A falta que você faz no MIS




Por Andréia Bueno

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apresenta a mostra imersiva A falta que você faz, com retratos da fotógrafa brasileira Marizilda Cruppe, no MIS. A instalação conta um pouco da história, desafios e angústias de 16 famílias que sofrem com o desaparecimento de um familiar, uma experiência invariável e incontestavelmente devastadora.

Foto: Divulgação

Realizados entre agosto de 2016 e dezembro de 2017, os retratos e depoimentos que compõem a mostra, com vídeos produzidos com apoio da Realejo Filmes, foram editados em videomapping por Rogério Costa especialmente para o espaço do museu paulistano. Assim, o visitante da exposição vivencia uma experiência de imersão no dramadas personagens.

“Quando se expande o material, você diminui o papel do espectador, que se vê cercado por imagens de grande apelo visual. Você vê a pele das pessoas, ouve seus relatos e sente empatia pelo sofrimento delas”, declara Marizilda, que acredita no potencial transformador e mobilizador da imagem.

Com essa exposição, que foi exibida no ano passado no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, em Brasília, a fotojornalista e o CICV ampliam o alcance da questão do desaparecimento para um público mais vasto, sensibilizando-o quanto a esse tema que aflige milhares de pessoas.

Segundo um levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) durante o ano de 2017,82.684 casos de desaparecimentos foram reportados às polícias civis no Brasil. Somente em São Paulo, onde o CICV desenvolve atividades para responder à problemática, foram registrados 25.200 desaparecimentos em 2017.

Serviço
A falta que você me faz
Até 30 de setembro

Horários
10h-20h ter a sáb
09h-18h dom e feriados

Museu da Imagem e do Som
Av. Europa, 158, Jd. Europa
São Paulo – SP, Brasil
CEP 01449-000
11 2117 4777

Foyer LABMIS – 2º andar 
Ingresso: gratuito

Hitchcock: bastidores do suspense




Retrospectiva que ocupa os dois andares do museu leva os visitantes aos bastidores da obra do cineasta por meio de uma expografia imersiva


Por Andréia Bueno
A partir da atmosfera e personalidade do cineasta considerado mestre do suspense, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição Hitchcock – Bastidores do suspense. Com curadoria de André Sturm, cineasta e ex-diretor do MIS, a exposição busca traçar um panorama da vida e obra do diretor por meio de uma expografia imersiva e interativa, que tem como conceito levar o visitante a um set de filmagem.

Foto: Divulgação
Através da longa filmografia de Hitchcock, o público pode conhecer os diversos aspectos e elementos que tornaram suas obras audiovisuais grandes sucessos e de inquestionável vanguardismo técnico e artístico. Hitchcock se ocupava de todas as etapas e processos de seus filmes, desde o argumento inicial ou pré-roteiro até a finalização e edição dos filmes, passando pela direção de arte, direção de fotografia e até indicação de como seria o design do pôster e seu plano de divulgação. Este domínio pleno e controle de todas as etapas da feitura de seus filmes estão presentes na mostra, que apresenta ao público um cineasta completo e preocupado com cada detalhe de suas produções.
A curadoria de Hitchcock – Bastidores do suspense se foca em mostrar o ‘por trás das câmeras’, o modo de fazer cinema do diretor, curiosidades e detalhes do longo período de sua produção no cinema podem ser vistos nas cerca de 20 áreas da exposição. Entre os longas-metragens escolhidos, que vão desde a fase do cinema mudo aos grandes sucessos de público, estão O estrangulador de louras/The lodger: a Story of the London Fog (1927), A dama oculta/The Lady Vanishes (1938), Festim diabólico/Rope (1948), Um corpo que cai/Vertigo (1958) e Psicose/Psycho (1960).
A exposição conta com itens originais de instituições internacionais como o Acervo Marc Wanamaker|Bison Archives (Hollywood, California/EUA) e a Biblioteca Margaret Herrick, de Los Angeles, detentora do acervo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (responsável pela entrega dos prêmios Oscar). A biblioteca conta com uma grande coleção pessoal de fotos e manuscritos de Alfred Hitchcock, doados pela única filha do cineasta, Patrícia Hitchcock, e por sua neta, Tere O’Connell Nickel. O museu também garimpou peças em acervos pessoais como do pesquisador Carlos Primati, e de instituições como o CEDOC TV Cultura, Timothy Hughes Rare Newspapers e Acervo Walter Reuben.
O projeto expográfico e arquitetônico da mostra, desenvolvido em parceria com o Atelier Marko Brajovic (que trabalhou em outros projetos em parceria com o MIS, como nas exposições de David Bowie, François Truffaut e Renato Russo), explora com literalidade o “perfil Hitchcock”, com muito suspense e surpresas tanto para os visitantes que conhecem mais a fundo sua obra quanto para aqueles que não são íntimos de seu modo de produção.
Programação paralela
Além da exposição o MIS prevê uma intensa programação paralela que segue por todo o período que a exposição fica em cartaz, incluindo mostras de cinema, lançamento de livro, cursos e palestras, além de edições especiais da programação regular do museu como o Cinematographo e a Maratona Infantil. 
Playlist no Spotify
O MIS preparou uma playlist especial para a exposição. A playlist, que conta com informações que permeiam toda a carreira do cineasta – diretor de 53 longas – e com trilhas sonoras de seus filmes, está disponível no perfil do MIS no Spotify. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.
Serviço
Hitchcock – Bastidores do suspense
Data : Até 21 de outubro
Horário: Terças a sábado 10h às 21h; domingos e feriados das 9h às 19h
Local: Espaço Expositivo 1º andar, Espaço Expositivo 2º andar e Espaço Redondo,
Ingressos:
Bilheteria R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia) na Recepção do MIS (Somente para o dia da visita). Terças-feiras entrada gratuita. Menores de 5 anos não pagam
Ingressos antecipados R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com hora marcada, no site e aplicativo Ingresso Rápido
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.

