Feminismo materno é tema de exposição


crédito: Renata Egreja


“Empoderamento é um instrumento de luta social que nasce com uma conscientização profunda de quem somos.” A afirmação é da escritora Joice Berth e vai ao encontro da mais recente pesquisa de Renata Egreja, produção que nasceu após um período de intensa transformação pessoal, influenciada principalmente pelas ideias feministas e pela maternidade. O resultado é exibido na individual Certezas Transparentes, exposição inédita que estreia em 1º de outubro, na Galeria Lume.

Os últimos quatro anos foram de metamorfose para Egreja: tornou-se mãe, doula, professora e, com isso, deu luz às novas formas do seu fazer artístico. A artista reflete sobre as mais diversas facetas e lugares da mulher na contemporaneidade e convida o público a fazer o mesmo.

Ideia recorrente em Acomodados (2019), instalação interativa que ocupa a sala central da Galeria com um grande tapete vermelho costurado a mão. Sobre ele, almofadas aconchegantes que incitam o visitante a uma pausa de descanso. Em cada almofada, Renata bordou informações da pesquisa Percepções dos homens sobre a violência doméstica contra a mulher, um estudo do Instituto Avon e Data Popular, que traz dados como “43% dos homens brasileiros acham que a mulher é responsável pelo cuidado com a casa”. Uma provocação da artista para mostrar o quanto estamos acomodados, muitas vezes inertes, frente a situações de desigualdade de gênero.

Créditos: Renata Egreja

Ao longo do período expositivo, em 5 de outubro, a Galeria promove uma roda de conversa sobre Comunicação Não Violenta (CNV), tema fundamental para Egreja. O bate-papo será conduzido por Camila Goytacaz, jornalista, escritora e especialista na matéria.

Serviço:

Certezas transparentes, de Renata Egreja
Local: Galeria Lume
Abertura: 1º de outubro, terça-feira, a partir das 19h
Período expositivo: 1º de outubro a 9 de novembro
Roda de conversa sobre Comunicação Não Violenta (CNV), com Camila Goytacaz
5 de outubro, sábado, às 14h
Gratuito e aberto ao público

Exposição homenageia cartunista Ziraldo


Créditos: divulgação


Quando Ziraldo comemorou 85 anos, em outubro de 2017, o cartunista Edra resolveu surpreender seu amigo, reunindo 85 caricaturistas para homenagear o mestre. Publicado pela Editora Melhoramentos, Ao Mestre com Carinho reúne, nas suas 192 páginas, um registro ilustrado por caricaturas de talentosos cartunistas, escolhidos a dedo, intercaladas com páginas que revelam fatos da vida e obra do multifacetado Ziraldo.

Quase dois anos depois, com muito sucesso e reconhecimento, a obra acaba de ganhar, na categoria homenagem, o 31º Troféu HQMIX, o mais importante prêmio do gênero da América Latina e virou exposição na Casa Melhoramentos. A exposição fica em cartaz até o dia 31 de outubro, de segunda a sexta das 09h às 18h, entrada gratuita.

Sobre a obra

Organizar essas caricaturas em um livro foi apenas parte da brilhante ideia de Edra que, além de cartunista, também é fundador do Salão de Humor de Caratinga e da Casa de Cultura Ziraldo, ambos em Caratinga (MG), cidade natal dos dois.

A segunda parte deste trabalho notável foi trazer uma biografia com dados, datas, fotos, desenhos e particularidades da vida e da obra de Ziraldo, que adorou o trabalho e abriu seus arquivos para complementar a obra.

O resultado foi um livro-homenagem que teve ainda a participação dos irmãos de Ziraldo, Zélio e Geraldinho, com a arte da capa e prefácio do livro, texto de apresentação do cartunista/jornalista JAL, Presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil e na contracapa, uma mensagem do Jô Soares ao amigo de longa data.

Os cartunistas convidados desta obra manifestaram admiração e carinho pelo mestre Ziraldo, apresentando desenhos dos mais variados estilos e técnicas, entre eles a participação especial de Mauricio de Sousa. Veja abaixo lista completa:

Serviço:

Casa Melhoramentos

Até  31 de outubro

Endereço: Rua Tito, 479 — Vila Romana — São Paulo – SP.

Segunda a Sexta da 9h às 18h

Entrada franca.

Galeria Kogan Amaro anuncia exposições


Créditos: Camila Rocha/Divulgação


A Galeria Kogan Amaro acaba de anunciar duas novas exposições: Camila Rocha e Carolina Semiatzh. As mostras ficam em cartaz até o dia 12 de outubro.

