Confira espetáculo inspirado em mulheres nordestinas gratuito

Créditos: Guilherme Bortolotti

Créditos: Guilherme Bortolotti


De 05 a 29 de novembro de 2022, a Cia. Armárias realiza dez apresentações online da temporada de estreia do espetáculo “Eu avisei que eu vinha”. A ação faz parte do projeto contemplado na 6ª edição do Fomento ao Circo para a cidade de São Paulo.

As transmissões serão gratuitas e realizadas para todo o Brasil a partir das redes sociais de espaços culturais parceiros como o CEU Feitiço da Vila GestãoCEU Guarapiranga, CEU Campo Limpo, CEU Tiquatira, CEU Paraisópolis, CEU Cantos do Amanhecer, CEU Vila do Sol , CEU Capão Redondo, CEU Quinta do Sol e CEU Casa Blanca.

Unindo teatro físico, máscaras e dança, “Eu avisei que eu vinha” é inspirado em relatos reais de mulheres do nordeste que migraram para São Paulo e foi construído a partir de suas perspectivas, desafios e conquistas.

Com direção de Angélica Müller e com Karen Nashiro, Priscila Cereda e Vanessa Santtiago no elenco, o espetáculo ganha uma estética não linear e multifacetada ao longo dos acontecimentos do enredo e tem o intuito de direcionar o olhar do público para as mulheres que construíram essa história.

O espetáculo circense transita pelas linguagens do teatro físico, da dança e das máscaras, e conta com um aparelho estruturalmente de ferro – desenvolvido pela própria cia – que se desdobra através de diversas composições cênicas e acrobáticas.

Contemplado pela 6ª edição do Fomento ao Circo para a cidade de São Paulo, o projeto “Foi aí que eu vim me embora  carregando a minha dor” realizou ainda oficinas de circo em espaços culturais situados em regiões periféricas de São Paulo, oficinas de circo e teatro para mulheres assistidas pela Associação Fala Mulher, instituição que atende mulheres vítimas de violência doméstica. Realizou também um bate-papo com representantes da Associação sobre políticas de proteção à mulher, disponível no Facebook da Comunidade Cultural Quilombaque.

Serviço: Espetáculo “Eu avisei que eu vinha”

Duração: 70 minutos | Classificação Indicativa: Livre Grátis

Exibições online: 

Quando: 05 de novembro de 2022 (sábado) – Horário: 16h

Onde: Facebook do CEU Feitiço da Vila Gestão – Link para assistir: www.facebook.com/ceu.feiticogestao

Quando: 09 de novembro de 2022 (quarta-feira) – Horário: 20h

Onde: Facebook do CEU Guarapiranga – Link para assistir: www.facebook.com/guarapirangaceu

Quando: 10 de novembro de 2022 (quinta-feira) – Horário: 20h

Onde: Facebook do CEU Campo Limpo – Link para assistir: www.facebook.com/CEUCAMPOLIMPO

Quando: 15 de novembro de 2022 (terça-feira) – Horário: 15h

Onde: Facebook do CEU Tiquatira – Link para assistir: https://www.facebook.com/ceu.tiquatira.161

Quando: 16 de novembro de 2022 (quarta-feira) – Horário: 20h

Onde: Facebook do CEU Paraisópolis – Link para assistir: www.facebook.com/ceuparaisopolisoficial

Quando: 17 de novembro de 2022 (quinta-feira) – Horário: 20h

Onde:  Facebook do CEU Cantos do Amanhecer – Link para assistir: www.facebook.com/ceucantos

Quando: 19 de novembro de 2022 (sábado) – Horário: 16h

Onde:  Facebook do CEU Vila do Sol – Link para assistir: https://www.facebook.com/viladosolceu

Quando: 23 de novembro de 2022 (quarta-feira) – Horário: 20h

Onde: Facebook CEU Capão Redondo – Link: www.facebook.com/CentroEducacionalUnificado

Quando: 23 de novembro de 2022 (quarta-feira) – Horário: 20h

Onde:  Facebook do CEU Quinta do Sol – Link para assistir: https://www.facebook.com/CEUQuintadosol

Quando: 29 de novembro de 2022 (terça-feira) – Horário: 20h

Onde:  Facebook do CEU Casa Blanca – Link para assistir: www.facebook.com/ceucasablancaoficial

Novo espetáculo da Cia. Mungunzá faz temporada gratuita na Praça das Artes


anonimATO Cia. Mungunzá de Teatro


Uma ode ao teatro. É assim que a Cia. Mungunzá de Teatro anuncia seu primeiro trabalho concebido para a rua. Com direção de Rogério Tarifa, anonimATO volta a se apresentar no centro de São Paulo, dessa vez na Praça da Artes em temporada de 23 de setembro a 30 de outubro, sexta-feira às 14h e sábado e domingo às 11h. Em um cortejo de 100 metros em linha reta, o espetáculo, uma homenagem ao fazer teatral, reúne 15 artistas em grandes instalações.