MIS recebe exposição inspirada na obra cinematográfica de Stanley Kubrick




Por Jaqueline Gomes

De 24 a 29 de julho, o designer gráfico Fernando Tucunduva compartilha com os visitantes do MIS um pouco do seu olhar sobre uma das obras mais aclamadas do diretor Stanley Kubrick, o longa ‘2001 – Uma Odisseia no Espaço’.


Foto: Divulgação

Parte da programação especial ‘Kubrick 90 anos’, a mostra ‘2001’ apresenta o resultado de anos de pesquisas sobre o filme e conta com uma série de 10 peças visuais que retratam não só o conceito do longa, mas trazem ainda o contexto de época que permeiam a obra.

Pragmático, Tucunduva mergulhou em todos os aspectos que permeiam o filme de ficção científica, desde os recursos utilizados na época, passando por estilo de imagens e cores até a fotografia e linguagem dos pôsteres de cinema que mais se destacavam no final dos anos 60.

A exposição acontece no térreo do MIS e pode ser visitada de terça a sábado, das 10h às 21h, e, no domingo, das 9h às 19h.


Foto: Divulgação
Serviço – Exposição 2001 de Fernando Tucunduva na programação Kubrick 90 anos do MIS

Local – Av. Europa, 158, Jd. Europa São Paulo – SP

Data – de 24 a 29 de julho de 2018

Horário: de terça a sábado, das 10h às 21h, e, no domingo, das 9h às 19h.  (fotos no e-mail abaixo)

MIS inaugura exposição inédita sobre Alfred Hitchcock




Retrospectiva que ocupa os dois andares do museu leva os visitantes aos bastidores da obra do cineasta por meio de uma expografia imersiva

Por Andréia Bueno
A partir da atmosfera e personalidade do cineasta considerado mestre do suspense, o MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a exposição Hitchcock – Bastidores do suspense. Com curadoria de André Sturm, cineasta e ex-diretor do MIS, a exposição busca traçar um panorama da vida e obra do diretor por meio de uma expografia imersiva e interativa, que tem como conceito levar o visitante a um set de filmagem.
Foto: Divulgação

