Protagonismo assexual: um amor romântico fora do convencional


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Você já se perguntou qual é o significado da letra “A” na sigla “LGBTQIAP+”? A inicial se refere à assexualidade, uma orientação que engloba pessoas que não sentem atração sexual ou que podem ter atração, mas em situações específicas. Ainda há poucas referências em filmes, séries e livros, mas essa realidade está mudando com o movimento de artistas e autores dispostos a levar o protagonismo assexual às suas histórias. Virginia P. Pagliarin, autora da obra literária Um mundo de cores, é um desses nomes.

A narrativa apresenta Camila, uma jovem brasileira que termina um namoro de longa duração por não se sentir confortável em manter relações sexuais. Desde o início, a personagem ressalta: não há nenhum problema com seu ex-namorado. Pelo contrário: ele é o homem ideal para muitas mulheres. Mas ela precisa priorizar suas vontades para entender a si mesma.

É assim que a protagonista inicia uma jornada de autoconhecimento. Camila enfrentará a incompreensão de amigos de longa data, mas também fará novas amizades com pessoas que a aceitam como ela é. Sua virada vem com o acesso a um aplicativo de encontros, com o intuito de fazer pontes entre pessoas assexuais, onde Camila inicia um novo e “diferente” relacionamento.

Nunca imaginei que o gênero pudesse mudar tanto de pessoa para pessoa
e admito que me perguntei por que, em pleno século XXI, isso ainda é tratado como tabu. Será possível que as pessoas não entendem que quanto mais informações tivermos mais poderemos nos entender e encontrar o que chamamos de felicidade? Viver fora de um mundo em que as regras de “normalidade” nos limitam de tal forma que nos sentimos sufocados. (Um mundo de cores, pg. 7)

Mas os conflitos de Camila não se restringem à sexualidade: ela também sonha em se tornar uma escritora. Formada em Letras, trabalha em uma livraria e tem um emprego estável. Entretanto, isso não é o suficiente: ela quer contar histórias e decide escrever sobre o romance entre seu melhor amigo, Lucas, e o noivo dele, Pedro. Os dois, que estão em um relacionamento homossexual há anos, enfrentaram muitos preconceitos até se autoafirmarem como homens gays.

No enredo de Um mundo de cores, os leitores que também sentem não se encaixar nos padrões aceitos socialmente encontrarão identificação na história de Camila. É justamente esta a intenção da autora Virginia P. Pagliarin: mostrar empatia por meio de referências positivas e deixar claro que cada pessoa é muito maior do que a própria sexualidade.

Entrevista com Mário Goes, autor do livro “Mar Sonoro, um Eco sem fim …”


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No dia 26 de novembro o ator, dramaturgo e roteirista Mário Goes lança o seu primeiro livro, “Mar Sonoro, um Eco sem fim…” na sede da Cia. da Revista. O lançamento contará com algumas dezenas de exemplares (Edição limitada) criada para este dia. O livro também estará disponível no formato audiobook, na voz do autor, ampliando a acessibilidade e alcance da obra. Conversamos com Mário sobre essa novidade, confira!

Acesso Cultural: Mário, você está lançando o seu primeiro livro “Mar Sonoro, um Eco sem fim …” no dia 26 de novembro. Conta para os leitores do Acesso Cultural um pouco desse projeto?

Mário Goes: Pois é, eu me lembro do primeiro livro que li, e tenho o primeiro livro que me fez me apaixonar por escrever histórias. E agora eu vou lançar uma história no formato de livro, é de fato, uma grande alegria esse projeto. Vamos lá, eu sempre escrevi muito pra teatro, já me aventurei na escrita pra cinema, mas agora é uma nova linguagem, estou lançando um Conto. Eu estou surpreso como tudo aconteceu muito rápido, tive a inspiração , escrevi e quando dei para alguns amigos lerem, eles me disseram “PUBLIQUE” e agora estou fazendo isso.

“Mar Sonoro, um Eco sem fim…” é uma linda história de amor, onde o eco das relações se faz presente, mar, lua e praia se fazem presentes nessa história galgada nos encontros e reencontros ocasionais e das formas mais inesperadas, e falar de amor é sempre um acalanto, principalmente em tempos de tanto ódio.

E para esse dia 26, na tarde de autógrafos, eu que também sou ator, reservei um espetáculo inédito para os presentes, eu e a ativista Leyllah Diva Black, vamos ler trechos do livro e cantar algumas músicas costurando essa história linda, está de fato imperdível e tudo concebido com muito carinho para o público que me acompanha e para os leitores que se aprochegam.

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AC: Apesar de ser o lançamento do seu primeiro livro, você já tem outras experiências com a escrita no Teatro e no cinema. Como essas artes se entrelaçam para você?

MG: Eu amo contar histórias, sejam elas como ator, diretor, bailarino… Mas na escrita tem um lugar muito diferente, por que eu crio personagens, sentimentos, cheiros, atmosferas que levam o leitor para lugares infinitos e isso é muito grandioso, esse poder da palavra me encanta, e trazer isso em um país onde a educação não é primeiro plano, reforça uma luta pela cultura em geral. Me anima pensar minuciosamente em cada palavra que ali está escrita, e que construindo uma narrativa não deixa a história “pronta”, afinal, me interessa ainda mais a possibilidade de cada leitor, ler o que escrevo com suas vivências e aí a catarse acontece, é a mágica da arte e isso é magnífico. Embora cada universo de escrita seja completamente difuso do outro (teatro, cinema, literatura…), a escrita se entrelaça quando falo de palavras e sentimentos, e eu sou um escritor que presa pela palavra palpável, atmosferas lúdicas e universos tão distantes, que ao dar a volta ao mundo, se tornam próximos por que nos encontram na espécie de um efêmero reencontro.

AC: No material de divulgação do livro você cita o grande escritor Ariano Suassuna. Quem são as suas referências?

MG: Eu comecei a escrever aos 8 anos de idade e a atuar de 9 pra 10 anos. Nesses mais de 20 anos vivendo para a arte, imagine quantas vezes já me fizeram essa pergunta?! E obviamente que tem várias respostas em várias entrevistas anteriores, mas é muito difícil elencar minhas referências, pois tenho uma mãe que me incentivou muito a leitura desde criança e quem me deu o meu primeiro livro, e tenho incontáveis coisas que já li e continuo lendo por todo sempre, sou um apaixonado pela escrita, pela palavra, os sons e fonéticas, e fascinado pelos arcos dramáticos de toda e qualquer história, até das histórias que não gosto, essas me interessam entender o porque não gosto. Falei de Ariano Suassuna por que sim, ele é uma grande referência, um nome conhecido e que está próximo de mim por ser um nordestino, eu passei parte da infância no nordeste e ver esses seres humanos desbravando o mundo com seu talento é inspirador, e eu sempre penso em trazer para os “nossos”, não tenho problemas com a escrita internacional, mas chega de ter esse espírito colonizado não é?! A contemporaneidade tá aí, cheia de gente talentosa e assuntos urgentes, e eu gosto de dialogar com meu país, numa busca, ainda que de alcance pequeno, me interessa melhorar aqui com minha arte, e se depois isso ir ganhando o mundo, que lindo que será, mas penso em “organizar a minha casa” pra depois passear pelo mundo.

AC: O livro também vai estar disponível na versão audiobook. Qual a importância de termos não somente a versão física do livro?

MG: O primeiro ponto é pensar nas pessoas cegas, e daí tudo o que escrevo a partir disso é secundário pra mim. Embora eu escreva, dance, coreografe, dirija espetáculos, eu me considero prioritariamente um ator de ofício, e quando veio essa ideia do audiobook para pessoas cegas e também para pessoas que preferem os ditos “podcast“, decidi lançar nesse formato também, e com a minha voz na interpretação. Eu acho que é a mesma história, mas contada de outra forma, o que é muito legal de ouvir, por que a ambientação sonora nos coloca diretamente em lugares que a escrita já nos leva, a sonoridade que essa ferramenta nos proporciona, só concretiza esse feito imaterial.

AC: Para finalizar, nos conte dos teus projetos futuros Teatro, cinema, literatura. O que podemos esperar do Mário Goes em 2023?

MG: De Mário Goes vocês podem sempre esperar muitas coisas (rs), o otimismo e o amor, uma busca incansável de realizar meus projetos pessoais, agregar nos projetos que acredito e em busca de um mundo melhor. Sempre estou executando muitas coisas, vou falar de algumas que já estão surgindo em grande força:

Na literatura, tenho um livro de poemas “NOVES DE MIM” (Nove poemas escritos ao longo de nove anos incluindo a Trilogia do não amor). Também estou trabalhando há 4 anos em um livro/pesquisa de dança contemporânea partindo da bailarina alemã Pina Bausch.

No cinema, um roteiro que eu escrevi e dirigi em 2021, está com estreia prevista para o 2° semestre de 2023, ele vai estrear na Bahia primeiro, porque foi rodado lá, e depois vai ganhar o nosso Brasil, se chama “BARTOLOMEU E BENEDITO DESCANGADOS”, já está na fase de finalização e pós Produção.
Ainda no cinema, estou como ator/bailarino em um curta metragem sobre a relação dos corpos e o caos da cidade grande, se chama “CAOS”, este ainda estamos em período de filmagens.

Para o teatro, me aguardem, 2023 estamos com previsão de estrear um espetáculo com direção de Kleber Montanheiro e em cena eu e a grande atriz Selma Luchesi, imagine a honra de estar em cena com uma atriz que tem mais de 50 anos só de carreira profissional e com prêmios e grandes trabalhos, nesse espetáculo o texto é meu também, um projeto que estamos cultivando há uns bons anos e aponta para ano que vem, Evoé.

Além de algumas direções e outros convites e produções que estão surgindo.
De fato, eu sou um artista que não pode reclamar, sempre ladeado de muita gente boa, do bem e fazendo o meu ofício de contar histórias.

Fotógrafo André François lança livro que reúne trabalho de 13 anos em 15 países


Crédito: André François


O fotógrafo brasileiro André François lança o livro Ubuntu, resultado do maior projeto desenvolvido pelo profissional, um trabalho de conexão com o outro e demais culturas. Ao longo de 13 anos, o fotógrafo registrou inúmeras iniciativas positivas na área da educação, saúde e cultura em comunidades de 15 países.

De lá para cá, o documentário fotográfico passou por transformações que complementaram ainda mais o tema, como a adaptação do mundo para o enfrentamento à pandemia de COVID-19. Acesso à água, o cuidado ao meio ambiente e os direitos humanos também pautam o projeto. Realizado pelo Ministério do Turismo e ONG ImageMagica, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, o livro conta com o patrocínio das empresas AstraZeneca e Pfizer e com o apoio da AirLiquide.

A obra será lançada recentemente, no Parque Linear Bruno Covas (São Paulo), durante evento que também abriu a grande exposição do projeto. A abertura contou com a presença de André François e Paula Poleto para um bate-papo sobre o trabalho mediado pelo jornalista Mauro Trindade.

A mostra contará com imagens extraídas do livro, trazendo a experiência e conceito Ubuntu para os visitantes do parque. O horário de visitação da exposição é das 7h às 18h e segue até 29/01/2023.

O que une todo o projeto é a filosofia africana Ubuntu, que traz esse conceito de humanidade, pertencimento e comunidade. “Umntu ngumntu ngabantu“, provérbio sul-africano, explica bem: “Uma pessoa é uma pessoa por meio de outras pessoas“. Você é quem você é por causa da relação que tem com os outros ao seu redor. Ou simplesmente: eu sou porque nós somos.

O livro de fotografias documentais narra uma história do começo ao fim: com 95 imagens na edição principal, vai de registros de terra indígena Yanomami, no extremo norte do Brasil, a lugares como Haiti, depois do terremoto, Japão após o tsunami, China, países da África como Moçambique, Quênia, Ruanda e Burundi, até os acontecimentos da pandemia da COVID-19. O projeto traz a reflexão de como o trabalho coletivo e comunitário pode transformar positivamente nossas vidas.

Pelas lentes de André, as imagens registram comunidades ao redor do mundo e conectam os espectadores a diversos pontos de vista, buscando as particularidades de cada cultura e como elas vivem a partir do poder no “nós”. O fotógrafo também se propõe a radicalizar a verticalidade com que são feitas as fotografias: o livro exalta a importância dos ensinamentos que cada ser humano fotografado têm a oferecer.

Não é um livro sobre lugares, mas sim, sobre pessoas se conectando por meio de ações diversas. Normalmente viajamos para mostrar como as pessoas mundo afora têm uma vida simples e difícil, com o intuito de levar algo para elas. E eu acredito que com Ubuntu seja exatamente o contrário: essas pessoas muito simples têm muito a nos ensinar – elas têm essa sabedoria de viver do “nós” de uma maneira muito mais intensa do que a gente. Às vezes temos a sensação de que não precisamos de nada e de ninguém, e que funcionamos muito bem sozinhos; mas se lançarmos o olhar para as possibilidades que o coletivo traz, acredito que teríamos uma vida melhor“, comenta André.

A jornalista e idealizadora-parceira Paula Poleto selecionou mais de 60 mil imagens no decorrer do projeto e chama a atenção para o fato de, ao longo da obra, não haver imagens de pessoas sozinhas. Todos os temas abordados estão interligados e nos apresentam a importância da conexão humana para seguirmos adiante.

Construir Ubuntu foi um esforço de entender como saúde, educação e cultura se relacionam a partir da interação humana. Nós nos perguntamos como poderíamos juntar fotos de desastres ambientais, com crises humanitárias e plantios no meio das favelas no Quênia. Foi no decorrer do trabalho que percebemos como André estava capturando a essência do ‘nós’“, disse Paula.

Junto com as capturas feitas em preto e branco, André foi a campo para registrar o importante trabalho das equipes de saúde durante e pandemia. Estas são as únicas imagens coloridas no projeto, trazendo o observador para o presente e reforçando a urgência da crise sanitária enfrentada.

Quando trouxemos o enfrentamento contra a COVID-19 notamos que sem um trabalho de ajuda coletiva, não teríamos conseguido atravessar aquele momento. O que motivou as equipes de saúde que atuaram na linha de frente a arriscarem suas vidas todos os dias? Era realmente a doação de si para o outro“, completa a jornalista.

A edição de Ubuntu contou com a curadoria da holandesa Corinne Noordenbos, fotógrafa e educadora visual. Segundo André, a convivência profissional com a artista o “virou do avesso” e o fez conhecer melhor sobre como contar uma história completa por meio de imagens.

A autora de Everyday Ubuntu, Mungi Ngomane, escritora sul-africana e neta de Desmond Tutu, vencedor do Prêmio Nobel da Paz, também assina um texto em Ubuntu sobre a importância da conexão humana e o elo entre as pessoas.

Exposições

Além da exposição no Parque Bruno Covas, a principal do projeto, outros locais pelo Brasil também acontecem mostras de Ubuntu simultaneamente no mês de outubro: no Espaço Cultural Renato Russo, em Brasília (DF), na Estação de Metrô Campo da Pólvora, em Salvador (BA), no Conjunto Nacional, em São Paulo (SP) e na Estação Paulista do Metrô, também em São Paulo.

5ª Edição da Feira do Livro Judaico em Português acontece no Bom Retiro


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Entre os dias 21 e 23 de agosto, o público que gosta de ler e deseja aumentar seu conhecimento a respeito da cultura judaica terá a oportunidade de visitar gratuitamente a 5.ª edição da Feira do Livro Judaico em Português, no Espaço Orá Vessimchá (Rua Newton Prado, 76, Bom Retiro). Além da oferta de centenas de livros a preços promocionais, a feira traz uma rica programação de palestras com temas como a história do holocausto, educação, comunicação e direito. Entre os lançamentos, destaque para “Vozes do Holocausto, Volume V e VI”, das autoras Maria Luiza Tucci Carneiro e Raquel Mizhahi, e “Álbum Sobreviventes, Volume II”, de Márcio Pitliuk e Luiz Rampazzo.

Na palestra “O Futuro da Educação e os Desafios da Pandemia”, os convidados vão debater as tendências e desafios do uso das inovações tecnológicas na sala de aula. No final, os participantes terão a experiência de utilizar óculos de realidade virtual. Em “O Futuro da Mídia Judaica – Considerações e Debates”, jornalistas da mídia judaica vão trocar experiências e conhecimentos sobre o trabalho que realizam à comunidade judaica; “A Pessoa Com Deficiência no Nazismo”, envolve a questão do deficiente como a primeira vítima da ideologia nazista e aborda a trajetória de dor e aniquilação durante a Segunda Guerra Mundial; Em “Holocausto: Crime Incomparável – Com o testemunho de sobreviventes”, a palestra trata das mazelas da época e traz depoimento de pessoas que vivenciaram o sofrimento na pele; Por fim, o público terá a oportunidade de conferir “O Código Penal Judaico”, finalizando a programação cultural.

Torá de Bagdá

Para quem é fã de história e não perde uma oportunidade para aprender e conhecer novas culturas, o evento terá também a exposição do livro da Torá mais antigo do Brasil. Ele foi escrito em pergaminho há vários séculos e veio da cidade de Bagdá, no Iraque, quando as comunidades judaicas tiveram que sair do país e migrar para o Brasil, após a independência de Israel. Pela 1ª vez ele será apresentado ao grande público. Ficará em exposição nos três dias, sendo realizadas atividades de leitura e recitação junto aos alunos visitantes.

Arena Gastronômica

No domingo, a feira contará com um espaço gastronômico com diversas barracas organizado pelo Canal Deli Tube, de Maurício Schuartz. A área de alimentação terá opções para todos os gostos que vão desde a culinária típica judaica, até comida japonesa, sanduíches, doces e sorvetes. Entre os estabelecimentos parceiros estão Smokedeli, Sushi Yam, Sorvete Discreto, Chef Yoni, Zil Bakery, Vinik Bebidas e Ten Pão, a Padaria do Ten Yad, que levará pães, bolos, doces, todos Kasher, ou seja, alimentos que foram preparados de acordo com as leis judaicas de alimentação.

Livros por menos da metade do preço, atividade para criançada e muitas outras atrações

O evento traz a oportunidade de encontrar importantes livros em português, inglês e hebraico, de diversas editoras, com muitos lançamentos e republicações de campeões de venda, com 30 a 60% de desconto. No domingo, dia 21, a feira estará aberta ao público em geral e, nos outros dois dias, para escolas. Professores que vierem com suas classes ganharão um kit de livros da Maayanot para a biblioteca da sua escola. Haverá descontos especiais para alunos.

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O visitante que comparecer na feira poderá ainda conferir workshops, debates, palestras e sessões de autógrafo. Com a participação das editoras Maayanot, Sefer, Beit Lubavitch-RJ, Ateret Israel, Makom, Bait e Or Yossef Yeshiva College, a ação contará com atrações para toda família, inclusive com um Espaço Kids, uma área de recreação e programação especial, uma oficina com contação de histórias judaicas, onde haverá brincadeiras e perguntas e respostas valendo prêmios em livros.

