Grupo Esparrama inaugura exposição interativa no CEU Butantã




No dia 25 de Outubro, o grupo inaugura a segunda temporada da exposição “Navegar – Uma Expedição por Imaginários” no CEU Butantã
Por Andréia Bueno
Famoso por realizar intervenções na janela de um apartamento no Minhocão, o Grupo Esparrama se jogou em uma grande e audaciosa expedição por São Paulo junto com as crianças. 
Foto: Sissy Eiko

Em seu novo projeto, o NAVEGAR, o grupo deu início a uma nova linha de pesquisa e processo de criação que envolveu vivências especiais com crianças de três territórios diferentes – CEU Heliópolis, EMEI Gabriel Prestes e Ocupação Hotel Lord Palace – para entender o que elas pensam, sentem e de que forma vivem e mantém sua relação com a cidade. 

A partir desse processo de escuta com crianças, o grupo vai criar o terceiro espetáculo do repertório do Teatro na Janela (com previsão de estreia para 2018) e agora, através de uma exposição interativa, faz uma provocação à população e convida o público para também “Navegar”. 

“Navegar – Uma Expedição por Imaginários” é uma exposição criada no formato de um grande barco, metaforicamente utilizado pelo Grupo Esparrama para navegar por São Paulo junto com três artistas (Daniel Viana – Poeta, Sissy Eiko – Fotógrafa e Marina Faria – Ilustradora) e descobrir o que as crianças pensam sobre a cidade. 

Foto: Sissy Eiko
Entre as muitas atividades propostas, existem jogos de tabuleiros nos quais é preciso se movimentar pela cidade e enfrentar os desafios de mobilidade que aparecerão, um mapa afetivo em que cada um pode marcar os seus lugares preferidos da região, além da janela azul (criada por Jaime Pinheiro) que está exposta e que virou uma das grandes marcas das ações do Grupo Esparrama no Minhocão. 

Se programe para levar as crianças e também se divertir com este que é um dos grupos mais criativos e importantes da cidade de São Paulo! 

Mais informações você encontra na página: facebook.com/esparrama

Serviço
Navegar – Uma Expedição por Imaginários
Temporada CEU Butantã: de 25 de Outubro a 11 de Novembro de 2017
Local: Biblioteca Jornalista Roberto Marinho
Av. Eng. Heitor Antônio Eiras García, 1870 – – Jardim Esmeralda, São Paulo – SP, 05588-001 Telefone: (11) 3732-4512
Horário de Funcionamento – Segunda a Sexta das 08h as 20h30 / Sábados e Domingos das 10h as 18h30

Memorial da Resistência abre exposição sobre memória das ditaduras




“Hiatus” traz obras realizadas a partir do diálogo com o tema da memória, resultado das Comissões da Verdade e a continuidade de violações semelhantes no mundo 

Por Rodrigo Bueno

A partir do dia 21 de outubro, o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição “Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina”. Com curadoria de Marcio Seligmann-Silva, a mostra promove o encontro de oito artistas que vêm se dedicando de modo original e expressivo ao tema da memória, com pesquisas que emergem e dialogam com os resultados das Comissões da Verdade e a continuidade de violações semelhantes no mundo contemporâneo. A entrada é gratuita e a exposição fica em cartaz até 13 de março de 2018, no terceiro andar do Memorial.

Marcelo Brodsky – Foto: Joca Duarte

Participam da exposição os artistas Andreas Knitz, Clara Ianni, Fulvia Molina, Horst Hoheisel, Jaime Lauriano, Leila Danziger, Marcelo Brodsky e Rodrigo Yanes, com obras que passam por diversos suportes, pesquisas e exercícios: instalações (como as de Andreas Knitz, Clara Ianni, Horst Hoheisel Leila Danziger e Rodrigo Yanes), fotografias pessoais com intervenções (como as de Marcelo Brodsky), estruturas cilíndricas com as imagens de mortos e desaparecidos (como a obra de Fúlvia Molina) ou um impactante vídeo sobre um linchamento (obra de Jaime Lauriano). A produção apresentada em “Hiatus” aponta para os dias de hoje, numa memória continuamente atualizada pelo esquecimento e pela barbárie.