Através da longa filmografia de Hitchcock, o público pode conhecer os diversos aspectos e elementos que tornaram suas obras audiovisuais grandes sucessos e de inquestionável vanguardismo técnico e artístico. Hitchcock se ocupava de todas as etapas e processos de seus filmes, desde o argumento inicial ou pré-roteiro até a finalização e edição dos filmes, passando pela direção de arte, direção de fotografia e até indicação de como seria o design do pôster e seu plano de divulgação. Este domínio pleno e controle de todas as etapas da feitura de seus filmes estão presentes na mostra, que apresenta ao público um cineasta completo e preocupado com cada detalhe de suas produções.
A curadoria de Hitchcock – Bastidores do suspense se foca em mostrar o ‘por trás das câmeras’, o modo de fazer cinema do diretor, curiosidades e detalhes do longo período de sua produção no cinema podem ser vistos nas cerca de 20 áreas da exposição. Entre os longas-metragens escolhidos, que vão desde a fase do cinema mudo aos grandes sucessos de público, estão O estrangulador de louras/The lodger: a Story of the London Fog (1927), A dama oculta/The Lady Vanishes (1938), Festim diabólico/Rope (1948), Um corpo que cai/Vertigo (1958) e Psicose/Psycho (1960).
A exposição conta com itens originais de instituições internacionais como o Acervo Marc Wanamaker|Bison Archives (Hollywood, California/EUA) e a Biblioteca Margaret Herrick, de Los Angeles, detentora do acervo da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (responsável pela entrega dos prêmios Oscar). A biblioteca conta com uma grande coleção pessoal de fotos e manuscritos de Alfred Hitchcock, doados pela única filha do cineasta, Patrícia Hitchcock, e por sua neta, Tere O’Connell Nickel. O museu também garimpou peças em acervos pessoais como do pesquisador Carlos Primati, e de instituições como o CEDOC TV Cultura, Timothy Hughes Rare Newspapers e Acervo Walter Reuben.
O projeto expográfico e arquitetônico da mostra, desenvolvido em parceria com o Atelier Marko Brajovic (que trabalhou em outros projetos em parceria com o MIS, como nas exposições de David Bowie, François Truffaut e Renato Russo), explora com literalidade o “perfil Hitchcock”, com muito suspense e surpresas tanto para os visitantes que conhecem mais a fundo sua obra quanto para aqueles que não são íntimos de seu modo de produção.
Programação paralela

Além da exposição o MIS prevê uma intensa programação paralela que segue por todo o período que a exposição fica em cartaz, incluindo mostras de cinema, lançamento de livro, cursos e palestras, além de edições especiais da programação regular do museu como o Cinematographo e a Maratona Infantil. Em breve mais informações sobre a programação paralela e abaixo o curso O cinema de Alfred Hitchcock, que está com inscrições abertas.
Curso: O Cinema de Alfred Hitchcock

Ministrado por Carlos Primati (jornalista, crítico, tradutor e pesquisador) e Marcelo Lyra (jornalista, professor e crítico de cinema), o curso aborda em doze aulas, de maneira analítica e expositiva todos os aspectos da obra do diretor conhecido como ‘o mestre do suspense’. Desde a fase inglesa, ainda no cinema mudo, passado pela transição para o cinema falado, a colorização dos filmes, a indústria hollywoodiana e até mesmo a participação na produção da série de TV, serão temas abordados que delineiam a compreensão da importância de sua obra para a história do cinema mundial. O curso acontece de 16 de julho a 27 de agosto, das 19h às 22h. Inscrições abertas, mais informações e inscrições, clique aqui.
Playlist no Spotify

O MIS preparou uma playlist especial para a exposição. A playlist, que conta com informações que permeiam toda a carreira do cineasta – diretor de 53 longas – e com trilhas sonoras de seus filmes, está disponível no perfil do MIS no Spotify. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.


Serviço

Hitchcock – Bastidores do suspense
Data 13 de julho a 21 outubro
Horário Terças a sábado 10h às 21h; domingos e feriados das  9h às 19h
Local Espaço Expositivo 1º andar, Espaço Expositivo 2º andar e Espaço Redondo,

Ingressos:

Bilheteria R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia) na Recepção do MIS (Somente para o dia da visita. A partir de 13 de julho). Terças-feiras entrada gratuita. Menores de 5 anos não pagam

Ingressos antecipados R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), com hora marcada, no site e aplicativo Ingresso Rápido

Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.

