Teatro Vivo em Casa terá nova temporada de espetáculos

Teatro Vivo em Casa terá nova temporada de espetáculos

“Diálogos com os Personagens” | Crédito: Ronaldo Gutierrez


O Teatro Vivo em Casa, iniciativa da Vivo para apoiar artistas e incentivar a cultura, ampliando o acesso a arte durante esta pandemia, terá nova temporada de espetáculos. Serão cinco monólogos, desta vez encenados diretamente do palco do Teatro Vivo, com transmissão ao público via streaming. A primeira peça da nova programação será um solo inédito, produzido pelo Grupo Tapa, “Diálogos com os Personagens“, com texto de Luigi Pirandello, interpretado pelo ator Brian Penido e direção de Eduardo Tolentino de Araujo. A apresentação será no dia 15 de agosto, às 20h. Os ingressos são gratuitos e limitados, disponíveis a partir de inscrição via plataforma @vivo.cultura, no Instagram. Clientes do programa Vivo Valoriza contam com cota especial de convites.

As cinco peças da primeira temporada tiveram um público de mais de 2 mil pessoas de diferentes regiões do país.

Programação
A seleção de espetáculos conta com a curadoria de André Acioli e contempla, além de conteúdo diverso e de qualidade, peças que melhor se adaptam ao streaming, para que o público possa ter a melhor experiência. Além de “Diálogos com os Personagens”, estarão em cartaz “Maternagem” (22/08) com Amanda Acosta, texto e direção de André Fusko; “Teresa D’Ávila Solo” (29/08), com Ana Cecília Costa, direção de Elias Andreato e texto de Juan Mayorga; “Alice, Retrato de Mulher que Cozinha ao Fundo” (05/09), texto de Marina Corazza, interpretado por Nicole Cordery com direção de Malu Bazan; “Numa Terra Estranha” (12/09), com texto, direção e interpretação de Sidney Santiago Kunza.

Sinopses dos Espetáculos:

15/08, às 20h
Diálogos com os Personagens
Com Brian Penido (Grupo Tapa)
Direção: Eduardo Tolentino de Araujo
Textos: Luigi Pirandello
Classificação: 14 anos
Sinopse:
Um escritor recebe, em audiência, personagens que vem reivindicar existência. Uma fauna humana risível ou digna de pena, conforme o gosto do freguês. Esse é o tema de três contos de Pirandello, aqui compilados, que antecipam a criação de sua obra prima “Seis personagens em busca de autor”.

22/08, às 20h
Maternagem
Com Amanda Acosta
Autor e diretor: André Fusko
Classificação: 14 anos
Sinopse:
Quatro mulheres em idades diferentes ao falarem sobre suas vidas acabam revelando as mães que são ou virão a ser. Instinto ou razão? Medo ou encantamento? Presunção ou humildade? Egoísmo ou generosidade? Ou tudo isso? Uma surpresa para quem espera um espetáculo adocicado e ameno.

29/08, às 20h
Teresa D’Ávila Solo
Com Ana Cecília Costa
Direção: Elias Andreato
Texto: Juan Mayorga
Classificação: 12 anos
Sinopse:
O espetáculo, uma adaptação para solo do premiado texto “A Língua em Pedaços” do espanhol Juan Mayorga, revela Teresa D’Avila, mística e poeta espanhola do século XVI, que de dentro no seu claustro monástico, responde e enfrenta o Inquisidor, arauto da poderosa Igreja Católica, que a acusa de subversão e heresia. Direção de Elias Andreato com Ana Cecília Costa.

05/09, às 20h
Alice, Retrato de Mulher que Cozinha ao Fundo
Com Nicole Cordery
Direção: Malu Bazan
Texto: Marina Corazza
Classificação: 14 anos
Sinopse:
Monólogo sobre a figura de Alice B. Toklas, companheira da escritora Gertrude Stein. Fragmentada e dissonante, tal qual a literatura de Gertrude, a peça lança um olhar em perspectiva sobre a relação entre essas duas mulheres na efervescente Paris do início do século 20

12/09 às 20h
Numa Terra Estranha
Atuação, dramaturgia e direção: Sidney Santiago Kunza
Classificação: 14 anos
Sinopse:
Numa Terra Estranha é um convite para adentrar um barraco e acompanhar um carteiro, uma passista de escola de sampa, um peixeiro e uma empregada doméstica; figuras alegóricas que aparecem neste jogo emblemático entre ser e estar. Estas figuras marginais reivindicam a palavra para falar em primeira pessoa e em legítima defesa sobre amor, rebeldia e afeto.

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Teatro Aliança Francesa inicia 2019 celebrando 40 anos do Grupo Tapa