O espetáculo também é o primeiro musical do grupo paulistano, já que quase todos os textos foram musicados, além de contar com uma banda em cena. Para isso, anonimATO conta com direção musical e trilha sonora original de Carlos Zimbher. A junção de palavra e canto, uma das marcas da direção de Rogério Tarifa, teve o trabalho de Lucia Gayotto e Natália Nery na direção vocal interpretativa e composição musical do coro.

Idealizado inicialmente para debater o anonimato, a montagem de anonimATO foi se transformando ao longo dos ensaios até chegar com foco no ato e nas manifestações. No espetáculo oito personagens, figuras anônimas de uma cidade grande, são convocados de várias maneiras para um ato e se encontram nessa caminhada.

Os oito personagens – a mãe, a mulher-árvore, a vendedora de sonhos, o homem-placa, o pipoqueiro, o trabalhador, o homem que é “todo mundo” e a mulher que é “ninguém” – representam a multidão presente no ato e vão se transformando durante a caminhada. Para o diretor Rogério Tarifa o espetáculo tem um tom fabular a partir do momento que o ato vai se teatralizando. “anonimATO fala sobre a retomada do teatro como lugar de encontro após dois anos de pandemia. Nesse trecho de 100 metros são apresentadas muitas metáforas sobre o acontecimento teatral”, explica ele.

Já o ator Marcos Felipe conta que após Epidemia Prata, o último espetáculo da Cia. Mungunzá de Teatro, que apontava vários problemas sociais e a dureza das pessoas, a ideia com anonimATO é trazer para a cena mais esperança e utopia. “A montagem é um ponto de virada do grupo, pois saímos do seguro e adentramos em outras camadas de poesia. A Mungunzá junto com o Rogério Tarifa tenta descobrir o que é parir e matar o Teatro”.

Perna de pau e butô

Os primeiros ensaios de anonimATO, assim como a construção da dramaturgia, começaram no ambiente virtual e aos poucos foram migrando para o presencial. A atriz e dramaturga Verônica Gentilin ficou responsável pela elaboração final da dramaturgia. Em cima de textos produzidos pelo elenco e direção, Verônica foi criando novos textos. “Não foi um trabalho de emendas ou colagens, mas de atenção literária para a elaboração do macro”, acrescenta ela.

Em sua dramaturgia Verônica apresenta personagens utópicos, repletos de esperança, e a partir disso criou histórias sem compromissos com a realidade. “Os personagens vão se transformando ao longo do ato e do percurso que participam. De seres anônimos e invisíveis eles têm suas histórias contadas como alegorias. São diferentes, mas formam um coletivo e assim formam mais uma metáfora do teatro”, pontua a dramaturga.

anonimATO leva para a Praça das Artes um ato, um teatro, um encontro. Com grandes instalações, bonecos, perna de pau, figurino inflável, música e movimentação, o espetáculo é uma mescla de linguagens. Os artistas também se inspiraram no butô, dança que surgiu no Japão pós-guerra e ganhou o mundo na década de 1970, para as caminhadas no percurso de 100 metros. Para isso contaram com a orientação de Marilda Alface.

Serviço:

anonimATO

Espetáculo de rua da Cia. Mungunzá de Teatro.

De 23 de setembro a 30 de outubro, sexta-feira às 14h e sábado e domingo às 11h.

Praça das Artes – Av. São João, 281 – Sé, São Paulo. Telefone – (11) 3053-2110.

90 minutos | Livre | Gratuito.

Shopping Metrô Itaquera promove evento infantil gratuito com o tema Jurassic World

Jurassic World: Acampamento Jurássico estreia trailer

Créditos: Netflix


Entre os dias 02 de junho e 03 de julho, o Shopping Metrô Itaquera terá um evento gratuito com os dinossauros mais amados de todos os tempos, Jurassic World. Inspirado na série fenômeno da Netflix, o evento Camp Cretaceous contará com atividades lúdicas e interativas para a garotada.