Edição 2018 de Maio Fotografia acontece no MIS




Por Nicole Gomez

A mostra anual de fotografia do MIS – Museu da Imagem e do Som, criada em 2012, tem objetivo de dedicar um espaço em sua agenda para exposições exclusivas de fotografias, trazendo obras de artistas nacionais e internacionais, os quais já passaram por lá nomes de peso como André Kertész, Andy Warhol, Carlos Eber, Chico Albuquerque, Claudio Edinger, Gregory Crewdson, Josef Koudelka, Martin Parr, Mauricio Lima, Valdir Cruz, Vivian Maier e Willy Ronnis. Este ano, a exposição fica em cartaz de 21 de abril a 17 de junho e apresenta cinco exposições:

Arte: Divulgação
Malkovich, Malkovich, Malkovich: Homenagem aos mestres da fotografia

A exposição traz o resultado da parceria entre o fotógrafo Sandro Miller com o ator John Malkovich. Em 2013, Sandro Miller iniciou o projeto, que recria diversas fotografias icônicas para homenagear artistas que serviram como referência ao longo de sua carreira, entre os quais estão: Annie Leibovitz, Bert Stern, Diane Arbus, Dorothea Lange e Robert Mapplethorpe.

JOF

A mostra apresenta a obra pioneira de José Oiticica Filho, marco na fotografia moderna do Brasil. De suas produções, se destacam as microfotografias científicas feitas durante seu trabalho como entomologista, sua forte atuação nos movimentos cineclubistas, a quebra com o pictorialismo, os experimentos com a abstração, as composições geométricas e as recriações fotográficas a partir de manipulação de negativos.

Retraço

A exposição traz um panorama amplo da obra de Walter Carvalho, que reúne imagens produzidas ao longo de quase cinquenta anos. As fotografias são narrativas abertas a partir de suas continuidades e contrastes.

Era preciso esperar para saber

Uma exposição com obras do acervo MIS, juntamente com outra da fotógrafa Olga Gaia, selecionada por meio da convocatória Nova Fotografia 2018, completam a programação. Além dessas, haverá uma programação paralela imperdível. Confira a agenda:

21.04 – Abertura: Ciclo de conversas
15h | Conversa com Walter Carvalho
Local: Auditório MIS (172 lugares)
17h | Conversa com Ronaldo Entler (curador da exposição do Acervo MIS) e Laura Del Rey (artista convidada para intervir no Acervo)
Local: Auditório MIS (172 lugares)

MOBGRAPHIA

No dia 20 de abril, às 19h, acontece o Festival mobgraphia 2018 – Premiação onde serão anunciados os cinco finalistas e o vencedor das categorias abertas (arte em mobgrafia, documental, paisagem, preto e branco, retrato e street), além dos três finalistas e o vencedor da categoria Ensaio, com o tema Água. A exposição com os finalistas e os vencedores das categorias do Festival promovido pela mObgraphia Cultura Visual fica em cartaz no Museu ao longo de todo o Maio Fotografia no MIS 2018.
Saiba mais em: mobgraphia.com

CURSOS DE FOTOGRAFIA

O MIS está com inscrições abertas para cinco cursos de fotografia: Uma história social da fotografia, Fotografia contemporânea, Fotografia de rua, Fotografia para câmeras compactas e smartphones e Fotografia de paisagens. Os alunos inscritos nestes cursos ganham um ingresso e participam de visita guiada pelo professor à exposição Maio Fotografia no MIS 2018. Saiba mais em: bit.ly/cursosmaio2018

FOTO FEIRA CAVALETE

Nos dias 4 e 5 de maio, a DOC Galeria traz a Foto Feira Cavalete para mais uma edição na área externa do MIS!

1FOTO1HISTÓRIA

No dia 5 de maio, às 16h, a DOC Galeria e o Atraves\ apresentam a série 1FOTO1HISTÓRIA. Nela, 10 fotógrafos contam em 5 minutos a história de uma imagem que fizeram e que impactou as suas vidas. Os primeiros convidados são Tuane Fernandes, Rogério Assis, João Wainer, Drago, Cris Veit, Bruno Bernardi, Alexandre Orion, Yan Boechat, João Machado e Erico Hiller.

MIS tem nova programação de cinema




Cinema Paulista Já! resgata geração de cineastas independentes  da década de 1980. Programa tem início com mostra de filmes, exposição e show de Alain Fresnot

Por Andréia Bueno

No dia 28 de março o MISinicia uma nova programação, o Cinema Paulista Já!. Idealizado por Isa Castro, Diretora Cultural do Museu, o programa busca mostrar como o cinema paulista se renovou a partir de uma geração de cineastas independentes que fizeram seus primeiros longas-metragens de ficção nos anos 1980. 

André Klotzel, Alain Fresnot, Hermano Penna, Isa Castro, Luiz Penna, Mário Masetti, Reinaldo Volpato, Roberto Gervitz, Sérgio Bianchi, Sérgio Toledo, Zé Celso e Zita Carvalhosa, entre outros. Foto: A. C. d´Ávila 
O programa traz, a cada edição, um personagem desta geração e uma retrospectiva de seus filmes. O primeiro convidado é Alain Fresnot, diretor de filmes como Lua cheia, Ed Mort, Desmundo e Família vende tudo. Para que esses filmes possam ser exibidos, a pesquisa não se resume ao acervo do Museu da Imagem e do Som, mas se estende a acervos universitários e de espaços como a Cinemateca Brasileira. A segunda edição do Cinema Paulista Já! acontece em junho e tem como convidado André Klotzel. 

No início dos anos 1980, com a luta da Associação Paulista de Cineastas (Apaci) por maior representação entre os financiados pela Embrafilme e com o declínio do sistema da Boca do Lixo, o cinema paulista se renovou, a partir de uma geração de cineastas independentes que fizeram seus primeiros longas-metragens de ficção no decorrer da década, além de ter produzido diversos curtas-metragens. Sem caráter ou pretensão de movimento, o cinema desta geração é diversificado e aponta para diferentes vertentes e propostas estéticas. Em comum os participantes tinham a Escola de Comunicações e Artes da USP, a Vila Madalena (que se tornou polo das produtoras, como a Gira Filmes, Barca Filmes, Tatu Filmes e Superfilmes), passagens esporádicas pela Boca do Lixo, alguns curtas e um longa-metragem de estreia feito com muito esforço. Mas, essencialmente, o que os aproximava eram dois fatores: o local, São Paulo, e o período, os anos 1980.
O Museu também apresenta uma exposição composta por fotos, cartazes e roteiros de filmes que traçam a carreira cinematográfica de Alain Fresnot, além de uma retrospectiva de suas obras de artes plásticas produzidas nos últimos dez anos. A programação ainda conta com um show do cineasta na abertura.

Confira abaixo a programação completa

28.03
18h | Abertura 

20h – 21h | Show Disco de freio, samba de breque
Disco de freio, samba de breque é o nome do projeto musical, realizado em parceria com o músico e compositor Elio Camalle, que Alain Fresnot apresenta na abertura do evento. “O álbum é o resultado de minha parceria com o musico e compositor Elio Camalle. Adoro samba, sou letrista e poeta bissexto. Conheci o Elio ao fazer o casting para o filme Família vende tudo.”, conta Fresnot. Participam do show Rodolfo Gomes da Silva (cavaquinho), Alfredo Hacl Castro (percussão) e Douglas Alonso (percussão). No repertório, estão Cineasta brasileiro, Conselho, Sim, Ensina e Samba de breque, entre outras canções.

29.03
18h30 – 19h50 | Bate-papo sobre direção cinematográfica com Alain Fresnot mediado pelo cineasta Pedro Urizzi. 

20h | Filmes
Capoeira (Dir. Alain Fresnot, Brasil, 1979, 10 min, 35 mm)
Sinopse: Cerimônia de batismo na capoeira na Barra Funda, o canto e a dança da luta nos anos 70.

Lua cheia (Dir. Alain Fresnot, Brasil, 1988, 85 min, 35 mm) Elenco: Lima Duarte, Otávio Augusto, Lúcia Alves, Antonio Abujamra
Sinopse: Guimarães (Lima Duarte) é um grande empresário duro e inflexível, que muda seu comportamento quando bebe. Uma das vítimas mais frequentes de sua dupla personalidade é seu motorista particular, Wellington (Otávio Augusto). Um casamento de conveniência é armado para unir Lia (Lúcia Alves), filha de Guimarães, a Montês (Roney Facchini), filho de uma família decadente, mas de prestígio.

