Rock & Drones – TEC




Reconhecido por murais e intervenções no asfalto da capital paulista, artista expõe conjunto de telas inéditas, fotografias e projetos que mesclam arte e tecnologia

Por Andréia Bueno
O caos de uma megalópole como São Paulo emaranhado a imagens e grafismos coloridos. Obras que usam a perspectiva à distância e combinam técnicas pictóricas e artifícios tecnológicos para convidar o espectador a perceber os detalhes em suas diversas camadas. Esse é o norte de Rock & Drones, exposição individual que o artista argentino Tec apresenta na Choque Cultural, até 6 de outubro.


The Edge, 2018| Tec

Com curadoria de Baixo Ribeiro e Laura Rago, a mostra apresenta ao público um recorte da produção mais recente do artista, que toma sua relação com o mundo que o cerca como inspiração para suas criações. No conjunto, cerca de 15 obras inéditas, entre telas, fotografias e vídeos que mesclam arte de rua e tecnologia.

“As telas de Rock & Drones são rebuscadas e complexas, com menos definição entre o que está em primeiro plano e o que está no fundo. Proporcionam um trânsito do nosso olhar pela superfície e também pelas profundezas de camadas que se entrelaçam, amarradas por ruas, viadutos e becos sem saída”, pontua Baixo Ribeiro.

Natural de Córdoba, Tec vive em São Paulo há sete anos. Seu trabalho carrega a vantagem do olhar múltiplo de quem está dentro e fora num instante único. Já há algum tempo, é o ritmo da capital paulista que dá o tom de suas criações. Com as telas apresentadas em Rock & Drones não é diferente. O cotidiano do bairro onde está instalado seu ateliê, a Barra Funda, surge nesses trabalhos mais recentes, em uma figuração tão caótica quanto o dia a dia da metrópole, numa combinação – nem sempre orgânica – de cenas, objetos e cores diversas.

Em Travessa Camaragibe, por exemplo, um sujeito dorme sobre o balcão de um bar. Ao seu lado, garrafas de cerveja e copos americanos, “o copinho típico do Brasil”, nas palavras do artista. Já em Black Friday, o retrato de uma barraca de peixes. Pessoas, vozes e ofertas se sobrepõem umas às outras, dando ao observador a sensação de estar em meio a uma feira livre. O samba descompromissado e o churrasquinho que tomam as calçadas do bairro também aparecem em Meu único herói nessa bagunça.

No Te Olvides Del Diesel | Tec

Grafite e tecnologia

O artista inovou e ampliou o cenário da arte urbana com seus desenhos gigantes pintados no asfalto das ladeiras de São Paulo, fazendo uso da perspectiva à distância. Usando o piso como suporte para seus grafites, incorporou o drone como ferramenta para a sua produção em espaços públicos de superfície plana. Séries de vídeos-drones foram criadas a partir de figuras pensadas, especialmente, para essa técnica.

Na exposição, o artista apresenta um vídeo-drone inédito, concebido a partir de uma de suas intervenções na cidade, e um stop motion, também fotografado por uma aeronave não tripulada. Mapeando a sua produção, num diálogo entre o representado e o representante, o artista expõe ainda um conjunto de fotografias, registros de seus trabalhos de rua.

“No conjunto de sua obra, seja nas telas, nos vídeos-drone ou mesmo nos murais, Tec nos conduz a pensar nas sobreposições de camadas e na percepção sequencial de sistemas de níveis. Seus trabalhos reverberam e reafirmam sua relação com a cidade, convidando o espectador a uma interação pela transgressão de escalas, do micro (in) para o macro (out)”, afirma Laura Rago.
Serviço:
Rock & Drones, individual de TEC
Local: Choque Cultural
Endereço: Rua Medeiros de Albuquerque, 250 – Vila Madalena
Período expositivo: até 6 de outubro
Visitação: de terça-feira a sábado, das 12h às 19h
Entrada gratuita

MAM 70: MAM e MAC USP




Por Leina Mara

Um dos pioneiros a colecionar e exibir arte moderna no Brasil, o MAM (Museu de Arte Moderna) comemora 70 anos de atividade com a exposição “MAM 70: MAM e MAC – USP”. A mostra está em cartaz desde o dia 04 de setembro e conta a história de ambas as instituições, abrindo-se para temas focados no futuro da sociedade, como a relação entre arte e ecologia – assuntos que permeiam a identidade do museu. 


