esse texto podemos voltar a ouvir a palavra singular, lúcida e engajada de Wajdi Mouawad.

SERVIÇO

SEDE

TEATRO TUCARENA (288 lugares)

Rua Monte Alegre, 1024 (entrada pela Rua Bartira) – Perdizes

Informações: 3670.8455 / 8454

Bilheteria: de terça a sábado, das 14h às 20h. Domingo das 14h às 19h. Estacionamento conveniado: R$ 18 (Rua Monte Alegre, 835/ mediante apresentação do ingresso do espetáculo). Valet Estapar: R$ 30 (somente sábados e domingos)

Vendas: www.sympla.com.br

Sexta e Sábado às 20h | Domingo às 18h

Ingressos:

Sexta R$ 60 | Sábado e Domingo R$ 70

Devida as normas de saúde usaremos 75 lugares neste período de pandemia

Duração: 100 minutos

Classificação indicativa: 16 anos

Gênero: drama

Temporada: 22 de outubro até o dia 12 de dezembro

Estreou dia 01 de fevereiro de 2020

‘Apareceu a Margarida’ ganha versão estrelada por Wilson de Santos


Créditos: Divulgação


Dona Margarida está fazendo 50 anos. E na trilha dos festejos da obra de Roberto Athayde, um dos textos brasileiros mais encenados no mundo, o ator Wilson de Santos dá vida à personagem cinquentenária com uma nova montagem de Apareceu a Margarida, onde oferece sua visão irônica e bem humorada ao icônico “monólogo tragicômico para uma mulher impetuosa”. Com direção de Elias Andreato, a peça estreia no dia 02 de outubro no Teatro Renaissance, em São Paulo, numa temporada que se estende até 18 de dezembro, sempre aos sábados, às 19 h.

Essa é a primeira vez que Wilson e Elias trabalham juntos, e a dupla resolveu começar a parceria exatamente com Apareceu a Margarida, levando ao palco o desafio de criar uma nova versão dessa professora de personalidade tão autoritária quanto surpreendente. Em uma viagem vertiginosa de raciocínio, Dona Margarida expõe sua visão do mundo em um diálogo direto e desbocado com a plateia, que se transforma em sua classe de alunos insubordinados. Nessa “aula” incomum, temas como autoritarismo, sexo e educação são misturados e transformados num fluxo de ideias inusitado, criando uma metáfora sobre as consequências dos abusos de poder em uma sociedade inculta e passiva.

Tudo isso feito a partir do filtro do humor, um dos traços em comum nos trabalhos do ator Wilson de Santos e do diretor Elias Andreato. Assim, o autoritarismo desproporcional da professora, suas memórias pessoais e a abordagem incomum dos assuntos que ela traz à tona são usados para levar o ator a fazer aquilo que ele sabe criar como poucos: uma cumplicidade direta – e sempre hilária – com o público. Foi assim com a Irmã Maria José em “A Noviça Mais Rebelde” e com as mulheres de “Brincando em cima daquilo”, só para citar montagens recentes onde a quarta parede veio abaixo com a presença do ator em cena.

Dessa vez, a figura complexa e contraditória de Dona Margarida é que ganhará voz a partir do que Wilson e Elias propõem como jogo de cena. Um jogo, aliás, que teve suas primeiras regras estabelecidas em 1971, quando Roberto Athayde escreveu Apareceu a Margarida com apenas 21 anos de idade. A peça ganharia visibilidade dois anos mais tarde na estreia protagonizada por Marília Pêra e dirigida por Aderbal Freire-Filho, no Rio de Janeiro. O sucesso estrondoso do espetáculo desencadeou produções em vários países, superando a marca de 300 montagens ao redor do mundo – cerca de 60 delas produzidas na França ao longo de mais de 40 anos em cartaz, enquanto nos Estados Unidos o espetáculo passou de Off-Broadway para a Broadway, devido ao grande sucesso.

Somente durante a pandemia da Covid-19, o autor cedeu sete autorizações de montagens para artistas da Argentina, Suécia e Inglaterra, por exemplo. A estreia no dia 02 de outubro no Teatro Renaissance chega para reforçar o fôlego e atualidade do texto de Roberto Athayde no ano em que ele completa 50 anos de criação, mas também para ressignificar as palavras de Dona Margarida num Brasil que, entre memes, CPIs e fakenews, vem tentando manter o humor enquanto tenta estabelecer novas narrativas de poder.