Se, durante o período ditatorial, alguns artistas brasileiros resistiram com muitas obras importantes, no tempo pós-ditadura eles, com raras exceções, voltaram-se mais para poéticas formalistas ou para outras agendas temáticas. No entanto, desde 2013-2014 essa paisagem tem se modificado. Uma nova linhagem de produção (pós relatório da Comissão Nacional da Verdade) tem abraçado o desafio de inscrever o passado ditatorial hoje. Pois a memória é ato, ação que se dá no presente e se articulada às políticas do agora.

Serviço

Exposição Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina

Memorial da Resistência de São Paulo

Sala 1 – 3º andar

Largo General Osório, 66 – Luz

Abertura: de 21 de outubro de 2017, às 11h00

Encerramento: 13 de março de 2018

Funcionamento de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h (entrada até 17h30)

Entrada gratuita

Classificação livre




Exposição que retrata índios brasileiros entra em cartaz em São Paulo




A mostra, de autoria da fotógrafa Maristela Giassi, passou pela Europa e terá abertura no dia 19 de outubro  na Inn Gallery
Por Andréia Bueno

Depois de emocionar o público europeu durante a temporada no Carroussel Du Louvre de Paris, na França, Vaticano e Portugal, a mostra ‘Almas do Brasil’, da fotógrafa Maristela Giassi, que tem como tema os índios brasileiros, será exposta pela primeira vez no Brasil. A exposição estará disponível ao público, de 19 de outubro a 2 de novembro, na Inn Gallery, em São Paulo.

Foto: Maristela Giassi
São 16 imagens de índios Guaranis e Kaxinawá de cinco aldeias brasileiras, sendo três da Grande Florianópolis – M´Biguaçu, Aldeia do Amaral e Morro dos Cavalos, povoadas pelos Guaranis – e duas do Acre – Rio Jordão e Novo Segredo, dos Kaxinawá (Huni Kuin).
Entre as obras, está uma impressionante imagem do Pajé Wherá Tupã, um Guarani de 108 anos, da Aldeia do Amaral, em Santa Catarina, que a fotógrafa levou uma década para conseguir. “Levei esse tempo para me preparar e para adquirir a confiança dele. Conseguir fazer essa imagem foi a melhor sensação que já tive como fotógrafa, é uma honra poder retratar um ser que faz parte das divindades vivas, que irradia paz, um verdadeiro líder espiritual das Américas”, diz Maristela.

Pajé Whera – Foto: Maristela Giassi
O livro homônimo, com mais de 30 fotografias de índios brasileiros, também será lançado na mesma data, em 19/10, e 300 exemplares serão distribuídos durante o evento. O trabalho tem o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet.


Serviço
Inn Gallery – Rua Dr. Melo Alves, 138 – Jardins, São Paulo. 
Tel: 2659-0630. 
Funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 12h às 16h. Abertura: 19/10, às 19h. Visitação de 20/10 até 02/11. Gratuito.

Al Capone em exposição fotográfica na APM




Por Redação
Ícone da criminologia mundial, Al Capone é tema da exposição fotográfica que será realizada na sede da Associação Paulista de Medicina de 10 de outubro a 24 de novembro. A mostra será aberta com um coquetel para convidados no dia 9, segunda-feira, no espaço multifuncional da APM.

Al Capone com sua gangue no bar em 1945 – Foto: Divulgação
A exposição, que conta com apoio do Instituto Internacional de Estudos de Política Judiciária (Interpoj) e tem a coordenação do diretor cultural da APM, Guido Arturo Palomba, terá 23 imagens do lendário gângster que contam a história dele por meio de fotos com a família e com membros de sua gangue vindas diretamente de Angri, uma comuna da Itália.