Foto: Karina Bacci

A relação entre as intuições começou em 1963, quando o MAM doou toda a sua coleção à época pada a fundação do MAC (Museu de Arte Contemporânea): “A coleção dos anos 40 e 50 é uma matriz dos dois museus, que serviam como um impulso seminal para o desdobramento de outras instituições, como a Cinemateca Brasileira e a Bienal de São Paulo”, afirma Felipe Chaimovich, curador da instituição.

Com uma coleção com mais de 5 mil obras produzidas, pelos nomes mais renomados da arte moderna e contemporânea, o MAM selecionou 103 para essa exposição, que aponta para o futuro. Entre as peças selecionadas encontram-se trabalhos de artistas internacionais, como o de Joan Miró, Fernand Léger e Jean Arp, além de brasileiros como Alfredo Volpi, Geraldo de Barros, Maureen Bisilliat, Nelson Leirner, Cildo Meireles, Tunga, Anna Bella Geiger, Cláudia Anduja, dentre outros. 

Na exposição serão apresentados importantes momentos da história da arte brasileira, como a 1ª Bienal de São Paulo, realizada pelo MAM em 1951, a mostra do Grupo Ruptura, em 1952, obras da Jovem Gravura Nacional, do Jovem Desenho Nacional, da Jovem Arte Contemporânea e de programas recentes de aquisição. “MAM 70: MAM e MAC – USP” tem curadoria de Felipe Chaimovich, Ana Magalhães e Helouise Costa e ficará em cartaz no MAM até 16 de dezembro. 
Serviço: 
MAM 70: MAM e MAC – USP 
Quando: até 16 de dezembro. Terça a domingo das 10 às 17h30
Onde: Museu de Arte Moderna de São Paulo – MAM 
Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/n ( acesso pelos portões 2 e 3)
Ingresso: R$ 7 
Gratuito aos sábados.
Agendamento gratuito de grupo: 5085-1313

GRÁTIS: Exposição – A Cor Não Tem Fim




Até 16 de dezembro de 2018, o Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP – realiza a mostra inédita  com obras do artista e tapeceiro francês

Por Andréia Bueno

A exposição  “A cor não tem fim: pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez” é um exemplo de primazia visual de cores, seja pela abundância e diversidade nas suas propriedades, nas múltiplas combinações e contrastes que possibilitam ou na maleabilidade para a criação de áreas, volumes e efeitos visuais, entre outras características.

Foto: Divulgação

Dividindo espaço com a mostra, também inédita, “P/B – Acervo MAB”, que apresenta um recorte de obras exclusivamente dominadas pelos pigmentos preto, branco e as gamas intermediárias de tons de cinza, a exposição “A cor não tem fim” ocupa a sala central do mesmo ambiente e traz ao público a recente coleção do acervo do MAB FAAP composta por pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez. A exposição conta com curadoria de José Luis Hernández Alfonso, Laura Rodríguez e Tatiana Bo.

Radicado brasileiro em 1947, Jacques Douchez foi um dos mais notáveis tapeceiros da segunda metade do século XX, uma vez que suas ideias e realizações passaram a distinguir artisticamente a tapeçaria produzida no Brasil. Douchez conhecia muito bem os materiais e dominava os processos técnicos de realização da tapeçaria, inserindo valores de tridimensionalidade que levam o visitante a apreciar suas realizações como esculturas de fibras. A mostra fica em cartaz até dezembro deste ano.

Foto: Divulgação



Serviço

Exposição “A cor não tem fim: pinturas e tapeçarias de Jacques Douchez”

Período de visitação: até 16/12/2018

Horário: Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 19h (última entrada às 18h); 
aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (última entrada às 17h). 
(Fechado às terças-feiras, inclusive quando feriado) 

Local: MAB FAAP – Sala Annie Alvares Penteado

Endereço: Rua Alagoas, 903 – Higienópolis

Informações: (11) 3662-7198 

Agendamento de visitas educativas: (11) 3662-7200

Entrada gratuita

Expo Arte SP na Praça Benedito Calixto




Por Leina Mara

Acontece no dia 15 de setembro, na Praça Benedito Calixto, a 1ª Edição da Expo Arte SP. O evento trata-se de uma mostra coletiva que ativa o circuito da arte contemporânea e promove a inclusão de artistas ao mercado de arte de São Paulo.