As apresentações são realizadas com recursos da lei de auxílio emergencial Aldir Blanc, Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura e Governo de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

Serviço

APARECEU A MARGARIDA

Estreia: 02 de outubro

Teatro Renaissance

Al. Santos 2233

Sábados – 19h

Ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia)

Duração: 75 minutos / Recomendação etária: 14 anos

Vendas on Line:  Sympla

Temporada: até 18/12/2021

“Barnum – O Rei do Show” estreia curta temporada em São Paulo


Créditos: Caio Gallucci


“Barnum – O Rei do Show”, um dos mais cultuados musicais da história – que recebeu desde sua estreia, na década de 1980, uma dezena de prêmios Tony e até versão para o cinema – finalmente ganha uma versão brasileira. A estreia é esperada para 01 de outubro de 2021, no Teatro Opus, em São Paulo. Para a novidade – que aqui ganha versão brasileira de Claudio Botelho, direção de Gustavo Barchilon, coreografia de Alonso Barros e direção musical de Thiago Gimenes– foram escalados Murilo Rosa para o papel-título e Kiara Sasso na pele da poderosa Charity – outros destaques são as atrizes Giulia Nadruz dando vida a antagonista Jenny Lind e Diva Menner no papel da mítica Joice Heth.

O elenco estelar dará vida a uma história real que ganhou, no decorrer de sua história, fãs, lendas e muita especulação. Enredo este que nos dias atuais ainda levanta debates importantes que ajudam a contar e a refletir sobre a humanidade, a igualdade e, claro, a inclusão. Barnum, como o nome aponta, é o musical baseado na vida do showman e empresário do ramo do entretenimento Phineas Taylor Barnum, cujo mais famoso empreendimento foi um museu itinerante que era uma mistura de circo, zoológico e personagens freaks, com destaque, por exemplo, para uma mulher de 160 anos.

Um comitê diverso foi montado para que a versão brasileira fizesse plena alusão aos dias atuais – afinal, a história do personagem principal fala de um mundo de outrora mas com questões ainda pertinentes ao planeta atual. “A diversidade é ponto central nesta versão contemporânea. Se em sua época ele poderia gerar controvérsias, é sabido que, amado ou odiado, verdadeiro ou mentiroso, Barnum levantou discussões calorosas”, afirma Barchilon. Afinal, o que é diferente? E por que não incluir e aceitar tais diferenças?

Créditos: Caio Gallucci

Para além do pensar, “Barnum – O Rei do Show” é, afinal, sobre se emocionar. Já no foyer do teatro será criada uma cenografia para levar o espectador à atmosfera circense, bem como é esperada a cena em que Murilo Rosa anda, literalmente, na corda bamba. Cabe a Kiara Sasso dar vida a sua esposa, a poderosa Charity – mulher que fez os sonhos do marido possíveis e que confirma a velha máxima de que junto de um grande homem sempre existe uma grande mulher – sendo este o verdadeiro coração da história.

Como toda história de amor tem seus oponentes, Giulia Nadruz interpreta Jenny Lind, a contratada para uma turnê que também é alvo de toda a atenção de Barnum – para o lamento de Charity. Já entre a trupe do circo, o destaque vem por meio da cantora recifense Diva Menner, uma mulher trans que emociona na montagem encarnando uma das atrações mais populares de Barnum: Joice Heth, conhecida em sua época como “a mulher mais velha do mundo”

Assim como em toda a sua história, Barnum – O Rei do Show – promete repetir em São Paulo seu sucesso ao fazer mágica e refletir, já que desde que estreou na Broadway, há quatro décadas, tendo em seu elenco principal Jim Dale e Glenn Close conquistou 10 nomeações ao prêmio Tony (o Oscar do teatro americano) de 1980. Entre outras versões mundo afora, inspirou a edição cinematográfica de 2017 com Hugh Jackman em seu elenco. Tamanho sucesso nos quatro cantos do globo fazem com que a versão brasileira chegue por aqui com patrocínios da Sul América (master) e Outback, Rede Mais Saúde, Edenrede Repom.

