A falta que você faz no MIS




Por Andréia Bueno

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apresenta a mostra imersiva A falta que você faz, com retratos da fotógrafa brasileira Marizilda Cruppe, no MIS. A instalação conta um pouco da história, desafios e angústias de 16 famílias que sofrem com o desaparecimento de um familiar, uma experiência invariável e incontestavelmente devastadora.

Foto: Divulgação

Realizados entre agosto de 2016 e dezembro de 2017, os retratos e depoimentos que compõem a mostra, com vídeos produzidos com apoio da Realejo Filmes, foram editados em videomapping por Rogério Costa especialmente para o espaço do museu paulistano. Assim, o visitante da exposição vivencia uma experiência de imersão no dramadas personagens.

“Quando se expande o material, você diminui o papel do espectador, que se vê cercado por imagens de grande apelo visual. Você vê a pele das pessoas, ouve seus relatos e sente empatia pelo sofrimento delas”, declara Marizilda, que acredita no potencial transformador e mobilizador da imagem.

Com essa exposição, que foi exibida no ano passado no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, a fotojornalista e o CICV ampliam o alcance da questão do desaparecimento para um público mais vasto, sensibilizando-o quanto a esse tema que aflige milhares de pessoas.

Segundo um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) durante o ano de 2017,82.684 casos de desaparecimentos foram reportados às polícias civis no Brasil. Somente em São Paulo, onde o CICV desenvolve atividades para responder à problemática, foram registrados 25.200 desaparecimentos em 2017.

Serviço
A falta que você me faz
Até 30 de setembro

Horários
10h-20h ter a sáb
09h-18h dom e feriados

Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158, Jd. Europa
São Paulo – SP, Brasil
CEP 01449-000
11 2117 4777

Foyer LABMIS – 2º andar 
Ingresso: gratuito

Exposição Ajoelhou Tem que Rezar




Por Andréia Bueno

Obras autorais de Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann, elaboradas sobre suportes de madeira idênticos e sem assinatura aparente, formarão um painel único que convida o espectador, junto às artistas, a dar significado ao que está exposto.
“Ao Quadrado”,  da artista plástica Beth Turkieniez faz parte da exposição coletiva (Foto: Divulgação)

Em “AJOELHOU TEM QUE REZAR” o suporte é o ponto de partida. As artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann trabalharam a partir de suportes de madeira idênticos, de 40X40cm, que serão expostos na Mônica Filgueiras Galeria de Arte de maneira a construir uma unidade, um único corpo, que será batizado com o nome da exposição. 

Assim, optou-se por não identificar as obras, diluindo a autoria e assumindo a forma de uma colcha de retalhos que convida o espectador, junto às artistas, a dar um novo significado ao que está exposto. Com a obra, BETH TURKIENIEZ, ELAINE GOMES E PATRÍCIA KAUFMANN propõem assuntos relacionados aos nossos conflitos diários, enraizados no desespero do excesso de informação que nos cerca, onde a privacidade é nula e tudo parece efêmero, líquido. Fragmentos do cotidiano, indagações, sentimentos, angústias, questionamentos e momentos que habitam o interior dessas mulheres, únicos e particulares, mas também universais e compartilhados. Soma-se isso ao intangível, que é costurado no espaço da Galeria, unindo os retalhos em harmonia.

Fragmento do painel “Ajoelhou tem que Rezar” (Foto: Divulgação)

A não conformidade e a quebra do padrão marcam a trajetória das artistas que há 14 anos têm suas carreiras intercaladas em Projetos, como o Tupyexxx-mulder, 1º coletivo abraçado por Mônica Filgueiras, em exposição exibida em 2007. Em tempos de liquidez e quebra do particular, torna-se latente a necessidade de escancarar o que está dentro de nós. Gritar e não ter receio da resposta. Assim como se estiver na chuva é para se molhar, se ajoelhou, tem que rezar! E se ajoelhou?!….Glória!
Serviço
AJOELHOU TEM QUE REZAR
Coletivo das artistas Beth Turkieniez, Elaine Gomes e Patrícia Kaufmann.
Exposição: de 21 de setembro a 20 de outubro
Horário: de seg a sex: das 10h30 às 19h / sáb: das 10h30 às 14h30

MÔNICA FILGUEIRAS GALERIA DE ARTE
R. Bela Cintra, 1533 – Consolação
11. 3081.9492

Hitchcock: bastidores do suspense




Retrospectiva que ocupa os dois andares do museu leva os visitantes aos bastidores da obra do cineasta por meio de uma expografia imersiva


Por Andréia Bueno
A partir da atmosfera e personalidade do cineasta considerado mestre do suspense, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição Hitchcock – Bastidores do suspense. Com curadoria de André Sturm, cineasta e ex-diretor do MIS, a exposição busca traçar um panorama da vida e obra do diretor por meio de uma expografia imersiva e interativa, que tem como conceito levar o visitante a um set de filmagem.

