Poetas negras contemporâneas são retratadas na exposição Corpa Negra




Por Rodrigo Bueno

“Corpa Negra tivera a vida como presente / Na labuta, suava de tanto nascer todo dia / Chorou todas as lágrimas do mundo, cansara de rios de sangue / Cantara de tanto sofrer várias línguas”. Inspirado pela poesia e trajetória da poeta, compositora e atriz negra Maria Tereza Moreira de Jesus (1974-2010), a artista plástica Carolina Teixeira criou ao lado da tecelã Marta Mursa seis painéis com retratos de jovens poetas negras contemporâneas, incluindo Maria. Chamada de Corpa Negra, que dá título a um dos poemas de Maria, a exposição fica em cartaz no Sesc Carmo a partir do dia 10 de novembro, sexta-feira, 17h30. Até 28 de dezembro.

Foto: Divulgação

A exposição Corpa Negra retrata por meio da pintura em tecido as poetas Queila Rodrigues (Cidade Tiradentes), Raquel Garcia (Cidade Tiradentes), Andréia Rosa (Itaim Paulista), Jennyfer Nascimento (poeta pernambucana residente no Jd. Ibirapuera), Raquel Almeida (Pirituba) e a homenageada Maria Tereza Moreira de Jesus (Vila Nova Cachoeirinha). Artista plástica há mais de 12 anos, Carolina tem sua trajetória ligada à literatura periférica, movimento que a colocou em contato com os poemas de Maria Tereza e das outras mulheres chamadas para integrar a exposição.

O lirismo e recursos literários de cada escritora conduziram o trabalho de Caroline, que pintou em tecidos de algodão retratos e trechos dos poemas de algumas das criadoras. Grafiteira, Caroline tem um trabalho consistente que passa por temas sociais como o feminismo e o genocídio nas periferias. Após a finalização das pinturas, Caroline submeteu os tecidos à tecelã Marta Mursa. “Indiquei alguns pontos do tecido para que fossem feitos recortes e intervenções que criaram metáforas que tem a ver com a ideia da Corpa Negra, do poema de Maria”, diz a artista.

Em seguida, Marta interferiu livremente nos tecidos – seis folhas de 2x5m de comprimento por 1,65m de largura. “É uma exposição que tem muito a ver com a trajetória comum de mulheres negras vindas da periferia que ocupam esse mesmo caldeirão da literatura”, conclui Caroline.

Serviço

Exposição Corpa Negra

Abertura no dia 10 de novembro, sexta-feira, das 17h30 às 20 horas

De 13 de novembro a 28 de dezembro, segundas a sextas, das 9h30 às 19h30. Exceto dias 15/11, 20/11 e 25/12

Área de Convivência. Livre. Grátis

Sesc Carmo – rua do Carmo, 147, Sé, tel. 3111-7000.  Horário de funcionamento de segunda a sexta das 10 às 18h. www.sescsp.org.br. Livre. Classificação indicativa: 16 anos.

Exposição Álbum, de Mauro Restiffe na Pinacoteca de São Paulo




Por Nicole Gomez

Com curadoria de Rodrigo Moura, a Pinacoteca do Estado de São Paulo traz a primeira exposição panorâmica sobre a obra de Mauro Restiffe em um museu brasileiro, intitulada Álbum.

Foto: Divulgação

A mostra trata-se de uma coleção de imagens inéditas de trabalhos do autor, em um tipo de retrospectiva. Todas elas são divididas em categorias, que vão desde política ao cotidiano, do abstrato ao concreto. Com isso, facilitando o espectador acompanhar as obras de acordo com o que procura. A arte de Restiffe é apresentada em diálogo com pinturas selecionadas do acervo da Pinacoteca e do MASP.

Podem ser conferidas obras desde 1980, agrupando 143 fotografias selecionadas cuidadosamente por três anos. Todas elas, divididas em três segmentos: Álbum, onde foram retratadas ao longo de vinte anos, imagens de seu cotidiano em família; Enquadramentos e construções, onde o foco principal é a cidade. A característica unânime é a naturalidade e sutileza com que foram criadas.

Foto: Divulgação

Serviço
Quando: até 6 de novembro 
Horário: 10h às 17h30 – Não abre às terças-feiras
Onde: Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia, São Paulo – SP

Feliz Dia da Cultura! Confira os locais ideais para comemorar o dia




Por Nicole Gomez
Hoje é o Dia Nacional da Cultura! E que tal comemorar essa data visitando algum (ou quem sabe alguns?) lugar de São Paulo, conhecido por serem grandes centros de cultura? Separamos alguns para você se inspirar e ir, porque, de todos, temos uma certeza: vale a pena conhecer, ou se você já conhece, visitar novamente, pois sempre tem alguma novidade por onde quer que passemos. Confira!

