Verão Sem Censura acolhe manifestações culturais censuradas e oprimidas


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A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, celebra a democracia e a liberdade de expressão com o Festival Verão Sem Censura. O evento acolhe todas as manifestações culturais oprimidas em 15 dias de evento, realizado nas cinco regiões da cidade. São mais de 45 atividades abertas e gratuitas, como peças de teatro, filmes, debates, shows, exposições, performances e carnaval.

A iniciativa apoia e fortalece a resistência aos ataques à cultura e aos artistas no Brasil. Para o secretário Alexandre Youssef, o Verão Sem Censura não é um projeto de antagonismo ao Governo Federal. “É uma medida de valorização da nossa cultura”, explica. “Uma resistência que luta pelo bem mais valioso da nossa cultura, a liberdade de expressão”. Trata-se de combater a repressão, a censura e o preconceito produzindo e promovendo coisas “boas, bonitas e fortes”.

A abertura do evento, no dia 17, será realizada na Praça das Artes, com show de Arnaldo Antunes, que teve seu videoclipe censurado na TV recentemente. No mesmo dia, o Theatro Municipal recebe, na sacada, o DJ Rennan da Penha, funkeiro idealizador do Baile da Gaiola preso em março e libertado em novembro.

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No dia 18, a Praça das Artes promove também uma exibição de “Bruna Surfistinha”, de Marcus Baldini. O longa-metragem tem sessão seguida de debate com Raquel Pacheco, cuja autobiografia “O Doce Veneno do Escorpião” inspirou o filme, e a atriz Deborah Secco, que interpreta a ex-prostituta. Em julho, o presidente Jair Bolsonaro declarou que não poderia “admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha”. Na sequência, acontece desfile de moda da Daspu, grife do movimento de prostitutas do Brasil criada por Gabriela Leite, e a festa LGBT Desculpa Qualquer Coisa com performance das Maravilhosas Corpo de Baile.

No dia 30, o Pussy Riot, banda punk rock feminista que teve integrantes condenadas à prisão na Rússia, em 2012, faz show com participação de Linn da Quebrada no Centro Cultural São Paulo (CCSP). No dia 29, a banda participa de debate com no mesmo espaço, após exibição do documentário “Act and Punishment”, de Yevgeni Mitta.

A Praça Ramos de Azevedo, em frente ao Theatro Municipal, é palco para festas no dia 31, começando com o Cortejo do bloco Espetacular Charanga do França, às 23h. Em seguida, a diversão continua com Tarado Ni Você, bloco de músicas de Caetano Veloso, e, por fim, a festa Minhoqueens.

O Theatro Municipal recebe o encerramento do Festival, com apresentação da peça “Roda Viva”, do Teatro Oficina, no dia 31. O espetáculo, escrito por Chico Buarque e com direção de José Celso Martinez, foi censurado durante a ditadura civil-militar brasileira. O espaço também é palco do show “Divinas Divas”, com mulheres trans que também sofreram atos de censura durante a carreira, no dia 29.

Na Biblioteca Mário de Andrade, a programação inclui as peças “O Caderno Rosa de Lori Lamby”, nos dias 18 e 19, e “Navalha na Carne Negra”, nos dias 24, 25 e 26; uma conversa sobre Marighella, com Mário Magalhães e Maria Marighella, no dia 29; o bate-papo “Uma Aula Sobre 1984”, com a historiadora Lilia Schwarcz, sobre o romance distópico de George Orwell, no dia 21; e o clube de leitura “Puñado lê Proibidas”, com trechos de autoras latino-americanas brancas e negras que foram censuradas.

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Peças Censuradas
A programação inclui diversos espetáculos censurados em 2019. No Centro Cultural São Paulo (CCSP), “Caranguejo Overdrive”, de Aquela Cia de Teatro, é exibido após ter a sua reestreia vetada no Rio de Janeiro. A peça foi consagrada com o Prêmio Shell 2016 de Melhor Direção para Marco André Nunes, Melhor Autor para Pedro Kosovski e Melhor Atriz para Carolina Virgüez. As sessões acontecem nos dias 17, 18 e 19.

