Exposição Histórias Afro-atlânticas no MASP




Por Nicole Gomez

A exposição coletiva, “Histórias afro-atlânticas” reúne duas das principais instituições culturais de São Paulo: o MASP e o Instituto Tomie Ohtake. A exposição é um desdobramento de Histórias mestiças, realizada em 2014, no Instituto Tomie Ohtake, por Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz, que também são curadores desta, juntamente com Ayrson Heráclito e Hélio Menezes, curadores convidados, e Tomás Toledo, curador assistente. 

Foto: Divulgação
São mais de 400 obras, cobrindo 5 séculos, com cerca de 210 artistas nacionais e internacionais, de períodos e contextos diversos, ocupam as duas instituições. No Instituto Tomie Ohtake são duas salas, enquanto o MASP dispõe de todos os espaços expositivos temporários à mostra.

A exposição está organizada de forma independente e não-linear entre as duas instituições, não havendo obrigatoriedade em seguir uma ordem correta. 

SERVIÇO:
HISTÓRIAS AFRO-ATLÂNTICAS

Abertura MASP: 28 de junho, 20h. 
Data: 29 de junho a 21 de outubro de 2018

Abertura Instituto Tomie Ohtake: 30 de maio, das 11h às 15h – visitação até às 20h
Data: 01 de julho a 21 de outubro de 2018

Local: MASP – Av. Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo – SP
Instituto Tomie Ohtake – Av. Brg. Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo – SP

Obras inéditas de Ferreira Gullar são apresentadas em exposição na Dan Galeria




Mostra em parceria com a UQ! Editions traz ao público 60 relevos realizados pelo poeta e artista

Por Andréia Bueno

“As coisas na vida acontecem por acaso. Eu embarco nelas ou não”, escreveu certa vez o poeta Ferreira Gullar. Os relevos, nascidos do acaso, habitavam um universo particular do artista. A beleza e o colorido das obras que criou encantam o olhar: há um surpreendente contorcionismo de verso e reverso que emerge das formas. São esses os trabalhos que o público poderá conferir em Relevos, exposição organizada pela Dan Galeria em parceria com a UQ! Editions, entre 9 de junho e 14 de julho.

Sem título, 2014, Ferreira Gullar
A mostra dá continuidade ao lançamento de A Revelação do Avesso, livro de arte de edição limitada lançado em 2014, no mesmo espaço. A obra trazia 60 relevos, de três exemplares cada, reproduzidos em aço e acompanhados de um livro com poemas do próprio Gullar. A edição esgotou-se rapidamente. O autor do Manifesto Neoconcreto (1959), que lançou as obras de Lygia Clark e Helio Oiticica, estava aos 84 anos de idade, na plenitude do viço e do frescor criativo. Agora os originais em papel destes 60 relevos, nunca mostrados antes, são apresentados pela primeira vez.

As colagens em relevo de Gullar nasceram, de fato, do acaso. Segundo o próprio autor, ele já os fazia há tempos. Divertia-se em meio ao processo de escolhas de cores e surpreendia-se com as formas inesperadas que surgiam enquanto recortava o papel. Em determinado dia, colocou os recortes sobre um desenho para em seguida colá-los. A cena foi interrompida por seu gato, que estapeou abruptamente as folhas de papel, desarrumando os recortes. “Colei-os tal como estavam: disso resultou que o desenho era a ordem e os recortes coloridos, a desordem”, escreveu no texto de A Revelação do Avesso.

Poeta e crítico, Gullar nunca deixou de ser artista – à sua maneira, como ele explica no mesmo texto: “Me convenceram, alegando que não importava se eu sou ou não artista plástico; importava é que as colagens em relevo eram bonitas e originais. Tomei-me de entusiasmo e continuei a produzir estas colagens em relevo, que me divertem muito. Se são arte ou não, pouco importa, já que não me pretendo artista mesmo”.
Serviço:
Local: DAN GALERIA
Endereço: Rua Estados Unidos, 1638 
Abertura: 9 de junho, das 10h às 14h (somente para convidados)
Visitação: de 11 de junho até 14 de julho 
Horários: Seg. a sex. das 10h às 19h – sáb. das 10h às 13h 
Entrada: Gratuita 
Telefone: 11 3083-4600

Cem Anos de Arte Belga em São Paulo




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Laura Neve, a exposição Cem Anos de Arte Belga é uma celebração à arte belga moderna e conta com 69 obras do acervo da Coleção Simon. A mostra oferece um panorama desde o impressionismo de Emile Claus à abstração gestual de Louis Van Lint.

