Conheça dois pontos essenciais que os pais devem observar no uso de produtos eletrônicos
Por Andréia Bueno
Com o constante desenvolvimento da tecnologia, uma pergunta que parece ser constante na vida moderna dos pais é se vídeo games são bons ou ruins para os seus filhos? Com o advento de aparelhos eletrônicos, como notebooks, tablets e smartphones, que conquistam rapidamente a atenção das crianças, essa discussão ganhou cada vez mais relevância dentro das famílias e das escolas. Neste cenário tecnológico, pai e mãe ficam motivados, e às vezes até mesmo pressionados, a comprá-los e entregar nas mãos dos pequenos.
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Algumas pesquisas apontam que as crianças que brincam com vídeo game são mais criativas, tem um rápido desenvolvimento cognitivo, uma capacidade maior de tomar decisões, enxergam melhor o espaço e desenvolvem bem a coordenação motora, entre outros benefícios.
Em contraponto, tem pesquisas que mostram que os jogos eletrônicos causam complicações no desempenho escolar das crianças, além disso, elas passam a ter problemas de socialização, a estarem sempre com mal humor e a se tornarem mais impacientes. São estudos que divergem e deixam os pais ainda mais confusos sobre o que fazer.
Afinal, os pais devem entregar os jogos eletrônicos para os filhos, ou não? O Rabino Samy Pinto, responsável pela Sinagoga Ohel Yaacov, compartilha um pouco da sabedoria milenar judaica e destaca dois pontos importantes que podem iluminar o caminho que pai e mãe devem seguir neste caso. “Não podemos tomar uma decisão como essa sem pensar e analisar profundamente os benefícios e os malefícios que os equipamentos eletrônicos produzem em nós humanos, e mais nas crianças”, afirma.
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O QUE MEUS FILHOS ESTÃO VENDO?
Essa pergunta deve sempre ser feita pelos pais. Muitos jogos, programas de televisão e sites na internet têm conteúdos violentos ou que não são apropriados para o público infantil. “Cabe ao adulto selecionar e permitir qual tipo de influência seus filhos irão absorver, sejam positivas ou negativos. É importante que pais, professores e agentes educacionais estejam atentos e envolvidos com o desenvolvimento do material para crianças”, comenta o Rabino Samy Pinto.
Mas não basta apenas permitir ou proibir o contato com determinados vídeo games ou programas, sentar em família e explicar as razões dos limites colocados para a criança e as consequências em quebrar as regras familiares, ajudam na construção pessoal e social do indivíduo.
QUANTO TEMPO MEUS FILHOS ESTÃO JOGANDO VIDEO GAME?
O segundo ponto que precisa ter a atenção dos pais é o tempo dedicado aos jogos e aparelhos eletrônicos, não só dos filhos, mas deles próprios. “O tempo é um valor, e que sabemos o quanto algo é valioso pelo tempo que a pessoa se dedica a ele. Se uma criança fica exposta a um longo período ao jogo, é sinal de que o vídeo game é muito importante para ele, e outras tarefas que sabemos que são muito importantes ficaram comprometidas devido a isso”, explica Samy.
As crianças percebem o tempo de forma diferente dos adultos. “Elas podem pedir mais alguns minutinhos esperando aproveitar horas, podem falar que passaram apenas alguns segundos, mas já foi metade do dia”.
Para os adultos e para as crianças, a sabedoria judaica mostra o mesmo caminho. “Que tal dedicarmos nosso tempo para o que valorizamos bastante. Se nossos filhos são importantes, e de fato são, devemos passar mais tempo com eles, ao invés de deixá-los passar todas as horas com equipamentos eletrônicos”, conclui o rabino Samy Pinto.