Censurada pela FUNARTE, a peça “RES PUBLICA 2023” já foi acolhida pela Prefeitura em outubro, quando estreou no CCSP. Agora, o espetáculo do grupo A Motosserra Perfumada chega ao Centro Cultural da Juventude (CCJ), nos dias 22 e 23. Também no CCJ, acontece a apresentação de “Domínio Público”, na qual os artistas Maikon K, Renata Carvalho e Wagner Schwartz, juntamente com Elisabete Finger, se juntam para uma reflexão a partir dos ataques sofridos em 2017.

A peça “Abrazo”, da companhia Clowns de Shakespeare, é apresentada nos dias 17, 18 e 19, no Centro Cultural Olido, após ter sido cancelada minutos antes de sua segunda sessão em Recife. O espetáculo infanto-juvenil é inspirado no “Livro dos Abraços”, de Eduardo Galeano, e conta a história de um local no qual abraços não são permitidos.

Também no Olido, o espetáculo “Gritos”, da companhia Dos à Deux, é apresentado nos dias 17, 18 e 19. O motivo da censura teria sido a temática LBGT do espetáculo, que conta a história de uma travesti.

Exposições
O CCSP apresenta, entre os dias 17 e 31, uma exposição com cartazes de filmes censurados, reconhecendo a importância dos cartazes para preservar a memória do cinema brasileiro – em dezembro, cartazes foram retirados das paredes da sede e do site da Ancine. Na Biblioteca Mário de Andrade, é possível conferir a exposição “Banidos”, com obras do acervo de livros raros censuradas na história literária. A abertura, no dia 17, conta com bate-papo com Ignácio de Loyola Brandão, romancista brasileiro autor de obras que foram censuradas na época da ditadura, e Laura Mattos, autora do recente Herói mutilado: Roque Santeiro e os bastidores da censura à TV na ditadura.

Sessões de Cinema
No CCSP, é exibido o premiado “A Vida Invisível”, representante do Brasil no Oscar. O longa-metragem de Karim Aïnouz seria exibido para os servidores da Ancine em dezembro, mas foi vetado pela direção do órgão, do qual o filme também teve os seus cartazes removidos das paredes. A sessão acontece dia 19, na Sala Lima Barreto.

O espaço também apresenta uma Sessão de curtas LGBT, no dia 18. No dia 19, são exibidos os filmes “Bixa Travesty” e “Corpo Elétrico”, além de uma sessão de médias-metragens.

Vitrine do Circo é aberta no Centro de Memória do Circo em SP


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Localizada no andar térreo do Centro de Memória do Circo, a Vitrine do Circo Mestre Maranhão tem a missão de aliar a história com a ação. Parte da exposição “Hoje Tem Espetáculo!”, o painel Artes do Circo explora as diversas modalidades circenses e seus desdobramentos.

A Vitrine também convida o Respeitável Público do Centro de Memória do Circo a integrar e colaborar com a memória circense, prestigiando espetáculos, ensaios, rodas de conversa, exibições de filmes e muito mais!

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O nome Vitrine do Circo Mestre Maranhão é uma homenagem a José Araújo de Oliveira, o Mestre Maranhão (1923-2012). Especialista em acrobacias, trapézio e arame, trabalhou com grandes circos que circulavam pelo Nordeste, como Fekete, Nerino, Temperani e Garcia.