Cerne”, de Camila Rocha, com curadoria de Ricardo Resende, é o resultado de um período em trânsito na Amazônia, navegando rios e igarapés em um barco-casa, onde Camila deu corpo ao seu estudo sobre observações da natureza. A mostra recria uma floresta no ambiente expositivo, com elementos de diferentes matérias, curvas e tons de verde que remetem à fauna e à flora. São aquarelas, pinturas e esculturas em que Camila investiga o cerne do meio ambiente, aquilo que não pode ser visto a olho nu.

Ela convida o visitante a usar a imaginação e enxergar o que está por trás da água, das plantas e dos animais, componentes de uma cadeia única de sobrevivência, conectada e interdependente.

O título da mostra, Cerne, surgiu de uma observação de Camila durante a viagem pelos rios amazônicos. Troncos submersos com cascas escamosas, molhadas, sem vida aparente, mas muito firmes, chamaram a atenção. O que resta ali intacto é denominado pela anatomia botânica de “âmago” e representa o núcleo, a verdade, a profundidade, o que há de mais íntegro nas coisas, o próprio cerne.

Camila Rocha também participa da coletiva Ambiental: arte e movimentos, exposição sobre questões socioambientais em cartaz até 3 de novembro no MuBE – Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia, com curadoria de Cauê Alves e Márcia Hirota.

Serviço:
Cerne, individual de Camila Rocha
Local: Galeria Kogan Amaro
Curadoria: Ricardo Resende
Visitação: até 12 de outubro
Horário: segunda a sexta, das 11h às 19h, e sábado, das 11h às 15h
Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista, São Paulo, SP
Informações: +55 11 3045-0944/0755 | info@galeriakoganamaro.com

Já em “Possíveis Paisagens”, a paulistana Carolina Semiatzh investiga a complexidade e os limites de superfícies e explora os traços que levam nosso olhar à ideia de finitude e que nos permite classificar o que voa e o que se firma.

A artista exibe um recorte inédito desta pesquisa na exposição Possíveis Paisagens, em cartaz na Galeria Kogan Amaro. Há quatro anos, quando a artista trocou a verticalidade de São Paulo para viver em uma pequena cidade no norte da Holanda, o horizonte tornou-se uma peça-chave em sua obra.

Possíveis paisagens, individual de Carolina Semiatzh
Local: Galeria Kogan Amaro
Curadoria: Ana Carolina Ralston
Período expositivo: até 12 de outubro
Endereço: Alameda Franca, 1054 – Jardim Paulista, São Paulo
Horário: segunda a sexta, das 11h às 19h, e sábado, das 11h às 15h
Informações: (11) 3045-0944/0755

Unibes Cultural exibe exposição sensorial “O Ser Humano e a água”


Créditos: Divulgação


Entre os meses de setembro e dezembro de 2019, a Unibes Cultural exibirá a exposição O Ser Humano e a Água, uma experiência sensorial imersiva e lúdica que propõe discussão e conscientização acerca da preservação dos recursos hídricos.

O objetivo da mostra é transcender o debate sobre o tema e ampliar as reflexões sobre novos hábitos em relação à água, alertando o público sobre a quantidade que se gasta na produção de bens de consumo e identificar os diferentes impactos ambientais causados por esse comportamento.

A exposição será distribuída em sete ambientes interativos e instagramáveis. “Túnel Sensorial: Estados da Água”, “Quanta Água”, “Somos Água”, “Matemática da Água”, “Da Natureza Para a Sua Casa”, “Sala das Águas” e “Sala da Cachoeira” são os temas dos espaços construídos por artistas convidados. “O percurso inteiro tem como objetivo levantar uma problemática e impactar, educar e conscientizar o público de que somos capazes de transformar a atual situação do meio ambiente”, afirma a curadora da exposição, Patrícia Egel Secco.

O circuito terá início em um túnel sensorial em que o visitante passa pelos estados da água (sólido, líquido e gasoso), seguindo por um segundo cenário que apresenta a quantidade de água que possuímos no corpo por meio de uma ativação tecnológica, unindo cenografia e áudio. No terceiro espaço, os visitantes serão convidados a uma importante reflexão em relação à quantidade de água presente no planeta e no ser humano. Na quarta etapa, é possível encontrar as utilizações de água pelo ser humano, desde as mais básicas e vinculadas à sobrevivência, até a produção de bens de consumo e seu uso industrial. A exibição do caminho da água desde sua origem até a casa dos brasileiros fica por conta do quinto cenário. Em seguida, a exposição instiga o imaginário para mostrar o dano causado aos oceanos pela espécie humana e o papel importante dos cidadãos para ajudar o meio ambiente por meio de uma projeção surpreendente. E, por fim, os visitantes atravessarão uma “cachoeira de lixo”, uma produção artística que tem como objetivo chamar a atenção para a quantidade de resíduos que produzimos.

