Por Gabriel Antoniolli
Quando fui convidado para Little Boy (2015), li rapidamente a sinopse e vi que haveria um protagonista mirim. Imaginei que poderia ser tanto um filme com temática infantil quanto um drama profundo. Nessa expectativa, fui assistir à obra de Alejandro Monteverde, buscando, talvez, ser surpreendido.
Quando fui convidado para Little Boy (2015), li rapidamente a sinopse e vi que haveria um protagonista mirim. Imaginei que poderia ser tanto um filme com temática infantil quanto um drama profundo. Nessa expectativa, fui assistir à obra de Alejandro Monteverde, buscando, talvez, ser surpreendido.

Fui apresentado a Pepper (Jakob Salvati), menino que mora em uma cidadezinha rural norte-americana em meio à 2ª Guerra Mundial cujo pai (e grande parceiro) fora convocado pelo exército para batalhas em terras filipinas. Claro que esse foi um grande baque para o garoto que ficou sem seu porto seguro e fonte de admiração em um momento em que precisaria de apoio: por sua baixa estatura, sofria bullying e era conhecido como Little Boy.

Foto: Divulgação
A confiança de Pepper vai aumentando aos poucos. Após ter participado de uma apresentação com seu maior ídolo, o mágico Bem Eagle (Ben Chaplin), o menino passa a acreditar um pouco mais em si. Essa fé é ainda mais trabalhada pelo padre da vila, que lhe entrega uma lista de tarefas para que possa se concentrar em boas ações e intenções a fim de ver novamente seu pai.
Cabe comentar: a participação americana na guerra condicionou preconceito e rejeição aos rivais dos Estados Unidos. O japonês Hashimoto (Cary-Hiroyuki Tagawa) paga o pato e sofre na pele o que é estar em território americano nessa época.
Sendo extremamente retaliado por onde quer que passasse, Hashimoto correu até mesmo risco de morte quando London (David Henrie I), irmão de Pepper, ateia fogo em sua propriedade e acaba preso. Mais um problema que a força de vontade do menino precisa superar.
A grande mensagem de Little Boy para mim foi: tenha fé.

Foto: Divulgação
A fé não precisa ser algo religioso ou santificado: fé é o que nos move e o que nos faz continuar, independentemente da situação. Pepper acreditou piamente (e isso inclusive é discutido no filme, com Hashimoto fazendo com que o padre refletisse sobre a motivação do garoto em relação à lista), com um diálogo curto e preciso. E o garoto se vira para tentar cumprir todas as tarefas.
O clima nostálgico de Little Boy é realçado pela fotografia, complementada por cenários remanescentes de um contexto dificilmente encontrado hoje em dia, e pela trilha sonora, que nos transporta diretamente para a infância. Esse conjunto faz lembrar momentos em que a força de vontade prevalece acima de qualquer insegurança.

Foto: Divulgação
Little Boy ficou marcado em mim por sua emotividade inesperada nos minutos finais. Não esperava e fui agraciado com uma forte dose de sentimentalismo. Se você não é ligado em família e puder imergir na realidade da obra, se proponha a uma boa e positiva reflexão após os créditos. Eu apoio.
Confira abaixo o trailer de Little Boy, que estreia em 10 de março nos cinemas brasileiros!