Exposição celebra centenário de Maria Leontina na Dan Galeria




Geometria sensível da artista é apresentada a partir da seleção de 73 obras, entre pinturas e desenhos

Por Rodrigo Bueno
Maria Leontina: Sem Título (1957), guache sobre papel, 21 x 24,5cm

Formas geométricas e cores sólidas são presenças quase que constantes na obra de Maria Leontina (1917 – 1984), artista referencial para a arte moderna brasileira. Suas abstrações geométricas, entretanto, raramente são colocadas de maneira bruta, por traços fortes e bem definidos. A transição suave de cores e formatos talvez seja a mais peculiar marca de sua produção, agora celebrada pela mostra Maria Leontina – Poética e Metafísica que a Dan Galeria recebe entre 26 de outubro e 30 de novembro.

Com curadoria de Peter Cohn e Alexandre Franco Dacosta, a exposição marca o centenário de nascimento da artista brasileira cujos trabalhos destacam-se na chamada geometria sensível. São 73 obras, entre desenhos e pinturas, que abarcam as quatro décadas de produção de Maria Leontina e a sua incessante investigação pelo enigma do tempo – plano metafísico que impregna e dá alma à sua abstração concretista.

A mostra traz obras de fases diversas da artista, entre as quais Jogos e Enigmas, Da Paisagem e do Tempo, Episódios, Cenas, Páginas e Estandartes. Os títulos conferidos pela artista a suas séries indicam seu interesse pessoal pela passagem dos instantes, seja na forma da narrativa, seja nos mistérios ontológicos do tempo.

Exceção às formas geométricas, duas telas chamam a atenção para o início de sua trajetória: a paisagem de Sem título (1943) e Autorretrato (déc. 1940), óleos de tom mais expressionistas, com pinceladas não tão precisas quanto sua fase geometrizada.

Serviço
Maria Leontina – Poética e Metafísica
Vernissage: 26 de outubro, às 19h
Período de exposição: de 27 de outubro a 30 de novembro
De segunda a sexta das 10h às 18h, sábado das 10h às 13h

Dan Galeria
Rua Estados Unidos, 1638. Jardim Paulista
Telefone: (11) 3083-4600

Exposição Nós, Os Gatos reúne peças do produtor cultural e artista plástico Marcio Meneghini




Acervo chega ao Parque das Ruínas no dia 17 de outubro, com entrada gratuita

Por Andréia Bueno

O produtor cultural e artista plástico Marcio Meneghini, falecido este ano, era apaixonado por seu gato Cadu. Dessa paixão nasceu uma grande coleção de peças relacionadas ao mundo felino. Para homenagear Márcio, seu irmão, Écio Cordeiro de Mello, organizou a exposição “Nós, os Gatos”, que abre dia 17 de outubro no Parque das Ruínas.

Foto: Fleishman Hillard
Serão cerca de 100 peças sobre este bicho misterioso, dono de sete vidas. De brinquedos comprados em lojas de fast food até peças garimpadas em feiras de antiguidades pelo mundo, Marcio foi criando, pouco a pouco, um acervo que convida a todos a conhecerem um pouco mais sobre seu amor pelos animais de estimação. Um programa para toda a família, com classificação livre.

Se os gatos têm sete vidas, eles também têm muitas imagens. Pode ser Maneki Neko, o gato da sorte na cultura japonesa; ou Bastet, a personificação da deusa da fertilidade Antigo Egito; e ainda um personagem divino, muito comum nas culturas celta, persa e nórdica. O gato tem sua figura adorada em diferentes épocas, povos e culturas. Do melhor amigo das bruxas para companheiro fiel de Marcio Meneghini, esse animal felino é o tema central da exposição que tem entrada é gratuita e fica em cartaz até o dia 29 deste mês.
Serviço

Exposição Nós, Os Gatos
Abertura: Dia 17 de outubro das 16h às 20h

Data: de 17 a 29 de outubro

Horário: terça a domingo, de 08 às 18h
Entrada: gratuita
Classificação etária: Livre

Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruinas – Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Tereza, Rio de Janeiro – RJ.

Blombô – O Marketplace de obras de arte




Por colaboradora: Marcela Duarte

Que o mercado digital é uma viagem sem volta em diversos segmentos, isso é fato, e, claro que os amantes de artes não estão de fora do universo online, muito pelo contrário, representam um volume global de vendas de 3,4 mil milhões de euros, de acordo com o estudo realizado pelo quinto ano consecutivo pela Hiscox (seguradora especializada em seguros de obras de arte exposições, museus, galerias e coleções particulares). O valor representa um crescimento de 15% comparado a 2015 e 8,4% do total do mercado de artes.