Foto: Divulgação
Centro Cultural São Paulo

O espaço, localizado próximo ao Metrô Vergueiro, oferece cursos culturais multidisciplinares, além de espetáculos sempre imperdíveis. Lá você também pode encontrar a Coleção de Arte da Cidade, a Discoteca Oneyda Alvarenga, um conjunto de bibliotecas, além de outros espaços muito bacanas e por um preço acessível a todos. Com acessibilidade, que inclui a capacitação de funcionários, o local é todo projetado para que todas as pessoas consigam desfrutar de um espaço aconchegante e preparado. Possui ciclovia até as proximidades da Rua Vergueiro e também bicicletário no local. 
Endereço: Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade, São Paulo – SP

Foto: Divulgação
Galeria do Rock

O espaço reúne vários estilos. Se você nunca foi por receio de não fazer o seu “tipo”, não se preocupe! O local, além de um grande centro comercial, que inclui espaços para tatuagem, piercing e venda de camisetas, é ótimo para dar aquela parada com os amigos. Mais do que um lugar para fazer compras, lá você encontra arte e música de vários estilos. Endereço: Av. São João, 439 – República, São Paulo – SP  

Foto: Divulgação
Pinacoteca do Estado de São Paulo

Se você quer conhecer melhor a cidade, a Pinacoteca é parada obrigatória! O museu de arte fica no Jardim da Luz, no centro de São Paulo. Dar uma olhada nos arredores também vale muito a pena! Na Pinacoteca, você encontra exposições, eventos culturais diversos, além de uma rica bibliografia. O local conta com a Estação Pinacoteca, onde mantém exposições temporárias de arte contemporânea, a Biblioteca Walter Wey, e o Centro de Documentação e Memória da instituição. Endereço: Praça da Luz, 2

Foto: Divulgação

Instituto Tomie Ohtake

Localizado em Pinheiros, o espaço, inicialmente foi inaugurado para exposição de obras de Tomie Ohtake. Posteriormente, tornou-se um grande centro cultural, que conta com sete salas expositivas, revelando novos artistas. Não possui acervo fixo, porém possui um programa de cursos culturais, além de receber constantemente exposições de arte contemporânea.  Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 201 – Pinheiros, São Paulo – SP

Foto: Divulgação
Theatro Municipal de São Paulo

Referência em teatro no Brasil, localiza-se no centro da cidade e foi inspirado na Ópera de Paris. É considerado um dos palcos mais importantes do país, sendo objetivo de carreira de muitos artistas ao redor do Brasil. Com uma construção magnífica, conta com a Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo como uma de suas atrações principais. Quando citamos centros culturais ao redor de São Paulo, é impossível não dar uma passada para conferir sua bela estrutura.  Endereço: Praça Ramos de Azevedo – República, São Paulo – SP

Foto: Divulgação

Memorial da América Latina

Inaugurado em 1989 na Barra Funda, é um dos principais centros culturais, políticos e de lazer da cidade e foi projetado por Oscar Niemeyer. Possui um acervo permanente de obras de arte e um centro de documentação de arte popular latino-americana. Sua biblioteca possui aproximadamente 30 mil volumes, além de seção de música e imagens. É referência em exposições, teatro e música, tendo recebido grandes eventos até os dias de hoje. No momento, o Memorial está recebendo “Rá-Tim-Bum, O Castelo”, a maior exposição sobre a série “Castelo Rá-Tim-Bum” já realizada no país. Se você não foi, ou quer ir novamente, a exposição fica até fevereiro de 2018 no Memorial e é imperdível. Endereço: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda, São Paulo – SP

Foto: Divulgação

MASP

Localizado na Avenida Paulista, possui a mais abrangente coleção de arte ocidental da América Latina. Possui extensa seção de arte brasileira, além de pequenos conjuntos de arte africana e asiática, artes decorativas, peças arqueológicas, além de outros elementos, totalizando cerca de 8 mil peças. Abriga também uma das maiores bibliotecas especializadas em arte do Brasil.  Endereço: Av. Paulista, 1578 – Bela Vista, São Paulo – SP

Aproveitem o dia visitando esses espaços, sempre com atrações imperdíveis! E feliz Dia da Cultura!

Sesc Santo Amaro realiza a exposição Diálogos e Transgressões




Com abertura no dia 18/11, exposição Diálogos e Transgressões, curadoria de Luciara Ribeiro, apresenta 10 artistas e coletivos

Por Andréia Bueno

O Sesc Santo Amaro, localizado na zona sul da capital paulista, recebe a partir de 18 de novembro a exposição Diálogos e Transgressões, com curadoria de Luciara Ribeiro. A exposição apresenta 10 artistas e coletivos que os trabalhos trazem a relação entre arte, ativismo e educação. 

Foto: Divulgação
A exposição trabalha os conceitos levantados pela pedagoga afro-estadunidense Bell Hoks, que defende uma proposta de educação orientada como prática de liberdade. Na data de abertura temos a mesa “Porque falar em Diálogos e Transgressões: relações entre educação e arte na contemporaneidade” com a curadora e os artistas participantes.