30.03
20h 
Ed Mort (Dir. Alain Fresnot, Brasil, 1996, 100 min, 35 mm) Elenco: Paulo Betti, Claudia Abreu, Ary Fontoura, Otavio Augusto
Sinopse: Ed Mort (Paulo Betti) é um detetive de nona categoria, que mora em um cubículo, está sempre sem dinheiro e, no café da manhã, come pastel e garapa (fiados, obviamente). Um dia, Ed é procurado por Dayse (Roseane Lima), uma sensual e misteriosa mulher que quer ajuda para encontrar o marido, que é um mestre em disfarce. Mas é ele que encontra Ed para lhe revelar que descobriu na Delbono, uma indústria de salsichas onde trabalha, um maquiavélico plano. Ed se defronta com Nogueira (Ary Fontoura), presidente da fábrica, e ainda precisa evitar o delegado Mariano (Otávio Augusto), um corrupto que sempre está perseguindo Ed.


31.03
20h | Filmes
Amor que fica (Dir. Alain Fresnot, 1986, 11 min, 35 mm)
Sinopse: Dois casais diferentes se relacionam num bar da moda. Uma troca de casais movida a fantasia e modernidade.

Desmundo (Dir. Alain Fresnot, Brasil, 2002, 100 min, DVD) Elenco: Caco Ciocler, Simone Spoladore, Osmar Prado
Sinopse: Em 1570, chega ao Brasil um grupo de órfãs enviadas pela rainha de Portugal para desposar os primeiros colonizadores, entre elas, Oribela (Simone Spoladore). Contra sua vontade, ela se casa com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado), que a leva para seu engenho de açúcar. Sentindo-se infeliz, ela tenta fugir para retornar a Portugal, mas acaba sendo recapturada pelo marido. Furioso, ele a acorrenta em um galpão. Sozinha e ferida, a única ajuda que recebe é a de uma índia que lhe leva comida e cuida de seus ferimentos.

01.04
20h| Filmes
Pé de pato (Dir. Alain Fresnot, 1994, 10 min, 35 mm)
Sinopse: Apelido popular dado aos “justiceiros”, assassinos a serviço dos comerciantes que fazem chacinas pela periferia de São Paulo, ontem e hoje.

Família vende tudo (Dir. Alain Fresnot, 2011,90 min, DVD). Elenco: Lima Duarte, Vera Holtz, Caco Ciocler, Marisol Ribeiro, Luana Piovani
Sinopse: Após a apreensão de muamba vinda do Paraguai, uma família se vê em sérios problemas financeiros. A saída é usar a filha Lindinha (Marisol Ribeiro) para aplicar o golpe da barriga. O alvo passa a ser Ivan Carlos (Caco Ciocler), um astro da música brega. Lindinha e seus pais (Lima Duarte e Vera Holtz) passam a acompanhar sua agenda de shows. Eles só não contavam com Jennifer (Luana Piovani), a esposa ciumenta do cantor.


28.03 a 08.04 |Exposição Alain Fresnot
A exposição traz materiais de divulgação de filmes dirigidos pelo cineasta, incluindo cartazes, folhetos, lambe-lambe, além de outros itens como fotos, roteiros, storyboard, maquete e tira de jornal. Já em seus trabalhos de artes plásticas, Alain Fresnot busca exercitar o componente lúdico que a prática artística traz consigo. A exposição faz um recorte da produção que o artista realizou nos últimos dez anos e apresenta a diversidade de técnicas e materiais que utiliza na criação das esculturas, tais como bronze, metal, aço, couro, plástico e madeira. 

Serviço
CINEMA PAULISTA JÁ! convida Alain Fresnot
Abertura 28 de março, às 18h
Data 29, 30, 31.03 e 01.04 (mostra de filmes); 20.03 a 08.04 (exposição)
Horário da exposição terças a sábados, das 12h às 21h; domingos e feriados, das 11h às 20h 
Local Auditório MIS (show, filmes e bate-papo) e Foyer do Auditório MIS (exposição)
Capacidade (Auditório MIS) 172 lugares
Ingresso Gratuito (para a mostra de filmes e bate-papo é necessário retirar senha com uma hora de antecedência na recepção do Museu).
Classificação indicativa 12 anos 

Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.