Mostra ‘Cidade do Futuro’ ocupa espaço no Vale do Anhangabaú


Créditos: Divulgação


A exposição “Cidade do Futuro” apresenta, de 10 a 19 de dezembro, três instalações poéticas de arte-iluminação criadas pelos artistas Felipe Morozini, Verena Smit e Marco Loschiavo, que ocuparão o Vale do Anhangabaú na cidade de São Paulo e poderão ser visitadas gratuitamente.

A exposição também contará com recursos de realidade aumentada, e as obras físicas terão extensões virtuais, pois ao apontar seus dispositivos móveis para as instalações, o público poderá vê-las ganhar vida, saindo dos limites do espaço urbano e provendo um novo olhar e uma interação lúdica.

O projeto tem curadoria de Gabriela Splendore, fundadora da Stories Collective e da produtora cultural Cult Art, a tecnologia de realidade aumentada desenvolvida pela More Than Real e o patrocínio da cerveja puro malte Tiger.

“Convidamos artistas brasileiros a pensarem em mensagens inspiradoras, que transmitam a coragem, a liberdade e o otimismo que queremos para os dias que estão por vir. Essas mensagens serão traduzidas em três instalações artísticas que ocuparão o Vale do Anhangabaú”, afirma a curadora Gabriela Splendore.

Créditos: Divulgação

“Minha obra O sonho é eterno, a luta diária trabalha a ideia de que nossos desejos, sejam eles pessoais ou sociais são constantes e imensuráveis, com uma subjetividade do tempo perene e uma esmagadora ideia de algo ainda não realizado”, conta Verena Smit.

Já Felipe Morozini trabalha em sua instalação JUNTOS “a consciência de sermos seres coletivos, mas que ficamos separados durante a pandemia. A obra faz uma reflexão que nasceu durante o isolamento, de estarmos SEPARADOS, mas agora, finalmente, JUNTOS”.

Sobre sua obra Tudo que você pode imaginar é agora, Marco Loschiavo explica que “é uma peça que quer provocar a reflexão do espectador sobre o poder que temos de transformar o ambiente em que vivemos”.

“Tiger nasceu nas ruas da Singapura e por isso a cultura urbana e a tecnologia fazem parte da nossa essência. Ficamos felizes de ter essa oportunidade de juntos transmitirmos coragem às pessoas nessa nova fase em que vivemos como sociedade.”, conta o diretor de marketing do grupo HEINEKEN, Renan Ciccone.

Serviço:
Cidade do Futuro
Entrada franca.
De 10 a 19 de dezembro.
Onde: No Vale do Anhangabaú.
Para acessar os projetos em realidade aumentada, aponte o dispositivo móvel para o QR CODE que estará em cada uma das obras.

Marcelo Silveira propõe novas conexões entre pessoas e objetos encontrados em exposição inédita


Créditos: Divulgação


A Galeria Nara Roesler | São Paulo inaugura no dia 8 de junho uma nova mostra do artista recifense Marcelo Silveira, com curadoria de Daniel Rangel. Intitulada Compacto Mundo das Coisas, a exposição apresenta cinco séries de obras, unidas por afinidades estéticas, conceituais e processuais, em que o artista se apropria do “mundo das coisas” para realizar desenhos, esculturas e instalações através de cartões postais, pedaços de cadeiras, plásticos e livros.

Com o olhar sempre atento, é na cidade de Recife que Marcelo Silveira busca pela maior parte da matéria-prima de seus trabalhos, elegendo objetos e materiais que, segundo o curador da mostra, vão “gradativamente abandonando o repouso inútil do descarte que sofreram e passam a provocar o artista.”

Créditos: Divulgação

Postais

Postais centenários encontrados pelo artista em um brechó, dão origem à série Irene, nome que remete não só à música homônima de Caetano Veloso, mas também à destinatária dos postais, que os recebeu em três endereços em Recife, entre as décadas de 1910 e 1920: na Rua da Alegria, Rua da Glória e Rua do Aragão. Estes endereços hoje, segundo o artista, “são ruas que a cidade esqueceu”.

E é através do questionamento de como dar relevância à lembrança destes lugares, que o artista desenvolve a série, intervindo com caneta esferográfica sobre os postais ou com carimbos sobre os seus versos. Juntos e envoltos em uma espécie de moldura, os postais dão origem à paisagens fictícias ou ainda, podem remeter à um revestimento arquitetônico.

Compactos com pacto

Feita a partir de pedaços de cadeiras, a série Compacto com pacto tem como intenção fazer com que o visitante identifique as possibilidades do objeto no espaço e a disputa espacial entre a peça e quem se movimenta ao seu redor. O que antes era cadeira, agora volta ao espaço ocupando-o com movimentação uma gráfica, de linhas que se entrelaçam, se conversam e se interrompem.

Segundo o artista, a série fala da necessidade de se estabelecer pactos. “O que me motivou na criação desta obra foi o pacto, a possibilidade de a gente estabelecer diálogos e construir algo que não se faz sozinho”, explica Marcelo.

Créditos: Divulgação

Camaleão

A instalação Camaleão é uma obra composta por pedaços de papel colorido, mais precisamente, as embalagens das réguas utilizadas pelo artista na produção da série Caleidoscópio. Unidos, os recortes lembram uma pintura quando uma projeção de luzes incide sobre ele. A estabilidade da ‘pintura’ é rompida quando a cor de uma luz projeta-se sobre uma cor diferente, transformando-se em outra cor. O trabalho permite refletir sobre a ilusão que se tem sobre coisas e seres e sua impermanência.

A exposição traz também trabalhos das séries O Desenho da Casa, Modernas e Muito pelo contrário, em que o artista, em uma operação de aproximação, intervém com desenhos simples diretamente sobre as páginas de livros doados pela Casa do Desenho, em Porto Alegre, após seu fechamento. “A imaginação do espectador é ativada pelos títulos e nomes visíveis, alguns conhecidos, outros não. A maioria dos grupos é formada por pequenas coleções, de livros afins ou enciclopédias e dicionários. O procedimento investigativo e o ato de colecionar são recorrentes na produção do artista”, acrescenta Daniel Rangel.

Serviço: Compacto Mundo das Coisas na Nara Roesler

Abertura: 08 de junho, 2019 | 11h

Exposição: 10 de junho – 03 de agosto, 2019

Entrada: gratuita

Endereço: Av. Europa, 655 – Jardim Europa, São Paulo – SP

www.nararoesler.art

Palavras Cruzadas: Lugares de fala contemporânea




Por meio de 12 telões, temas como racismo, homofobia, desigualdade social, imigração e feminismo negro literalmente cercam o público 

Por Andréia Bueno

Doze protagonistas, em doze vídeos ativados através de sensores de presença. Doze questões urgentes de visibilidade, expostas em depoimentos contundentes por diferentes representantes na luta contra preconceitos sociais. Esta é a proposta da exposição multimídia PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS, no Sesc Vila Mariana.
Foto: Divulgação
Com curadoria de Daniel Lima, Élida Lima e Felipe Teixeira, a instalação é interativa; cada vídeo é acionado com a aproximação das pessoas. E isto não é por acaso: o outro é indispensável. É indispensável a quaisquer debates; para que nos façamos entender, para que possamos conviver, e tem de estar disposto a nos enxergar e ouvir. Outra escolha significativa na montagem diz respeito a seu espaço expositivo disposto em formato circular: nenhum dos temas presentes tem ascensão sobre outro; são todos igualmente importantes e prementes de reflexão. Assim, o público é convidado a acompanhar os discursos, dentro ou fora do círculo, criar analogias, reflexões e diálogos a partir das falas cruzadas. Em cartaz até o dia 23 de dezembro de 2018, a exposição tem entrada franca e é livre para todos os públicos.
O termo “lugar de fala” representa a busca pelo fim da mediação: a pessoa que sofre preconceito fala por si, como protagonista da própria luta e movimento. Nesse sentido, a exposição surge de alguns importantes questionamentos: quem pode falar? A quem é conferida a legitimidade e autoridade para se posicionar frente às realidades sociais? Quais vozes são consideradas na organização social, política, econômica e cultural das sociedades?
Doze protagonistas, das mais variadas vertentes sociais, ocuparão os lugares de fala: Movimento Indígena com David Karai, Movimento Quilombola com TC Silva, Movimento Sem Teto com Carmen Silva, Mães de Maio com Débora Silva, pessoas em situação prisional com Dexter, Movimento das Prostitutas com Lourdes Barreto, Movimento Trans com Amara Moira, Cultura Surda com Edinho Santos, Movimento Secundarista com Marcela Jesus, Feminismo Negro com Juliana Borges, Movimento LGBTs com Jéssica Tauane e Imigrantes com Shambuyi Wetu.
Detectores de presença, videomapping e programação digital em softwares de interatividades são alguns dos recursos tecnológicos utilizados pela equipe de realização do projeto. A exposição é fruto da pesquisa desenvolvida com o LabArteMidia (Laboratório de Arte, Mídia e Tecnologias Digitais), do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, criado em 2016 em vinculação à pesquisa do Prof. Dr. Almir Almas.
_PROGRAMAÇÃO INTEGRADA
PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS terá uma programação integrada com oficinas, bate-papos e cursos. A partir de outubro, a grade de programação do Sesc Vila Mariana passa a oferecer atividades ligadas aos temas propostos na exposição, entendendo arte como ferramenta de transformação atuante nas causas sociais.
_EDUCATIVO
Durante todo o período em cartaz, a exposição contará com uma proposta educativa específica. A equipe de educadores terá papel fundamental na mediação dos conteúdos com o público visitante, para ativação das reflexões sobre os lugares de fala e os temas abordados pelos protagonistas, exercitando a alteridade e, estimulando a cidadania e o respeito à diversidade.Os agendamentos de grupos são realizados através do e-mail: agendamento@vilamariana.sescsp.org.br e http://bit.ly/ExpoPalavrasCruzadas
Serviço:
PALAVRAS CRUZADAS: LUGARES DE FALA CONTEMPORÂNEOS
Curadoria de Daniel Lima, Élida Lima, Felipe Teixeira e LabArteMidia
Visitação: até  23 de dezembro; terças a sextas-feiras, das 10h às 21h30; sábados, das 10h às 20h30; domingos e feriados, das 10h às 18h30
Local: Hall dos Elevadores
Livre
Grátis
Horário de funcionamento da Unidade: Terça a sexta, das 7h às 21h30; sábado, das 9h às 21h; e domingo e feriado, das 9h às 18h30.
Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A): Terça a sexta-feira, das 9h às 20h30; sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h30.
Estacionamento: R$ 5,50 a primeira hora + R$ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R$ 12 a primeira hora + R$ 3,00 a hora adicional (outros). 200 vagas.
Sesc Vila Mariana
Rua Pelotas, 141, São Paulo – SP
Informações: 5080-3000