Por Nicole Gomez
Foto: Divulgação
A famosa autora Clarice Lispector, que nasceu na Ucrânia no dia 10 de dezembro de 1920 e veio, com apenas dois anos de idade para o Brasil, é autora de grandes obras da nossa literatura e considerada uma das gigantes do ramo no nosso país e no mundo. Em comemoração aos recém-completados 98 anos de Lispector, listamos, abaixo, 5 das grandes obras da autora, que você não pode deixar de ler! Confira!
Perto do Coração Selvagem
Capa: Divulgação
Foi o primeiro livro publicado de Clarice Lispector. Na época, a autora tinha apenas 19 anos e o nosso estilo de literatura era bem regionalista, com obras que retratavam a realidade social do país, com todas as dificuldades enfrentadas. O enredo é sobre Joana, a protagonista que narra a história em dois tempos: presente e passado, de sua infância até sua vida adulta. A infância junto ao pai, a mudança para a casa da tia, a ida para o internato, a descoberta da puberdade, o professor ensinando-lhe a viver, o casamento com Otávio. Todos estes fatos são narrados, mas o que fica em primeiro plano é o que se passa no interior de Joana. Ela parece estar sempre em busca de uma revelação. Inquieta, analisa instante por instante, entrega-se àquilo que não compreende, sem receio de romper com tudo o que aprendeu e inaugurar-se numa nova vida.
A Maçã no Escuro
Capa: Divulgação
Neste, Lispector conta a história de Martin, um homem que foge da cena de um crime. Durante sua fuga lhe surgem vários pensamentos filosóficos sobre o existencialismo, fazendo com que despreze antigos valores e conquiste novos. O fato traz à tona a criação do homem, surgindo do nada como um novo ser. E ao invés de colocar os personagens como culpados ou inocentes, Lispector os classifica como aprendizes do mundo. O livro é dividido em três partes, sendo a primeira chamada “Como se faz um homem”, a segunda “Nascimento do herói” e a terceira “A maçã no Escuro”.
Água Viva
Capa: Divulgação
Em “Água Viva”, a vida é aclamada, amaldiçoada, reprimida e expandida. No formato de monólogo, a obra nos apresenta como protagonista uma solitária pintora que se lança em reflexões sobre o tempo, a vida e a morte, os sonhos e visões, as flores, os estados da alma, a coragem e o medo e, principalmente, a arte da criação, do saber usar as palavras num jogo de sons e silêncios que se combinam.
A paixão segundo G.H
Capa: Divulgação
A obra fala sobre uma mulher chamada pelas iniciais G.H., que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviços que, segundo ela, está imundo e cheio de coisas inúteis. Ao se deparar com um quarto limpo e organizado, G.H. relata a perda da individualidade após ter esmagado uma barata na porta de um guarda-roupa e, no dia seguinte, narra a própria impotência de escrever o ocorrido. A obra é organizada de forma sistemática, com cada capítulo começando exatamente com a mesma frase com a qual o anterior foi fechado. Isso traz de forma simbólica o que é a experiência da personagem.
A hora da estrela
Capa: Divulgação
Esta é a última obra de Lispector. Ela narra a história de Macabéa, uma sonhadora e inocente alagoana que vai para o Rio de Janeiro e tem uma vida pacata, sem grandes emoções. A moça namora Olímpico, que abandona-a para ficar com sua colega de trabalho, Glória, por interesses financeiros. Com fortes dores, Macabéa vai ao médico e descobre que tem tuberculose. A amiga percebe sua tristeza e a aconselha a buscar consolo numa cartomante. Madame Carlota, então, prevê um futuro feliz, que viria de um estrangeiro que ela conheceria assim que ela saísse daquela casa, com quem se casaria. E é o que acaba acontecendo: ao sair da casa da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um homem loiro e cai no asfalto.