JIMMY WALES NO FRONTEIRAS DO PENSAMENTO




Empreendedor que popularizou a maior enciclopédia livre do mundo fala sobre 
a importância da democratização do conhecimento

“Se você tem conhecimento, por que manter para si mesmo? Você tem que compartilhar”, diz uma colaboradora apaixonada por seu trabalho na Wikipédia, em um dos vídeos que Jimmy Wales mostra em suas palestras pelo globo. Cofundador do quinto site mais acessado do mundo, Wales vai além: “O objetivo é conseguir uma enciclopédia gratuita para cada pessoa do planeta. Significa muito mais do que simplesmente construir um website legal. Nós realmente estamos interessados em questões como a exclusão digital, a pobreza mundial, e queremos que as pessoas, em qualquer lugar, tenham a informação de que elas precisem para tomar boas decisões”. 
Porta-voz do trabalho desenvolvido para viabilizar a maior enciclopédia até então já escrita, o empreendedor norte-americano, que não ostenta fortuna, está também à frente de outros projetos que utilizam softwares colaborativos para executar sistemas wiki de rápida e fácil edição.

É sobre governança colaborativa, sistemas democráticos e a importância do conhecimento que Jimmy Wales fala no Fronteiras do Pensamento São Paulo, no dia 24 de junho, às 20h30, no Teatro Cetip-Complexo Ohtake Cultural. Os pacotes de ingressos para todas as conferências desta edição já estão esgotados. Informações no site www.fronteiras.com.

Inspirado pelo crescimento do software livre, em março de 2000, Jimmy Wales e o filósofo Larry Sanger fundaram o projeto Nupedia, protótipo de enciclopédia on-line gratuita com artigos escritos por especialistas e revistos em um processo formal. Para agilizar a criação dos textos, um software wiki foi usado para “alimentar” a Nupedia. Mas, até o final de 2001, a então “wikipedia”, como apelidada por Sanger, já estava maior que sua ancestral: possuía cerca de 20 mil artigos em 18 idiomas. Nupedia e Wikipédia coexistiram até os servidores da primeira serem retirados de forma permanente em 2003, e seu texto incorporado à Wikipédia – lançada oficialmente em 2001, ganhando acento agudo na versão em português.
Atualmente, a Wikipédia conta com mais de 10 mil editores voluntários e um número crescente de bots – programas criados para procurar conteúdo na rede. São mais de 365 milhões de leitores acessando as 4,5 milhões de páginas em inglês, 835 mil em português e cerca de 285 mil em outras línguas. Os 20 milhões de verbetes estão escritos em mais de 270 idiomas, e 8 mil novas entradas são realizadas por dia. Todo este mundo de informação vive das doações de mais de 570 mil pessoas e entidades, que rendem à Wikimedia Foundation – instituição filantrópica criada por Wales em 2003 – cerca de 50 milhões por ano. 

Wales não recebe salário da Fundação Wikimedia, que existe para ajudar a manter os servidores das páginas da enciclopédia e um grupo de gestores e pesquisadores que somam cerca de 100 funcionários – além de auxiliar na implementação de subprojetos como o Wikcionário, o Wikiquote e o Wikibooks, entre outros. Em 2004, Jimmy Wales fundou a Wikia, empresa privada que oferece serviço livre para hospedagem de sites wiki focados em conteúdo de fãs e comunidades especiais. Mas quando o assunto é Wikipédia, faz questão de expor seus planos futuros: ampliar a participação feminina entre os colaboradores – hoje ela é atualizada predominantemente por homens de até 26 anos – e estimular a produção de verbetes pelos países em desenvolvimento, sobretudo a África.

Reconhecido como Jovem Líder Global pelo Fórum Mundial de Economia em 2007 por popularizar o desenvolvimento da web para a criatividade, a educação e o conhecimento de acesso livre, Wales foi apontado pela revista Time como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2009, mesmo ano em que recebeu a premiação da Fundação Nokia por suas contribuições para a evolução da web como plataforma participativa e democrática. Com sua formação em finanças pelas Universidades de Auburn e do Alabama, iniciou seu doutorado na Universidade de Indiana, mas não chegou a concluí-lo. Atualmente, é fellow do Berkman Center for Internet & Society na Escola de Direito de Harvard, tendo recebido o título de doutor honorário pelo Knox College de Illinois.

