Por Monise Rigamonti
Último livro da Série Hacker, o livro Código Malicioso é o 5º exemplar da saga, composta por outros títulos como Atração Magnética, Conexão Explosiva, Intensidade Máxima e Potência Extrema. Publicada pela escritora americana Meredith Wild, foi lançado no Brasil em 2016, pela editora Agir, e pode ser encontrado nas grandes livrarias como Saraiva, Fnac e outras.
Foto: Divulgação
Como era esperado, a fluidez da leitura é contínua e envolvente, alternando entre a narração de Erica Hathaway e Blake Landon. Em Potência Extrema no primeiro capítulo a autora traz a voz de Blake, mas não prossegue nos outros capítulos, o que provoca uma curiosidade gigantesca. A sorte do leitor é que a narrativa é muito bem construída e o foco é desviado para outros acontecimentos. Sendo um pouco spoiler, há um momento – que não vou dizer qual, em que Blake conta como foi a sua primeira impressão ao conhecer Erica. Deixo a inquietação de presente para vocês.
Ao longo do livro, observamos uma evolução contínua dos personagens ao enfrentar os seus desafios, fluir com emoções constantes, só que desta vez sem tantos altos e baixos, mais equilibradas talvez.
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Erica Hathaway recebe um milagre inesperado, uma benção. Em contraposição, lida com alguns desafios e sobre pressão, toma algumas atitudes um tanto que imediatistas para salvar a pele do seu amado. Diferente das sagas anteriores, aqui vemos uma confiança, uma entrega, redenção e até aceitação dela perante alguns fantasmas do passado que voltam assombrar a ambos, pois a vida deles estão completamente ligadas e conectadas uma a outra. Ela vai até as últimas consequências, e transcende seus limites para salvar a pele do seu parceiro, com uma personalidade e obstinação típicas desta personagem.
Blake Landon, continua com uma personalidade rebelde, contestadora, provocadora e um gênio possessivo e dominador, características únicas e peculiares desta figura. Volta a ser assombrado pelas armadilhas de Trevor, um hacker que segue os passos do seu irmão Brian, que se suicidou ao perceber que cometera erros e seria punido por isso, mas que sempre culpou Blake, que intimamente se auto culpava, pela morte ocorrida. Existe uma agonia com relação ao desfecho deste ciclo, a impressão que passa é que de alguma maneira as coisas continuaram a se repetir, como o transcurso da vida real.
Para surpresa de todos, ele também sofre uma traição, e das pesadas. Confesso que ler o enredo se desvendando, os segredos, os mistérios aparecendo, e os confrontos, fiquei com as emoções a flor da pele, querendo entrar na história e fazer justiça com as minhas próprias mãos, e falar poucas e boas, até agredir o traidor, o pregador de peças. Em defesa do seu amado, Erica interferiu e lutou até o fim para que a verdade fosse desvendada, mas há dores e batalhas que só couberam ao Blake enfrentar.
Foto: Monise Rigamonti
Meredith Wild nos mantém conectados a história do primeiro ao último livro e capítulo da série, e deixa outras hipóteses na nossa imaginação do que poderia ter acontecido caso os personagens agissem de forma diferente, e o “se” é algo intrigante, abre espaços para outras possibilidades e narrativas. Os mistérios são desvendados e o roteiro é entrelaçado, fechando uma história como se encerra um ciclo da vida, podendo ser revivido, ou se tornar apenas uma memória.