Confira a programação no Facebook:
https://www.facebook.com/centrodememoriadocircosp/

SERVIÇO

CENTRO DE MEMÓRIA DO CIRCO
Av. São João, 473 – Centro
Centro Cultural Ólido – Térreo e sobreloja

Exposição Hoje Tem Espetáculo
Segunda a Sexta, das 10h as 20h.
Sábados, domingos e feriados, das 13h as 20h.
(Não abrimos às terças-feiras)

Atendimento CMC:
Segunda a sexta, das 10h as 18h.
Sábado e domingos, das 13h as 20h.
Pesquisa ao acervo apenas com horário marcado
Telefone: +55 11 2899-7377 / 2899-7379
E-mail: memoriadocirco@gmail.com

Exposição sensorial ‘O ser humano e a água’ no Unibes Cultural


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A Unibes Cultural oferece até o 22 de dezembro de 2019 a exposição O Ser Humano e a Água. Por meio de uma experiência sensorial imersiva e lúdica, a instalação visa transcender o debate sobre o tema e trazer novas reflexões propondo hábitos de consumo mais sustentáveis e alertando o público sobre a quantidade que se gasta na produção de bens de consumo, além dos diferentes impactos ambientais causados pelo comportamento humano

A exposição  já recebeu milhares de visitantes desde a sua abertura, integra 7 ambientes interativos e instagramáveis construídos por artistas convidados, começando pelo Túnel Sensorial — Estados da Água, que mostra os estados físicos da água – sólido, líquido e gasoso — seguido pelo cenário Quanta Água?, que apresenta uma experiencia tecnologia e interativa sobre a quantidade de água que cada participante tem no corpo.

O espaço Somos Água traz uma reflexão em relação à quantidade de água presente no planeta e no ser humano enquanto que na quarta parte da exposição, o ambiente interativo Matemática da Água convida o público a entender os diversos usos da água pelo ser humano, desde as mais básicas e vinculadas à sobrevivência, até a produção de bens de consumo e seu uso industrial.

O quinto cenário, Da Natureza Para a Sua Casa, tem por finalidade demonstrar o processo desde a origem do recurso hídrico até seu consumo nos lares brasileiros. Posteriormente a Sala das Águas, mostrará o dano causado aos oceanos e o papel dos cidadãos para ajudar o meio ambiente por meio de uma projeção surpreendente

Ao final está a Sala da Cachoeira, onde o visitante atravessará uma cachoeira de lixo e que tem o objetivo de chamar a atenção sobre a quantidade de resíduos que produzimos.

Os artistas de cada espaço são: Mauriomar Cid (Túnel Sensorial: Estados da Água), Mário Di Poi (Quanta Água?), Vinicius Leite e Bruna Secco (Somos Água), Ricardo Palmieri (Matemática da água), Carolina Barbosa e Juliana Nersessian (Da Natureza Para a Sua Casa), Bárbara Tércia (Sala das Águas) e Graziela Pinto (Sala da Cachoeira).

Serviço
Data: até 22 de dezembro
Horário: Das 10h30 às 18h30
Local: Unibes Cultural
Ingresso: R$20 e R$10 (meia entrada)
Sexta-feira entrada gratuita

Maior exposição de LEGO® do mundo é prorrogada em São Paulo


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Maior exposição LEGO® do mundo, The Art of The Brick®: DC Super Heroes é prorrogada. Devido ao sucesso de público, a visitação será até 29 de dezembro. Criada pelo artista Nathan Sawaya, a mostra é exibida na OCA em São Paulo e faz parte da celebração do aniversário de 80 anos de Batman. Até o momento, a exibição já teve mais de 70 mil visitantes.

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Com mais de 120 peças originais, criadas exclusivamente com 2 milhões de blocos LEGO®, incluindo um Batmóvel em tamanho real (5,5 metros). Em uma parceria da Warner Bros. com a DC Entertainment, o artista Nathan Sawaya criou a maior coleção de arte inspirada na Liga da Justiça da DC, incluindo Batman, Super-Homem e Mulher Maravilha, ao lado dos super vilões da DC como o Coringa e Arlequina, em uma realização da PEEB Experiências Culturais. A expectativa da organização é que esta temporada da exposição tenha mais de 250 mil visitantes.

Serviço | ‘The Art of the Brick: DC Super Heroes’

Oca (Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Parque Ibirapuera; tel.: 5082-1777).
De ter. a sex., das 9h às 20h; sáb. e dom., das 9h às 19h até 29 de dezembro.
R$ 40, no site

TRÍADE – Exposição Monumental no Museu Vale


Créditos: Sérgio Cardoso


Um grande mosaico de formas abstratas em tons de preto, branco, cinza e vermelho, que se estende pelos 420 m² da lateral externa do galpão de exposições do Museu Vale, fazendo um contraponto com a paisagem da Baía de Vitória e com o porto. Inúmeras imagens plotadas num espaço de 151,80 m², em que multidões e paisagens desérticas se contrastam ao mesmo tempo em que se complementam. Uma grande instalação invade a galeria do galpão de exposições, onde a linha conduz o espectador. Essas três obras criam o ambiente da exposição Tríade: Linha, Plano, Imagem, que estará em cartaz no Museu Vale de 30 de novembro de 2019 a 23 de fevereiro de 2020.

Com curadoria de Neusa Mendes e Ronaldo Barbosa, os artistas Bruno Zorzal, Fredone Fone e Sandro Novaes foram escolhidos para essa exposição, a partir da mostra “20/20 – 20 Anos do Museu Vale, 20 artistas do Espírito Santo”, que marcou os 20 anos da instituição em 2018. As obras foram elaboradas especialmente para o espaço do Museu Vale, unindo espaços internos e externos, arquitetura e paisagem.

A escolha dos três artistas se deu pelo ato reflexo nos trabalhos apresentados nessa mostra, cuja diferença de linguagens na concepção das obras se complementam nas inter-relações que propõem no espaço expositivo. Bruno Zorzal é doutor em Estética, Ciência e Tecnologia das Artes Plásticas e Fotografia pela Universidade Paris 8, na França, com uma pesquisa sobre exploração artística de fotografias já existentes. Realiza experiências com diferentes dispositivos, exploração de imagens já existentes, convergências, na fotografia, de outras artes como vídeo e pintura são alguns dos caminhos, teóricos e artísticos, que vem investigando.

Fredone Fone tem uma história conhecida no universo do grafite, mas também se aventura com o uso de outros materiais e técnicas no seu trabalho, o que acredita ser um exercício necessário para o seu trabalho. “Desde 2009, para continuar carregando algo das minhas raízes, pensei em fazer um trabalho que não me obrigasse a abandonar a rua e que utilizasse o spray. O grafite me apresentou outras formas de arte“. O trabalho de Sandro Novais se desenvolve e cresce através dos estudos sobre desdobramentos do desenho para a tridimensionalidade, luz, sombra e volume, tentando manter a problemática da serialização minimalista utilizando a linha reta. É fotógrafo, artista e pesquisador.

Créditos: Sérgio Cardoso

– “Tríade é a 50 ª exposição de arte contemporânea que apresentamos no Museu Vale. A mostra exibe os trabalhos desses três artistas capixabas que trilharam caminhos distintos dentro das artes plásticas. Nesse novo momento e contexto, expondo novamente na instituição, os três jovens artistas apresentam a expansão de suas obras, cuja paleta monocromática e a grande escala é fator comum a todos. Eles também compartilham o ato do trabalho longo e contínuo, a artesania do longo processo de ação, pensamento e execução. ”Ronaldo Barbosa”.

O primeiro grande impacto de Tríade se dá na área externa, com a pintura mural de Fredone Fone, que irá tomar o imenso plano da lateral do galpão de exposições, margeando a vista para a zona portuária, como se fosse a paisagem do porto, com seus guindastes e plataformas. Artista de murais em diversos países, singular e próprio na sua linguagem – a pintura com formas geométricas –, Fredone fará no Museu Vale sua maior obra até agora, que poderá ser vista do outro lado da margem, na cidade de Vitória.

No gigantesco site specific de Sandro Novaes, a linha toma forma e invade o espaço expositivo. Na instalação, o artista constrói uma linha imaginária através de centenas de linhas, ora em desenho sobre planos e paredes inclinadas, ora tridimensionais através de cordas de elástico ou de videoinstalação que compõem imagens em movimento e linhas plotadas. A linha inexistente cria uma sutil tensão entre o espectador e a obra. Monocromático em tons de preto, branco e cinza, a obra nos traz o desenho de forma tridimensional, elevando sua escala num grande e monumental trabalho.