A entrada é gratuita, precisando apenas do cadastramento no link – Feira do Livro

Palestras

– 10h30 às 12h – O Futuro da Educação e os Desafios da Pandemia

Palestrantes – Dra Claudia Costin, Professor Marcelo Firer, Rab, Sammy Pinto, Professor Clóvis Castanho

Lançamento: Janusz Korczak – Uma Vida em Defesa da Infância – Autora: Sarita Mucinic Saruê

– 13h30 às 14h45 – O Futuro da Mídia Judaica – Considerações e Debates

Palestrantes: Gustavo Erlichman (Pletz), Nessim Hamaoui (Kadimah), Joel Rechtman (Tribuna), Tânia Tarandach (Revista Hebraica) e Dov Bigio (WebJudaica)

– 15h às 16h45 – A Pessoa com Deficiência no Nazismo

Palestrantes: Maura Palumbo, Dr André Naves, Dr Jorge Nudel e Tuca Munhoz

– 17h às 18h15: Holocausto – Crime Incomparável – Com o Testemunho de Sobreviventes

Palestrantes: Professora Maria Luiza Tucci Carneiro, Professora Raquel Mizhahi, Professor Márcio Pitliuk e Sarita Mucinic Saruê

Lançamentos: Vozes do Holocausto, Volume V e VI – Autoras: Maria Luiza Tucci Carneiro e Raquel Mizhahi

Álbum Sobreviventes, Volume II – Autores: Márcio Pitliuk e Luiz Rampazzo

– 18h15/19h30: O Código Penal Judaico

Palestrante: Rab. Shamai Ende

Lançamento do Talmud: Tratado Sanhedrin em Português

Serviço:

– 5ª Feira do Livro Judaico em Português

Data: Domingo 21 de agosto

Horário – 9h às 19h30

Segunda e terça-feira programação especial para escolas

Local: Espaço Orá Vessimchá, localizado na Rua Newton Prado 76, Bom Retiro, Centro

Entrada gratuita

Entrevista: Sander Mecca, ex-Twister, lança sua segunda autobiografia


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Sucesso nos anos 2000, líder da banda Twister, Sander Mecca provocou suspiros e até “40 graus de febre” nos fãs da época. Agenda lotada, compromissos inúmeros, uma vida contratualmente regrada, e até um fatídico episódio de abuso sexual, fizeram o músico buscar a liberdade de uma forma perigosa, as drogas. O cantor pagou um alto preço em sua vida até entender que precisava realmente de ajuda e encarar de frente a luta contra a dependência química.

Num papo informal sobre o lançamento do seu novo livro, o qual faz questão de vender pessoalmente, em sua rede social, fizemos o convite para um bate-papo no nosso site. Ele topou de cara e por telefone mesmo, Sander Mecca nos falou abertamente da nova fase em que está vivendo. A espera da pequena Sofia, fruto de seu relacionamento com a Adriana, que tem uma curiosa e apaixonante história com o cantor, contou que está limpo há 4 meses, reescrevendo sua história em seu novo livro “Correntes Invisíveis”.

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Em um bate papo muito franco sobre vida nas drogas, novos projetos e a biografia, Sander afirma que seu livro é um grito de alívio e um alerta para quem possa sofrer situações semelhantes. Segundo o músico, este divã literário, não é narrado na ordem cronológica, mas são relatos francos que o ajudam a entender o processo do seu tratamento e um incentivo para quem quer fazer uma história diferente e sair do buraco negro que as drogas podem levar. Confira o bate papo com o cantor!

Acesso Cultural: Sander é um prazer tê-lo aqui no Acesso Cultural. E vamos começar falando dessa nova fase que você está vivendo. Prestes a ser papai e, literalmente, reescrevendo sua história, como você pode descrever esse momento da sua vida?

