O Shopping JK Iguatremi organiza a exposição com painéis que trazem cenas do filme, objetos e peças de roupas dos personagens, incluindo os vestidos luxuosos das três bruxas.
HENRY KROKATSIS | ORIGIN OF THE BLACK RAINBOW
impermanência.” – Edward Kelley
trabalhos materialmente díspares.
Navegando entre obras de diferentes mídias, somos confrontados por duas pilhas de muletas,
uma para adultos, e outra para crianças, moldadas em alumínio e polidas como espelho.
publicamente dispensadas em um gesto de gratidão quando a prece de cura de seus usuários
fora respondida, estes objetos, mais usados para evocar a vulnerabilidade humana e pena
(principalmente das crianças), são transformados em símbolos de esperança para outros que
ainda tem preces a serem respondidas.
Krokatsis leva esta transformação em direção ao imaculado, reproduzindo estes objetos
abandonados de forma altamente polida e industrial, ao mesmo que os empurra em direção
ao simbólico, reduzindo sua eficácia funcional.
que se aproximam da forma de uma janela e evocam formas comuns em igrejas (duas
redondas ‘oculares’ e duas verticais com topo arredondado) e são chumbadas como vitrais.
Envidraçados em padrões geométricos, mas em versões relaxadas e desenhadas à mão, que
fazem uma aproximação precária, ao invés de vitrais, nos deparamos com painéis cortados a
partir de vidros encontrados e espelhos descartados.
um componente funcional, a forma representa um rico e metafórico papel como limite entre
mundos distintos. Da afirmação da pintura como uma janela aberta, de Leon Battista Alberti
(De Pictura 1435), até o uso Romântico para simbolizar a expansão do olhar, e da alegoria
Cristã como o limite para o Outro absoluto.
cada um com pequenos motivos decorativos, como borda chanfrada ou clipes decorados,
agora moldados em uma obstinada borracha preta que vai de choque com as qualidades
originais no espelho – de transparência (em todos os sentidos – em contos de fadas o espelho
sempre serve como instrumento para estabelecer a verdade), de reflexão, ou mesmo de seu
caráter frágil.
métodos de produção densas de associações. O artista afroxa estas conexões e as permite
vagar até que inexperadamente se assentem, frequentemente de maneira desconcertante. É
nesta liquefação e reconfiguração do objeto e seu espaço no mundo que Krokatsis expõe a
instabilidade na forma e no momento que somos escolhidos para investir fé e valor, enquanto
manifestando uma fé silenciosa no obsoleto.
Sobre o artista:
Exposição sobre o Fotojornalismo da revista O Cruzeiro é tema de oficina educativa
Mais informações sobre a exposição: com 300 imagens e matérias que revelam a história da revista, a exposição tem como fio condutor a relação entre as imagens produzidas pelos fotógrafos e as fotos reportagens tal como foram publicadas. Essa abordagem, até hoje inédita,tem como foco as décadas de 1940 e 1950, período de maior inventividade e penetração social da revista. A curadoria da mostra é da professora e curadora do Museu de Arte Contemporânea da USP,Helouise Costa, e de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles. Na exposição, são apresentadas as contribuições de Jean Manzon, José Medeiros, Peter Scheier, Henri Ballot, Pierre Verger, Marcel Gautherot, Luciano Carneiro, Salomão Scliar, Indalécio Wanderley, Ed Keffel, Roberto Maia,João Martins, Mário de Moraes, Eugênio Silva e Carlos Moskovics, além de FlávioDamm e Luiz Carlos Barreto. Publicada pelos Diários Associados, de Assis Chateaubriand, a revista O Cruzeiro foi lançada em 1928 como uma publicação semanal de variedades, de circulação nacional. Tornou-se um dos mais influentes veículos de comunicação de massa que o país já conheceu. No início da década de 1940, incorporou o modelo da foto reportagem, tornando-se pioneira na implantação do fotojornalismo no Brasil.
Instituto Moreira Salles – São Paulo