“Capone foi um gângster que deu grande notoriedade à máfia e tornou esse termo um adjetivo da língua portuguesa, usado amplamente para caracterizar um grupo com atuação ilícita, oculta e dentro de uma ordem: máfia da Ceagesp, máfia da Petrobras, máfia da indústria farmacêutica etc. Esta exposição é um privilégio concedido à APM pelo Interpoj, que cedeu a interessante mostra fotográfica”, comenta Palomba. 

A exposição é voltada para toda a população e a entrada é franca.
Serviço
APM / Exposição Fotográfica Al Capone
Data: de 10 de outubro a 24 de novembro
Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20
Local: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 278 – Bela Vista – São Paulo, SP
informações: 3188-4304 / 4305
Realização: Associação Paulista de Medicina
Apoio: Instituto Internacional de Estudos de Política Judiciária (INTERPOJ)

Exposição homenageia a obra do modernista José Pancetti




Em cartaz na galeria Almeida e Dale, mostra apresenta cerca de 45 pinturas, entre paisagens, retratos e naturezas-mortas

Por Redação
José Pancetti: Oh! Bahia minha estrela, minha amada (1954)

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

“Navegar é preciso; viver não é preciso”.

Quero para mim o espírito [d]esta frase,

transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar


Fernando Pessoa
Grande representante do modernismo brasileiro, José Pancetti gostava de pintar ao ar livre. Suas telas costumavam ser pequenas para que ele pudesse carregá-las de um lugar para o outro. Em suas viagens pelo Brasil, pintou as praias de Salvador, as montanhas de Campos do Jordão, as ruas íngremes de São João Del Rei, entre tantas outras paisagens tipicamente brasileiras. O artista também retratou o povo de seu país e pintou muitos autorretratos. Sua vasta produção pode ser conferida na exposição Pancetti – Navegar é Preciso, que a Galeria Almeida e Dale recebe a partir do dia 17 de outubro.
Com curadoria de Denise Mattar, a mostra reúne cerca de 45 pinturas, agrupadas por temas, além de fotos, manuscritos e cartas. A última grande exposição dedicada ao artista foi realizada em 2002, no Museu de Arte da Bahia, com itinerância em outras capitais. Agora, quinze anos depois, o público poderá rever grande parte da produção do pintor como as famosas Marinhas, uma das facetas mais conhecidas de sua obra.
Pancetti trabalhou como marinheiro desde os 16 anos, tendo permanecido na profissão até os 34 anos. Sua proximidade com o mar é refletida em 25 obras da mostra, que reúne desde os primeiros quadros do artista, que retratam barcos e construções, até obras do fim de sua vida, registros que se aproximam da abstração, reduzidos à areia, à luz e ao mar. Cabo Frio, Itanhaém e Arraial do Cabo são alguns dos destinos representados por Pancetti, atento às sutilezas de cada local.
A exposição também apresenta seus famosos autorretratos, aos quais o artista atribuía múltiplas personalidades: marinheiro, camponês, almirante, pescador. Nessas pinturas, Pancetti sempre aparece de perfil, ora em tons dramáticos, ora engraçados. “O artista se arriscava ardorosamente, pintando suas fantasias e investindo-se de diferentes personalidades, dando a cada uma dessa personas diferentes densidades psicológicas”, pontua a curadora.
No dia 11 de novembro, a galeria lança o catálogo de Pancetti – Navegar é Preciso como ação do Art Weekend – evento que promove circuitos entre galerias, que estendem o seu horário de funcionamento no fim de semana, apresentando ao público uma série de atividades paralelas às mostras em seus espaços.
Em cartaz até 9 de dezembro, a exposição se insere em um projeto maior da galeria de enfatizar a produção de grandes nomes da arte brasileira, como nas exposições já realizadas de Raimundo Cela, Ernesto de Fiori, Di Cavalcanti, Ismael Nery, entre outros. Na atual mostra, a galeria homenageia a obra singular de Pancetti, artista que possuía grande identificação com a paisagem e o povo brasileiro.

