Com Letícia Sabatella, “Happy Hour” ganha trailer e cartaz


Créditos: Divulgação


O que fazer quando o desejo fala mais alto? É o que tenta descobrir o professor universitário argentino Horácio (Pablo Echarri) no longa “Happy Hour-Verdades e Consequências”, de Eduardo Albergaria, que estreia em 28 de março e acaba de divulgar trailer e cartaz.

O filme retrata o impasse que se instaura no casamento de Horácio com a deputada Vera (Letícia Sabatella) quando o marido resolve propor um relacionamento aberto. Presos num mundo de verdades e mentiras, os dois precisam fazer escolhas: viver uma vida conservadora que atende aos preceitos da carreira política ou assumir os efeitos de romper com as estruturas do casamento.

Créditos: Divulgação

O trailer traz um recorte das transformações ocorridas na rotina do casal quando Horácio se torna conhecido da imprensa e da população carioca depois de capturar, acidentalmente, o bandido aranha (Pablo Morais). Com a visibilidade, ele ganha ainda mais prestígio – e sex appeal – junto às jovens alunas. Tentado a ceder aos encantos da sedutora Clara (Aline Jones), o professor decide, então, assumir seu desejo e propõe à mulher que eles se abram para outras aventuras:

“A gente está casado há 15 anos e não é possível que a gente não possa aprender com o erro dos outros. É só olhar em volta. É maior que a gente, é uma coisa que tem a ver com desejo. A gente precisa dar espaço a isso, entende? A forma que se criou para lidar com isso é o divórcio. Mas as coisas precisam mesmo ser assim, tão tristes?”, pondera o personagem Horácio para a mulher. Vera se vê, então, dividida entre aceitar o novo modelo de casamento e se divorciar.

No elenco estão Chico Diaz, Rocco Pitanga, Pablo Morais e Luciano Cáceres. Com distribuição da Imovision, produção da Urca Filmes e da Haddock Filmes, o longa tem roteiro e direção de Eduardo Albergaria.

Confira o trailer:

CRÍTICA: A LINGUAGEM DO CORAÇÃO




Por Gabriel Antoniolli

Os campos franceses do século XIX guardavam mais do que belas paisagens: belos corações. E o da irmã Marguerite (Isabelle Carré) fez toda a diferença na vida da menina Marie (Ariana Rivoire), em drama baseado em uma história real e dirigido por Jean-Pierre Améris no filme “A Linguagem do Coração” (Marie Heurtin, 2014).
As coisas parecem complicadas no começo: Marie nasceu cega e surda. Aos 14 anos, seus pais decidem manda-la para o Instituto Larnay, mas havia um problema: o instituto era especializado apenas em surdez. As freiras ali possuíam as habilidades de auxiliar na adaptação de meninas por meio da linguagem de sinais, mas a cegueira (ainda mais desde o nascimento) era algo novo.

Uma das irmãs havia se apegado bastante a Marie e propôs que ela ficasse sob seus cuidados. “Não sei explicar”, dizia. Após a insistência, é permitida pela Madre Superiora. E ela vai.

Fotos: Divulgação

O passo-a-passo é bem detalhado no filme e é possível perceber a força de vontade e a esperança que Marguerite nunca deixou de ter. Marie não era uma pessoa tão fácil de lidar, o que é facilmente compreensível quando se dá conta de que ela nunca enxergou ou ouviu. Não sabe ou entende o que há ao seu redor. Sequer deve ter se visto alguma vez.

Não são todos que estão ligados com a linguagem dos sinais. Ela é um instrumento que se mostra perfeito se tratando de inclusão e de liberdade, abrindo portas para o trabalho cognitivo. 

Aproveite a trilha sonora. A música clássica dita o tom do filme com leveza e personalidade, garantindo que fiquemos no mesmo impasse que Marguerite e, ao mesmo tempo, com a ingenuidade de Marie. 

Aproveite também a fotografia. Os campos franceses são maravilhosos e há algumas belas cenas neles. Nada tão estupendo como paisagem, mas pequenos mundos particulares entre uma árvore e outra. 

Com uma atuação incrível da jovem Ariana Rivoire ao lado de Isabelle Carré, “A Linguagem do Coração” estreia nos cinemas brasileiros em 17 de março após ter aparecido entre os vencedores do Festival Internacional de Cinema de Locarno. Confira abaixo o trailer: