Com o objetivo de expandir seu espaço físico e atingir públicos diversos, o MAM na Cidade, projeto do Museu de Arte Moderna de São Paulo, ganha segunda edição e será realizado no dia 27 de novembro, respectivamente, nas zonas sul e leste de São Paulo. Com recorte baseado na Consciência Negra, obras de artistas negros e negras como Antônio Obá, Mariana de Matos, Mestre de Didi e Rosana Paulino, serão projetadas em escala monumental na fachada do Instituto Baccarelli, no bairro de Cidade Nova Heliópolis, e no Centro Cultural Arte em Construção, no bairro de Cidade Tiradentes.
Esta etapa do MAM na Cidade tem curadoria de Deri Andrade, pesquisador e jornalista alagoano radicado em São Paulo que integra a equipe de comunicação do Museu e, também, fundador do Projeto Afro, uma plataforma de mapeamento e difusão de artistas afrodescendentes. Seu projeto curatorial foi pensado a partir da realização da mostra histórica A Mão Afro-brasileira, exibida em 1988 no MAM São Paulo com curadoria de Emanoel Araújo.
Ao todo, serão projetadas sete obras do acervo MAM São Paulo, além de um dos cartazes de A Mão Afro-Brasileira e um trabalho em vídeo de Mariana de Matos, que integrou a 36ª edição do Panorama da Arte Brasileira: Sertão no MAM.
Ao longo de novembro, o Educativo do MAM São Paulo também traz ao público atividades educativas online e presenciais pensadas a partir do protagonismo negro de artistas, curadores, educadores e pesquisadores. A programação, que inclui diversas experiências de saberes pedagógicos e artísticos para todas as idades, pode ser conferida no site do Museu.
Incentivar e difundir a arte moderna e contemporânea brasileira, e torná-la acessível ao maior número possível de pessoas. Este é um dos pilares que regem o Museu de Arte Moderna de São Paulo e é também o cerne da ação inédita que a instituição promove nas ruas da cidade. O MAM expande seu espaço físico e, a partir de 18 de agosto, leva obras de seu acervo para painéis de pontos de ônibus e projeções de escala monumental em edifícios do centro de São Paulo.
A ação MAM na Cidade reforça a missão do Museu em democratizar o acesso à arte e surge, também, como resposta às novas dinâmicas sociais impostas pela pandemia.
Ao longo de duas semanas, MAM na Cidade apresentará imagens de obras de nomes emblemáticos da arte brasileira, como Tarsila do Amaral, Mário Cravo Neto, Waltercio Caldas, Claudia Andujar, Rosana Paulino e Nelson Leirner, espalhadas pela capital paulista em 140 painéis em pontos de ônibus. As obras serão acompanhadas por QR Codes, no qual o espectador será direcionado para um podcast no Spotify com áudios de personalidades relevantes, como Gilberto Gil, Arnaldo Antunes, Laerte Coutinho, Hortência, MC Soffia, Bruna Linzmeyer, Lázaro Ramos, Isabella Fiorentino, João Vicente e Ph Côrtes. Com o objetivo de tornar a cultura acessível para públicos diversos, cada convidado traz em locuções breves a história dos trabalhos exibidos, dos artistas, o contexto histórico em que foram criados, dentre outras informações sobre as obras. A ação está sendo realizada de forma colaborativa e sem custos, uma vez que o Museu está contando com apoio pro-bono e parceria da agência África, das personalidades que doaram suas vozes para o projeto e dos veículos que cederam os espaços nas mídias urbanas.
Como forma de ampliar o alcance das obras, MAM na Cidade exibe trabalhos de artistas como Cildo Meireles, Maureen Bisilliat e Tomie Ohtake em projeções de escala monumental em três empenas cegas de edifícios do centro de São Paulo. A exposição a céu aberto acontece em dois finais de semana, sempre das 19h às 20h, sendo no dia 22 de agosto em fachada na Rua Caio Prado com Rua da Consolação (Centro), no dia 23 de agosto na Rua Santa Isabel (Santa Cecília) e no dia 29 de agosto na Rua Maria Antônia (Consolação).
Levar o Museu para além do Parque Ibirapuera, aproximando do cotidiano das pessoas, de suas redes, e em diálogo com a cidade, é um dos principais projetos do novo curador Cauê Alves.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo está em cartaz com a exposição Fernando Lemos: ilustrações literárias, que pode ser visitada na Biblioteca Paulo Mendes de Almeida, no horário de funcionamento do museu, de segunda a sexta-feira. A mostra reúne desenhos originais do artista que ilustraram contos e poemas ao longo de seu período de colaboração com o jornal O Estado de S. Paulo, na década de 1950, jogando luz sobre sua atuação como designer e ilustrador de publicações.