Já o fotógrafo Bruno Zorzal vai expor seu trabalho nas quatro paredes da primeira sala da galeria, cujo pé direito chega a cinco metros de altura. A instalação explora as imperfeições das paredes de pedra com uma composição de imagens plotadas e coladas no estilo de imagens dos fotógrafos lambe-lambe. Nelas se destacam multidões e paisagens desérticas, promovendo uma reflexão sobre questões relacionadas à temporalidade, profundidade, real e irreal.

Créditos: Sergio Cardoso

Com essa exposição coletiva, realizada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura por meio do Ministério do Turismo e do Governo Federal, o Museu Vale reitera seu compromisso em ser um instrumento de disseminação e fomento à arte contemporânea. Valorizando a arte produzida em terras capixabas, a nova geração de artistas é tão bem representada pela vigorosa produção de Bruno, Fredone e Sandro, cujo desafio comum foi o de ocupação dos grandes espaços do galpão de exposições harmonizando linha, plano e imagem.

SERVIÇO

Tríade: Linha, Plano, Imagem – Bruno Zorzal, Fredone Fone e Sandro Novaes

De 30/11/2019 a 23/02/2020

Museu Vale
Antiga Estação Pedro Nolasco, s/n
Argolas – Vila Velha, Espírito Santo
Informações: (27) 3333-2484

Galeria Lume reúne esculturas de Claudio Alvarez em mostra inédita




Exposição reúne produção recente do artista, fruto de sua pesquisa em torno da percepção.

A visão, um dos sentidos essenciais da existência humana, é carregada de ideias pré-estabelecidas sobre os fenômenos que fazem parte do cotidiano. A percepção torna-se tão automatizada que só é possível constatar que se está enxergando quando o objeto de observação desafia o olhar com alguma característica que foge do comum. Aqui, é preciso suspender os pré-julgamentos e enxergar o novo objeto de forma pura. É o que propõe o artista Claudio Alvarez na exposição Quando Vemos, em cartaz na Galeria Lume, de 3 de dezembro a 6 de fevereiro.

A mostra reúne 12 obras, produção recente do artista, nas quais ele explora figuras reais e virtuais, fazendo uso de materiais como aço inox, madeira, vidro e acrílico, lentes, refletores, imãs e espelhos.

Para Alvarez, mais do que os fenômenos físicos, que estão presentes no cotidiano, interessa investigar a percepção humana e descobrir como as pessoas funcionam em relação a convivência com o mundo externo. O artista cria mecanismos em que aquilo que se vê entra em contradição com aquilo que se sabe.

Em Janelas Invisíveis (2019) Claudio cria, através de espelhos, duas figuras que parecem ser janelas, preenchidas por círculos iluminados que se avolumam repetidamente. Neste trabalho, o artista faz referência àquilo que é visível através destas supostas janelas e, como em outras obras, remete à possibilidade de coexistência de diversos espaços simultaneamente. A multiplicação infinita de elementos de luz e sombras sugere um percurso virtual onde os limites deixam de existir.

Já na obra Odisseia (2019) ele apresenta uma espécie de transformação material. O artista criou a partir de movimentos gerados por motores elétricos e materiais que provocam interações entre luz e sombra uma mudança de estado sólido para o líquido. A obra simula a partir dessas ferramentas a movimentação da água em um aquário. Alvarez propõe jogos visuais que transitam entre o real e o virtual e instigam o visitante a refletir sobre sua própria percepção.

Serviço:
Quando Vemos, individual de Claudio Alvarez
Local: Galeria Lume
Abertura: 3 de dezembro, terça-feira, a partir das 19h
Período expositivo: 3 de dezembro a 6 de fevereiro
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h | sábados, das 11h às 15h
Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa, São Paulo Telefone: (11) 4883-0351