Serviço
Pancetti – Navegar é Preciso
Local: Galeria Almeida e Dale
Abertura: 17 de outubro, a partir das 17h30 às 22h
Período expositivo: de 18 de outubro a 9 de dezembro
Lançamento do catálogo: 11 de novembro, das 10h às 14h
Endereço: Rua Caconde, 152, São Paulo, SP
Visitação: de segunda a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 10h às 13h
Telefone: 11 3882-7120

Exposição sobre populações negras da Amazônia chega à CAIXA Cultural SP em outubro




Fotos trazem a diversidade dos povos negros que compõem a Floresta Amazônica,
partindo de Rondônia para contar os percursos e diásporas não exploradas pela história oficial brasileira

Por Redação
A CAIXA Cultural São Paulo apresenta, de 7 de outubro a 17 de dezembro, a exposição (Re)Conhecendo a Amazônia Negra, da fotógrafa Marcela Bonfim. A mostra traz obras que ilustram as mais diversas identidades e culturas presentes entre os povos negros do local e a importância social das religiões de matriz africana na construção do Brasil. No dia 11 de novembro, haverá o lançamento do catálogo e um bate-papo com a fotógrafa.  O patrocínio do evento é da Caixa Econômica Federal, com visitação gratuita e classificação livre.

Chico Remeiro – Foto: Marcela Bonfim
Ao todo, são 55 obras que trazem de maneira sensível e original as mais diversas expressões dos grupos que residem na região norte do país, dentre eles remanescentes quilombolas, afro-indígenas, barbadianos e também haitianos. Todos carregam em seus traços as heranças socioculturais de uma parcela importante da população brasileira que ainda não é reconhecida historicamente.
As fotos foram produzidas a partir de 2013, durante as visitas de Marcela a comunidades quilombolas, tradicionais, indígenas e urbanas, além de terreiros e festejos religiosos na região do Vale do Guaporé (RO), em um processo que coincidiu com o próprio reconhecimento da fotógrafa enquanto mulher negra. Nesta edição, a exposição traz também imagens do Mato Grosso (MT), Maranhão (MA) e Pará (PA).
Segundo Marcela, a proposta é utilizar a fotografia como instrumento de resgate da memória dessas populações e mostrar sua importância e legado para a construção da sociedade brasileira.

Foto: Marcela Bonfim
Expressões de fé

Organizada em dois núcleos, a instalação prevê um verdadeiro mergulho na cultura e subjetividade dos povos negros da Amazônia, trazendo histórias de vida e também de expressões religiosas de matriz africana.

Logo na entrada, o visitante irá encontrar um altar trazendo alguns dos objetos de variadas religiões, encaminhando-o à primeira parte da mostra, com 35 retratos distribuídos ao longo da galeria e também em uma grande estrutura de madeira no hall principal.

O corredor de fotos levará até a Sala dos Ritos e Cultos Religiosos, com 20 imagens das mais variadas expressões de fé impressas nos detalhes de mãos, pés e semblantes de um povo que mantém fortemente suas tradições e festas religiosas. Elementos como espadas-de-são-jorge e sal grosso também irão compor a expografia, no intuito de apresentar ao público um pouco dos costumes presentes no cotidiano dos povos fotografados.
Serviço
Exposição (Re)Conhecendo a Amazônia Negra – Marcela Bonfim
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo – SP – próxima à estação Sé do Metrô)
Abertura: 7 de outubro, sábado, às 11h.
Visitação: de 7 de outubro a 17 de dezembro (terça-feira a domingo)
Horário: 9h às 19h
Classificação indicativa: livre para todos os públicos
Entrada franca
Acesso para pessoas com deficiência
Lançamento do catálogo e bate-papo com a fotógrafa Marcela Bonfim
Data: 11 de novembro, sábado, às 11h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo