Cássia Kis em cartaz no Rio com ‘Meu Quintal É Maior do que o Mundo’


Créditos: Gal Oppido


Cássia Kis descobriu a poesia de Manoel de Barros (1916-2014) nos anos 80, encantou-se com sua obra e passou anos se correspondendo com ele. A imensa admiração se transformou em amizade e agora, depois de uma década longe do teatro, a atriz volta aos palcos para realizar um sonho: encenar um texto do escritor. Concebida a partir do autobiográfico Memórias Inventadas, de poesia em prosa, a peça Meu Quintal é Maior do que o Mundo tem direção de Ulysses Cruz, parceiro de Cássia há 40 anos, com quem ela divide também a estruturação do roteiro.

Meu Quintal é Maior do que o Mundo estreia no Rio no dia 21 de março, para curtíssima temporada na Cidade das Artes, depois de arrebatar o público de São Paulo em janeiro e fevereiro, onde ficou em cartaz por quatro semanas. Depois, segue para turnê nacional. Cássia divide o palco apenas com Gilberto Rodrigues, que executa a música ao vivo em cena e também assina a direção e criação musical.

Serão apenas quatro apresentações no Rio, de 21 a 24 de março, com sessões quinta, sexta e sábado às 21h, e domingo às 20h. A produção é de Gustavo Nunes, diretor da Turbilhão de Ideias Entretenimento, parceiro há muitos anos de Cássia Kis e Ulysses Cruz, o que motivou a união para criar este projeto. A Turbilhão de Ideias, sediada no Rio de Janeiro, circula com seus espetáculos por todos os estados do país. Entre suas produções, destacam-se Perfume de Mulher, a mais recente, e Cássia Eller, o Musical.

Créditos: Gal Oppido

Projeto pessoal idealizado por Cássia Kis, Meu Quintal é Maior do que o Mundo não é um sarau ou declamação de poemas e sim uma encenação dramatúrgica. Não se configura como um espetáculo na estrita concepção do termo, mas de uma peça de teatro, por sua característica mais intimista. A relevância da montagem se dá tanto pela estreita ligação da atriz com Manoel de Barros como pela década que passou longe do teatro (sua última peça foi O Zoológico de Vidro, de 2009).

Encenação em três blocos

Para o ponto de partida na concepção da encenação, Ulysses recorreu à memória, lembrou dos tempos em que dava aulas de teatro, quando usava o livro Improvisação para o Teatro, espécie de manual, de Viola Spolin. Assim, com base em três conceitos contidos no livro – onde se passa a ação, quem está na ação e o que estão fazendo – Ulysses selecionou com Cássia os 18 textos. O trabalho incluiu a necessidade de ligar um texto ao outro para ampliar a ideia de continuidade (“pois cada texto, todos curtos, encerra em si o mundo”).

“O bloco ONDE reúne textos com as descrições dos cenários que Manoel de Barros faz de seu mundo. O segundo bloco, QUEM, traz os textos que mostram quem é a pessoa que descreve aqueles cenários. Finalmente, os textos do O QUE trazem os objetos de inspiração do poeta. A peça tem em sua estrutura uma abertura, onde o público entende quais são as fontes do poeta. O bloco um traz a chegada ao quintal, simbolizada pelo tapete. O segundo bloco apresenta quem é o escritor. São textos que falam do menino, do homem e do velho Manoel de Barros”, informa Ulysses Cruz.

O compromisso de Ulysses Cruz foi construir uma peça que se comunicasse com a plateia de uma maneira fluida, daí a divisão em blocos. O encenador também se colocou no lugar do público e diz que gostaria que ele sentisse “a alegria de ouvir textos tocantes, supreendentes, lindos, felizes, angustiados, dramáticos, engraçados e bem-humorados”. Por ser uma prosa poética, Ulysses Cruz afirma que “a peça vai na contramão do que tem em cartaz hoje”.

Para construir a atmosfera sonora da montagem, o criativo convidou o músico Gilberto Rodrigues (com quem já havia trabalhado em Leão no Inverno). A presença da sonoridade do vibrafone foi o único pedido ao músico. Para criar a luz, juntou-se à equipe o jovem Nicolas Caratori, estreando como light designer. Para realizar o trabalho físico da atriz, a direção de movimento foi entregue a Cynthia Garcia, “pupila” de Ivaldo Bertazzo. “As demandas corporais são complexas, afinal a peça fala de um menino com 5 anos, um jovem de 15, um homem de 40 e um velho de 85, num quintal, que é um tapete”, diz Ulysses.

Serviço

Teatro Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300 – Barra da Tijuca.

Temporada: 21 a 24 de março.

Horários: quinta, sexta e sábado às 21h e domingo às 20h.

Duração: 60 minutos.

Ingressos: R$ 120,00. (Ingresso Rápido e bilheteria do Teatro Cidade das Artes).

Meu Quintal é Maior do que o Mundo tem sessões extras


Créditos: Gal Oppido


Conhecedora da obra de Manoel de Barros (1916-2014), a atriz Cássia Kis se considera uma excelente leitora do poeta e escritor mato-grossense.Tem uma relação não só com a obra, mas com o próprio, com quem passou anos se correspondendo e chegou a conviver proximamente, tornando-se amiga. Tudo começou no início dos anos 1980, quando descobriu sua poesia.

É parte da obra do autor que Cássia Kis escolheu para marcar sua volta aos palcos depois de 10 anos, ao lado do diretor Ulysses Cruz, parceiro de 40 anos e com quem divide, ainda, a estruturação do roteiro. Para executar a música ao vivo em cena também está Gilberto Rodrigues, responsável pela direção e criação musical. A peça Meu Quintal é Maior do que o Mundo estreou em São Paulo e pretende circular por diversas partes do País.

A temporada na Capital Paulista inclui 14 apresentações, até  24 de fevereiro no Teatro Sesi-SP, com sessões às sextas e sábados, às 20 horas, e domingo, às 19 horas, sempre com entrada gratuita. A produção está a cargo de Gustavo Nunes, diretor da Turbilhão de Ideias Entretenimento, que possui relação de anos de amizade com Cássia Kis e Ulysses Cruz, o que motivou a união para criar este projeto. A Turbilhão de Ideias, apesar de estar sediada no Rio de Janeiro, circula com seus espetáculos por todos os Estados do país. Dentre suas produções, destacam-se Perfume de Mulher, a mais recente, e Cássia Eller, o Musical.

Créditos: Gal Oppido

Projeto pessoal, idealizado por Cássia Kis e concebido a partir do livro Memórias Inventadas, não se trata de um sarau ou declamação de poemas e sim uma encenação dramatúrgica. Não se configura como um espetáculo na estrita concepção do termo, mas de uma peça de teatro, por sua característica mais intimista. A relevância da montagem se dá tanto pela ligação da atriz com Manoel de Barros como pela década longe do teatro (sua última peça foi O Zoológico de Vidro, de 2009).

Para o ponto de partida na concepção da encenação, Ulysses recorreu à memória, lembrou dos tempos em que dava aulas de teatro, quando usava o livro Improvisação para o Teatro, espécie de manual, de Viola Spolin. Assim, com base em três conceitos contidos no livro – onde se passa a ação, quem está na ação e o que estão fazendo – Ulysses selecionou com Cássia os 18 textos. O trabalho incluiu a necessidade de ligar um texto ao outro para ampliar a ideia de continuidade (“pois cada texto, todos curtos, encerra em si o mundo”).

“O bloco onde reúne textos com as descrições dos cenários que Manoel de Barros faz de seu mundo. O segundo bloco, quem, traz os textos que mostram quem é aquela pessoa que descreve aqueles cenários. Finalmente, os textos que trazem os objetos de inspiração do poeta. A peça tem em sua estruturada uma abertura, onde o público entende quais são as fontes do poeta. O bloco um traz a chegada ao quintal, simbolizada pelo tapete. O segundo bloco apresenta quem é aquela pessoa que descreve aqueles cenários. São textos que falam do menino, do homem e do velho Manoel de Barros”, informa Ulysses Cruz.

O compromisso de Ulysses foi construir uma peça que se comunicasse com a plateia de uma maneira fluida, daí a divisão em blocos. O encenador também se colocou no lugar do público e gostaria que ele sentisse “a alegria de ouvir textos tocantes, surpreendentes, lindos, felizes, angustiados, dramáticos, engraçados e bem-humorados”.

Serviço
Meu Quintal é Maior do Que o Mundo
De 31 de janeiro a 24 de fevereiro, sextas e sábados, às 20 horas, e domingos, às 19 horas
Teatro do Sesi-SP – Endereço: Avenida Paulista, 1313. Em frente à estação Trianon-Masp do Metrô.

Duração: 70 minutos
Capacidade: 456 lugares
Classificação indicativa: livre
Gênero: prosa poética
Informações e agendamentos: (11) 3146-7439.Grátis.
Reservas antecipadas pelo site http://www.centroculturalfiesp.com.br
Ingressos remanescentes serão distribuídos no dia da apresentação, 30 minutos antes do início da sessão.