Novos livros de poemas da coleção Helena Kolody são bilhete de amor a Curitiba


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Os dois novos volumes da Coleção Helena Kolody, da Editora Bonijuris, são um bilhete de amor a Curitiba de todos os tempos. É natural, portanto, que esse bilhete, lírico e lúcido, nostálgico e sensível, seja entregue ao leitor na forma transmutada de poemas curtos.

O nome da coleção homenageia a poetisa falecida em 2004 e uma das figuras exponenciais da literatura paranaense. O projeto resultará em 20 livros, todos de escritores que, bem ao modo de Kolody, foram recepcionados pela Editora Bonijuris com o mesmo entusiasmo que caracterizou a autora ao longo de sua vida.

Quarto volume, “Ode para Curitiba”, escrito pelo desembargador Assad Amadeo Yassim (1935-1985) trata de uma Curitiba onírica em versos como “Navego por Curitiba / no seu mar sem mar, na sua praia, sem praia”. Yassim foi um apaixonado pela capital do Paraná e sua condição de devoto é indisfarçável. Mesmo à distância, mesmo quando a condição de juiz o levou a outras paragens, mesmo quando foi um forasteiro no interior do Paraná. Era bissexto sim, mas escrevia por urgência. Não nas horas vagas, mas nas sôfregas, provavelmente nas bordas dos processos, quando os deuses da inspiração lhe sopravam aos ouvidos.

“Ode para Curitiba” é poético até mesmo na escolha do título, da preposição, a impedir qualquer segundo olhar que não o da reverência e da paixão nutrida em lembranças e vivências. Se não bastasse o bilhete de amor a cada página escrita, e ele se basta, destaque-se também as maravilhosas colagens do ilustrador João Carlos Bonat, por si só um poema imagético da Curitiba que foi, que é e que será.

Aos que não creem na afirmação anterior, basta conferir o quinto volume da coleção. “Giz de Aprendiz”, de Alvaro Posselt, é a expressão concreta da Curitiba de Dalton Trevisan, Paulo Leminski, Marcos Prado e Batista de Pilar, entre outros. Posselt insere-se nessa galeria de notáveis com seus haicais que, ao longo dos anos, vem ganhando molduras nos muros da cidade: “Curitiba não nos poupa/ Ontem eu tomei sorvete / Hoje eu tomo sopa”. O volume “Giz de Aprendiz” traz mais uma coletânea de versos-síntese do poeta, às vezes bem-humorados, às vezes rasgados de emoção legítima.

Para ilustrá-lo, a Bonijuris encarregou Lennon Henrique Morelli, um grafiteiro da nova geração. Se fosse dado resumir as duas obras, a temática, o talento e o bilhete amoroso à cidade as uniria: são livros para ler e querer ler mais.

“Ode para Curitiba” de Assad Amadeo Yassim

“Giz de Aprendiz” de Alvaro Posselt

Editora Bonijuris

R$ 50,00 – Nas melhores livrarias

Lessa lança seu primeiro livro de poesia: Coração de Papel




Em seu primeiro livro, Lessa inunda as páginas de Coração de Papel. O livro é marcado pela sentimentalidade e intensidade que suas poesias expõe sobre as incertezas,batalhas, decepções e amores na vida.

Foto: divulgação

Em cada verso, vestígios da mais profunda essência do escritor, que abre as portas do seu coração para reunir em um livro, uma composição de poesias, com ares de melancolias, amores platônicos e amores correspondidos. O livro confeccionado de forma artesanal, é uma avalanche de sentimentos, é um peito aberto em uma época em que ninguém se permite sentir verdadeiramente, feito literalmente pelas mãos do autor, intensificando a atmosfera criada em suas poesias, tornando a obra especial .

Nas palavras do autor,a ideia do livro é ir além das poesias, dos sentimentos registrados no papel, é mostrar o quão frágil é o coração quanto o papel.

Serviço
Coração de Papel
Autor: Lessa
Onde encontrar: www.facebook.com/sigalessa

A Vida Que Ninguém Vê – de Eliane Brum




A vida que ninguém vê é um livro escrito com o coração. Se tem um único livro que eu não poderia morrer sem ler antes, seria este. As vidas contadas pela escritora Eliane Brum, são capazes de tocar os corações mais duros. Eu garanto, é impossível ler sem derramar ao menos uma lágrima. Os que não derramam, certamente não foram frutos da criação divina. 
Foto: Internet
Este livro tão singular retrata curtas passagens pela vida de pessoas comuns, de histórias que ninguém é capaz de ver ou queira ouvir. Eliane transforma o comum em peculiar, único e significativo.

Este livro deveria ser lido em diversas línguas, não para que todos no mundo conheçam a história de “sapo”, personagem de uma das crônicas, mas para que todos se lembrem de como é preciso amar o próximo, de como é importante agradecer o que temos, de reconhecer que todos somos especiais, cada um a sua maneira.


As crônicas contam a vida dos personagens e te fazem querer ler cada vez mais, saber o que houve com aquele senhor, com aquela criança ou com aquela família miserável que não tinha onde enterrar seu filho que nem havia nascido e já sabia o que era ser pobre.  É preciso refletir sobre a fragilidade da vida e como ela pode ser dura e linda ao mesmo tempo.

Por Colaborador: Mellanie Anversa