Teatro Sérgio Cardoso recebe temporada digital do espetáculo ‘Monstro’


Créditos: Alice Jardim


Monstro, da Cia. Artera de Teatro, estreia em curta-temporada no Teatro Sérgio Cardoso Digital, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte. As transmissões digitais gratuitas via Sympla Streaming ocorrem a partir do dia 24 de junho, quinta-feira, 21h e a direção do espetáculo é de Davi Reis. Este projeto conta com o apoio institucional do Museu da Diversidade Sexual.

A peça conta a história de Léo (interpretado por Ricardo Corrêa, que também assina a dramaturgia), professor de natação de uma escola infantil que decide se candidatar a adotar uma criança. Tudo vai bem, até acontecer uma situação na qual um de seus alunos de sete anos o chama de gay. Este professor, então, resolve falar abertamente sobre o que é ser gay, encorajando uma cultura de aceitação e inclusão entre os seus alunos.

O olhar social transforma este homem em um ser monstruoso, não recomendado à sociedade. A partir do desejo de adoção, a peça faz um retrato sobre um homem que vai perdendo seus poucos direitos. Poderia ser a história de um homem que teve uma lâmpada estourada em seu rosto na Avenida Paulista, a de uma travesti que teve o seu coração arrancado ou a de um jovem morto e queimado por sua própria mãe. Mas é, sobretudo, a história de Léo.

Créditos: Alice Jardim

“E se perdêssemos nossos direitos? O que seria família no contexto contemporâneo? O que define as funções sociais de pai e mãe nos múltiplos arranjos familiares da atualidade? Vivemos uma reconstrução de paradigmas, a fim de incluir socialmente a família homoafetiva, estas novas famílias plurais vêm cada vez mais buscando a legitimação dos seus direitos. Porém, devido à forte implicação política e religiosa envolvida na atualidade, esta comunidade é marcada e perseguida por uma onda conservadora de violência e discriminações, afinal estamos em um país que mais mata LGBTQIA+ no mundo”, diz o diretor Davi Reis.

“Monstro vem sendo gestado desde 2018, criado por uma forte sensação de medo ao final da eleição presidencial. Entendemos que vivemos em uma época de monstros sociais e, juntos, decidimos explorar neste projeto a monstruosidade na condição de discurso estético e político na identidade queer. Assim, aquilo que chamamos de monstro é uma espécie de caso limítrofe, uma forma marginalizada, um caso de abjeção. A figura do monstro é rechaçada através de diversas práticas, como transfobia, homofobia, sexismo e misoginia”, diz o dramaturgo Ricardo Corrêa.

O artista prossegue afirmando sobre o quão é desolador o terreno da discussão sobre sexualidade. “Temos uma sociedade violenta: jovens entram em escolas armados, professores são perseguidos e impedidos de promover o pensamento. Ao colocarmos em cena um professor que sofre todo tipo de violência homofóbica por expor sua sexualidade, estamos problematizando as estruturas sociais e as educacionais também. Ainda há pessoas que definem gênero por azul e rosa. Essas discussões são difíceis, mas são necessárias. Percebemos que esse é um assunto sobre o qual não se fala, há um silêncio na comunidade LGBTQIA+ e por isso decidimos incluí-lo neste projeto artístico, pelos diferenciais que ele carrega em si e por sua tamanha complexidade. Falar de adoção em sistemas sociais em crise, revela a fragilidade dos direitos conquistados frente a uma onda de intolerância”, conclui.

Serviço – Monstro
Temporada: 24 de junho a 11 de julho. Quinta a domingo, 21h.
Duração: 65 minutos.
Classificação etária: 16 anos.
Gratis | www.sympla.com.br/teatrosergiocardoso

Exposição Com Muito Orgulho é uma homenagem a um dos maiores eventos do mundo




Por Nicole Gomez

Para comemorar os 6 anos do Museu da Diversidade Sexual, ocorre no dia 25 de maio a exposição “Com Muito Orgulho”, que contará com fotos de diversas Paradas LGBTs ao redor do mundo.

Foto: Divulgação
A mostra, que terá entrada gratuita, acontece muito próxima à data da Parada LGBT deste ano, que será no dia 3 de junho, servindo como uma espécie de aquecimento para este grande evento.

Realizada em parceria com a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo e com apoio da Interpride, a exposição foi desenvolvida de maneira colaborativa e traz imagens registradas em países como Uganda, Cuba, México, Estados Unidos, Holanda, China, Israel, Chile e França. A Mostra Com Muito Orgulho homenageia a primeira exposição  realizada pela APOGLBT, realizada em 1997.

Capa: Divulgação

SERVIÇO:
Quando: Abertura no dia 25 de maio, das 18h às 21h
Onde: Museu da Diversidade Sexual – Rua do Arouche, 24 
Estação República do Metrô (Piso Mezanino)
Evento Gratuito

Exposição: Tarja Preta, por Vania Toledo




Por Nicole Gomez

Será inaugurada no dia 24 de janeiro uma exposição da fotógrafa Vania Toledo. A mostra traz trabalhos de Vania, com fotos clicadas nos anos 70, 80 e 90, além de registros feitos especialmente para a exposição, com foco em ícones da cultura e diversidade.

Foto: Divulgação

Tarja Preta conta com a curadoria de Diógenes Moura, a exposição traz trabalhos como retratos de grandes ícones da cultura produzidos por Vania Toledo em vários momentos de sua carreira, como os da escritora Cassandra Rios, o cantor Ney Matogrosso e o estilista Clodovil.

Entre os trabalhos produzidos especialmente para a mostra, estão personalidades que atuam em diversas linguagens na área da cultura, como Laerte Coutinho, Leo Moreira Sá, Luana Hansen, João Silvério Trevisan, As Bahias e a Cozinha Mineira Assucena Assucena, Karina Dias e Jean-Claude Bernardet.

SERVIÇO:
Abertura: 24 de janeiro. Em cartaz até 05 de maio
Horário: 17h
Onde: Museu da Diversidade Sexual
Endereço: Estação República do metrô – Piso Mezanino – Rua do Arouche, 24, República
Horário de funcionamento: terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Entrada gratuita