Foto: Divulgação
O acervo inclui obras de Emile Claus, James Ensor, René Magritte, Paul Delvaux, Louis Van Lint, Pol Bury e Pierre Alechinsky, entre muitos outros, que completam a mostra contendo 37 artistas presentes. As seções temáticas reúnem trabalhos de diferentes movimentos, enfatizando suas características compartilhadas, revelando a essência e a originalidade da arte belga.

O tema central da exposição é a arte-realidade, destacando os movimentos modernos, que oscilam entre um compromisso sincero com o mundo real e uma rejeição ao seu contexto contemporâneo. A exposição é gratuita e fica em São Paulo, com fácil acesso. 

SERVIÇO: 
Quando: Terça a sábado, das 10h às 22h; Domingo, das 10h às 20h. Até 10 de junho.
Onde: Centro Cultural FIESP – Avenida Paulista, 1313. 
Entrada Gratuita. 

Exposição sobre Frida Kahlo no Centro Paula Souza




Por Nicole Gomez

O Centro Paula Souza abriu, no último dia 15, a exposição Frida & Diego – Fragmentos, que conta com 60 fotos que retratam a história de Frida Kahlo e seu marido, Diego Rivera. 

Foto: Divulgação
A entrada é gratuita, porém é necessário agendar a visita por e-mail.  O evento é feito em parceria com o Consulado-Geral do México em São Paulo.

SERVIÇO:
Exposição Frida & Diego – Fragmentos
Data: 15 de maio a 13 de julho
Horário: 9 às 18 horas (segunda a sexta)
Local: Centro Paula Souza (CPS). Rua dos Andradas,140 – Santa Ifigênia – São Paulo – SP
Entrada gratuita. Agendamento por e-mail: inscricao.arinter@cps.sp.gov.br

Paisagens desconstruídas de Renata Pelegrini em exposição na Janaina Torres Galeria




Com curadoria de Marcelo Salles, a mostra, que segue em cartaz até 25 de maio, reúne trabalhos singulares, entre pinturas e desenhos sobre tela, papel e linho

Por Andréia Bueno

As pinturas e desenhos de expressividade visceral da artista Renata Pelegrini apresentam a seu espectador paisagens singulares, paradoxalmente únicas e múltiplas em um mesmo tempo. Marcados por movimentos rápidos e precisos, seus trabalhos destoam da percepção comum que se tem do espaço. Até 25 de maio o público poderá conferir de perto a produção recente da pintora na exposição que leva seu nome, realizada pela Janaina Torres Galeria.

Sem título, 2015 – Renata Pelegrini

Com curadoria de Marcelo Salles, a mostra reúne 15 obras da artista – pinturas e desenhos sobre tela, papel e linho. Os trabalhos trazem uma releitura não fidedigna de paisagens e vistas interiores, recriadas a sua maneira, ocupando o hiato que existe entre a representação e a abstração.

“Nas telas e desenhos de Renata Pelegrini, os espaços que os originaram pouco importam. É a dimensão do que não é visível, captada pela artista, que os transforma em nenhum espaço e, por isso mesmo, levam o espectador a todo e qualquer lugar. É preciso que eles [os espaços] se reconstruam novamente em quem os vê”, afirma Salles.

Os ambientes de Renata se aproximam das cidades inverossímeis descritas por Ítalo Calvino em seu livro Cidades Invisíveis. São lugares construídos por experiências diversas, dotados de ‘espírito’ e intimamente conectados a uma memória pessoal comum.

O preto é onipresente em sua obra. Não raro, surge como linha que estrutura os ambientes e ainda como cor. Da sombra, irrompe a luz. Tal como um imã, o negro atrai a atenção do espectador, que é levado a percorrer com os olhos a superfície da tela, muitas vezes impregnada por massas abstratas de cores tão marcantes quanto.