Serviço:

Onde?
Teatro OPUS
Av. das Nações Unidas, 4777 – Alto de Pinheiros, São Paulo – SP, 04795-100sac@opusentretenimento.com
Classificação: Livre

Quando?
De 01 de outubro a 28 de novembro de 2021
Horários: sexta, às 20h30, sábado às 17h e às 20h30, domingo às 16h e às 19h30
Valores: Ingressos á partir de R$ 25,00

Sextas / Sábados / Domingos:
01) Plateia Premium: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
02) Plateia Baixa/Lateral: R$ 200,00 (inteira) / R$ 100,00 (meia)
03) Plateia Alta: R$ 160,00 (inteira) / R$ 80,00 (meia)
04) 2ª Alta: R$ 140,00 (inteira) / R$ 70,00 (meia)
05) Balcão: R$ 50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia)

• Descontos Patrocinadores (Sul America, Outback, Edenred e Repom): 20%

Compras via internet:
https://uhuu.com

Vendas na bilheteria do Teatro – 4º Piso:
2 horas antes do espetáculo ou no totem de auto atendimento.
Essa opção não possui taxa de conveniência!

Duração: 100 minutos

Donna Summer Musical retorna em setembro no Teatro Santander


Créditos: Caio Gallucci


Ansiosamente aguardado, o espetáculo “DONNA SUMMER MUSICAL” está de volta para nova temporada em São Paulo. Apresentado pelo Ministério do Turismo e pela Santander Seguros e Previdência, o celebrado musical retorna ao Teatro Santander, localizado no Complexo JK Iguatemi, em São Paulo, com seu elenco original. Para o público e equipe técnica será o fim de um ano e meio de espera – a temporada inicial foi suspensa na semana seguinte a sua aclamada estreia por determinação das autoridades sanitárias no combate à pandemia do COVID19, para garantir a segurança do público, elenco e equipe técnica.

Dirigido por Miguel Falabella e estrelado por Jeniffer Nascimento, que interpreta a diva no auge da carreira – Disco Donna, por Karin Hils, que dá vida à Diva Donna, e pela atriz revelação Amanda Souza, que interpreta a Donna Jovem, a plateia do espetáculo terá uma nova configuração, com limitação de público a 60% de ocupação.

Para que o público possa contar com mais opções de horários, a nova temporada, a partir de 02 de setembro, terá seis sessões semanais – quintas e sextas-feiras às 21h, sábados às 17h30 e 21h00 e domingos às 16h00 e 19h30. Ingressos estão à venda em sympla.com. Confira as informações sobre venda de ingressos em SERVIÇO abaixo.

Créditos: Caio Gallucci

Zelando pela segurança e saúde de seu público e funcionários, tudo será realizado seguindo as mais rígidas regras determinadas pelas autoridades sanitárias, para que todos se sintam seguros nesse momento de retorno. O público presencial será limitado a 60% da capacidade normal, e o teatro trabalhará com o mapa de lugares em xadrez, respeitando o distanciamento social de 1,5 metros, de acordo com os protocolos autorizados pelo poder público para a volta das atividades presenciais.

“Donna Summer Musical” estreou na Broadway em março de 2018, com enorme sucesso de público e crítica. Sua montagem no Brasil tem o mesmo status de superprodução. Além das três atrizes principais e do elenco com 23 atores e bailarinos, escolhidos em audições, o espetáculo tem um imponente cenário de 260m² e 13 toneladas, construído com muitos espelhos e um impressionante jogo de iluminação. Para recriar as muitas fases da vida da cantora, o elenco usa mais de 50 perucas e cerca de 200 diferentes peças de figurino.

Com direção geral de Miguel Falabella e direção musical de Carlos Bauzys, o espetáculo é mais uma realização da Atual Produções e da Bárbaro!, responsáveis, entre outros, pelos musicais “We Will Rock You Brazil”, “Alegria Alegria”, “Hebe, O Musical” e “Zorro – Nasce uma lenda”.

Créditos: Caio Gallucci

Na trilha sonora do espetáculo, que aborda temas como o racismo, igualdade de gênero e empoderamento feminino, estão os sucessos mundiais da grande estrela, músicas que já fazem parte do inconsciente coletivo das pessoas, como “I feel love”, “Love to love you baby”, “Mac Arthur Park”, “On the Radio”, “Bad Girls”, “She works hard for the money”, “Hot Stuff” e “Last Dance”, para citar somente algumas!

