Pabllo Vittar lança clipe de Indestrutível




Produção é ambientado em uma memória dolorosa de adolescência cercada pela homofobia, ódio, discriminação e intolerância

Por Andréia Bueno

A cantora Pabllo Vittar lançou hoje, dia 10 de abril, o emocionante vídeo da canção “Indestrutível”. Este é o sexto e último videoclipe do disco “Vai Passar Mal” (2017).   

Foto: Divulgação

O clipe é ambientado em uma memória dolorosa de adolescência cercada pela homofobia, ódio, discriminação e intolerância. A primeira cena é mesclada com a informação, em fundo preto, que diz: “73% dos jovens LGBTs sofrem bullying nas escolas”.

Ponto central do clipe, a dor causada pelo preconceito foi a conexão principal para ligar tudo o que Pabllo viveu à história de todas as pessoas que se identificam com esses primeiros resquícios de agressão, que geralmente acontecem na escola, na adolescência.

A partir daí a narrativa caminha para a violência física, que se sobrepõe a voz de Pabllo, que canta “Eu sei que tudo vai ficar bem e as minhas lágrimas vão secar”, enquanto surge a imagem da artista que, em uma sala repleta por espelhos, traz a força da voz que representa milhares de jovens ao clamar: “Se recebo dor, te devolvo amor”.

Com direção de cena e produção de Bruno Ilogti, responsável por clipes como “Sua Cara” (Major Lazer Feat Anitta e Pabllo Vittar) e “Double Dutchess”, de Fergie, o clipe, todo em P&B, traz a narrativa ao pé do ouvido, de forma mais próxima e íntima, em planos fechados, ascendendo à superação conforme Pabllo se transforma em uma diva em cima do palco.

O garoto, que pode ter sido a artista quando jovem, aparece na plateia de seu show, agora triunfante, com sua imagem reconstruída e preparado para seguir em frente, com um discurso leve e sensível sobre superação que Pabllo declama ao final. A identificação com a mensagem é clara – e extremamente essencial: “Está na hora de transformar o preconceito em respeito!”.

O projeto conta também com o apoio da Coca Cola Brasil. A empresa colocou suas duas maiores marcas – Coca-Cola e Fanta – para combater o preconceito e reforçar seu compromisso com a diversidade e com uma sociedade mais plural.

“Essa Coca é Fanta sempre foi uma expressão usada de forma pejorativa. E nosso papel é ajudar na conscientização dos brasileiros mostrando o impacto que essas ofensas tem na vida de uma pessoa. Por isso nos juntamos a Pabllo nesse projeto para transformar o preconceito em respeito, celebrando a liberdade”, afirma Conrado Tourinho, gerente sênior de comunicação e marketing integrado da Coca-Cola Brasil. Aperte o play e confira!

Atores, músicos e drag queens celebram o brega em show musical




Por Andréia Bueno

O que torna uma coisa brega? É ser popular? É ser exagerada? Sentimental? Tudo que é popular é brega?

André Garcia – Foto: Luizo Cavet
O certo é que a cultura popular e a erudita sempre se alimentaram uma da outra. A gente vê isso na moda, quando, por exemplo, um designer renomado usa tecidos ou estampas que são de gosto popular, isso vira tendência nas revistas e desfiles por uma estação, e pouco tempo depois as mesmas estampas e tecidos estão de novo nos camelôs e shoppings populares. Na música, a gente também vê o tempo todo certos ritmos e estilos sendo reinventados passando do gosto popular pra grupos mais restritos, e depois serem novamente reinventados pela cultura popular. Isso aconteceu com o funk, com o soul, o hip hop, o samba, e com o próprio brega – que também é um estilo musical.
Reunindo 15 artistas em cena, entre atores, músicos e drag queens, Breguenaits propõe uma celebração da cultura brega num show que mistura música, teatro e humor. No repertório, sucessos de Wanessa Camargo, Fafá de Belém, Nelson Ned, Molejo, Sula Miranda, entre vários outros. 
Para o restante da noite, o som rola solto com os DJs André Cardoso (Gosmma) e o Gui Jaccon, que fazem a Festa das Excluídas e a Laquê 80. 


Serviço – Breguenaits
Data/Hora: 13 de abril, às 21h.

Local: R. Des. Benvindo Valente, 260. São Francisco, Curitiba, PR.

Ingressos: R$40 e R$20 reais (meia entrada).



Milkshake Festival 2018 recebe Pabllo Vittar, Preta Gil, Wanessa, Gretchen e o retorno do Balão Mágico




Por Andréia Bueno

Versão Brasileira do mais saboroso festival do planeta vai ocupar a Arena Anhembi em 02 de junho, véspera da maior parada LGBT do mundo, em um evento previsto para durar 16 horas com mais de 30 atrações. 

Foto: Divulgação
Com mega estrutura de 20 mil metros quadrados e quatro palcos, o festival receberá Pabllo Vittar, Preta Gil, Wanessa Camargo, Gretchen, tops DJs nacionais e internacionais, e a volta aos palcos do Balão Mágico em sua formação original, celebrando 35 anos de sua criação, entre outras atrações a serem anunciadas.

No mês de junho, já é tradição a cidade de São Paulo ferver com as cores da festa pride, e no evento que é um dos maiores do mundo na celebração da diversidade e da liberdade, um dos pontos altos será a realização do Milkshake Festival, superfestival criado e realizado em Amsterdam, na Holanda, há sete anos. 

Arte: Divulgação

Esse ano, em sua segunda edição brasileira, o festival  acontecerá na capital paulista com toda a sua potência na Arena Anhembi, cenário de alguns dos principais shows que acontecem na cidade, e será lançado oficialmente com um grande evento em São Paulo no dia 16 de abril, na sede paulistana do Iate Clube de Santos em Higienópolis, que contará com a presença de várias estrelas do line-up.