Admirador da filosofia do objetivismo, de base liberal, e da teoria dos preços do economista Frederich Hayek, defende que não se pode separar a economia da vida humana. “As pessoas alimentam a Wikipédia de informações que são próximas de suas vidas”, afirma, ao mostrar dados de acesso da enciclopédia que serve aos usuários especialmente nas áreas de ciências, cultura e artes, filosofia, matemática e história.


Ainda que Wales assuma que o “modelo de governança da comunidade Wikipédia é bastante confuso”, o empresário insiste que o projeto não é anárquico, e destaca alguns de seus princípios básicos: trata-se de um espaço para conteúdo enciclopédico, que obedece a um ponto de vista neutro, opera sob licença gratuita, respeita o copyright e combate o plágio, e é regida pela civilidade entre os membros, mas também por regras não rígidas – pois “pode haver uma boa razão para ignorar uma regra”, pondera. Além disso, o regime de funcionamento da Wikipédia revela preceitos de diversas formas de fazer política: democrática, na qual a luta pelo consenso é muito estimulada, obedecendo a alguns princípios da aristocracia – referindo-se aos colaboradores mais ativos e antigos, que podem virar administradores – e onde o voto é evitado, “pois ele pode levar a um ou outro caminho equivocado, e não a uma terceira opção”, diz Wales. 

E completa: “A porção monarquia aparece em papéis como o meu, tendo em vista que os soberanos, hoje, são mais oradores do que qualquer outra coisa”, avalia. “O meu papel na comunidade é o de dizer que não permitiremos que nossa abertura e liberdade prejudiquem a qualidade do conteúdo. E, enquanto as pessoas confiarem no meu papel, então esse é um lugar válido para mim. Obviamente, por causa do licenciamento livre, se eu fizer um mau trabalho, os voluntários podem se virar e sair, pois eu não posso dizer a ninguém o que fazer”, confessa o fundador.

Mas abertura e o modelo de gestão da Wikipédia são justamente os pontos elogiados e criticados do projeto. Alguns acadêmicos defendem o uso da enciclopédia não só como referência, mas também como recurso atualizado de notícias e como ferramenta pedagógica, na qual estudantes podem exercitar a escrita de artigos para explicar conceitos de forma clara e sucinta. No entanto, dúvidas quanto a confiabilidade, inconsistência, suscetibilidade ao vandalismo e adição de informações falsas ou não verificadas são frequentemente levantadas sobre a enciclopédia virtual – inclusive por seu outro fundador, Larry Sanger. 

Ainda assim, as estatísticas da Wikipédia mostram que uma informação errada é corrigida em cerca de dois minutos pela equipe de colaboradores. Outra pesquisa, de 2005, da revista Nature, mostrou que os artigos de uma amostra da Wikipédia eram comparáveis, no nível de precisão e taxa de erros, aos da Encyclopaedia Britannica. Além disso, Wales argumenta: “Se pensarmos que a Wikipédia já está há 14 anos na vida de um estudante de 16, precisamos assumir que é algo que parece ter sempre estado lá. Por isso os professores deveriam começar a mostrar a seus alunos como eles devem usar a Wikipédia. Ela é um ponto de partida. Não se deve simplesmente copiar e colar o conteúdo, temos que incentivar as pessoas para que elas sejam mais críticas quanto às fontes”. E dá um recado aos jornalistas: “Está na hora de perceber a importância das notícias. Muitas delas serão usadas como fontes na Wikipédia e será referência para milhões de pessoas por um longo período”, alerta.

Por isso, quando perguntado sobre a melhor qualidade de seu projeto principal, Jimmy Wales aponta para os voluntários. “A pessoa que se interessa em escrever uma enciclopédia por prazer tende a ser de um tipo bastante esperto. A maior qualidade da Wikipédia é a paixão da comunidade por querer tornar os fatos corretos. A Wikipédia não é mágica, é resultado de um trabalho duro feito por pessoas que realmente se importam. Sem isso não há esperança.”