Foto: Divulgação
Através da longa filmografia de Hitchcock, o público pode conhecer os diversos aspectos e elementos que tornaram suas obras audiovisuais grandes sucessos e de inquestionável vanguardismo técnico e artístico. Hitchcock se ocupava de todas as etapas e processos de seus filmes, desde o argumento inicial ou pré-roteiro até a finalização e edição dos filmes, passando pela direção de arte, direção de fotografia e até indicação de como seria o design do pôster e seu plano de divulgação. Este domínio pleno e controle de todas as etapas da feitura de seus filmes estão presentes na mostra, que apresenta ao público um cineasta completo e preocupado com cada detalhe de suas produções.
A curadoria de Hitchcock – Bastidores do suspense se foca em mostrar o ‘por trás das câmeras’, o modo de fazer cinema do diretor, curiosidades e detalhes do longo período de sua produção no cinema podem ser vistos nas cerca de 20 áreas da exposição. Entre os longas-metragens escolhidos, que vão desde a fase do cinema mudo aos grandes sucessos de público, estão O estrangulador de louras/The lodger: a Story of the London Fog (1927), A dama oculta/The Lady Vanishes (1938), Festim diabólico/Rope (1948), Um corpo que cai/Vertigo (1958) e Psicose/Psycho (1960).
A exposição conta com itens originais de instituições internacionais como o Acervo Marc Wanamaker|Bison Archives (Hollywood, California/EUA) e a Biblioteca Margaret Herrick, de Los Angeles, detentora do acervo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (responsável pela entrega dos prêmios Oscar). A biblioteca conta com uma grande coleção pessoal de fotos e manuscritos de Alfred Hitchcock, doados pela única filha do cineasta, Patrícia Hitchcock, e por sua neta, Tere O’Connell Nickel. O museu também garimpou peças em acervos pessoais como do pesquisador Carlos Primati, e de instituições como o CEDOC TV Cultura, Timothy Hughes Rare Newspapers e Acervo Walter Reuben.
O projeto expográfico e arquitetônico da mostra, desenvolvido em parceria com o Atelier Marko Brajovic (que trabalhou em outros projetos em parceria com o MIS, como nas exposições de David Bowie, François Truffaut e Renato Russo), explora com literalidade o “perfil Hitchcock”, com muito suspense e surpresas tanto para os visitantes que conhecem mais a fundo sua obra quanto para aqueles que não são íntimos de seu modo de produção.
Programação paralela
Além da exposição o MIS prevê uma intensa programação paralela que segue por todo o período que a exposição fica em cartaz, incluindo mostras de cinema, lançamento de livro, cursos e palestras, além de edições especiais da programação regular do museu como o Cinematographo e a Maratona Infantil. 
Playlist no Spotify
O MIS preparou uma playlist especial para a exposição. A playlist, que conta com informações que permeiam toda a carreira do cineasta – diretor de 53 longas – e com trilhas sonoras de seus filmes, está disponível no perfil do MIS no Spotify. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.
Serviço
Hitchcock – Bastidores do suspense
Data : Até 21 de outubro
Horário: Terças a sábado 10h às 21h; domingos e feriados das 9h às 19h
Local: Espaço Expositivo 1º andar, Espaço Expositivo 2º andar e Espaço Redondo,
Ingressos:
Bilheteria R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia) na Recepção do MIS (Somente para o dia da visita). Terças-feiras entrada gratuita. Menores de 5 anos não pagam
Ingressos antecipados R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com hora marcada, no site e aplicativo Ingresso Rápido
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.

Arte Pra sentir no Caixa Cultural




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Isabel Portella, o Caixa Cultural São Paulo recebe a exposição Arte Pra Sentir, que exibe obras de arte de seis artistas brasileiros, acessíveis a todos, pois vai além da visão simples, estimulando visão, audição, paladar, olfato e tato.
Foto: Divulgação
Os artistas participantes da mostra são: Carolina Ponte, Ernesto Neto, Flavio Cerqueira, Floriano Romano, Opavivará e Pedro Varela. Além das obras já conhecidas pelo público, foram criadas algumas especialmente para este projeto. Além de peças táteis, a mostra conta com os recursos de sinalização, audioguias, audiodescrição e informações em Braille sobre as obras expostas. 
O objetivo da exposição é conscientizar pessoas sem deficiência e contemplar as que sofrem de algum tipo de privação de sentidos para uma mostra diferente, onde a interação com as obras é o principal chamariz, ao mesmo tempo que acaba com a percepção de “artes visuais”, que é tão enraizada na nossa cultura. 
SERVIÇO
Quando: até o dia 30 de setembro
Onde: CAIXA Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111, Centro – São Paulo
Horários de visitação: terça a domingo, das 9h às 19h
Entrada Gratuita.