Serviço

DIÁLOGOS E TRANSGRESSÕES. Abertura no dia 18 de novembro, sábado, a partir das 11h, no Espaço das Artes (1º Andar). Mesa de abertura “Porque falar em Diálogos e Transgressões: relações entre educação e arte na contemporaneidade” com a curadora e os artistas participantes, às 11h30, no local da exposição.

HORÁRIO DE VISITAÇÃO – Terça a sexta, das 10h30 às 21h, sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h. Livre. Grátis. Até 18 de fevereiro de 2018. 

SESC SANTO AMARO
Endereço: Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro
Acessibilidade: universal.
Bilheteria e horário da unidade: Terça a sexta, das 10h às 21h30. Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30.
Estacionamento da unidade: R$ 5,50 a primeira hora e R$ 2,00 por hora adicional (Credencial Plena); R$ 12,00 a primeira hora e R7$ 3,00 por hora adicional (outros).
Preço único mediante apresentação de ingresso (a partir das 18h): R$ 7,50 (Credencial Plena) e R$ 15,00 (outros).
Disponibilidade: 158 vagas para carros e 36 para motos. A unidade possui bicicletário gratuito.

Uma exposição para ninguém perder a hora




Por Rodrigo Bueno

Localizado na cidade de São Paulo, o Museu do Relógio “Prof. Dimas de Melo Pimenta” é o único estabelecimento do gênero na América Latina e abriga um amplo e variado acervo.

Foto: Divulgação

Com mais de 650 itens em exposição, o local possui peças raras vindas de todas as partes do mundo. A visita permite ao público uma imersão histórica no campo da relojoaria por meio de informações e ainda observação de objetos curiosos como a cafeteira-despertador.

Entre os dias 15 e 20 de novembro, o Museu do Relógio promoverá a sua 45ª Retrospectiva, com entrada gratuita. O grande destaque da edição de 2017 é o “Navio Canhoneira a Vapor” com seu sistema de medição.

A peça é de origem francesa e representa a revolução ocorrida tanto no âmbito tecnológico como militar e que definiu a supremacia dos países ocidentais sobre todos os demais no século XIX.

Eram tempos de nações dotadas de grandes marinhas, capazes de navegar longas distâncias e também eram providas de grande poderio bélico.

O modelo que o público poderá conferir durante a retrospectiva no Museu do Relógio é semelhante ao francês “La Gloire”, que foi o primeiro navio de guerra do mundo feito em chapas de ferro. A embarcação imprimia uma exuberância notável.

Além desse evento em novembro, o Museu do Relógio mantém visitação aberta durante todo o ano, recebendo o público em grupos agendados ou visitas individuais.

Serviço:

45ª Retrospectiva do Museu do Relógio

15 a 20 de novembro

De 2ª à 6ª das 10h às 17h.

Sábado e Domingo das 10h às 14h.

Endereço: Av. Mofarrej, 840 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP

Telefone: (11) 3646-4000

E-mail museudorelogio@dimep.com.br

Alex Flemming inaugura exposição em São Paulo




O artista por trás dos rostos anônimos do Metrô Sumaré apresenta mostra gratuita na casa-museu Ema Klabin

Por Rodrigo Bueno

O artista plástico Alex Flemming, que ficou nacionalmente conhecido após a instalação de rostos anônimos em painéis de vidro sobrepostos por poemas brasileiros na Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, inaugurou no último sábado (28) a intervenção com a série “Anaconda” na casa-museu Ema Klabin. A mostra, inédita no Brasil, compõe-se da apropriação artística de treze tapetes persas, de variados tamanhos, incluindo pequenos tapetes de oração, sobre os quais Flemming introduz a pintura de uma cobra.

Foto: Henrique Luz
As serpentes, de forte valor simbólico, são pintadas com tratamento cromático que estabelece um inquietante diálogo com as tramas coloridas, ou seja, com a padronagem dos tapetes. Em certas obras, as serpentes se destacam do tecido e se sobrepõem a ele, estabelecendo contrastes de forma e de cor; em outras, elas se mimetizam no território das tramas, se mostram mais traiçoeiras e se encontram disfarçadas em seu ambiente, pois suas cores e seus desenhos se assemelham às cores e aos padrões dos tapetes.

Com entrada gratuita, a instalação Anaconda ocupa todos os ambientes da casa-museu Ema Klabin: hall, galeria, salão, sala de jantar, quarto principal e quarto de hóspedes. A exposição fica aberta para visitação até dia 17 de dezembro.  A mostra faz parte da série Intervalo Contemporâneo, que convida artistas para criarem trabalhos que interfiram no ambiente interno da casa. Os trabalhos instalados neste espaço são um contraponto para a coleção adquirida por Ema Klabin, inserindo o debate de uma produção contemporânea no percurso da visita, abrindo espaço para esse intervalo abranger uma diferente experiência e possibilitar um novo olhar perante essa coleção e suas interferências.
Serviço

Exposição Alex Flemming

Data: 28/10/2017 à 17/12/2017

Horários: das 14h às 18h

Local: Fundação Casa-Museu Ema Klabin

Endereço: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa

Entrada Gratuita