Foto: Guy Veloso

Aqui no Brasil, podemos contar com o intuitivo marketplace Blombô, onde é possível comprar e vender artes plásticas, fotografias, antiquário e design de galerias como Paulo Darzé,  Dan Galeria, Luisa Strina. A plataforma ainda oferece suporte e otimização de vendas, e apoiam  pessoas físicas que podem expor suas obras em coleções privadas.

A proposta vai além da comodidade de consumir arte no Brasil, o projeto coordenado por Lizandra Alvim e idealizado por Gustavo Ribas da Mogno Capital, permite que as obras de artistas brasileiros sejam reconhecidas e entregues em outros países, abrindo um excelente canal de exposição e mercado global.

Você poderá encontrar obras a partir de R$ 500,00 e o pagamento pode ser feito via transferência bancária ou cartão de crédito.

Foto: Artur Lescher

Vale a pena conferir os serviços do Blombô no endereço: https://www.blombo.com/pt/

Exposição fotográfica apresenta cotidiano e espetáculos da Cia. Ballet de Cegos




Por Andréia Bueno

Os fotógrafos Angela Rezé e Sergio Matta estarão reunidos no próximo dia 12/10 para uma exposição inédita no foyer do Theatro Municipal de São Paulo, com fine art print, em papel algodão, apresentando ao público cenas do cotidiano e de espetáculos da Cia. Ballet de Cegos, única companhia de ballet profissional formada por deficientes visuais do mundo.

Foto: Angela Rezé
A exposição acontece paralelamente à apresentação da companhia que subirá ao palco em homenagem ao Dia das Crianças para apresentar clássicos da Disney, como “Cinderela”, “A Bela e a Fera”, “Pequena Sereia” e “Branca de Neve”, entre outros, em apresentação única, com preços populares: R$ 30,00 [inteira] e R$ 15,00 [meia-entrada].

Os quadros estarão à venda por R$ 600,00 e a renda será revertida 100% em prol da Associação Ballet de Cegos Fernanda Bianchini. Atualmente, a Associação, com sede no bairro Vila Mariana, em São Paulo, atende gratuitamente 350 alunos, com idade entre três anos e a terceira idade, sendo 60% deles deficientes visuais; 30% portadores de outros tipos de deficiência, como auditivo, motora, intelectual e síndromes, e 10% de alunos sem deficiências, para exercitar o que a companhia chama de inclusão às avessas.

Um dos destaques da exposição é a fotografia em preto e branco na horizontal, de Angela Rezé, intitulada ELEMENTO TRANSFORMADOR, que retrata a bailarina principal da Cia. Ballet de Cegos, Geyza, equilibrando-se sobre as costas do bailarino Everton, com as pernas dobradas e cruzadas e os pés em ponta. Os dois estão com os braços abertos e as mãos dadas; ele com o tronco inclinado para frente, as pernas ligeiramente abertas, sustenta o peso dela em suas costas. Everton usa malha regata branca e a bailarina, blusa trespassada e calça larga.

São Paulo – 2013 – Angela Rezé – Fine Art Print – Fotografia em Papel Algodão – Hahnemühle
A foto, de junho de 2013, no palco do Auditório do Ibirapuera, é uma cena da coreografia “Olhando para as Estrelas” da Cia. Ballet de Cegos Fernanda Bianchini, com coreografia de Cesar Albuquerque e música Piano Guys e Ludwig Van Beethoven 5ª Sinfonia.

Neste dia 12/10 – feriado nacional -, o Theatro Municipal de São Paulo abrirá as portas do foyer para a exposição fotográfica às 11h, e para a plateia às 11h30. O espetáculo, com áudio-descrição, terá início às 12h, pontualmente, com duração de aproximadamente 90 minutos, divididos em dois atos.

Al Capone em exposição fotográfica na APM




Por Redação
Ícone da criminologia mundial, Al Capone é tema da exposição fotográfica que será realizada na sede da Associação Paulista de Medicina de 10 de outubro a 24 de novembro. A mostra será aberta com um coquetel para convidados no dia 9, segunda-feira, no espaço multifuncional da APM.

