Exposição coletiva na Casa de Cultura do Parque discute aspecto tridimensional


Créditos: Divulgação


A mostra, que propõe refletir sobre o uso de diversas práticas escultóricas para representar tanto figuras humanas, quanto formas geométricas e a validade real do termo “esculturas”, tem texto de apresentação de Ana Avelar e reúne trabalhos dos artistas brasileiros Alexandre da Cunha, Claudio Cretti, Edgar de Souza, Eduardo Frota, Felipe Cohen, Flávio Cerqueira, Ivens Machado, José Rezende, Laura Vinci, Nino Cais, Pablo Reinoso, Ricardo Becker, Rodrigo Cardoso e Tatiana Blass.

Os trabalhos expostos são divididos em dois eixos: O primeiro, endereçado à figura humana, indica a história tradicional da escultura, com o corpo aparecendo em diversas escalas ou fragmentos, ora como metáfora para uma conduta moral e ética, ora para fins religiosos ou místicos.

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A geometria, o segundo eixo da exposição, aparece conjugada à realidade do corpo. O Minimalismo, marco da arte contemporânea, rompe com o gesto heróico do artista sobre o material e revela a experiência do corpo do indivíduo em contraponto aos objetos sem detalhes, ordenados em série, dentro de uma lógica evidente e simples.

No mesmo dia da abertura da exposição, o Terra Nova, novo módulo de artes plásticas da Flip, e a Casa de Cultura do Parque promovem um encontro com José Miguel Wisnik. A palestra seguida de bate-papo tem como tema o processo de criação de Máquinas do Mundo, do Núcleo de Arte da Mundana Companhia de Teatro. A obra contempla elementos das artes plásticas, da literatura e do teatro e explora as potencialidades estéticas contidas no contraponto entre o poema “A Máquina do Mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, “O Delírio”, sétimo capítulo de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e um capítulo de “A Paixão Segundo G.H.”, de Clarice Lispector.

Serviço:
Do volume e do espaço: modos de fazer
Abertura: 27 de julho
Visitação: de 27 de julho a 13 de outubro
Horário: quarta a sexta, das 11h às 19h, sábados e domingos das 10h às 18h
Entrada Gratuita
Palestra e bate-papo com José Miguel Wisnik
Máquinas do mundo: Drummond, Clarice e Machado
Evento integrante da programação do Terra Nova (novo módulo de artes visuais da Flip ).
Data: Dia 27 de julho, 16h
Gratuito
Local: Casa de Cultura do Parque
Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros
Informações: (11) 3811-9264 | acasadoparque.com

Garimpo de Grunas é destaque na exposição coletiva da Galeria Arte Hall




Por Andréia Bueno

Na próxima terça-feira, 8 de maio, a Galeria Arte Hall realizará a exposição coletiva Cores e Formas, aberta ao público com entrada gratuita, apresentando obras de 13 artistas. Dentre eles, Luiz Maudonnet mostra a série “Garimpo de Grunas”, resultado de um ensaio realizado na Vila de Igatu (Chapada Diamantina/BA). Para produzir as fotos que resultou na série “Garimpo de Grunas”, o artista explorou as cavernas artificiais (grunas) de até 2 km de extensão, escavadas pelos próprios garimpeiros que, entre os séculos 18 e 20, atuavam na busca por fortunas enterradas em suas profundezas.

41×155, Impressão em jato de tinta sobre papel algodão Hahnemühle 308g emoldurado em placa de Metacrilato Anti Reflexo – Foto: Luiz Maudonnet
Luiz Maudonnet entrou nas grunas acompanhado por ex-garimpeiros. “Eles foram uma parte essencial da pesquisa para este trabalho, o contato com cada um deles era indispensável para mim, então, eu decidi contar a história do garimpo na região convidando as pessoas a enxergarem as grunas pela visão de quem passava horas ali dentro, o próprio garimpeiro”, conta. “Além disso, fotografar as entradas de grunas, de dentro pra fora, é que o brilho do lado de fora da gruna e as formas de cada entrada fotografada sejam uma referência ao brilho e às formas dos diamantes retirados em épocas passadas”, explica.
O artista viajou para Igatu em janeiro de 2017 e fevereiro de 2018, com uma câmera analógica de médio formato de 1968 (mamiya C220), que gera um fotograma 6×6, quadrado, tornando possível a manipulação posterior, podendo girar e inverter a imagem com a mão para montar as obras finais. “Usei o filme Astia 100 que é um filme positivo, ou seja, ao revelar, a foto já aparece colorida. Todos os 20 filmes que levei estavam vencidos, portanto, cada um tinha uma particularidade de cor de acordo com a sua idade e tempo de vencimento. Cada filme me dava cores alternativas para a mesma cena e foi interessante deixar que o filme influenciasse no resultado final das imagens”, descreve o artista.

Serviço:

Exposição coletiva Cores e Formas

Em destaque: Série “Garimpo de Grunas”, de Luiz Maudonnet.

Onde: Galeria Arte Hall

Endereço: Rua Cônego Eugênio Leite, 240

Quando: 8 de maio de 2018 – das 18 às 22 horas

Aberto ao público / entrada gratuita