Exposição Ajoelhou Tem que Rezar




Por Andréia Bueno

Obras autorais de Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann, elaboradas sobre suportes de madeira idênticos e sem assinatura aparente, formarão um painel único que convida o espectador, junto às artistas, a dar significado ao que está exposto.
“Ao Quadrado”,  da artista plástica Beth Turkieniez faz parte da exposição coletiva (Foto: Divulgação)

Em “AJOELHOU TEM QUE REZAR” o suporte é o ponto de partida. As artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann trabalharam a partir de suportes de madeira idênticos, de 40X40cm, que serão expostos na Mônica Filgueiras Galeria de Arte de maneira a construir uma unidade, um único corpo, que será batizado com o nome da exposição. 

Assim, optou-se por não identificar as obras, diluindo a autoria e assumindo a forma de uma colcha de retalhos que convida o espectador, junto às artistas, a dar um novo significado ao que está exposto. Com a obra, BETH TURKIENIEZ, ELAINE GOMES E PATRÍCIA KAUFMANN propõem assuntos relacionados aos nossos conflitos diários, enraizados no desespero do excesso de informação que nos cerca, onde a privacidade é nula e tudo parece efêmero, líquido. Fragmentos do cotidiano, indagações, sentimentos, angústias, questionamentos e momentos que habitam o interior dessas mulheres, únicos e particulares, mas também universais e compartilhados. Soma-se isso ao intangível, que é costurado no espaço da Galeria, unindo os retalhos em harmonia.

Fragmento do painel “Ajoelhou tem que Rezar” (Foto: Divulgação)

A não conformidade e a quebra do padrão marcam a trajetória das artistas que há 14 anos têm suas carreiras intercaladas em Projetos, como o Tupyexxx-mulder, 1º coletivo abraçado por Mônica Filgueiras, em exposição exibida em 2007. Em tempos de liquidez e quebra do particular, torna-se latente a necessidade de escancarar o que está dentro de nós. Gritar e não ter receio da resposta. Assim como se estiver na chuva é para se molhar, se ajoelhou, tem que rezar! E se ajoelhou?!….Glória!
Serviço
AJOELHOU TEM QUE REZAR
Coletivo das artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann.
Exposição: de 21 de setembro a 20 de outubro
Horário: de seg a sex: das 10h30 às 19h / sáb: das 10h30 às 14h30

MÔNICA FILGUEIRAS GALERIA DE ARTE
R. Bela Cintra, 1533 – Consolação
11. 3081.9492

Arte Pra sentir no Caixa Cultural




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Isabel Portella, o Caixa Cultural São Paulo recebe a exposição Arte Pra Sentir, que exibe obras de arte de seis artistas brasileiros, acessíveis a todos, pois vai além da visão simples, estimulando visão, audição, paladar, olfato e tato.
Foto: Divulgação
Os artistas participantes da mostra são: Carolina Ponte, Ernesto Neto, Flavio Cerqueira, Floriano Romano, Opavivará e Pedro Varela. Além das obras já conhecidas pelo público, foram criadas algumas especialmente para este projeto. Além de peças táteis, a mostra conta com os recursos de sinalização, audioguias, audiodescrição e informações em Braille sobre as obras expostas. 
O objetivo da exposição é conscientizar pessoas sem deficiência e contemplar as que sofrem de algum tipo de privação de sentidos para uma mostra diferente, onde a interação com as obras é o principal chamariz, ao mesmo tempo que acaba com a percepção de “artes visuais”, que é tão enraizada na nossa cultura. 
SERVIÇO
Quando: até o dia 30 de setembro
Onde: CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111, Centro – São Paulo
Horários de visitação: terça a domingo, das 9h às 19h
Entrada Gratuita.