SOBRE O FRONTEIRAS DO PENSAMENTO

O Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural múltiplo que propõe uma profunda análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro. Comprometido com a liberdade de expressão, a diversidade de ideias e a educação de alta qualidade, promove conferências internacionais e desenvolve diferentes conteúdos que apresentam os mais renomados pensadores, artistas, cientistas e líderes em seus campos de atuação.

Temas, ideias e personalidades que moldam o nosso tempo ocupam o palco do Fronteiras, que tem como valores básicos o pluralismo das abordagens e o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados. Dessa forma, o seminário internacional busca avaliar tendências, aceitando a provocação destes que são, hoje, alguns dos mais renomados pensadores em atuação no mundo, constituindo uma linha interdisciplinar de pensamento.

Em seus nove anos de existência, o Fronteiras do Pensamento conta com mais de duas centenas de conferências internacionais realizadas para milhares de espectadores, servindo como plataforma para a geração de filmes de curta e média metragens, séries de livros e fascículos educacionais, além de diversas outras publicações nas diferentes áreas contempladas.

O conhecimento e as ideias também estão acessíveis ao grande público através do portal www.fronteiras.com, que oferece centenas de vídeos – com legendas em português, espanhol e inglês –, além de artigos, notícias e entrevistas para refletir, comentar e compartilhar.

Fronteiras do Pensamento São Paulo é apresentado por Braskem e tem patrocínio do Hospital Sírio-Libanês e Mattos Filho Advogados. As empresas parceiras são Liberty Seguros e BNDES. Com parceria cultural CPFL Cultura, Centro Ruth Cardoso, Casa do Saber, Hotel Renaissance e Livraria da Vila. Parceria de mídia da Revista Piauí, Galileu e CBN e promoção Folha de S.Paulo.


FRONTEIRAS DO PENSAMENTO SÃO PAULO – TEMPORADA 2015

PRÓXIMAS CONFERÊNCIAS: John Gray – 6/7; Saskia Sassen e Richard Sennett – 26/8; Camille Paglia – 16/9; Ferreira Gullar – 30/09; Fernando Savater – 28/10; e Joseph Stiglitz – 04/11.
LOCAL E HORÁRIO: Teatro Cetip-Complexo Ohtake Cultural (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros), sempre às 20h30.

INGRESSOS: Pacote de ingressos para todas as conferências da temporada esgotados.

INFORMAÇÕES: Na Central de Relacionamento Fronteiras 4020.2050 e no portal www.fronteiras.com

Fronteiras do Pensamento Temporada 2015!




Temporada 2015 traz o
tema “Como viver juntos” 
e reúne pensadores de
variados campos do conhecimento

Num mundo cada
vez mais urbano e conectado, nosso destino é viver juntos. Esta nova forma efêmera
e fluida de sociabilidade torna a vida um aprendizado de tolerância e
cooperação. Para debater novas formas e possibilidades de convivência regional
e global em diversos âmbitos do conhecimento, a temporada 2015 do Fronteiras do Pensamento traz a São Paulo
pensadores de destaque no cenário contemporâneo, nas áreas de Biologia, Sociologia,
Economia, Comportamento, Filosofia, Artes e Política.
John Gray, Richard Dawkins, Jimmy Wales e Richard Sennett    Créditos: Divulgação
Os conferencistas Richard Dawkins, Jimmy Wales, John Gray, Saskia Sassen, Richard Sennet, Camille Paglia, Ferreira Gullar, Fernando Savater e Joseph Stiglitz têm em comum a interdisciplinaridade e a inquietude dos pesquisadores múltiplos. 

Com formações muitas vezes diferentes de suas preocupações atuais e participações em projetos que discutem da biologia à cultura, da vida on-line à vida nas cidades, ou do humanismo ao fundamentalismo ideológico, é no pensamento e na observação cuidadosa da coletividade que estes diferentes intelectuais se encontram. 

Entre best-sellers publicados e contribuições acadêmicas, artísticas e sociais para os mais variados campos do conhecimento, os convidados levam ao palco do Fronteiras reflexões que devem ser também as nossas: como melhorar a vida nas megacidades com o aumento da população global? Como agir com responsabilidade entre tantas opiniões e desigualdades? Como exigir direitos sem ferir a ética e a alteridade? Como tirar um melhor proveito da tecnologia, da comunicação e do mundo do trabalho? Como enfrentar os choques culturais e as intolerâncias? 