Renata aproximou-se da pintura por meio da caligrafia. O interesse pela técnica a levou a frequentar cursos pelo mundo e, por conseguinte, possibilitou a expansão de suas práticas. Tal histórico se faz presente em seus trabalhos atuais, onde a execução pictórica é subordinada ao ordenamento formal típico da arte de escrever à mão. Sua particular abordagem, entretanto, atribui um frescor contemporâneo às obras.

Várias de suas obras, inclusive, são rasgadas por finos traços, muitas vezes quase imperceptíveis. A discreta presença dessas linhas, entretanto, é proporcionalmente contrária ao protagonismo que adquirem na cena. São elas o norte da composição: sorrateiramente, conduzem a fruição do trabalho pelo espectador, propondo-lhe novas direções e desestabilizando o reconhecimento instantâneo do que seria uma imagem do real.

“A potência destes trabalhos não vem da pincelada vigorosa, do traço assertivo, da incisão mínima e certeira, da visceralidade do negro ou de aspectos matéricos; é pela possibilidade ao pensamento de quem vê que a potência surge”, pontua o curador.
Serviço:
Individual de Renata Pelegrini, com curadoria de Marcelo Salles
Local: Janaina Torres Galeria
Endereço: Rua Joaquim Antunes 177, sala 11
Período expositivo: de 6 de abril a 25 de maio
Conversa com o público: 10 de abril, das 19h às 22h
Horário de Funcionamento: seg a sex – das 10h às 19h e sábados – das 11h às 15h
Entrada gratuita

Galeria pop-up de Londres traz sua primeira exposição internacional para São Paulo




A Focus LDN, liderada pelo artista e curador inglês Tom Cox, em parceria com o artista paulistano Ellion Cardoso, chega à cidade com exposição gratuita no coração da Oscar Freire
Por Andréia Bueno

A Focus LDN, liderada pelo artista e curador inglês Tom Cox, em parceria com o artista paulistano Ellion Cardoso, chega à cidade com exposição gratuita no coração da Oscar Freire.

Tom Cox e Ellion Cardoso – foto Verónica Falcon
Tom Cox visitou o Brasil há dois anos, após conhecer o artista brasileiro Ellion Cardoso em uma exposição coletiva em Londres, na qual ambos participaram como artistas. Apaixonado pela vibração artística e potencial da cidade de São Paulo, Tom se uniu a Ellion para trazer o mesmo conceito da sua galeria pop-up Focus LDN, à capital das artes na América do Sul, em sua primeira exposição fora de Londres.
Assim nasceu a exposição “INTERSEÇÕES” que acontece na Rua Oscar Freire desde a última quinta-feira(10), no antigo Espaço Audi, cedido amigavelmente pelo empresário e dono do imóvel, Carlos Emiliano Filgueiras, atuando como um verdadeiro Mecenas contemporâneo.

Para formar o time da exposição “Interseções, Tom e Ellion escolheram 15 artistas, misturando nomes consolidados com artistas emergentes, justamente para manter o conceito aberto e inclusivo da mostra. “O nosso conceito é aliar qualidade e inclusão”, diz Tom. “Assim como queremos abrir o círculo artístico para novos nomes que talvez não tenham tido oportunidade de expor seu trabalho, queremos atrair novos públicos que passem a se interessar por arte, mas mantendo obviamente a qualidade artística para um público mais exigente que sabe apreciar e consumir boa arte”, reforça Ellion.

Os artistas que vão expor são: Milenna Saraiva, Jê Américo, Michelle Rosset, Fabio Benetti, Paulo Ferrari, Thiago Nevs, Dago, Daniel Alonso, Sergio Ricciuto Conte , Karin Ludwig, Aline Karlovic, Belatrixx, Fernando Soares, Doris Hamuche, Veronica Falcon e claro, Tom Cox e Ellion Cardoso. A exposição é gratuita para visitação e os curadores não receberão nenhuma comissão em cima das vendas das obras (que vão de 500 a 15 mil reais). 
Serviço
“Interseções”
Data: de 10 a 16 de maio, das 10h às 20h
Abertura dia 10 das 17h às 22h com live painting
Local: Rua Oscar Freire, 565
Visitação gratuita
Valores das obras a partir de R$500,00