A vida de Frank Underwood não será nada fácil nos próximos capítulos
A tão aguardada House of Cards teve sua quarta temporada liberada pelo site de streaming Netflix no último dia 4 de março e já no primeiro episódio é possível sentir que a tensão entre o casal Underwood será o foco central da temporada.
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Imagem: Internet |
Quem acompanhou os últimos acontecimentos no final da terceira temporada, deve lembrar que a linda, elegante e impassível Claire (Robin Wright) rompe com seu marido, o Presidente dos Estados Unidos, Frank Underwood (Kevin Spacey), e volta para casa de sua mãe. “Estou deixando você, Francis”, foram suas últimas palavras antes de abandoná-lo completamente sozinhas em meio à disputa pela reeleição presidencial.
As desavenças entre o casal não são novidade para os fãs, já que os altos e baixos dos Underwoods é bem familiar para o público. O que torna esta quarta temporada única e ainda mais interessante é a completa ruptura dessa oscilação amorosa: Claire já não se importa em manter as aparências de um casamento falido sem reciprocidade. “Sem mim você não é nada”, é a fala de seu marido entalada em sua garganta, quando decide direcionar por conta própria sua carreira política, contando com o auxilio da ambiciosa coordenadora de campanha, Leann Harvey.
O embate com a sua esposa não é a única batalha de Frank. Ao longo dos 13 episódios, o anti- herói terá que lutar em várias frentes, isso porque Lucas Goodwin, ex- jornalista do Washington Herald, é solto após 10 anos de prisão acusado de cyber-terrorismo, e busca vingança contra Underwood pelo assassinato de sua namorada, a também jornalista Zoe Barnes.
Os velhos/novos problemas diplomáticos com a Rússia também farão parte do cardápio, simultaneamente com uma disputa acirrada pela corrida presidencial contra adversários de peso, misturando tudo com uma ameaça terrorista dentro de casa.
Esta é a receita de sucesso de House of Cards, nenhum segundo é desperdiçado, nada é aleatório, os personagens são fortes, complexos e difíceis de ler. Não existe certo ou errado, tudo é justificável e depende do referencial. É uma série perfeitamente construída na fala de seu protagonista. “Se não gosta de como a mesa está posta, vire a mesa”.
Por Débora Lemos (Colaboradora Especial)