Al Capone com sua gangue no bar em 1945 – Foto: Divulgação
A exposição, que conta com apoio do Instituto Internacional de Estudos de Política Judiciária (Interpoj) e tem a coordenação do diretor cultural da APM, Guido Arturo Palomba, terá 23 imagens do lendário gângster que contam a história dele por meio de fotos com a família e com membros de sua gangue vindas diretamente de Angri, uma comuna da Itália.

“Capone foi um gângster que deu grande notoriedade à máfia e tornou esse termo um adjetivo da língua portuguesa, usado amplamente para caracterizar um grupo com atuação ilícita, oculta e dentro de uma ordem: máfia da Ceagesp, máfia da Petrobras, máfia da indústria farmacêutica etc. Esta exposição é um privilégio concedido à APM pelo Interpoj, que cedeu a interessante mostra fotográfica”, comenta Palomba. 

A exposição é voltada para toda a população e a entrada é franca.
Serviço
APM / Exposição Fotográfica Al Capone
Data: de 10 de outubro a 24 de novembro
Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h às 20
Local: Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 278 – Bela Vista – São Paulo, SP
informações: 3188-4304 / 4305
Realização: Associação Paulista de Medicina
Apoio: Instituto Internacional de Estudos de Política Judiciária (INTERPOJ)

Daniel Acosta apresenta instalação inédita na Pinacoteca




Por Monise Rigamonti

O artista Daniel Acosta (Rio Grande, RS, 1965) desenvolveu a instalação ROTORAMA – sistema de giroreciprocidade, com exclusividade para o espaço do Octógono na Pinacoteca de São Paulo que conta com curadoria de Valéria Piccoli, curadora-chefe da instituição. A exposição fica em cartaz até 05 de fevereiro de 2018, aos sábados e a entrada é gratuita.

Foto: Edouard Fraipont (Divulgação Pinacoteca)

Considerado como o espaço central do edifício da Pinacoteca, o Octógono, marcado por uma arquitetura e um desenho do espaço constituído por oito lados iguais, está sinalizado como o ponto de convergência e irradiação de seus eixos principais de circulação. Nesse cruzamento, a construção expande-se numa forma poligonal, quase circular, crescendo também verticalmente, ao atravessar os pavimentos, mantendo aberta à luz exterior. Logo que o visitante entra na instituição, é acolhido por esse ambiente. É um espaço que reúne pessoas, propicia encontros e permite múltiplos pontos de vista do edifício.

O projeto é inédito e foi pensado especificamente para este espaço do museu. A sugestão do trabalho propõe uma operação sutil, que potencializa as características deste local de circulação. O piso do Octógono é elevado a uma plataforma de madeira e, tem o intuito de criar uma espécie de praça, articula ali um local de estar, de contemplação, aonde é permitido ao público sentar ou mesmo deitar.

Foto: Edouard Fraipont (Divulgação Pinacoteca)

No centro desse piso, uma linha-corte define um círculo de nove metros de diâmetro, que gira lentamente ao redor do próprio eixo. Quem está sobre o piso giratório experimenta a arquitetura e a visão das pessoas ao redor, como uma paisagem em movimento; quem está fora dele, observa esse deslocamento em relação aos elementos que compõem o espaço. Nesse mecanismo – há misto de pista de dança e palco de teatro – a presença e a participação do público são condições primordiais para que o trabalho exista. O gesto do artista é criar o dispositivo que propicia a interação e a convivência entre as pessoas, e delas com o espaço a seu redor. 

Quando visto de cima, é possível perceber os signos gráficos no trabalho que, em algum momento do deslocamento da estrutura, se organizam formando o título da obra, numa espécie de poema visual, há um jogo com a expectativa e a surpresa do público, sempre pego pela ambiguidade que as obras sugerem. Na instalação inédita, de Daniel Acosta, as fronteiras entre arte, design e arquitetura são contestadas pelo artista, em favor da intervenção que possa gerar espaços de inclusão e convivência.

Foto: Edouard Fraipont (Divulgação Pinacoteca)

Serviço
ROTORAMA – sistema de giroreciprocidade de Daniel Acosta  
Pinacoteca de São Paulo
Praça da Luz, 2, Luz, São Paulo
Exposição de 16/09/2017 até 05/02/2017
De quarta a segunda-feira, das 10h às 17h30 com permanência até as 18hrs. 
Ingressos: R$ 6 (inteira) R$ 3 (meia), gratuito aos sábados 
Site: pinacoteca.org.br
FanPage: facebook.com/PinacotecaSP/