Exposição de Stephan Doitschinoff é prorrogada até dezembro


Créditos: Aiofe Herrity


Reflexões acerca de temas polêmicos e tão caros ao mundo atual, como colonialismo, democracia, pós-verdade e o papel das plantas psicoativas na sociedade contemporânea conduzem a obra de Stephan Doitschinoff. Autor de uma arte energética, ele estrutura seu trabalho em um sistema de símbolos autorais de narrativa singular, com desenhos, pinturas, esculturas, vídeos e instalações. O artista, agora, abre as portas de seu universo onírico e convida o público a adentrá-las por meio da exposição Estaremos aqui para sempre, individual em cartaz até 7 de dezembro na Janaína Torres Galeria.

Com curadoria de Daniel Rangel, a mostra reúne um conjunto inédito de trabalhos produzidos por Doitschinoff nos últimos cinco anos. São obras que evidenciam sua intensa pesquisa sobre a sociedade contemporânea a partir de ícones e símbolos autorais e ainda elementos advindos de diversas culturas e religiões, como o catolicismo, a umbanda e o xamanismo. “É uma obra com influências surrealistas, uma escrita visual carregada de informações criptografadas por uma literatura fantástica imagética acerca da contemporaneidade“, pontua o curador.

Um dos destaques da exposição é a instalação Interventu (2017), obra comissionada por Rachael Thomas, curadora do Museu de Arte Moderna da Irlanda (IMMA), onde o artista foi convidado a fazer uma residência de dois meses. O título e o conceito do trabalho têm origem em uma pesquisa de Stephan em torno da prática votiva e os diversos tipos de ex-votos, objetos oferecidos a santos e divindades em troca de uma graça. O artista utilizou ex-votos originais de Juazeiro do Norte, Ceará, e de outros objetos relativos a esta prática, para criar um grande altar. Parte da instalação que compôs a exposição original poderá ser vista agora no Brasil, na Janaina Torres Galeria. É o caso de Palma Votiva, um ex-voto gigante construído pelo artista a fim de aludir à mão da divindade que desce do céu, abrindo a realidade, pronta para intervir por seus fiéis. A obra é materializada com uma mão suspensa produzida em latão e peças esculpidas por repuxo, fundição, corte e solda. Em sua palma, estão incrustados 18 símbolos recorrentes no trabalho de Doitschinoff, quase todos autorais, como a Foice com Mariposa, o Intestino Coroado e a Escada de Degraus Tortos.

A exposição ainda traz quatro desenhos, como Três Mundos (110cm x 75cm, 2019) e O Homem Apropriado (110cm x 75cm, 2019) e quatro pinturas, com destaque para a tela As Virtudes da Idolatria (230cm x 194cm, 2018), em que corpos e cabelos de figuras humanas formam uma estrutura geométrica, como uma espécie de mandala ou estrela, em alusão ao símbolo do Cvlto do Fvtvrv. A obra traz símbolos, ícones e referências recorrentes no trabalho do artista, como velas e oferendas, que remetem à pesquisa em torno das maneiras através das quais as pessoas procuram se comunicar ou acessar outras dimensões e o mundo espiritual. Outro destaque, Panoptic Wave (230cm x 180cm, 2017), tem composição inspirada na série de símbolos e ícones criados pelo artista para a instalação 3 Planets — Panoptic Wave, desenvolvida em parceria com o educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Créditos: Divulgação

Estaremos Aqui Para Sempre, individual de Stephan Doitschinoff
Local: Janaina Torres Galeria
Curadoria: Daniel Rangel
Endereço: Rua Joaquim Antunes, 177 / cj 11, Pinheiros
Período expositivo: de 15 de agosto até 7 de dezembro
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 15h (nos dias 31 de agosto e 05 de outubro, das 14h às 18h)
Telefone: (11) 3064-1507
Entrada gratuita

Björk Digital no Centro Cultural Banco do Brasil




A exposição internacional Björk Digital estará em Brasília, de 03 de dezembro de 2019 a 09 de fevereiro de 2020. Essa é a primeira vez que os conteúdos imersivos criados pela artista em colaboração com alguns dos mais inovadores artistas visuais do mundo, como James Merry, Andrew Thomas Huang e Jesse Kanda, será disponibilizado ao público de forma gratuita.

A exposição é dividida em duas partes: Galeria 1 e Galeria 2. A primeira parte é composta por quatro seções e traz os clipes em VR das faixas do álbum Vulnicura (2015): Stonemilker, Black Lake, Mouth Mantra, Quicksand, Family e Notget. De uma performance intimista na praia de Grótta, na Islândia, a um mergulho na boca da Björk, passando por interações com os avatares digitais da artista, os vídeos interativos exploram a tecnologia da realidade virtual, ressaltando a vocação de Björk como uma das artistas mais vanguardistas de nossa época. A visitação é organizada de 20 em 20 minutos, aproximadamente, em grupos de 25 pessoas.

Na segunda parte da exposição o público poderá experimentar o projeto educativo Biophilia através de ipads e uma sala de cinema, com projeção dos videoclipes da artista de forma intermitente, dirigidos por Michel Gondry, Chris Cunningham, Nick Knight, entre outros, incluindo materiais mais recentes, lançados em virtude do álbum Utopia, como The Gate, de Andrew Thomas Hang e Tabula Rasa, de Tobias Gremmler.

A relação de Björk com tecnologia é reconhecidamente um dos principais diferenciais da artista, o que a torna única no universo da música. Björk Digital explora isso com maestria. Nas palavras da artista, “a realidade virtual não é apenas uma continuidade natural do videoclipe, mas tem um potencial dramatúrgico ainda mais íntimo, ideal para esta jornada emocional”.

Björk Digital é mais do que uma experiência expositiva. Ela é a introdução à um mundo de novas possibilidades artísticas, uma amostragem de como a junção da tecnologia e da arte podem promover sensações expandidas, potentes e, ao mesmo tempo, super humanas. Fico feliz que o Banco do Brasil esteja abrindo espaço para uma mostra como essa, apostando em novos formatos, e olhando para uma das coisas mais inovadoras que está sendo produzida na arte hoje em dia.

Concebida por Björk e James Merry, com produção do MIF (Manchester International Festival), a exposição segue para o CCBB Rio de Janeiro e Belo Horizonte em março e junho de 2020, respectivamente.

Serviço

Exposição Björk Digital – primeira praça – Brasília

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (St. de Clubes Esportivos Sul Trecho 2)
Datas: 03 de dezembro de 2019 a 09 de fevereiro de 2020
Visitação de terça à domingo
Horário Galeria 1 (clipes em realidade virtual): 9h00 às 19h30
Horário Galeria 2 (Biophilia e cinema): 09h00 às 21h00
Ingressos: entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria do CCBB ou no site bb.com.br/cultura.
Bilheteria: terça-feira a domingo das 9h às 21h

Gabriela Costa apresenta exposição inédita na Galeria Caribé


Créditos: Divulgação


A artista paulistana Gabriela Costa apresenta a exposição individual inédita Verticalidades na Galeria Caribé a partir de 06 de novembro. Com curadoria de Theo Monteiro, a mostra reúne 30 obras em dimensões variáveis que têm como principal característica a escala cromática em degradê. As pinturas da artista ultrapassam a bidimensionalidade por meio da técnica desenvolvida após quatro anos de pesquisa de materiais e métodos. A sobreposição de três camadas de lona cria volume e preenche vazios, proporcionando ao público uma experiência imersiva nas telas.

Formada em Design pela Fundação Armando Álvares Penteado, Gabriela aplica seu conhecimento em desenho industrial para criar o efeito volumétrico a partir de superfícies planas. Em uma proposta construtivista, a artista sobrepõe três telas, sendo a intermediária e a externa filetadas sem seguir padrões pré-estabelecidos, como uma forma de explorar os recursos geométricos que se desdobram em efeitos visuais marcantes.

Embora tenha trajetória na pintura, a artista tem interesse pelo escultórico, pelo tridimensional. Antes de partir para o espaço, no entanto, ela acaba por decompor totalmente a planaridade da tela, transformando o próprio quadro em objeto“, pontua o curador Theo Monteiro. No entanto, a nova série tem como principal elemento a cor, que se desdobra à medida que olhos percorrem a tela.

O uso de tonalidades puras em degradê cria a sensação de vibração no olhar do espectador, que é a maior preocupação no processo criativo artista. “Gosto de pensar nas sensações que causo no público com o meu trabalho“, conta. A disposição das linhas e o uso das cores acontecem em harmonia, provocando um efeito de movimento capaz de captar a atenção do público.

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Para Gabriela, tão importante quanto a técnica é a energia que emprega na composição das obras. “Como uma música, a tela invade a casa de uma pessoa. Temos que colocar uma boa energia“, afirma a artista, que consegue unir metodologia e subjetividade em sua coletânea.

Serviço:
Verticalidades
Galeria Caribé
R. João Lourenço, 79 — Vila Nova Conceição, São Paulo
Abertura: 6 de novembro (quarta-feira), de 19h às 22h
Período expositivo: 07/11 a 25/11

MAM SP inaugura exposição Fernando Lemos: ilustrações literárias


Créditos: Divulgação


O Museu de Arte Moderna de São Paulo está em cartaz com a exposição Fernando Lemos: ilustrações literárias, que pode ser visitada na Biblioteca Paulo Mendes de Almeida, no horário de funcionamento do museu, de segunda a sexta-feira. A mostra reúne desenhos originais do artista que ilustraram contos e poemas ao longo de seu período de colaboração com o jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1950, jogando luz sobre sua atuação como designer e ilustrador de publicações.

Fernando Lemos (Lisboa, 1926) já atuava como fotógrafo e artista gráfico em Portugal quando emigrou para o Brasil em 1953. Instalado por algum tempo na Pensão Mauá, no Rio de Janeiro, Lemos fotografou escritores e artistas ao seu redor.

Créditos: Divulgação

Os traços geométricos utilizados por Lemos já apresentavam sinais da modernidade, acompanhando o movimento abstrato que acabara de chegar ao Brasil. “Assim, é possível revisitar um período de nossa cultura em que as artes gráficas e a literatura mantiveram uma relação criativa e potente“, conta Felipe Chaimovich, curador da exposição.

Serviço

Fernando Lemos: Ilustrações Literárias
Biblioteca Paulo Mendes de Almeida
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana, São Paulo – SP, 04094-000
(11) 5085-1308
A partir de 15/10/2019 de terça a sexta-feira, das 10 às 18h

Exposição de Rose Klabin tem entrada gratuita no MAMAM


Créditos: divulgação


O corpo – em especial, o feminino – é o eixo temático da atual pesquisa de Rose Klabin. O resultado será apresentado na exposição Memórias da Resistência, individual que a artista estreio no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM, no Recife.

A partir de um ponto de vista feminino, Rose Klabin investiga sua ancestralidade e questiona seu lugar no mundo. É o que ela faz em Sutartine (2018), série de esculturas em mármore e engrenagens industriais, criadas a partir de pesquisas sobre sua descendência lituana.

Créditos: divulgação

Em outro momento, em uma espécie de ato ritualístico, Rose personifica uma figura feminina sacra. Trata-se da fotografia 3064 Peles (2019), obra inédita, na qual a artista teatraliza, simultaneamente, o desprendimento e a satisfação em relação à matéria que compõe a natureza do espaço em que se encontra: um deserto. Ela conecta seu corpo nu ao deserto através do pó que deixa escorrer por suas mãos, tal qual um líquido que purifica.

A relação da artista com os insumos da indústria de sua família – o papel – surge no vídeo Suspensão (2016). Rose usa um trator para mover grandes pedras, praticamente do tamanho de sua estatura e, nua, tenta consecutivamente revestir as pedras com camadas de celulose. Uma forma de mostrar o sujeito associado a uma materialidade viva, por vezes dotada de reciprocidade.

A trajetória de Rose Klabin foi compilada em um livro inédito, que leva seu nome no título. Recém lançada, a publicação foi organizada por Douglas de Freitas e compila registros de diferentes momentos da obra da artista. Figuram análises críticas assinadas por Freitas, Fernanda Lopes, Juliana Monachesi, Rafael Vogt Maia Rosa e Paula Alzugaray.

Serviço
Memórias da Resistência, de Rose Klabin
Local: Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães – MAMAM
Abertura: 17 de outubro, quinta-feira, às 19h
Período expositivo: Até 19 de janeiro de 2020
Endereço: R. da Aurora, 265 – Boa Vista, Recife – PE
Visitação: de terça a sexta das 12h às 18h. Sábados e Domingos, das 13h às 17h

Ditongo é a primeira exposição individual de Fabiana Preti


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A artista plástica Fabiana Preti abre sua primeira exposição individual, neste sábado, 19 de outubro, em seu ateliê, no espaço Massapê Projetos, em São Paulo. Intitulada Ditongo, a mostra apresenta um conjunto de trabalhos inéditos que interagem com a arquitetura do lugar. Com texto de Danilo Oliveira, as obras de Preti tem origem na sonoridade das palavras para construir instalações e gravuras que parecem fazer parte de uma frase, um texto ou uma poesia, convidando o expectador ao exercício do silêncio e da escuta.

A mostra ficará aberta ao público de 19 a 26 de outubro, das 11h às 18h. De segunda à sexta é necessário agendamento prévio.

Serviço: Ditongo
Data: 19 a 26 de outubro. De segunda à sexta, visitas agendadas pelo telefone (11)99285 7006 ou pelo Facebook do Massapê Projetos.
Horário: 11 às 18 hs
Local: Rua Fortunato 68, Santa Cecília – São Paulo
Mais informações:@fabianapreti_art