Espaços do Sesc inauguram exposições coletivas




‘Via Aérea’, no Sesc Belenzinho, está entre as mostras

Por Andréia Bueno
Neste mês, o Sesc Belenzinho abre para o público a exposição coletiva VIA AÉREA. Com curadoria de Marcio Harum, a mostra reúne trabalhos de 12 artistas visuais da cena contemporânea nacional e internacional. A temporada de visitação aberta ao público segue até o dia 2 de dezembro, com entrada franca.
Isabel Caccia – Projeto Can-Can ( Foto: Divulgação)
A exposição traz um conjunto de obras, entre esculturas, instalação, filme, fotografias e vídeos em disposição aérea, que se relacionam com a arquitetura da unidade ao explorar o aspecto de leveza e as transparências. As criações se apresentam suspensas, flutuantes, içadas.
Algumas obras são inéditas, comissionadas especialmente para a exposição. Os artistas participantes são: Adrià Julià (espanhol, radicado na Noruega), Daniel Lie & Centro da Morte para xs VIVXS (São Paulo, SP), Distruktur (duo de brasileiros, radicados na Alemanha), Ernesto Neto (do Rio de Janeiro, RJ), Geraldo Zamproni (de Curitiba, PR), Isabel Caccia (de Córdoba, Argentina), Jarbas Lopes (de Nova Iguaçu, RJ), Letícia Ramos (gaúcha, radicada em São Paulo), Lucía Madriz (da Costa Rica, radicada na Alemanha), Merce Cunningham (EUA), Fancy Violence (personagem/alter ego do paulistano Rodolpho Parigi) e Sérgio Bonilha & Luciana Ohira (São Paulo, SP).
Em contra-partida acontece no Sesc Pompeia acontece a exposição coletiva “Arte-Veículo”. As esculturas, instalações, fotos e vídeos desta mostra, que tem curadoria de Marcio Harum, exploram leveza e a transparência. Os trabalhos, suspensos e flutuantes, são assinados por 12 artistas, tanto  brasileiros —como Rodolpho Parigi e Daniel Lie— quanto estrangeiros— como a argentina Isabel Caccia. Confira a programação completa em : https://m.sescsp.org.br/
Serviço

Via Aérea
Sesc Belenzinho – R. Pe. Adelino, 1.000, Quarta Parada
Tel. 2076-9700. Ter. a sáb.: 10h às 21h. Dom.: 10h às 19h30. Até 2/12. Livre. 
GRÁTIS
Arte-Veículo
Sesc Pompeia – área de convivência – R. Clélia, 93, Água Branca, região oeste, 
Tel. 3871-7700. Ter. a sáb.: 10h às 21h30. Dom.: 10h às 19h30. Até 2/12. Livre. GRÁTIS

Trem das onze: Adoniran Barbosa no Farol Santander




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Celso de Campos Jr. e Pedro Serrano, o Farol Santander recebe a exposição inédita Trem das Onze – uma viagem pelo mundo de Adoniran. A mostra retrata a vida e obra do compositor, cantor, ator e criador de memoráveis personagens do rádio, Adoniran Barbosa. 

Foto: Divulgação

A exposição ocupa dois andares do revitalizado prédio no Centro da Cidade e é recheada de fotografias, vídeos, partituras, objetos pessoais e trechos do documentário Adoniran – meu nome é João Rubinato, de Pedro Serrano. Além das grandes obras do artista, a exposição também traz um pouco sobre suas origens e de sua família, além de histórias de sua vida particular.
Na exposição, os visitantes também poderão encontrar peças do acervo pessoal de Adoniran, reunidas durante quatro décadas por sua esposa, Matilde, e mantidas em sigilo do público desde os anos 80. 
Itens como seu clássico chapéu e gravata borboleta, a aliança feita para a esposa com a corda de um cavaquinho, história que foi contada inclusive no samba “Prova de Carinho”, roteiros de rádios e novelas em que atuou, com anotações do próprio, roteiro do filme não rodado “O Sertanejo”, com dedicatória de Lima Barreto a Adoniran, fotos inéditas, ferramentas usadas e brinquedos feitos por ele em sua oficina, objetos pessoais como kit de barbear, ferro de passar e panela de fazer polenta, além de matérias de jornais e revistas da época não ficam de fora dessa rica mostra sobre um dos ícones reconhecidos até hoje na história das artes do Brasil.
Foto: Divulgação
SERVIÇO – Trem das Onze – uma viagem pelo mundo de Adoniran
Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)
Quando: de 24 de julho a 30 de dezembro
Entrada acessível: Rua João Brícola, 32
Site Farol Santander: www.farolsantander.com.br
Funcionamento: terça a domingo
Horários: 09h às 20h (terça a sábado) / 09h às 19h (domingo)
Ingressos: site e bilheteria física no local
Horário Bilheteria: 09h às 19h (terça a sábado) / 09h às 18h (domingo)
Ingressos: – R$ 20 (visitação completa ao Farol Santander)
Capacidade por andar: 60 pessoas
Brigada de incêndio e Seguranças
Acessibilidade: Banheiros e elevadores adaptados, rampas de acesso