Créditos: Divulgação

As atividades incluem a girosfera, um game com fuga de dinossauros, tobogã, labirinto, e escalada em cordas e um escorregador para os pequenos se aventurarem no mundo de Jurassic, além de um espaço instagramável para garantir aquela foto assustadora.

Créditos: Divulgação

Para deixar essa aventura ainda mais emocionante, dois dinossauros, sendo um deles em 3D, estarão espalhados pelo Piso Campanela, assim como a logo do evento.

Créditos: Divulgação

As sessões, que são gratuitas, duram 20 minutos e funcionarão de segunda à sábado, das 10h às 22h e domingos e feriados, das 11h às 20h. Será permitida a entrada de 15 crianças por vez, na faixa etária de 03 a 12 anos de idade. O agendamento deverá ser realizado pelo App do Shopping Metrô Itaquera, disponível nas plataformas para IOS e Android.

Para saber mais sobre a mecânica da promoção e ler o regulamento completo, acesse o site https://www.shoppingitaquera.com.br/

Serviços:
Evento ‘Jurassic World: Camp Cretaceous’
Quando: de 02 de junho a 03 de julho
Valor: gratuito
Horário de funcionamento: segunda à sábado, das 10h às 22h e domingos e feriados, das 11h às 20h
APP Shopping Metrô Itaquera: Apple Store e Play Store.

Coletivo Labirinto estreia a peça-filme ‘Onde Vivem os Bárbaros’

Coletivo Labirinto estreia a peça-filme Onde Vivem os Bárbaros

Créditos: Mayra Azzi


Desde sua fundação em 2013, o Coletivo Labirinto tem como pesquisa o olhar para as relações do sujeito com o seu panorama social através da dramaturgia latino-americana contemporânea. Onde Vivem os Bárbaros, de Pablo Manzi, é a terceira montagem do grupo e estreia de forma online e gravada no dia 4 de novembro de 2021. A direção e tradução são de Wallyson Mota, que também integra o elenco ao lado de Abel Xavier, Carol Vidotti, Ernani Sanchez e Ton Ribeiro.

Após estudos e passagens do grupo pela dramaturgia argentina e uruguaia, a peça escrita no Chile apresenta uma ampla base de reflexão para traços determinantes de nosso percurso social, tais como a normalização e a validação da violência dentro de contextos supostamente democráticos. O texto traz ainda uma oportuna reflexão sobre o arquétipo do bárbaro – o ser que está sempre fora da sociedade “civilizada”, excluído de seu epicentro político e social.

A obra conta a história de três primos que, depois de vários anos sem se ver, decidem se encontrar no Chile, em 2015. O anfitrião, diretor de uma ONG reconhecida por realizar ações de estabelecimento da democracia em zonas de conflito, se vê envolvido no estranho homicídio de uma jovem ligada a movimentos neonazistas. Este fato desencadeia atitudes inesperadas das personagens e um extenso debate sobre a ideia que cada um constrói sobre o outro, que culmina na deflagração das diferentes formas de violência entre os convidados.

Onde Vivem os Bárbaros apresenta uma sociedade que busca respostas rápidas para assuntos complexos, mesmo que para isso se arrisque pelo terreno das injustiças e se expresse por gestos inequívocos de silenciamento do que lhe é diferente – entendido então como um inimigo.

Qualquer semelhança com o que vivemos não é mera coincidência. Ao conhecer essa dramaturgia, de diálogos ágeis e sinuosos, o Coletivo Labirinto pôde novamente (assim como tinha lhe parecido com o Argumento Contra a Existência de Vida Inteligente no Cone Sul, seu espetáculo anterior) deparar-se com um material que trata diretamente e de maneira vertical dos desdobramentos de nosso percurso social, estabelecendo assim uma ponte de interlocução com a realidade chilena – comum e ao mesmo tempo diversa a nós.

Coletivo Labirinto estreia a peça-filme Onde Vivem os Bárbaros
Créditos: Mayra Azzi

SERVIÇO:
4 de novembro a 5 de dezembro de 2021
Gratuito
Transmissão pelos canais do Youtube dos Teatros da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Duração: 75 minutos
Classificação indicativa: 14 anos

TEATRO JOÃO CAETANO
DATAS: 04, 05, 06 e 07 de novembro de 2021
HORÁRIO: Quinta, Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h
VALOR DO INGRESSO: Gratuito (Evento Online)

TEATRO PAULO EIRÓ
DATAS: 12, 13 e 14 de novembro de 2021
HORÁRIO: Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h
VALOR DO INGRESSO: Gratuito (Evento Online)

TEATRO ALFREDO MESQUITA
DATAS: 19, 20 e 21 de novembro de 2021
HORÁRIO: Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h
VALOR DO INGRESSO: Gratuito (Evento Online)

TEATRO CACILDA BECKER
DATAS: 26, 27 e 28 de novembro de 2021
HORÁRIO: Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h
VALOR DO INGRESSO: Gratuito (Evento Online)

TEATRO ARTHUR AZEVEDO
DATAS: 03, 04 e 05 de dezembro de 2021
HORÁRIO: Sexta e Sábado às 21h e Domingo às 19h
VALOR DO INGRESSO: Gratuito (Evento Online)

Toda quinta-feira (exceto dia 4 de novembro) vão ter lives pelo Instagram do @coletivo.labirinto e do Teatro da semana.

‘O Último Concerto para Vivaldi’ reestreia em SP

'O Último Concerto para Vivaldi' reestreia em SP

Créditos: Cléber Corrêa


Espetáculo “O Último Concerto para Vivaldi” reestreia dia 13 de agosto no Teatro Nair Bello, após passar pelo Centro Cultural da Diversidade e Viga Espaço Cênico em que fez 12 sessões com ingressos esgotados (dentro da capacidade de público permitido nos locais e seguindo todas as medidas de segurança).

A peça “O Último Concerto para Vivaldi” tem texto e direção de Dan Rosseto, em seu trabalho mais autoral. No elenco estão os atores Amazyles de Almeida, Bruno Perillo e Michael Waisman. O espetáculo é o primeiro a fazer temporada no Teatro Nair Bello desde o ano passado. Relembre a nossa entrevista com os atores:

O “Último Concerto para Vivaldi” conta o último ano na vida de um professor de matemática universitário e um violinista profissional que ensaia um concerto de “As Quatro Estações” de Vivaldi. Um deles está com uma doença terminal incurável e tem apenas um ano de vida. Eles decidem transformar a casa em que moram em um hospital para que possam viver juntos durante este período.

O casal é assistido por Adilah (Amazyles de Almeida), uma enfermeira muçulmana que deixou o seu país após perder toda a sua família num confronto. Com o agravamento da doença vem uma descoberta que pode abalar a relação de Anton (Bruno Perillo) e Ben (Michael Waisman). Um deles se inscreveu num programa de morte assistida e precisa que o outro assine a documentação para que o procedimento aconteça. Neste embate entre vida e morte, o espectador é testemunha da difícil decisão entre antecipar ou não a partida quando o fim está próximo.

“O Último Concerto para Vivaldi” fecha um ciclo de obras de Dan Rosseto, iniciado com “Manual para Dias Chuvosos” em que o tema morte tem forte importância em sua obra. A peça é um drama em quatro quadros (Primavera, Verão, Outono e Inverno), passando pelas “As Quatro Estações de Vivaldi” e os estágios da doença que nos faz chegar até a morte. Na obra além da discussão sobre o tema, temos um outro assunto relacionado que é morte assistida e a sua discussão sobre ela.

“O Último Concerto para Vivaldi” é um texto realista que conta um pouco sobre a vida de Anton e Ben que vivem juntos há onze anos. O primeiro, matemático, professor universitário e pesquisador reconhecido. O segundo, um violinista profissional que toca em uma orquestra sinfônica e ensaia para um concerto de “As Quatro Estações” em homenagem a Vivaldi. Morando juntos desde que se conheceram, eles transformaram a casa onde vivem em um hospital com poucos equipamentos após a descoberta de uma doença grave em um deles, fazendo com que o outro viva os últimos meses ao lado do parceiro, como uma despedida.

Convivendo juntos e trabalhando em casa, eles passam as horas relembrando momentos de suas vidas, traçando um panorama sobre o comportamento dos casais no mundo contemporâneo, a convivência entre dois homens e tudo o que compreende esta condição. A medida que as estações do ano avançam, a doença se agrava e o público sabe enfim quem está se despedindo da vida.

O texto também relembra os anos de relação do casal, passando por momentos de ciúmes, reflexões importantes sobre o papel na sociedade, as escolhas de cada um, arte, viagens, entre outros assuntos. Eles revivem em um ano, durante as quatro estações momentos marcantes de suas vidas.