Foto: Divulgação

A mostra ocupará um espaço exclusivo em uma das ruas que circundam a praça, conectando-se com os artesãos ali presentes que estão comemorando 31 anos da tradicional Feira da Praça Benedito Calixto. O local é um dos principais circuitos culturais da cidade e atrai mais de 10 mil pessoas todos os sábados.

“A proposta da Expo Arte SP é acrescentar ao calendário anual de eventos uma nova forma de levar a Arte às pessoas, conquistar novos corações e novos seguidores – mirando a sua ação em espaços públicos de grande circulação. Afinal, a arte é livre: livre para se expor, livre para questionar e livre pra ser sentida em todas as suas formas”, relata Eduardo Mônaco, idealizador do projeto. O artista Guilherme Kramer e Mônica Filgueira Galeria de Arte são algumas presenças confirmadas.

Serviço: 
1ª Edição Expo Arte SP
Onde: Praça Benedito Calixto 
Quando: 15 de setembro, das 10 às 18h 
Informações pelo e-mail: expoarte2018@gmail.com ou pelo site: https://goo.gl/AVNJg1

Happy Art Parade em São Paulo




Por Nicole Gomez

A Happy Art Parade chega a São Paulo, trazendo alegria e cor a uma das maiores cidades do mundo! São Paulo é famosa por sediar os maiores e mais importantes eventos de arte urbana do país. Por isso, chega à cidade, graças a um público que está sempre engajado em trazer uma nova perspectiva sob o olhar artístico, um novo projeto: Happy Art Parade.


Arte: Divulgação

Com objetivo de conectar a arte com a realidade dos dias atuais, onde tudo, ou quase tudo, é comunicado através dos aplicativos de mensagens, o ícone escolhido para representar a Happy Art Parade não poderia ser outro, senão o emoji.

Reconhecido como praticamente uma linguagem universal, por expressar e compartilhar todo tipo de emoção em suas feições, as famosas carinhas felizes servem de inspiração para os artistas expressarem sua interpretação sobre a realidade. Pintores, escultores, artesãos, arquitetos, designers, grafiteiros, artistas plásticos, amadores ou profissionais apaixonados por arte e interessados em expressar seu talento e criatividade fazem parte desse projeto.


Foto: Divulgação
O mais interessante é que, ao final da edição, as esculturas são leiloadas e a renda é revertida como doação para instituições beneficentes, trazendo ao evento a reflexão sobre as causas sociais. A exposição começou no dia 4 e já está espalhada por diversos pontos da cidade! Imagina só, estar andando por São Paulo e dar de cara com essas simpáticas carinhas?


Serviço:
Happy Art Parade
São 60 peças espalhadas por nove pontos da metrópole. Confira no site oficial todos os endereços e quais artes você encontra nos locais: http://www.happyartparade.com.br/

Exposição Aromas e Sabores no Japan House




Desvende os cheiros e sabores da cultura japonesa

Por Andréia Bueno

Em cartaz até o fim do mês, a exposição Aromas e Sabores propõe um passeio pela diversidade de cheiros e sabores da cultura japonesa pelo viés sensorial. Os visitantes são convidados a reconhecer ou descobrir o sabor do wasabi e do shoyu, além de sentir a fragrância das sakuras, a árvore das cerejeiras. 

Foto: Rogério Cassimiro

A exposição também fala sobre como a indústria reproduz sabores e apresenta cheiros bem característicos da gastronomia japonesa. Há um espaço que é uma espécie de labirinto, feito pela artista Maki Ueda, que apresenta essência de flor de cerejeira, onde o visitante se guia especialmente pelo olfato. 


A casa proporciona ao público visitas guiadas que acontecem às terças e sextas-feiras às 11h, 15h30 e 19h30 e não precisam de agendamento prévio.

Serviço
Exposição Aromas e Sabores

Até 30 de setembro de 2018

Visitas Guiadas: Às terças e sextas-feiras às 11h, 15h30 e 19h30

JAPAN HOUSE São Paulo 

Avenida Paulista, 52

Horário de funcionamento:

Terça-feira a Sábado: das 10h às 22h

Domingos e feriados: das 10h às 18h

Entrada gratuita

Confira a programação no: www.facebook.com/JapanHouseSP/