Conversamos com Karla Hill sobre o recém-lançado videoclipe do single ‘I’m Still There’ e os planos para 2016
Por Walace Toledo
Foto: Divulgação
Sob o comando de Karla Hill (voz) e Cesinha Mattos (guitarra), a banda ParanoiKa está de volta com seu synthpop viciante! Após um bom tempo sem lançar material novo, ‘I’m Still There’ é o aperitivo do aguardado segundo álbum, previsto para chegar ao mercado no primeiro semestre do próximo ano. Este é o início de uma nova fase para os curitibanos.
O single acaba de ganhar um videoclipe que traz imagens dos passeios durante a mini-turnê pela Holanda, realizada no final de 2013; e a própria letra da canção trata desse momento marcante na carreira dos integrantes. ParanoiKa abriu os shows da cantora americana Beth Hart e lotaram casas pelas três cidades holandesas por onde passaram, incluindo duas noites no emblemático ‘Paradiso’, em Amsterdam.
Vencedores do ‘Festival Lupaluna’ (2011); vice-campeã do programa ‘Breakout Brasil’ (2013), do Canal Sony; presença na programação de canais como ‘MTV’, ‘VH1’ e ‘WooHoo’, a banda vem conquistando cada vez mais espaço e fãs pelo Brasil e mundo afora.
Depois de tantas conquistas, a banda resolveu “acampar” no estúdio desde meados de 2014, na busca de novos timbres e caminhos para sua mistura de pop e música eletrônica. Para 2016, a banda já tem mais dois clipes em produção, além de um arsenal de músicas inéditas em inglês e português e, claro, muitos shows.
Acesso Cultural – Olá Karla, os fãs estavam ansiosos por material inédito da ParanoiKa. Essa ‘sumida’ foi estratégica? Como a banda vem nesta nova fase?
Karla Hill – O tempo não foi estratégico, ele foi necessário para uma maior reflexão a respeito da nossa música e o que a gente quer e tem a dizer. Ficamos muito tempo compondo e estudando novas sonoridades para o novo trabalho; algo diferente, coisa que a banda sempre buscou. Além disso, a banda passou a ser um duo, e pra isso a gente também precisou de um tempo para se adaptar, mas os músicos que compõem a banda de apoio são nossos amigos e parceiros, então estamos em casa. Podemos garantir que a Paranoika não mudou na essência, mas modernizou o seu som, afinal nos manter antenados no que está rolando musicalmente é essencial para nós, músicos. O tempo entre um CD e outro não foi proposital. Como uma banda independente, decidimos o que e quando fazer. Além disso, muita coisa mudou; a Paranoika amadureceu em vários aspectos, coisa que só o tempo nos deu. Todos verão este resultado no novo trabalho.
AC – “I’m Still There” abre as portas do novo trabalho. Entre as novas composições essa música é mais especial? Alguma história por trás dela?
KH – Todas as músicas são muito especiais para nós, mas decidimos por “I’m Still There”, pois nossa viagem para a Holanda estava para completar dois anos e achamos que seria o momento propício para lançar a música e o clipe, composto por imagens da viagem. Com certeza ela é uma música especial. Afinal, a viagem foi inesquecível para a banda. Tivemos a oportunidade de fazer shows maravilhosos e conhecer pessoas incríveis. Nada melhor do que retratar isso com uma música e belas imagens. A letra foi escrita por mim e pelo Jander Minesso, com idéias do Cesinha, claro. Quis falar sobre como me senti ao voltar para o Brasil, sobre aquele choque que sentem todos que vão para a Europa e voltam. Eu amo o meu país, mas a experiência me rendeu uma ótima inspiração, aproveitei (risos).
AC – O single ganhou um videoclipe que compila momentos descontraídos exatamente da turnê pela Holanda. Durante a viagem vocês já pensavam em publicar esses bastidores em forma de videoclipe?
KH – Sempre levamos a câmera para registrar nossas viagens e shows. Mas a ideia inicialmente não era fazer um videoclipe. Depois que conferimos as imagens que fizemos de lá, aí sim a ideia bateu forte! E está aí o resultado, que todos podem conferir.
AC – Falando em Holanda, a turnê foi um sucesso! Como foi o retorno do público europeu? Muitos brasileiros prestigiaram os shows também?
KH – Foi uma experiência incrível tocar na Holanda. Pudemos mostrar um pouco mais da nossa música e do Brasil. O público europeu é mais reservado, bem diferente daqui. Mas a gente foi pra lá sabendo disso, então não ficamos tão surpresos com a reação da galera. Não chegamos a encontrar brasileiros lá, mas conversamos com muitas pessoas que já tinham vindo para cá em viagens ou intercâmbio.
AC – Viagens geralmente transformam as pessoas. Essa experiência internacional trouxe mudanças musical e pessoal?
KH – A ParanoiKa amadureceu devido às experiências e ao tempo. Com certeza o que vivemos lá mudou a gente como pessoas, músicos e como banda. Hoje, temos mais certeza do que queremos fazer e passar através da nossa música. Mais do que tudo, fazemos aquilo que amamos, independente do retorno.
AC – Sobre o segundo CD, o álbum está concluído? Pré-definida a data de lançamento no mercado?
KH – Estamos no processo de mixagem do CD, ou seja: já temos quase tudo pronto! Estamos acertando alguns detalhes para programar a melhor data de lançamento. Ainda não temos uma data certa, mas sabemos que será no primeiro semestre de 2016. Já temos um novo clipe gravado e a programação de gravar mais um. Muita coisa nova está vindo, além de shows aqui em São Paulo, é claro. O que todos podem esperar é um novo CD cheio de músicas dançantes e que tem algo a dizer!
I’M STILL THERE
(Karla Hill/Jander Minesso/Cesinha Mattos)
Opened eyes in the airplane
Bags checked I was far away
I am young we are done
And I don’t need a map
Is it fear of these high clouds?
Am I scared of not coming back?
Or these douts are just ways
Not to see that I am home, again?
When you told me about all the wonders
That wore lying there for me
I could feel I was touching the point
Of no return
Tried to walk on your footsteps
So much older and wise yeah
Feel for you never thought
It was almost the dead line
I cross the seas to feel free under your red lights
But happy endings do have an end
There’s no forever to hold my hands
Oh oh oh, and I’m still there (2X)
You know that I’m still there
I was trying to find me, findind you
All I got were some dry leaves the autumm left me
Now I’m back wanting more than I captured on photographs
I want a place that I’m safe and proud to call home
Not a fairytale, somewhere that I long for