O museu FAMA – Fábrica de Arte Marcos Amaro, instituição sediada em Itu, no interior de São Paulo, traz ao público novas exposições e atrações em seus espaços expositivos. Artista multidisciplinar, Gilberto Salvador apresenta A onda, a água e o mundo flutuante, mostra que reúne na sala 5 gravuras e pinturas. Com curadoria de Ana Carolina Ralston e orientação de Katia Salvany, 19 artistas de Itu e arreadores exibem suas criações nas salas 6 e 7. A Academia de Arte, novo espaço do museu, apresenta obras emblemáticas do acervo de Marcos Amaro, colecionador e presidente da instituição. Figuram trabalhos de artistas como Nuno Ramos, Alexandre da Cunha, Amélia Toledo, Lais Myrrha e Luca Parise.
Créditos: Beto Mellao
Serviço
A onda, a água e o mundo flutuante, individual de Gilberto Salvador Período expositivo: até 1 de março Curadoria: Ricardo Resende Local: Sala 5 | Fábrica de Arte Marcos Amaro Endereço: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9, Itu — SP. Visitação: segunda a sexta-feira, das 11h às 19h e sábado de 11h às 15h
Meios e Processos, coletiva Período expositivo: até 1 de março Curadoria: Ana Carolina Ralston Local: Salas 6 e 7 | Fábrica de Arte Marcos Amaro Endereço: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9, Itu — SP. Visitação: segunda a sexta-feira, das 11h às 19h e sábado de 11h às 15h
Academia de Arte Exposição permanente Local: FAMA – Fábrica de Arte Marcos Amaro Endereço: Rua Padre Bartolomeu Tadei, 9, Itu — SP. Visitação: segunda a sexta-feira, das 11h às 19h e sábado de 11h às 15h
Moulin Rouge on Blanc e Três Moiras são as obras que o artista plástico e empresário Marcos Amaro está expondo na 14ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba. As obras estão instaladas na parte externa, dentro do lago do Museu Oscar Niemeyer (MON) e ficam expostas para o público até o dia 1º de março de 2020, com a curadoria de Massimo Scaringella.
Filho do fundador da TAM, Rolim Amaro, o artista plástico criou sua arte inspirado na sua autobiografia, transformando peças de sucata de aviões em obras de arte tridimensionais. De acordo com o curador e crítico de arte Ricardo Resende, a obra Moulin Rouge on Blanc, à primeira vista, é um acúmulo de lembranças aeronáuticas, dando sobrevida com afeto as velhas carcaças de aviões, antes, obsoletas. Mesmo que destinadas à contemplação, a obra é carregada de memória – não só da aviação, mas que também remetem ao desejo do homem de voar. “O artista lança mão de uma tridimensionalização do plano, combinando partes até resultarem em formas inusitadas. Sem perder, entretanto, a busca por uma coerência interna, um caminho e pensamento de ordenação, em que uma geometria meio disforme se expande ao longo da imensidão do espaço aéreo“, ressalta o crítico.
Créditos: Rafael Dabul
Além da exposição de Marcos Amaro, dois artistas da Galeria Kogan Amaro, Daniel Mullen e Isabelle Borges vão expor suas obras na Bienal de Curitiba. Com curadoria de Tereza de Arruda, a instalação Espaço Inefável é assinada por Isabelle Borges. Já Daniel Mullen, sob a curadoria da argentina Gabriela Urtiaga, expõe a obra 69-100 (Ano 2019).
Quem é Marcos Amaro? — Nascido em 27 de setembro de 1984, em São Paulo (SP) Marcos Amaro é empresário, mecenas, artista plástico e colecionador de arte. Estudou economia na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e formou-se em filosofia pelo Instituto GENS de Educação e Cultura. Como desenhista e escultor, realizou exposições em grandes museus e centros de cultura pelo mundo e participou de feiras internacionais como SP-Arte, Art Basel e Art Zurich.
À frente da Fundação Marcos Amaro (FMA), apoia projetos de arte e cultura. Em 2018, fundou o museu Fábrica de Arte Marcos Amaro (FAMA), em Itu, onde expõe a público sua coleção de quase 2 mil obras. Com curadoria inventiva, a FAMA tem raridades plásticas que vão de Aleijadinho a Tunga, passando por Leda Catunda, Nelson Leirner e muito mais — a entrada é franca.
Créditos: Rafael Dabul
Marcos também é idealizador da FAMA Campo, um museu de land art a ser inaugurado em Mairinque ainda em 2019. E, junto da esposa, a pianista russa Ksenia Kogan, comanda a Galeria Kogan Amaro, em São Paulo, com portfólio de 30 artistas de estilos variados — entre eles, Isabelle Borges e Daniel Mullen, também em cartaz na Bienal.
Atualmente, Marcos é conselheiro do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp).