Sander Mecca: Eu estou muito feliz, por ter a oportunidade de ser pai. Eu não imaginei que ia conseguir parar de usar droga e quiçá ser pai. Com uma pessoa que amo, uma parceirona que é a Adriana, a gente tá muito feliz esperando a Sofia. Oportunidade de construir uma família com alguém que é importante para mim, eu tô curtindo o momento, comprando as coisinhas, montando enxoval, aproveitando juntos esse momento, esperando a Sofia chegar. Eu tô muito feliz por estar limpo, por poder ser um parceiro pra Adriana estar ao lado dela nos exames, pensando nas roupinhas, no berçinho….Esse momento todo é muito mágico.

AC: A Adriana, sua esposa, foi fã da banda Twister. Conta pra gente como foi esse reencontro de vocês.

SM: A Adriana foi super sortuda e ganhou uma viagem pro Caribe, um cruzeiro para as Ilhas do Caribe, com o Twister e nós nos conhecemos lá. Isso foi no ano de 2001, no auge do Twister. Foi uma viagem muito especial, muito bacana. E nós voltamos a nos falar na pandemia, através das redes sociais, ela me deu uma canseira de seis meses (sorri enquanto relembra), mas ficamos juntos e estamos juntos e felizes aguardando a chegada da Sofia (primeira filha do casal).

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AC: Você acabou de lançar uma nova autobiografia intitulada “Correntes Invisíveis” quais são essas correntes invisíveis na sua vida hoje?

SM: As Correntes Invisíveis são pra mim, e não tem como deixar de ser, a adicção a qual me torna escravo da droga, do álcool e qualquer substância que me tire da realidade e torne escravo mesmo. Eu me drogava para viver e vivia para me drogar. Eu estou limpo há quatro meses e meio, porém, ela não deixa de ser uma corrente invisível. Por que eu tenho que viver sempre com todos os cuidados e terapia para eu poder ter uma vida de qualidade. Posso ter, como já estou tendo (uma vida de qualidade), mas com todos os cuidados.

AC: O seu primeiro livro foi o “Inferno Amarelo”, o qual, recentemente, foi relançado em uma edição super especial, com fotos e novos depoimentos de amigos. Voltando um pouquinho no tempo, quais as diferenças que você enxerga daquele jovem Sander com 19 anos de idade e do Sander de agora?

SM: A diferença que eu vejo do Sander de 19 anos, quando escreveu o “Inferno Amarelo” e o Sander de agora é a consciência do problemão que é a droga na minha vida. Aos 19 anos, eu não tinha a menor ideia, eu achava que eu tinha controle, não sabia que seria tão difícil eu ficar sem usar droga um dia que fosse. Não tinha ideia que fosse uma doença incurável e fatal. Eu não olhava para droga como uma doença grave.

AC: Você encerra o “Correntes Invisíveis” falando um pouco das “meias verdades” trazidas no primeiro livro. Em que momento você enxergou a necessidade de falar abertamente das coisas que foram ocultadas no passado?

SM: Eu termino o “Correntes Invisíveis” falando das meias verdades que tinha no primeiro livro e eu desmistifico essas meias verdades. Eu fiz isso por que, primeiro o que me trouxe a fazer isso foi meu processo de terapia que eu faço há muito tempo e o processo de recuperação que é importantíssimo pra eu me livrar dessas mentiras. Quando eu passei a estudar e a entender a minha doença, que é a adicção, eu passei a entender que a mentira é um problema e um sintoma da doença. Então, em recuperação eu preciso me livrar das mentiras que eu trago na minha vida, né? Não é que foram mentiras, era o olhar que tinha paras as coisas naquela época e muita coisa eu não contei porque eu tinha medo, não tive coragem de falar eu tinha só 19 anos. Faz parte do meu processo de recuperação, me livrar das mentiras do passado e não repetir isso no meu presente.

AC: Com tudo o que você já viveu. Se você tivesse o poder de reviver um momento e apagar completamente um outro momento da sua memória. Quais seriam e porquê?