É importante ressaltar que esta obra fala de amor, em qualquer que seja a sua instância. E não trata do tema de forma a levantar bandeiras políticas ou sociais, apenas narra a relação de dois homens maduros e independentes que lutam dia após dia para um deles morrer dignamente, com a aliança e pacto de serem felizes por um ano ou até o término das quatro estações.

“O Último Concerto para Vivaldi” foi contemplado na pela Lei Emergencial Aldir Blanc, Inciso III, módulo I: Maria Alice Vergueiro; da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.

SERVIÇO:

LOCAL: Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca 3º piso (Rua Frei Caneca, 569 – Consolação), 90 lugares. Com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

DATA: 13/08 até 22/08 (Sexta e sábado 20h e domingo 18h)

INGRESSOS: Gratuito, retirada através do Sympla.

INFORMAÇÕES: 11 3472-2414 e @oultimoconcerto

DURAÇÃO: 100 minutos

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

‘Curtas Reciprocidades’ apresenta 2ª temporada – Um Manifesto LGBTQIA+

'Curtas Reciprocidades' apresenta 2ª temporada - Um Manifesto LGBTQIA+

Antonio Vanfill, Giovanna Romanelli, Lucas Sancho e Rodrigo Risone fazem parte do elenco | Créditos: Divulgação


Idealizado e escrito por Antonio Ranieri, a nova temporada de “Curtas Reciprocidades” conta com 24 curtas metragens e fica disponível online e gratuitamente no Instagram do autor: @ranieriantonio.

Em 2020, quando o setor cultural parou por causa do Covid-19, eu tinha acabado de estrear um espetáculo. Parado, em casa, eu senti a necessidade de dialogar com outros artistas, que assim como eu estavam confinados, com medo de um futuro incerto. Assim surgiu, despretensiosamente, o Projeto Curtas Reciprocidades. A proposta era enviar um roteiro para cada artista, e eles em suas casas pudessem ter a liberdade de criar um curta-metragem.

Eu queria que eles tomassem um tempo para produzirem artisticamente e criassem uma bolha de isolamento, deixando de lado por um momento as tristes notícias que enfrentamos todos os dias“. No final do projeto, somaram 50 artistas, que produziram trabalhos realmente emocionantes. – Antonio Ranieri.

Contemplado pela Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, este ano o projeto toma um formato de manifesto. Foram seis meses de pesquisa até serem selecionadas 24 histórias reais, de pessoas que foram violentadas por serem gays, lésbicas ou trans. Todas as histórias serviram de inspiração para os roteiros de ficção, criados por Ranieri.

Todos os dias nós sabemos, ouvirmos ou lemos histórias de pessoas que foram violentadas, torturadas e mortas, vitimas do preconceito e da homofobia, transfobia e lésbofobia. Desde o começo eu queria transformar em ficção essas tragédias, criando roteiros cheio de imagens, capaz de fazer o público se emocionar e visualizar através de cada depoimento a crueldade exposta. Por outro lado, eu também me preocupei em escrever para todos os tipos de público, para que pudesse ter alcances maiores, fora da minha bolha. Eu não queria que essas histórias ficassem perdidas, como costumam ficar, no cantinho dos rodapés dos jornais. Nós precisamos ter mais visibilidade e temos que protestar, divulgar e conversar. Foram décadas de lutas árduas de ativistas que vieram antes de nós para que pudéssemos sair do armário com orgulho. Nos últimos anos, estão tentando empurrar todos nós para dentro desse armário. E nós não cabemos mais e não queremos. Somos grandes, somos livres e merecemos respeito. Merecemos viver. Estão querendo nos silenciar e isso não será mais possível.” – diz Antonio Ranieri

Nos últimos anos, Ranieri tem se sido um ativista cultural LGBTQIA +, escrevendo dramaturgias focadas no tema, procurando normatizar e visibilizar as relações homoafetivas no país que mais mata LGBTQIA + no mundo.

Em breve:

Assim que terminar o projeto Curtas Reciprocidades, Ranieri lançará o livro “IDENTIDADE – Trilogia Sobre o Amor e a Falta no Universo LGBTQIA+“, onde reúne três espectáculos teatrais, todos com a mesma temática, sendo dois espetáculos que fizeram temporada na cidade de São Paulo e um texto ainda inédito.

Serviço

até 30/06

Horário: 12H

Local: Instagram: @ranieriantonio.