Serviço

Exposição: O Ser Humano e Água

Data: de 13 de setembro a 22 de dezembro (exceto às segundas-feiras)

Horário: das 10h30 às 18h30 (entrada até às 17h30)

Valor: R$20 e R$10 (meia-entrada)

Classificação Livre

Espaço Acessível

Entrada gratuita às sextas-feiras

Local: Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré, São Paulo – SP)

Exposição “Caçambas” em São Paulo


© copyright Eduardo Srur 2019 / Campinas Café


As regiões de Pinheiros e Butantã, no entorno do MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, receberam 15 esculturas criadas pelo artista visual Eduardo Srur, que remetem a uma caçamba – objeto utilizado para descarte de resíduos e cada vez mais presente no espaço público. A exposição é apoiada pela Klabin, maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, por meio do Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo (ProAC).

As esculturas possuem a forma e tamanho original de uma caçamba de entulho, porém são vazadas e constituídas somente por linhas de metal em seu contorno, provocando uma reflexão sobre o excesso de lixo produzido pela sociedade. Atualmente, 20 mil toneladas de resíduos são geradas por dia na metrópole e existem milhares de pontos irregulares onde as pessoas descartam de tudo.

Durante a exposição, as esculturas serão movimentadas periodicamente e instaladas em outros pontos urbanos, assim, gradualmente irão migrando para a periferia da cidade. No decorrer da exposição, o artista fará um ensaio fotográfico dos pontos caóticos onde as caçambas estão instaladas, abordando alguns pontos dramáticos da metrópole onde o entulho e o descarte irregular dominam a paisagem urbana.

Além dos locais inicialmente ocupados na cidade, Srur participa com a obra “Caçambas” na exposição Ambiental: arte e movimentos, no MuBE – Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia. A mostra tem como objetivo reafirmar a vocação do museu na defesa do meio ambiente. A curadoria é organizada pelo museu e a Fundação SOS Mata Atlântica. Na mostra, Srur apresenta um vídeo da obra produzido dentro do CEAGESP, onde toneladas de comida são desperdiçadas diariamente.

Veja abaixo a localização onde estão expostas às 15 caçambas

MuBE | Av. Europa X Rua Groenlândia | Praça Adolfo Bloch | Av. 9 de julho X Av. Cidade JardimEstação Oscar Freire | Av. Cidade Jardim X Av. Faria Lima | Av. Morumbi X Av. Oscar Americano | Shopping JK Iguatemi | Ponte Cidade Jardim | Jockey Club | Jockey Club 2| Av. Francisco Morato X Av. Vital Brasil | Largo da Batata | Rodovia Raposo Tavares | Rua Alvarenga X Rua Camargo.

Serviço
Exposição “Caçambas”
Datas: 31 de agosto a 31 de outubro de 2019
Abertura: 31 de agosto, das 12h as 18h
Local: Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE)
Rua Alemanha, 221, Jardim Europa, São Paulo  Evento aberto ao público e gratuito

Exposição Protolivro na Casa de Cultura do Parque


Crédito: Edith Derdyk


Em uma era de crise de discursos, na qual o excesso de informações promove desinformação e desordem, o saber passa por um momento de fragilidade. Os livros, por sua vez, detêm registros importantes da história da humanidade e abrem portas tanto para o passado quanto para o futuro. É neste contexto de ambiguidade que a artista paulistana Edith Derdyk abre suas investigações na mostra Protolivro, em cartaz até 13 de outubro, na Casa de Cultura do Parque.

O neologismo que dá título à exposição evoca a ideia de primeiro, de matriz, do livro que é anterior aos demais. E é este o ponto de partida para os estudos de Derdyk em torno do imaginário que cerca as origens do livro, manuscrito ou impresso, em seu percurso no tempo. “O livro é parte fundante da construção do conhecimento, tanto do imaginário quanto das vontades de futuro. Somos seres de linguagem e remontar as nossas origens, além de ser um fundamento poético, traduz um ato político”, explica a artista.

É um convite de Derdyk a uma experiência imersiva, cuja ideia é oferecer ao visitante a possibilidade de adentrar nas páginas de um grande livro aberto. Através do desmembramento de cada parte – capa, contracapa, orelha, miolo, folha, página, índice, costura, vinco, furo, dobra e cola -, a exposição contempla a sintaxe, a gramática, a arquitetura do livro e suas temporalidades.

Serviço:
Protolivro, individual de Edith Derdyk
Visitação: até 13 de outubro
Horário: quarta a sexta, das 11h às 19h, sábados e domingos das 10h às 18h
Endereço: Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 1300 – Alto de Pinheiros
Informações: (11) 3811-9264 | acasadoparque.com