Para a abertura da temporada, o Fronteiras do Pensamento traz a São Paulo o polêmico biólogo evolucionista Richard Dawkins. O primeiro evento acontece no dia 27 de maio, às 20h30, no Teatro Cetip – Complexo Ohtake Cultural. Informações e compra do pacote de ingressos para os 8 encontros no site www.fronteiras.com e na Central de Relacionamento Fronteiras 4020.2050.

Ferreira Gullar, Camille Paglia, Joseph Stiglitz, Saskia Sassen e Fernando Savater    Créditos: Divulgação

PROGRAMAÇÃO SÃO PAULO 

27/5 – quarta
RICHARD DAWKINS (Quênia, 1941) 

Biólogo evolucionista britânico, com formação em zoologia pela Universidade de Oxford, é um dos mais respeitados cientistas da atualidade, conhecido por defender o evolucionismo e o ateísmo em best-sellers como O gene egoísta. Considerado mais darwiniano que o próprio Charles Darwin, é autor de vários livros de divulgação científica nos quais utiliza linguagem informal e metafórica para explicar temas científicos complexos – como fez em Deus – Um delírio, no qual seu ativismo contra o criacionismo fica bastante evidente. Também introduziu o termo “meme”, equivalente comportamental do gene, para incentivar o pensamento de que os princípios darwinianos podem ser estendidos para além dos domínios dos genes. Em 2007, foi eleito uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time e figurou na lista do The Daily Telegraph com os cem maiores gênios vivos. O livro Fome de saber, primeira parte da sua autobiografia, será lançado em maio de 2015 no Brasil. 

24/6 – quarta
JIMMY WALES (Estados Unidos, 1966)
 

Empreendedor norte-americano da internet e visionário em tecnologia, é cofundador da Wikipedia, a maior enciclopédia colaborativa e gratuita da web. Referido pela Forbes Magazine como “uma celebridade da web”, é graduado em finanças na Universidade de Auburn e mestre em finanças pela Universidade do Alabama. O projeto da Wikipedia, fundado em 2001, resulta hoje no quinto site mais popular do mundo, com mais de 30 milhões de artigos, escritos por voluntários, em 280 idiomas. Jimmy Wales foi eleito, em 2006, uma das cem pessoas mais influentes do mundo pela revista Time e figurou no terceiro lugar da lista Agenda Setters 2009, com os 50 indivíduos mais influentes do mundo tecnológico. Também em 2009, recebeu uma premiação da Fundação Nokia por suas contribuições para a evolução da web como uma plataforma participativa e democrática. 

6/7 – segunda
JOHN GRAY (Inglaterra, 1948) 

Filósofo político britânico, é um dos mais influentes pensadores da Nova Direita inglesa, tendo antecipado eventos históricos globais como a queda do comunismo, o desastre do pós-guerra no Iraque e a crise financeira de 2008. Conhecido por sua obra Cachorros de palha, é autor de dezenas de livros traduzidos para mais de 30 idiomas como Falso amanhecer – Os equívocos do capitalismo global e Al-Qaeda e o que significa ser moderno. Crítico do humanismo e do pensamento utópico, acredita que o progresso humano é um mito, e a esperança de que a tecnologia possa livrar a sociedade das contingências do mundo natural é apenas uma versão secular da promessa de salvação pelo cristianismo. Gray é professor emérito da Escola de Economia e Ciência Política de Londres e colaborador do The Guardian, entre outras publicações. 

