MISERY, adaptação do romance de Stephen King estreia no Teatro Porto Seguro


Créditos: Leekyung Kim


O romance Misery – Louca Obsessão, escrito nos anos 1980 pelo autor norte-americano Stephen King, um dos autores mais traduzidos e adaptados para o cinema e teatro no mundo inteiro, ganhou versão para o cinema assinada por William Goldman. Traduzida e adaptada para o português por Claudia Souto e Wendell Bendelack, Misery ganha montagem cênica que chega ao Teatro Porto Seguro, nesta sexta-feira ( 4 de fevereiro) . A produção e realização é de Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções.

A peça conta a história de Paul Sheldon (Marcello Airoldi), um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados pela personagem Misery Chastain. Após sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes (Mel Lisboa). A simpática senhorita é também uma leitora voraz de sua obra e se autointitula principal fã do autor.

Misery teve duas outras montagens nacionais para o teatro: a primeira, de 1994, chamava-se Obsessão, foi dirigida por Eric Nielsen e tinha como o casal protagonista Débora Duarte e Edwin Luisi. Em 2005 foi a vez de Marisa Orth e Luís Gustavo interpretarem a peça sob direção do espanhol Ricard Reguant.

A montagem de Lenate, no entanto, é a primeira adaptação direta do texto de William Goldman. Entre as versões internacionais, destacam-se a montagem da Broadway protagonizada por Bruce Willis e Laurie Metcalf em 2015 (por sua interpretação, Laurie foi nomeada para o Tony Award de Melhor Atriz de Teatro) e a versão mexicana de 2011, que conta com o renomado ator Demián Alcázar e Itatí Cantoral. Ao todo, Misery já foi montado para o teatro em dez países.

No cinema, uma versão de 1990 tornou-se uma das adaptações mais conhecidas a partir da obra de King e consagrou-se como sua terceira maior bilheteria, atrás apenas de The Green Mile e 1408. Kathy Bates ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Atriz por sua performance. O filme teve direção de Rob Reiner e James Caan interpretou Paul Sheldon.

A MONTAGEM

Misery já foi adaptado para o teatro a partir do roteiro de Goldman em dez países, entre eles Alemanha, Áustria, Nova Zelândia e Canadá.

A nova montagem brasileira traz um olhar contemporâneo para essa obra. “A personagem da enfermeira Annie Wilkes, obcecada pelo escritor Paul Sheldon, sempre foi retratada no teatro e no cinema de forma estereotipada, como louca e histérica, enquanto Paul ocupava sempre o papel de vítima. Procuramos nesta montagem trazer uma Annie mais esférica, olhar para dentro dela e ampliar as possíveis leituras desta obra para além daquela que coloca o gênero feminino no lugar da instabilidade trágica que precisa ser comandada pelo masculino” comenta o diretor Eric Lenate.

Lenate, que também assina a arquitetura cênica e os adereços, optou por um cenário circular, que esconde algumas partes sempre que mostra outras, uma transformação cênica que causa uma certa sensação de ilusão de ótica no público, tudo isso com o auxílio do desenho de luz de Aline Santini, figurinos e visagismo de Leopoldo Pacheco e Carol Badra, trilha sonora, sonoplastia e engenharia de som de L. P. Daniel e direção audiovisual de Júlia Rufino.

A direção de produção desta montagem é de Bruna Dornellas e Wesley Telles e a assistência de direção é de Mariana Leme. Este espetáculo é patrocinado pela ArcelorMittal e Porto Seguro através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério do Turismo.

SINOPSE: Após sofrer um grave acidente de carro, o famoso escritor Paul Sheldon, conhecido pela série de best-seller sobre a personagem Misery Chastain, é resgatado pela enfermeira Annie Wilkes. Autointitulada a principal fã do autor, Annie se revolta com o desfecho trágico da personagem Misery descoberto em um manuscrito de Sheldon e o submete a uma série de torturas e ameaças.

SERVIÇO

MISERY

Estreia dia 4 de fevereiro de 2022 no Teatro Porto Seguro em São Paulo (SP).

Temporada até 27 de março de 2022

Sexta a domingo (sextas e sábados, às 20h e domingos, às 19h)

As sessões aos domingos contam com intérprete de Libras

Ingressos: Plateia: R$ 80 / Frisas e balcão: R$ 60

Classificação: 14 anos

Duração: 120 minutos

Gênero: Suspense

TEATRO PORTO SEGURO

Al. Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elíseos – São Paulo.

Telefone (11) 3366.8700

Bilheteria:

Aberta somente nos dias de espetáculo, duas horas antes da atração.

Clientes Cartão Porto Seguro têm 50% de desconto.

Clientes Porto Seguro têm 30% de desconto.

Vendas: www.sympla.com.br/teatroportoseguro

Capacidade: 356 lugares (70% da capacidade)

Formas de pagamento: Cartão de crédito e débito (Visa, Mastercard, Elo e Diners).

Acessibilidade: 10 lugares para cadeirantes e 5 cadeiras para obesos.

Estacionamento no local: Estapar R$ 20,00 (self parking) – Clientes Porto Seguro têm desconto.

Para acessar o Teatro Porto Seguro, será necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 original ou digital (disponível nas plataformas ConectSUS, e-SaúdeSP e Poupatempo), conforme os protocolos das autoridades sanitárias. Além disso, é obrigatório o uso de máscaras antes, durante e após o espetáculo.

” A Queda” estreia no Espaço Cênico do Sesc Pompeia


Créditos: Priscila Prade


Fundado em 2007, o Teatro de Perto tem como principal objetivo montar espetáculos baseados essencialmente no trabalho de interpretação do ator lançando mão, principalmente, de textos novos criados especialmente para esse vasculho. Outra característica é a eliminação de grande parte da cenografia, priorizando assim o jogo entre o ator e o público. O nome Teatro de Perto foi escolhido porque olha e quer ver os olhos, os do público e os do próprio ator.

Depois dos espetáculos Café com Torradas, de Gero Camilo, que estreou em 2006, no Teatro Julia Bergman em SP, e Um Segundo e Meio, de Marcello Airoldi, que estreou em 2008, no Sesc Consolação, O Teatro de Perto apresenta seu novo projeto de criação com a montagem do espetáculo A Queda, texto também de Airoldi. Trata-se, portanto, do terceiro espetáculo do projeto Trilogia Intima do Teatro de Perto, composto de pesquisa e criação de 03 solos reunindo temáticas que apontam aspectos muito íntimos do ser, tocando em segredos de espírito e simbologias que a partir do particular e individual, refletem no coletivo, no social. Nesta jornada vertical, digamos assim, a queda provoca o personagem e o publico a refletirem sobre preconceitos e machismo, misturando esses temas com questões ancestrais, como a busca e questionamentos sobre religiosidade e Deus.

Créditos: Priscila Prade

Autor também dos textos Um Segundo e Meio, A Casa do Gaspar ou Káspar Hauser, o órfão da Europa, e o infantil Mequetrefe Sorrateiro (Ganhador como Autor Revelação no Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem), Airoldi afirma que “A Queda é a trajetória de um homem simples que precisa se desfazer de tudo que não serve mais. No fundo ele está à procura de um novo ser, em busca de renovação. A peça lembra a importância da arte como ferramenta de reflexão e comunicação entre os homens. A arte torna possível ao homem se reelaborar e evoluir”.

Um homem está numa queda livre e convida a plateia a presenciar este acontecimento. Neste percurso sua única companhia, além do público, é um pássaro que tem a função de arrancar seus membros, vísceras e memória, à medida que se aprofunda na queda. Antes de perder tudo o que possui, ou tudo o que seu corpo e espírito carregam, o homem tenta elaborar os significados deste “milagre”, despedindo-se de tudo o que compõe a sua história. Seu corpo, sensações, sentimentos, religião, conceitos, começam a desaparecer.

Enquanto cai, este homem se aprofunda cada vez mais em si mesmo, num mergulho seminal que o faz rever desde os princípios que o capacitaram para a vida social, até suas origens míticas, numa espécie de reação em cadeia invertida, que caminha do expandido para o mais intimo e sutil, lhe devolvendo o encanto de lembrar-se de si e de sua civilização.

O diretor Nelson Baskerville questiona: “É o homem que está caindo ou ele está parado vendo a queda da própria plateia? O importante é que nesse movimento intenso de queda, o homem assume as rédeas da sua vida e revê, ponto a ponto, todos os acontecimentos passados ou futuros. Marcello Airoldi estará sozinho no palco. Um homem só. Num palco. Nos fazendo perceber que somos sós ao nascer e sós ao morrer, criando uma vertigem na plateia, que se verá obrigada a montar/editar o enorme quebra-cabeça que estará à sua frente. A vertigem do homem é de uma lucidez absurda. Teatro para levarmos para casa e refletirmos sobre vida-amor-e-morte,” afirma.

Serviço
A QUEDA

SESC POMPEIA

Espaço Cênico ( lugares)

Rua Clélia, 93

Informações: 3871-7700

Bilheteria: Terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h

Ingressos à venda pelo Portal sescsp.org.br e em toda rede Sesc SP

Quinta a Sábado às 21h30 | Domingos e Feriados às 18h30

Ingressos: R$ 20

R$ 10 (meia-entrada: estudante, servidor de escola pública, +60 anos, aposentado e pessoa com deficiência)

R$ 6 (credencial plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes)

*Não haverá apresentação dia 19/04, sexta*

** Sessão extra dia 01/05, quarta, às 18h30**

Duração: 60 minutos

Recomendação: 16 anos

Gênero: monólogo

Estreia dia 11 de abril de 2019

Curta Temporada: até 05 de maio