Bienal Internacional de Curitiba — Nesta edição da Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Curitiba o tema é “Fronteiras em Aberto”, assinado pelos curadores Adolfo Montejo Navas e Tereza de Arruda. Esta edição ocupará todos os museus e centros culturais de Curitiba e também terá sedes em outras cinco cidades do Paraná, além de Florianópolis (Santa Catarina) e Brasília (Distrito Federal).
O maior museu de arte da América Latina é também a maior sede do evento, apresentando o trabalho de aproximadamente 100 artistas. A programação geral terá a participação de artistas dos cinco continentes, com destaque para artistas da Rússia, Índia, China e África do Sul – países membros do bloco Brics.
Marcos Amaro passou por uma gestação, seguida de um silêncio tão grande escutando os murmúrios de seus pensamentos que deu à luz a Partenogênese. A série inédita de desenhos produzida durante um período que esteve longe do Brasil está exposta na Biblioteca Mário de Andrade. Bem como em Macunaíma, quando Mário de Andrade, em 1928, buscava sintetizar o caráter brasileiro do ponto de vista cultural, político e social, o artista paulistano mostra sua essência por meio do suporte que lhe é mais íntimo. Com curadoria de Ana Carolina Ralston, a mostra reúne 14 desenhos que protagonizam as memórias do artista, narradas desde o início da concepção até o ato de dar à luz um ser.
A história do herói sem nenhum caráter, Macunaíma, tornou-se um dos mais importantes livros brasileiros no contexto em que o modernismo buscava desvendar uma verdadeira identidade brasileira – livre de referências eurocêntricas. A curadora da mostra sugere que o fundo mato-virgem – onde a índia tapamunhas deu à luz Macunaíma – é onde Marcos Amaro renasce nostalgicamente. “Quando estou fora, consigo me distanciar melhor das influências externas – tudo fica mais seco, árido e, consequentemente, mais prolífico dentro de mim”, explica Marcos Amaro.
Créditos: Divulgação
Gerar, nascer e renascer. Os desenhos do artista dispõem-se na Sala Oval da Biblioteca Mário de Andrade em torno do ser partenogênico, materializado em uma serra de fita. A apropriação do objeto usado há dezenas de anos para cortar tecidos é o vínculo direto ao universo materno de Amaro – sua mãe, estilista, sempre fez da produção de vestimentas uma forma de alinhavar a relação com o filho.
A série revela o olhar do artista para o antes e a força da criação. “Na partenogênese, o embrião se desenvolve sem a fecundação. Apenas espécies que não dependem do sexo oposto conseguem chegar a tal intimidade consigo mesmas a ponto de gerar uma vida dessa forma única”, pontua a curadora. É o que Marcos Amaro faz por meio do desenho, o gênero mais íntimo e livre em sua produção multidisciplinar, capaz de transportar o público para dentro de seu universo.
Serviço Partenogênese, de Marcos Amaro Local: Biblioteca Mário de Andrade Abertura: 01 de maio, quarta-feira, às 11h Período expositivo: 02 de maio a 23 de junho Endereço: Rua da Consolação, 94 – República Visitação: diariamente, das 8h às 20h.
Com uma série que transita entre a pintura e a escultura, o artista investe em substâncias industriais diversas, de densidades que transitam entre o sólido e o fluído
Por Andréia Bueno
Fragmentos de uma trajetória poética amparada pela matéria. É esse o tom da nova série do artista visual Marcos Amaro, que, no dia 8 de novembro, às 19h, inaugura sua exposição individual Aquilo que resta, na Luis Maluf Art Gallery. Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a mostra apresenta um recorte inédito de 11 trabalhos em que explora diferentes substâncias. Óleos, gorduras, betumes sobre chapas, latarias e fuselagens são combinados de modo a sugerir uma pintura matérica, que caminha entre o bidimensional e o tridimensional.
Foto: Divulgação
Com uma densa produção escultórica, Marcos Amaro migra para a pintura, mas não deixa de construir grandes volumes. O impacto visual de sua obra está nos materiais que explora e na relação que estabelece com os espaços que ocupa. A paleta de cores de seus trabalhos transita entre os tons que o cercam em seu ateliê de pintura, remetendo à degradação provinda do tempo. Os pontos de cor observados, por sua vez, revelam o que vibra em meio ao caos.
A mostra, que também se relaciona com o poema Resíduo, de Carlos Drummond de Andrade, revela aquilo que resta, que resiste e persiste do discurso poético do artista Marcos Amaro. “O trabalho é puramente matéria, dessa vez, explorada em uma pesquisa que transcende a trajetória artística marcada pelo uso de material aeronáutico ressignificado. Nessa produção inédita, revelo o compromisso com uma ação artística sólida, importante no contexto de realidades líquidas em que estamos inseridos”, conta o artista.
Serviço:
Luis Maluf Art Gallery
Aquilo que resta, Marcos Amaro
Abertura: 08 de novembro, às 19h
08 novembro a 08 de dezembro
Rua Peixoto Gomide, 1887 – São Paulo
Terça a sexta, 11h às 20h
Sábado, 11 às 18h
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