SM: Eu acho que tudo é importante para o que nós somos hoje, tudo que a gente viveu faz o que a gente é hoje. E cabe a gente lidar com o dia de hoje e com as consequências. Por isso que a gente tem terapia para fazer e ajuda muito nesse processo. Eu sou uma pessoa que vive o dia de hoje, e claro, o que eu posso fazer de diferente daqui pra frente eu tomo cuidado com meu olhar e o meu jeito de viver para que não se repitam os mesmo erros e as mesmas escolhas.

AC: Estamos vivendo em um “mundo pós-pandêmico”, embora a pandemia não tenha de fato acabado, muitos ainda estão retomando discretamente suas atividades. Você tem planos na música, algum projeto em que esteja trabalhando?

SM: A música continua sendo a minha essência, eu não vivo sem música. Eu quero gravar um álbum. Até agora eu ainda não consegui gravar um álbum inteiro, tenho alguns singles que eu lancei. Eu tenho um projeto de gravar um álbum inteiro, só de músicas inéditas. Na pandemia, como não tinha lugar pra tocar, eu busquei outra fonte de renda pra mim e acabei gostando muito de fazer o que eu tô fazendo hoje que são as minhas comidas. O Mecca Gourmet foi uma opção de fonte de renda e acabei gostando do que eu tô fazendo e ficou em primeiro lugar. Então, shows não é uma coisa que eu vou fazer, até porque a música me leva pra alguns lugares que não faz muito sentido na minha recuperação. Eu não frequento mais bares, casas noturnas, então os shows que eu for fazer serão mais em teatros. O que eu quero fazer, o meu próximo projeto é gravar um álbum de músicas inéditas. Eu não vou deixar de fazer música, não!

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Sander fará sua primeira apresentação, após mais de anos, pós-pandemia. O show está marcado para o próximo dia 17 de Setembro, no Teatro Rotina Bar e Restaurante, em Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. Mais Informações aqui!

Ana Alvarez lança seu sétimo livro “Falei sem Pensar”


Créditos: Ana Alvarez / Divulgação


Como se comunicar melhor para evitar conflitos em relacionamentos pessoais e profissionais? Como lidar com o medo de falar em público? Como deixar de lado a insegurança e aprender a ser mais assertivo em uma reunião, sem agressividade e sem submissão?

O modo como nos comunicamos determina quem somos, a forma como habitamos o mundo e como somos percebidos. Uma boa comunicação envolve muito mais do que a fala: passa por dicção, vocabulário, ritmo, pausas, postura do corpo, olhares e gestos. E também, por saber ouvir o outro e por usar da melhor forma o tempo e a atenção dos interlocutores.

O livro da Fonoaudióloga, Especialista em Linguagem e Doutora em Ciências, Ana Alvarez, ressalta que a qualidade da comunicação é essencial para a compreensão e a harmonia entre todas as pessoas. E prepara o leitor para a construção de uma boa estratégia para lidar com os desafios mais comuns da comunicação e também para alcançar habilidades de persuasão no cotidiano ou em situações difíceis. “Como seres humanos, somos vulneráveis a ações e palavras. Sabendo que a vida é uma onda, conviver envolve colocar-se no lugar do outro e avaliar a melhor maneira de comunicar nossos desejos, ideias, sentimentos e planos. Além de aprender a driblar a impulsividade, que nos leva, muitas vezes, a ferir ou humilhar o outro“, diz Ana.

Falei Sem Pensar‘ é o resultado de mais de 35 anos de experiência da autora, que além de atuar na área de atendimento clinico, é pesquisadora nas áreas de audição, memória e comunicação. Todo valor dos direitos autorais da escritora, por todo tempo que o livro estiver à venda, será revertido para ONG Orienta Vida, que desde 1999 orienta e qualifica mulheres por meio do artesanato, oferecendo-lhes oportunidade de renda e autonomia.