Resenha: Com Amor, Simon




Por colaborador Jurandir Vicari

Com Amor, Simon”, é uma comédia “teen”, com o diferencial em ter como protagonista um personagem gay.

Foto: Divulgação
Então se você é homofóbico recomendo não ler essa resenha ou ver o filme, apesar de ressaltar que não há nada de chocante. Tudo acontece de forma bem orgânica, é um filme que dá para assistir com toda a família.

O filme é baseado no livro “Simon vs A Agenda Homo Sapiens” da escritora Bechy Albertalli, publicado no Brasil pela editora Intrínseca e levada as telonas pela Fox, com direção de Greg Berlanti.

A escolha do elenco talvez seja a cereja do bolo. Se você é fã de “13 Reasons Why”, poderá matar a saudade de dois dos atores da série. A atriz Katherine Langford, que vivia a Hanna Baker, foi ótima revê-la,  e Miles Heizer, que vivia o Alex.

Foto: Divulgação
Outro destaque é o roteiro, finalmente um filme com temática LGBTQ, que não termina em desgraça! Claro, que tem todo o drama da descoberta da sexualidade e o que isso implica, mas não tem as doenças, mortes ou desgraças que os filmes com essa temáticas, costuma carregar. O filme é leve, alternando comedia, drama e romance na dose certa e deixando o público com um gostinho de quero mais. 
O cenário, figurino e fotografia são bem neutros, fazendo nos acreditar que o filme se passa em qualquer cidadezinha americana, e deixando o “colorido” para as personagens. E por se tratar de um filme com temática gay, podemos encontrar alguns exemplos desde do mais afeminado, até o gay mais “padrão”. E mais uma vez temos que elogiar o elenco. O protagonista Nick Robinson, interpreta um adolescente comum, e em nenhum momento carrega nos esteriótipos, nem no de adolescente e nem em relação a sua sexualidade. 

Nenhum personagem é raso e todos são importantes para o desenrolar da estória. Até saií do cinema acreditando que TODOS podem ter uma história de amor. Aperte o play e confira o trailer.



Série FORA DO ARMÁRIO estreia em abril




Por Andréia Bueno

Descobrir, aceitar e expor a verdadeira identidade sexual ainda é um tabu em nossa sociedade, mas é um momento crucial na vida dos que passam por isso. A série FORA DO ARMÁRIO, que estreia em 5 de abril, às 21h, com exclusividade no canal HBO, apresenta os desafios posteriores a esse processo. Em coprodução com a Producing Partners, a produção acompanha ao longo de meses e até mesmo depois de anos pessoas que “saíram do armário”.

Foto: Divulgação
Por meio de entrevistas e cenas da vida real no estilo “Cinema Verité”, em 10 episódios, são apresentadas as ações e reações de familiares e amigos dos entrevistados, quando seus relacionamentos e cotidiano são colocados à prova com a revelação. Entre os personagens, está uma jovem pré-adolescente que vê a si mesma como transgênero, um homem que se sustenta como drag queen e um pai que assume a homossexualidade já na meia-idade.
Outras histórias abordadas na série são de um pai e um filho, ambos gays, que frequentam os mesmos círculos e se divertem à noite juntos; uma mãe que só revelou a própria homossexualidade quando o filho assumiu que era gay; um pastor que fez até exorcismos em homossexuais e hoje, depois de se assumir, comanda uma igreja inclusiva. Ao fim de cada episódio, fica a conclusão de que o amor familiar muitas vezes consegue superar preconceitos e conflitos pessoais.

Oscar 2018 realiza feito histórico com Presença Trans em produções concorrentes




Por Nicole Gomez

Daniela Vega, atriz transgênero e estrela  de “Uma Mulher Fantástica”  e cineasta trans dirige documentário sobre racismo.

Daniela Vega – Foto: Divulgação
Não é novidade, no Oscar, a presença de figuras transgênero, mas este ano pode ser encarado como um marco, já que são dois filmes sobre eles, também feitos e/ou protagonizados por transgêneros na disputa pelo prêmio.

Daniela Vega, atriz transgênero, interpreta Marina, uma jovem de luto, vítima dos preconceitos de uma conservadora sociedade chilena em “Uma Mulher Fantástica”. O filme está indicado ao Oscar na categoria de “Melhor Filme em língua estrangeira”. O longa é coproduzido entre Chile, Alemanha, Espanha e Estados Unidos. 

Já na categoria Documentário, Yance Ford concorre por “Strong Island”, um longa com inspiração biográfica sobre o racismo e as falhas no sistema judiciário. Ford é o primeiro cineasta trans a concorrer em todas as categorias. 

Foto: Divulgação
É importante lembrar que antes de “Uma Mulher Fantástica”, outros longas com a temática ou com transgêneros em seu elenco levaram o Oscar. “Traídos pelo Desejo” (1992) venceu na categoria roteiro; “Meninos não choram” (1998) premiou Hilary Swank; “Clube de Compras Dallas” venceu em três categorias, incluindo a de ator coadjuvante para Jared Leto por seu papel como Rayon; “A garota dinamarquesa” (2015) rendeu o Oscar de atriz coadjuvante para Alicia Vikander e virou um filme pioneiro do segmento.

Porém, todas as produções citadas foram protagonizadas por intérpretes cisgênero (pessoas cuja identidade de gênero e sexo biológico coincidem), e não por ‘trans’. Nisso, o Oscar 2018 sai à frente, provando que é tempo de quebra de preconceitos e igualdade para todos.