Por Andréia Bueno

No ano em que o Teatro Aliança Francesa completa 55 anos de vida, a programação 2019 é inaugurada com dois clássicos do teatro, um internacional e outro brasileiro: O Jardim das Cerejeiras, de Anton Tchekhov (1860-1904), montagem do Grupo Tapa estreia no dia 10 de janeiro, quinta-feira, às 20h30, e marca os 40 anos de atividades do grupo dirigido por Eduardo Tolentino de Araujo; e Quando as Máquinas Param, de Plínio Marcos (1935-1999), com direção de Augusto Zacchi faz nova temporada a partir de 18 de janeiro.
O Jardim das Cerejeiras ( Foto: Ronaldo Gutierrez)
As duas produções têm uma história com o Teatro Aliança Francesa. O local serviu de residência artística do Grupo Tapa durante os primeiros quinze anos de atividades na cidade de São Paulo. Quando as Máquinas Param inaugurou a Sala Atelier do Teatro Aliança Francesa em outubro de 2018.
Com direção de Eduardo Tolentino de Araujo, O Jardim das Cerejeiras é a última peça escrita pelo dramaturgo russo, a trama é ambientada no início do século 20 em uma Rússia na iminência da revolução social.
Comédia dividida em quatro atos, a peça conta as peripécias de uma família aristocrata em decadência, que resiste em vender o seu jardim das cerejeiras, ao qual atribui valor afetivo, apesar de improdutivo nos últimos tempos. Um homem de negócios chega para tentar adquirir a propriedade e transformá-la em balneário para veranistas, de olho no potencial turístico.
O elenco é formado por Adriano Bedin, Alan Foster, Alexandre Martins, Anna Cecília Junqueira, Brian Penido Ross, Clara Carvalho, Gabriela Westphal, Guilherme Sant’Anna, Mariana Muniz, Natália Beukers, Paulo Marcos, Riba Carlovich, Sergio Mastropasqua e Zécarlos Machado.
Quando as Máquinas Param ( Foto: Divulgação)
Quando as Máquinas Param têm supervisão artística de Oswaldo Mendes e direção de Augusto Zacchi, além de ser protagonizado por Carol Cashie e Cesar Baccan. Escrito em 1967, o texto de Plínio Marcos mostra a dificuldade de Zé em encontrar trabalho, o que torna a relação com Nina, sua esposa, cada vez mais complicada. Nessa situação de penúria, ele revela um lado que ela antes não conhecia. Em tempos de recessão e desemprego, a atualidade da peça de Plínio Marcos é o que mais assusta.
A montagem já teve Tony Ramos, Luiz Gustavo e Marcos Paulo, nos papeis masculinos, Walderez de Barros, Yara Amaral e Miriam Mehler, nos papeis femininos, em montagens dirigidas por Nelson Xavier, Jonas Bloch e também pelo autor, Plinio Marcos.
Serviço
O Jardim das Cerejeiras
De 10 de janeiro a 25 de fevereiro
Quintas, sextas e sábados às 20h30. Domingo às 19h.
Ingressos: Quinta e sexta: R$30,00. Sábado e domingo: R$60,00.
Classificação: 10 anos.
Duração: 120 minutos.
Quando as Máquinas Param
De 18 de janeiro a 24 de fevereiro
Sextas e sábados às 21h e domingos, às 19h30
Ingressos: R$ 30 / R$15 (meia)
Classificação: 12 Anos
Duração: 60 Minutos
TEATRO ALIANÇA FRANCESA
Rua General Jardim 182 – Vila Buarque.
Capacidade: 226 lugares + 4 PNE
Sala Atelier do Teatro com capacidade: 40 lugares.
Ar condicionado
Café Espace Douce France
Estacionamento conveniado em frente e na Rua Rego Freitas 285.
Informações: (11) 3572-2379
Bilheteria
On-line: www.ingressorapido.com.br ou pelo telefone 4003.1212 ou aplicativo
No local: somente em dias de espetáculo, aberta 1h antes do início da apresentação

Grupo TAPA faz nova temporada de Anatol no Teatro Paulo Eiró




O Grupo Tapa segue com nova temporada de Anatol, do dramaturgo e médico austríaco Arthur Schnitzler (1862-1931), até 30 de setembro, no Teatro Paulo Eiró.



Por Andréia Bueno

Com direção de Eduardo Tolentino de Araujo e tradução feita especificamente para a encenação, a peça, publicada em 1882, é o primeiro texto teatral escrito pelo polêmico autor vienense, que flertava com as ideias do psicanalista Sigmund Freud sobre a sexualidade humana. Pouco conhecido no Brasil, Schnitzler também é autor de La Ronde (“A Ciranda”), que foi censurada em 1903 por causa de seu conteúdo erótico – semelhante ao de Anatol.
Foto: Ronaldo Gutierrez / Divulgação
Dividida em seis curtos episódios, com diálogos carregados de humor ácido, a peça traça as aventuras e desventuras de um Don Juan moderno em sua busca incessante de prazer em relações desprovidas de afeto. Em cada história, Anatol e seu cúmplice Max (uma espécie de duplo do protagonista) têm amantes diferentes – burguesas, atrizes, prostitutas e costureiras –, sem fazer distinção de idade, classe social ou estado civil.
Em uma época de moral sexual bastante elástica e liberação feminina, essas mulheres não são mocinhas frágeis e inocentes da literatura do século 19, mas sim donas da própria vida sexual. Em sua diversidade, elas revelam a vulnerabilidade do homem moderno em sua falsa crença de domínio e supremacia.
Tendo como pano de fundo a efervescência artística e intelectual de Viena na virada do século 19, ambiente que forjou o conceito de modernidade e revolucionou a vida cultural europeia do século 20. Apaixonado pela psiquiatria, Schnitzler disseca com bisturi o comportamento masculino diante de suas parceiras, seus medos e suas perplexidades.
Serviço:
ANATOL no Teatro Paulo Eiró
Até 30 de setembro – Sextas-feiras e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Duração: 120 minutos. Classificação: 14 anos. Ingressos: R$20 e R$10 (meia entrada).
Teatro Paulo Eiró  
Avenida Adolfo Pinheiro, 765 – Santo Amaro
Telefone: (11) 5686-8440.
Bilheteria aberta com uma hora de antecedência. 
Não aceita cartões. Tem acessibilidade. 
Não possui estacionamento conveniado. Capacidade: 600 lugares.