6 dicas para proteger o Pet do barulho dos fogos no Reveillón


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Infelizmente, soltar fogos de artifício ainda é uma forma de comemoração utilizada por muitos brasileiros. Se para muitos isso é sinônimo de alegria e diversão, para os animais de estimação representa agitação e ansiedade, já que o ouvido dos cães e gatos é mais sensível aos barulhos que, consequentemente, provocam medo e mudanças de comportamento. “Algumas técnicas como o adestramento ou o uso de medicamentos e coadjuvantes terapêuticos, como os florais, podem ajudar a aliviar esse estresse, mas é necessário uma consulta com um profissional especializado que ajudará a identificar o melhor tratamento para cada animal”, explica o veterinário e fundador da Animal Place, Jorge Morais que lista abaixo outras dicas para amenizar esse problema.

1) Deixe que o animal de estimação fique no cômodo da casa que tenha menor ruído, e em segurança;
2) Não deixe o cão ou gato preso em correntes ou caixas de transporte. Na hora dos fogos de artifício eles podem entrar em pânico e se machucar;
3) Mantenha portas e janelas trancadas, evitando que o animal fuja e até mesmo se perca. Se morar em apartamento, verifique se as telas de proteção estão firmes;
4) Tape os ouvidos do animal com um chumaço de algodão parafinado (hidrófobo). Não se esqueça de retirá-los assim que o barulho cessar, já que podem causar infecções caso fiquem por muito tempo;
5) Existe uma técnica chamada de TTouch, que consiste em atar o cão com um pano para que a circulação sanguínea do corpo do animal seja estimulada, diminuindo assim, as tensões e a irritabilidade. Informe-se com seu veterinário;
6) Nunca deixe o pet sozinho nesses momentos. A companhia do dono ajuda a passar mais segurança e amenizar esses momentos ruins.

Cães com medo de fogos de artifício: o que fazer?




Renato Zanetti, zootecnista e especialista em comportamento animal, dá dicas de como deixar o pet tranquilo durante a queima de fogos de artifício

Por Andréia Bueno

A virada do ano está chegando e não há como fugir dos barulhos dos fogos de artifício. Durante todo o ano eles são usados em festas populares, finais de campeonatos esportivos e também celebrações e quem sofre com tudo isso são os pets. Mas, por que cachorro tem tanto medo de fogos de artifício?

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Os cães possuem uma audição muito sensível, podendo escutar a origem do som em até seis centésimos de segundo e chegando a escutar até 45 mil hertz. Alguns se escondem dos barulhos, fogem, se ferem e outros correm para os donos tremendo. Quando estão em pânico, os cães podem até chegar a óbito, principalmente os que têm problemas cardíacos.

O especialista em comportamento animal e zootecnista, Renato Zanetti, explica que é importante entender a diferença entre medo e pânico para que o tutor saiba identificar qual a sensação de seu cachorro. “Medo é quando o animal sente que está em perigo, mas não faz coisas estranhas que normalmente não faria. Já o pânico é um nível maior e faz com que o pet não consiga processar muito bem essa emoção. O pânico impede que tenham a percepção do ambiente, podendo levar o cachorro a atravessar portas de vidro, escalar paredes, subir em telhados e até saltar de muros altos”, conta. 

Mas para que isso não aconteça, Zanetti lista algumas dicas para minimizar esses problemas e ajudar os tutores a passar a virada do ano tranquilo com seu animal de estimação. 

  • Estar em um lugar tranquilo, com o mínimo de barulho possível para que o pet não fique estressado e consequente sinta medo ou pânico;
  • Abafar o som externo. Deixar o ventilador ligado, colocar uma música calma, fechar janelas e portas;
  • Adaptar o cachorro ao ambiente que irá passar o ano novo, seja em casa sozinho ou em um day care;
  • O espaço tem que ser seguro para o cachorro. Todos os possíveis locais que eles possam escapar, devem estar fechados, como portas e janelas;
  • É importante disponibilizar tocas para ele se esconder, locais como embaixo da cama, dentro de caixas, dentro do banheiro, dentro da casinha ou uma caixa de transporte;
  • Disponibilizar petiscos diferentes ou comidas congeladas e brinquedos recheáveis para distraí-lo e estimulá-lo;
  • Se o pet ficar sozinho, o espaço deve ser livre de prateleiras, vidros, objetos de decoração ou porta retrato. Isso evita que ele se machuque;

Artigo: Bonitos no céu, mas perigosos para a audição




Por Isabela Carvalho

Reprodução / Internet
O fim de ano já está batendo à nossa porta, trazendo de volta um costume comum na hora da virada: a queima de fogos de artifício. Apesar da explosão de luzes e beleza no céu, os artefatos podem trazer sérios danos à saúde auditiva, além de riscos de acidentes e queimaduras durante o manuseio.

Tradição milenar para celebrar datas especiais, que veio da China há mais de 2000 anos, a queima de fogos produz um barulho intenso; e aí é que está o perigo. Os vilões são os foguetes e rojões. Eles podem acarretar um trauma acústico ou a perda de audição uni ou bilateral, que pode ser temporária ou, nos casos mais graves, irreversível. O prejuízo auditivo acontece a quem manipula ou está próximo ao local de detonação porque o forte estampido, principalmente dos rojões, é repentino. O potente som, que pode chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma rápida, atingindo as células ciliadas e os nervos internos da orelha, que são os receptores sensoriais do sistema auditivo. Para se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem produz um som de 130 decibéis.

Quando há sequelas, a perda de audição é geralmente unilateral (em um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo. Mas podem surgir também tontura, pressão nos ouvidos e dificuldades para ouvir logo após o estampido. Essa sensação tende a passar naturalmente no decorrer de horas ou dias, mas se os sintomas persistirem é preciso consultar um médico otorrinolaringologista para avaliar se o dano auditivo é temporário ou definitivo, irreversível. Se tiver havido trauma acústico as consequências são graves.

E como se proteger? A melhor forma de prevenção é manter-se distante do local de queima dos fogos e, no caso de festas muito barulhentas, usar protetores auriculares. Eles reduzem o barulho que entra pelos ouvidos mas permitem que as pessoas escutem os sons ao redor.

O fato é que nas comemorações de fim de ano, barulho é o que não falta. Além dos fogos, há muita música, gritos, aparelhos de som e TVs em alto volume. Nas ruas, buzinas e carros de som. Nas casas e restaurantes, muita algazarra. Tudo isso para celebrar a chegada de mais um ano, com muita alegria. A festa é contagiante, mas barulhenta! E quem mais sofre são os ouvidos.

É preciso lembrar que a frequência constante a ambientes barulhentos pode contribuir para uma gradual perda auditiva. Todo ruído acima de 85 decibéis é prejudicial à audição. E a perda auditiva é cumulativa. Dependendo da frequência, do tempo de exposição ao som elevado e da predisposição, o indivíduo pode sofrer danos auditivos cada vez mais severos, de forma contínua e elevada, ao longo da vida.

Por tudo isso, não custa lembrar. Divirta-se, mas tomando certos cuidados, para que você possa ouvir os sons da vida por muitos e muitos anos ainda.

* Isabela Carvalho é fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, especialista em audiologia.