Listas de Renato Russo são reunidas em livro inédito que revela os gostos, influências e as referências
O artista foi fundador e líder das bandas Legião Urbana e Aborto Elétrico
Um olhar sobre Anne de Green Gables
The Flintstones, The Jetsons e Scooby-Doo ensinam as crianças sobre a Evolução do mundo
O livro Evolução dos mundos mostra os Mundos Primitivos, Expiação e Provas, de Regeneração e a transição planetária, em uma fantástica aventura
Bienal do Livro: 5 dicas para curtir os dias no Rio de Janeiro
Por muitos anos, o Rio foi polo intelectual do país por conta da mistura do ar boêmio com a arte. Em homenagem, estátuas de diversos artistas foram espalhadas pelos principais pontos: Carlos Drummond de Andrade em Copacabana, Manuel Bandeira, Machado de Assis na Academia Brasileira de Letras e, mais recentemente, o bairro do Leme ganhou a figura de Clarice Lispector, que atrai turistas e cariocas aficionados por suas obras.
Criada em 1987 por Machado de Assis, a ABL tem como intuito manter viva “a cultura da língua e da literatura nacional”, como está escrito em seu estatuto. É ali que são discutidas novas ideias, definem-se publicações, além de abrigar um verdadeiro museu das palavras e poesias que nasceram em terras tropicanas. É lá também que o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (reformado recentemente em 2009) é elaborado.
Considerada a sétima maior biblioteca do mundo e a maior da América Latina pela UNESCO, a Fundação Biblioteca Nacional abriga cerca de 9 milhões de títulos. Em seu acervo estão raridades como um exemplar da Bíblia de Gutenberg de 1462 e a coleção iconográfica Teresa Cristina Maria. No estabelecimento existem laboratórios de restauração e conservação para manter as obras em bom estado ao longo dos anos.
Apesar das programações e atrações incríveis, nem sempre os preços dos livros nas Bienais são muito convidativos. Por isso, vale a pena dar uma chance para os sebos, que apesar de comercializar exemplares usados, guardam vários achados em bom estado. O Baratos da Ribeiro, em Botafogo, é um dos destaques. Aproveite para visitar também o Luzes da Cidade, o Sebo da Serra e a Casa da Cultura, que ficam na mesma região. Bons garimpos!
Livro resgata poemas escritos durante a ditadura militar
O livro retrata uma época de fortes transformações culturais entrelaçadas a um momento pessoal de um estudante de medicina no auge de sua vida poética
A Idea Editora acaba de lançar “Arqueologia de um poema romântico– anos 70”, o mais recente livro do médico José Antônio Garbino. O livro retrata uma época de fortes transformações culturais entrelaçadas a um momento pessoal de um estudante de medicina no auge de sua vida poética.
O autor trata da realidade coletiva ao narrar em versos a passagem da juventude para a idade adulta e abre espaço para outras vozes, explorando o sofrimento, os desejos e angústias. São experiências poéticas pessoais e coletivas, da época em que viveu em repúblicas e vagava pelas noites atrás de amores. Era um momento em que ainda estava tateando a vida, influenciado pelos filósofos existencialistas e pelo pensamento antiditadura.
As poesias descrevem esse período em quatro partes, a perplexidade, o romantismo desvairado, a melancolia e a cartase, esta última fase já na passagem para a década seguinte, onde mostra em seus versos um amadurecimento e uma postura mais realista.
“Arqueologia de um poema romântico– anos 70” também traz ilustrações e fotos do próprio autor. Segundo ele, essas representações eram uma maneira de participar da cultura estudantil da época e retratar as incertezas vividas.
Este livro revela muito bem “o poeta”, faceta de sua escrita, que foi mais forte nos anos 70, pois foi montado com os escritos que estavam perdidos. “Eu desenterrei peça a peça, limpei cuidadosamente e depois as estruturei em um corpo novo. Foi um trabalho de arqueologia”, explica o autor.