26/8 – quarta
DEBATE ESPECIAL SASKIA SASSEN E RICHARD SENNETT
 

Sociólogo e historiador norte-americano, Richard Sennett (Estados Unidos, 1943) é considerado um dos maiores intelectuais em sociologia urbana na atualidade. Com Ph.D. em História da Civilização Americana pela Universidade de Harvard, o pesquisador vem analisando a vida dos trabalhadores no meio urbano e questões ligadas à arquitetura das cidades. Suas obras mais conhecidas são O declínio do homem público, e os dois livros da trilogia Projeto Homo Faber: no primeiro volume, O artífice, Sennett demonstra como o trabalho com as mãos pode animar o trabalho da mente; já o segundo livro, Juntos, traz uma reflexão sobre a arte da cooperação. O último volume da trilogia, ainda a ser lançado, tratará de como criar espaços para viver nas cidades. Sennett é professor emérito na Escola de Economia e Ciência Política de Londres, onde também atua sua esposa, a socióloga holandesa Saskia Sassen (Países Baixos, 1949), como professora visitante. Referência na área da sociologia urbana por suas análises sobre a globalização, a migração urbana e o impacto das tecnologias de comunicação nas formas de governo, o termo “cidades globais” foi popularizado a partir das pesquisas de Saskia Sassen. Ph.D. em Economia pela Universidade de Notre Dame, foi eleita uma das 50 pensadoras globais mais influentes pela Prospect em 2014 e um dos 100 principais pensadores mundiais de 2011 pela Foreign Policy. Suas obras mais conhecidas são The global city: New York, London, Tokyo, As cidades na economia global e Sociologia da globalização. Sua atuação foi agraciada com o Prêmio Príncipe de Astúrias de Ciências Sociais em 2013. 

16/9 – quarta
CAMILLE PAGLIA (Estados Unidos, 1947)
 

Ensaísta e crítica cultural norte-americana, Paglia é uma das intelectuais mais influentes da atualidade e a principal teórica do “pós-feminismo”. Formada pela Universidade de Yale e com Ph.D. em língua inglesa pela mesma instituição, seus ensaios abordam as representações da arte na cultura ocidental e suas relações com política, sexo, religião e sociedade. Ganhou destaque ao analisar a interação entre sociedade e cultura em Personas sexuais, livro no qual discute sobre o paganismo na cultura moderna e a defesa ao poder criador da masculinidade e do homossexualismo masculino, além de criticar veementemente o feminismo. Apesar de possuir uma sólida formação clássica, Paglia interessou-se pela cultura popular, valorizando o tema da cultura de massas no ambiente acadêmico. Desde 1984, é professora de Humanidades e Estudos Midiáticos na Universidade de Artes da Filadélfia. Publicou os livros Sexo, arte e cultura americana e Vampes & vadias, entre outros. Em sua mais recente publicação no Brasil, Imagens cintilantes – Uma viagem através da arte desde o Egito a Star Wars, percorre a história das artes plásticas a partir de um conjunto de obras indicadas como representativas de movimentos, estilos e contextos sociais. 

30/9 – quarta
FERREIRA GULLAR (Brasil, 1930) – NOITE ESPECIAL FOLHA 

Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro, um dos fundadores do neoconcretismo – precursor do concretismo paulista, autor do Manifesto Neoconcreto. Em 2002, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura por professores de universidades do Brasil, Portugal e Estados Unidos. Foi vencedor, em 2010, do Prêmio Luís de Camões, mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, criado pelos governos do Brasil e de Portugal. Em 2011, ganhou o importante Prêmio Jabuti com seu livro de poesias Em alguma parte alguma, considerado também o melhor livro do ano de ficção. Eleito, em dezembro de 2014, para a cadeira de número 37 da Academia Brasileira de Letras. 

28/10 – quarta
FERNANDO SAVATER (Espanha, 1947) 

Filósofo espanhol reconhecido por seu ativismo nos campos da ética, da religião e do terrorismo, é um importante teórico na área da educação. Formado em Letras e Filosofia, é autor de mais de 50 obras entre ensaios, narrativas e teatro, além de inúmeros artigos jornalísticos. Destacam-se, entre suas obras, Desperta e lê, O valor de educar e Ética para meu filho, seu livro mais conhecido, nos quais se dirige aos jovens e também aos educadores. É professor de filosofia na Universidade Complutense de Madri, e foi um dos fundadores, em 2007, do partido liberal Unión, Progreso y Democracia. Em sua mais recente obra, ¡No te prives! Defensa de la ciudadania, questiona os direitos e deveres da cidadania democrática em um contexto de desconfiança política. 

4/11 – quarta
JOSEPH STIGLITZ (Estados Unidos, 1943) 

Prêmio Nobel de Economia em 2001, Stiglitz foi um dos criadores da teoria dos mercados com informações assimétricas, na qual dois ou mais dos agentes econômicos envolvidos em transações possam deter informações qualitativa ou quantitativamente superiores em relação a outros, gerando falhas de mercado. Graduado pela Faculdade Amherst e doutor pelo MIT. Lecionou em renomadas universidades, dentre elas Yale, Harvard e Stanford, e foi eleito uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time em 2011. É pioneiro nos conceitos de risco moral e seleção adversa, utilizados por teóricos e analistas políticos de todo o mundo. Com seu trabalho, ajudou a explicar contextos em que os mercados não funcionam e como a intervenção seletiva do governo pode ajudar a aprimorar suas performances. Crítico severo e contundente dos “fundamentalistas de livre mercado”, questiona o que chama de “bases ideológicas” que regem a maior parte das decisões econômicas mundiais. 

SOBRE O FRONTEIRAS DO PENSAMENTO 

O Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural múltiplo que propõe uma profunda análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro. Comprometido com a liberdade de expressão, a diversidade de ideias e a educação de alta qualidade, promove conferências internacionais e desenvolve diferentes conteúdos que apresentam os mais renomados pensadores, artistas, cientistas e líderes em seus campos de atuação. 

Temas, ideias e personalidades que moldam o nosso tempo ocupam o palco do Fronteiras, que tem como valores básicos o pluralismo das abordagens e o rigor acadêmico e intelectual de seus convidados. Dessa forma, o seminário internacional busca avaliar tendências, aceitando a provocação destes que são, hoje, alguns dos mais renomados pensadores em atuação no mundo, constituindo uma linha interdisciplinar de pensamento. 

Em seus nove anos de existência, o Fronteiras do Pensamento conta com mais de duas centenas de conferências internacionais realizadas para milhares de espectadores, servindo como plataforma para a geração de filmes de curta e média metragens, séries de livros e fascículos educacionais, além de diversas outras publicações nas diferentes áreas contempladas. 

O conhecimento e as ideias também estão acessíveis ao grande público através do portal www.fronteiras.com, que oferece centenas de vídeos – com legendas em português, espanhol e inglês –, além de artigos, notícias e entrevistas para refletir, comentar e compartilhar.

Fronteiras do Pensamento São Paulo é apresentado por Braskem e tem patrocínio do Hospital Sírio-Libanês e Mattos Filho Advogados. Promoção Folha de S.Paulo. As empresas parceiras são Liberty Seguros e BNDES. Com parceria cultural do Instituto CPFL, Casa do Saber e Livraria da Vila e parceria de mídia da Revista Piauí, Galileu e CBN. 


FRONTEIRAS DO PENSAMENTO SÃO PAULO – TEMPORADA 2015 

DATAS E HORÁRIO: São oito encontros ao longo do ano – 27/05, 24/06, 06/07, 26/08, 16/09, 30/09, 28/10, 04/11 sempre às 20h30. 

LOCAL: Teatro Cetip – Complexo Ohtake Cultural (Rua dos Coropés, 88 – Pinheiros – São Paulo/SP). 

INGRESSOS: Pacote de ingressos para toda a temporada a R$2.664 a plateia e R$1.998 o balcão (parcelado em até 5 vezes sem juros nos cartões de crédito). Os ingressos não são vendidos individualmente. Vagas limitadas. 

50% DESCONTO: Inscritos no Fronteiras em edições anteriores, assinantes Folha de S. Paulo, assinantes revistas Piauí e Galileu, alunos da Casa do Saber e beneficiários de meia-entrada (conforme legislação). 

INFORMAÇÕES: Na Central de Relacionamento Fronteiras 4020.2050 e no portal www.fronteiras.com 

COMO COMPRAR: Em www.ticketsforfun.com.br (SEM TAXA DE CONVENIÊNCIA) e nos pontos de venda Bilheteria do Teatro Complexo Ohtake Cultural e lojas da Livraria da Vila (clientes com cartão fidelidade Livraria da Vila – Programa Seu jeito de ler têm 50% desconto).