Espaços do Sesc inauguram exposições coletivas




‘Via Aérea’, no Sesc Belenzinho, está entre as mostras

Por Andréia Bueno
Neste mês, o Sesc Belenzinho abre para o público a exposição coletiva VIA AÉREA. Com curadoria de Marcio Harum, a mostra reúne trabalhos de 12 artistas visuais da cena contemporânea nacional e internacional. A temporada de visitação aberta ao público segue até o dia 2 de dezembro, com entrada franca.
Isabel Caccia – Projeto Can-Can ( Foto: Divulgação)
A exposição traz um conjunto de obras, entre esculturas, instalação, filme, fotografias e vídeos em disposição aérea, que se relacionam com a arquitetura da unidade ao explorar o aspecto de leveza e as transparências. As criações se apresentam suspensas, flutuantes, içadas.
Algumas obras são inéditas, comissionadas especialmente para a exposição. Os artistas participantes são: Adrià Julià (espanhol, radicado na Noruega), Daniel Lie & Centro da Morte para xs VIVXS (São Paulo, SP), Distruktur (duo de brasileiros, radicados na Alemanha), Ernesto Neto (do Rio de Janeiro, RJ), Geraldo Zamproni (de Curitiba, PR), Isabel Caccia (de Córdoba, Argentina), Jarbas Lopes (de Nova Iguaçu, RJ), Letícia Ramos (gaúcha, radicada em São Paulo), Lucía Madriz (da Costa Rica, radicada na Alemanha), Merce Cunningham (EUA), Fancy Violence (personagem/alter ego do paulistano Rodolpho Parigi) e Sérgio Bonilha & Luciana Ohira (São Paulo, SP).
Em contra-partida acontece no Sesc Pompeia acontece a exposição coletiva “Arte-Veículo”. As esculturas, instalações, fotos e vídeos desta mostra, que tem curadoria de Marcio Harum, exploram leveza e a transparência. Os trabalhos, suspensos e flutuantes, são assinados por 12 artistas, tanto  brasileiros —como Rodolpho Parigi e Daniel Lie— quanto estrangeiros— como a argentina Isabel Caccia. Confira a programação completa em : https://m.sescsp.org.br/
Serviço

Via Aérea
Sesc Belenzinho – R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada
Tel. 2076-9700. Ter. a sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 19h30. Até 2/12. Livre. 
GRÁTIS
Arte-Veículo
Sesc Pompeia – área de convivência – R. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, 
Tel. 3871-7700. Ter. a sáb.: 10h às 21h30. Dom.: 10h às 19h30. Até 2/12. Livre. GRÁTIS

German Lorca: Mosaico do Tempo, 70 anos de fotografia no Itaú Cultural




Por Nicole Gomez


O Itaú Cultural apresenta a mostra German Lorca: Mosaico do tempo, 70 anos de fotografia, uma retrospectiva pela vida e obra de um dos mais importantes fotógrafos brasileiros, que ainda está em atividade aos 96 anos, o grande German Lorca
Foto: Divulgação
Com curadoria de Rubens Fernandes Jr. e assistência de José Henrique Lorca, a exposição é distribuída em dois andares do Itaú Cultural, revisitando seu histórico de produção, apresentando suas fotografias mais icônicas, suas mais diferentes formas de produzir, que vão desde fotografias autorais até imagens publicitárias, sua história no Foto Cine Clube Bandeirante e seus cliques da cidade de São Paulo. 
O espaço reúne ainda, a primeira fotografia tirada por Lorca, retratos de família, autorretratos, certificados, prêmios como troféus e medalhas, além das diversas homenagens realizadas para o fotógrafo, como registros de Lorca, realizados por outros artistas. 
German Lorca atuou em diversos campos da fotografia e traz na bagagem a fama de grande fotógrafo de São Paulo, pois seu nome tem muita importância para a cidade em si: German Lorca acompanhou e registrou a modernização da cidade. Nascido no ano de 1922, o fotógrafo tem passado por todos os tipos de evolução tecnológica. Guarda um grande acervo de câmeras, mas não deixou de seguir a moda e também fotografa com seu smartphone.
SERVIÇO:
German Lorca: Mosaico do Tempo, 70 Anos de Fotografia
Quando: em cartaz até o dia 4 de novembro de 2018, terça a sexta 9h às 20h [permanência até as 20h30], sábado, domingo e feriado 11h às 20h
Onde: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – Bela Vista, São Paulo – SP
Entrada Gratuita

Rock & Drones – TEC




Reconhecido por murais e intervenções no asfalto da capital paulista, artista expõe conjunto de telas inéditas, fotografias e projetos que mesclam arte e tecnologia

Por Andréia Bueno
O caos de uma megalópole como São Paulo emaranhado a imagens e grafismos coloridos. Obras que usam a perspectiva à distância e combinam técnicas pictóricas e artifícios tecnológicos para convidar o espectador a perceber os detalhes em suas diversas camadas. Esse é o norte de Rock & Drones, exposição individual que o artista argentino Tec apresenta na Choque Cultural, até 6 de outubro.


The Edge, 2018| Tec

Com curadoria de Baixo Ribeiro e Laura Rago, a mostra apresenta ao público um recorte da produção mais recente do artista, que toma sua relação com o mundo que o cerca como inspiração para suas criações. No conjunto, cerca de 15 obras inéditas, entre telas, fotografias e vídeos que mesclam arte de rua e tecnologia.

“As telas de Rock & Drones são rebuscadas e complexas, com menos definição entre o que está em primeiro plano e o que está no fundo. Proporcionam um trânsito do nosso olhar pela superfície e também pelas profundezas de camadas que se entrelaçam, amarradas por ruas, viadutos e becos sem saída”, pontua Baixo Ribeiro.

Natural de Córdoba, Tec vive em São Paulo há sete anos. Seu trabalho carrega a vantagem do olhar múltiplo de quem está dentro e fora num instante único. Já há algum tempo, é o ritmo da capital paulista que dá o tom de suas criações. Com as telas apresentadas em Rock & Drones não é diferente. O cotidiano do bairro onde está instalado seu ateliê, a Barra Funda, surge nesses trabalhos mais recentes, em uma figuração tão caótica quanto o dia a dia da metrópole, numa combinação – nem sempre orgânica – de cenas, objetos e cores diversas.

Em Travessa Camaragibe, por exemplo, um sujeito dorme sobre o balcão de um bar. Ao seu lado, garrafas de cerveja e copos americanos, “o copinho típico do Brasil”, nas palavras do artista. Já em Black Friday, o retrato de uma barraca de peixes. Pessoas, vozes e ofertas se sobrepõem umas às outras, dando ao observador a sensação de estar em meio a uma feira livre. O samba descompromissado e o churrasquinho que tomam as calçadas do bairro também aparecem em Meu único herói nessa bagunça.

No Te Olvides Del Diesel | Tec

Grafite e tecnologia

O artista inovou e ampliou o cenário da arte urbana com seus desenhos gigantes pintados no asfalto das ladeiras de São Paulo, fazendo uso da perspectiva à distância. Usando o piso como suporte para seus grafites, incorporou o drone como ferramenta para a sua produção em espaços públicos de superfície plana. Séries de vídeos-drones foram criadas a partir de figuras pensadas, especialmente, para essa técnica.

Na exposição, o artista apresenta um vídeo-drone inédito, concebido a partir de uma de suas intervenções na cidade, e um stop motion, também fotografado por uma aeronave não tripulada. Mapeando a sua produção, num diálogo entre o representado e o representante, o artista expõe ainda um conjunto de fotografias, registros de seus trabalhos de rua.

“No conjunto de sua obra, seja nas telas, nos vídeos-drone ou mesmo nos murais, Tec nos conduz a pensar nas sobreposições de camadas e na percepção sequencial de sistemas de níveis. Seus trabalhos reverberam e reafirmam sua relação com a cidade, convidando o espectador a uma interação pela transgressão de escalas, do micro (in) para o macro (out)”, afirma Laura Rago.
Serviço:
Rock & Drones, individual de TEC
Local: Choque Cultural
Endereço: Rua Medeiros de Albuquerque, 250 – Vila Madalena
Período expositivo: até 6 de outubro
Visitação: de terça-feira a sábado, das 12h às 19h
Entrada gratuita

GRÁTIS: Exposição – A Cor Não Tem Fim




Até 16 de dezembro de 2018, o Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP – realiza a mostra inédita  com obras do artista e tapeceiro francês

Por Andréia Bueno

A exposição  “A cor não tem fim: pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez” é um exemplo de primazia visual de cores, seja pela abundância e diversidade nas suas propriedades, nas múltiplas combinações e contrastes que possibilitam ou na maleabilidade para a criação de áreas, volumes e efeitos visuais, entre outras características.

Foto: Divulgação

Dividindo espaço com a mostra, também inédita, “P/B – Acervo MAB”, que apresenta um recorte de obras exclusivamente dominadas pelos pigmentos preto, branco e as gamas intermediárias de tons de cinza, a exposição “A cor não tem fim” ocupa a sala central do mesmo ambiente e traz ao público a recente coleção do acervo do MAB FAAP composta por pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez. A exposição conta com curadoria de José Luis Hernández Alfonso, Laura Rodríguez e Tatiana Bo.

Radicado brasileiro em 1947, Jacques Douchez foi um dos mais notáveis tapeceiros da segunda metade do século XX, uma vez que suas ideias e realizações passaram a distinguir artisticamente a tapeçaria produzida no Brasil. Douchez conhecia muito bem os materiais e dominava os processos técnicos de realização da tapeçaria, inserindo valores de tridimensionalidade que levam o visitante a apreciar suas realizações como esculturas de fibras. A mostra fica em cartaz até dezembro deste ano.

Foto: Divulgação



Serviço

Exposição “A cor não tem fim: pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez”

Período de visitação: até 16/12/2018

Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 19h (última entrada às 18h); 
aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (última entrada às 17h). 
(Fechado às terças-feiras, inclusive quando feriado) 

Local: MAB FAAP – Sala Annie Alvares Penteado

Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis

Informações: (11) 3662-7198 

Agendamento de visitas educativas: (11) 3662-7200

Entrada gratuita