SERVIÇO

DATA:
2 de setembro

LOCAL:
Teatro Santander (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – Itaim Bibi, São Paulo)

HORÁRIO:
Quintas e sextas-feiras às 21h00 – Sábados às 17h30 e 21h00 – Domingos às 16h e 19h30

DURAÇÃO:
1h40 minutos sem intervalo

CLASSIFICAÇÃO:
12 anos

MAIS INFORMAÇÕES:
HORÁRIO: quintas e sextas-feiras às 21h00, sábados às 17h30 e 21h00 e domingos às 16h e 19h30. Dia 21/10 (quinta-feira) não haverá sessão. Dia 02/11 (terça-feira) haverá sessão extra.

Valor dos ingressos: De R$ 75,00 a R$ 280,00
VENDAS: SYMPLA.COM – A partir do dia 16 de julho
Entre os dias 12 e 15 de julho, remarcação preferencial para o público que já possui ingressos, através de contato com o email sac@teatrosantander.com.br

Clientes Santander tem 30% de desconto nos ingressos inteiros, limitados a 2 por CPF

Teatro Sérgio Cardoso recebe temporada digital do espetáculo ‘Monstro’


Créditos: Alice Jardim


Monstro, da Cia. Artera de Teatro, estreia em curta-temporada no Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. As transmissões digitais gratuitas via Sympla Streaming ocorrem a partir do dia 24 de junho, quinta-feira, 21h e a direção do espetáculo é de Davi Reis. Este projeto conta com o apoio institucional do Museu da Diversidade Sexual.

A peça conta a história de Léo (interpretado por Ricardo Corrêa, que também assina a dramaturgia), professor de natação de uma escola infantil que decide se candidatar a adotar uma criança. Tudo vai bem, até acontecer uma situação na qual um de seus alunos de sete anos o chama de gay. Este professor, então, resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos.

O olhar social transforma este homem em um ser monstruoso, não recomendado à sociedade. A partir do desejo de adoção, a peça faz um retrato sobre um homem que vai perdendo seus poucos direitos. Poderia ser a história de um homem que teve uma lâmpada estourada em seu rosto na Avenida Paulista, a de uma travesti que teve o seu coração arrancado ou a de um jovem morto e queimado por sua própria mãe. Mas é, sobretudo, a história de Léo.

Créditos: Alice Jardim

“E se perdêssemos nossos direitos? O que seria família no contexto contemporâneo? O que define as funções sociais de pai e mãe nos múltiplos arranjos familiares da atualidade? Vivemos uma reconstrução de paradigmas, a fim de incluir socialmente a família homoafetiva, estas novas famílias plurais vêm cada vez mais buscando a legitimação dos seus direitos. Porém, devido à forte implicação política e religiosa envolvida na atualidade, esta comunidade é marcada e perseguida por uma onda conservadora de violência e discriminações, afinal estamos em um país que mais mata LGBTQIA+ no mundo”, diz o diretor Davi Reis.

“Monstro vem sendo gestado desde 2018, criado por uma forte sensação de medo ao final da eleição presidencial. Entendemos que vivemos em uma época de monstros sociais e, juntos, decidimos explorar neste projeto a monstruosidade na condição de discurso estético e político na identidade queer. Assim, aquilo que chamamos de monstro é uma espécie de caso limítrofe, uma forma marginalizada, um caso de abjeção. A figura do monstro é rechaçada através de diversas práticas, como transfobia, homofobia, sexismo e misoginia”, diz o dramaturgo Ricardo Corrêa.

O artista prossegue afirmando sobre o quão é desolador o terreno da discussão sobre sexualidade. “Temos uma sociedade violenta: jovens entram em escolas armados, professores são perseguidos e impedidos de promover o pensamento. Ao colocarmos em cena um professor que sofre todo tipo de violência homofóbica por expor sua sexualidade, estamos problematizando as estruturas sociais e as educacionais também. Ainda há pessoas que definem gênero por azul e rosa. Essas discussões são difíceis, mas são necessárias. Percebemos que esse é um assunto sobre o qual não se fala, há um silêncio na comunidade LGBTQIA+ e por isso decidimos incluí-lo neste projeto artístico, pelos diferenciais que ele carrega em si e por sua tamanha complexidade. Falar de adoção em sistemas sociais em crise, revela a fragilidade dos direitos conquistados frente a uma onda de intolerância”, conclui.

Serviço – Monstro
Temporada: 24 de junho a 11 de julho. Quinta a domingo, 21h.
Duração: 65 minutos.
Classificação etária: 16 anos.
Gratis | www.sympla.com.br/teatrosergiocardoso