Fernando Lemos (Lisboa, 1926) já atuava como fotógrafo e artista gráfico em Portugal quando emigrou para o Brasil em 1953. Instalado por algum tempo na Pensão Mauá, no Rio de Janeiro, Lemos fotografou escritores e artistas ao seu redor.
Os traços geométricos utilizados por Lemos já apresentavam sinais da modernidade, acompanhando o movimento abstrato que acabara de chegar ao Brasil. “Assim, é possível revisitar um período de nossa cultura em que as artes gráficas e a literatura mantiveram uma relação criativa e potente“, conta Felipe Chaimovich, curador da exposição.
Serviço
Fernando Lemos: Ilustrações Literárias Biblioteca Paulo Mendes de Almeida Museu de Arte Moderna de São Paulo Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana, São Paulo – SP, 04094-000 (11) 5085-1308 A partir de 15/10/2019 de terça a sexta-feira, das 10 às 18h
São Paulo acaba de ganhar 42 esculturas e monumentos históricos recuperados, depois de um minucioso processo de limpeza e restauração. São obras de artistas consagrados, nomes icônicos da arte brasileira, instaladas em regiões emblemáticas da cidade, como a Praça da Sé, a Avenida Paulista e o Parque Ibirapuera. A iniciativa foi patrocinada pela Bombril, com realização da Sequóia Produções, em parceria com o Ateliê Julio Moraes e apoio do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. “Queremos preservar o patrimônio cultural de São Paulo e chamar atenção às obras importantes, feitas por artistas que ajudaram a construir a história da arte no Brasil”, diz Eduardo Lara Campos, diretor da Sequóia Produções.
O longo processo de recuperação foi documentado com registro fotográfico e em vídeo. O material foi compilado em um catálogo impresso e digital que será lançado e distribuído gratuitamente no feriado de 9 de julho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo). Na ocasião, também serão exibidas duas sessões do documentário Conservação de Esculturas em Espaços Públicos, que mostra todos os detalhes da ação. O trabalho de recuperação foi dividido em três fases e cada uma das obras recebeu cuidados específicos, feitos de acordo com seu estado de preservação. Foram retiradas manchas de pichações e desgastes ocasionados por intempéries diversas, realizadas pinturas e polimentos, além da instalação de coberturas para protegê-las e facilitar futuras limpezas.
A primeira fase, que aconteceu de novembro a dezembro de 2018, recuperou as nove esculturas da Praça da Sé. Entre os destaques, Abertura (1970), escultura em aço de Amilcar de Castro; Voo (1967), de Caciporé Torres; Nuvem Sobre a Cidade (1979), de Nicolas Vlavianos; Emblema de São Paulo (1979), de Rubem Valentim; e as esculturas sem título de Mario Cravo Júnior, em aço inoxidável, e de Sergio Camargo, em mármore carrara. Para além das esculturas, uma obra de extrema importância para a capital: o marco zero da cidade, prisma hexagonal revestido de mármore e bronze, idealizado por Jean Gabriel Villin e Américo Neto e instalado no centro geográfico de São Paulo.
A segunda etapa, realizada entre janeiro e fevereiro deste ano, contemplou as três emblemáticas esculturas do Parque Trianon, na Avenida Paulista: Fauno (1944), de Victor Brecheret; Anhanguera (1935), de Luís Brizzolara; e Busto de Joaquim Eugenio de Lima (1952), de Roque de Mingo.
A terceira fase, concluída em junho, recuperou as 30 obras do Jardim de Esculturas do MAM São Paulo, no Parque Ibirapuera, um dos principais acervos brasileiros expostos a céu aberto. São monumentos projetados por importantes nomes da cena contemporânea do País, com obras como Aranha (1981), de Emanoel Araújo; Carranca (1978), de Amilcar de Castro; Laminescate (1991), de Luiz Hermano; Sem título (1997), de José Resende; Sete ondas – uma escultura planetária (1995), de Amelia Toledo; Cantoneiras (1975), de Franz Weissmann; e Corrimão (1996), de Ana Maria Tavares.
“O acesso à cultura é transformador, abre precedentes de novos horizontes e perspectivas para a sociedade. Concluímos esse ambicioso projeto com o orgulho de ajudar a preservar a memória do nosso País”, afirma Guilherme Auger, diretor de marketing da Bombril.
Serviço: Lançamento e distribuição do catálogo Conservação de Esculturas emEspaços Públicos Data: 9 de julho, terça-feira Horário: das 11h às 17h Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM São Paulo) Endereço: Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana
Exibição do documentário Conservação de Esculturas em Espaços Públicos Data: 9 de julho Horário: às 15h e às 17h A entrada é por ordem de chegada e serão distribuído os ingressos uma hora antes de cada sessão Local: Auditório Lina Bo Bardi | MAM São Paulo Endereço: Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n° – Vila Mariana
Os anos 1960 foram marcados por movimentos de contestação em vários países do mundo, por motivos diversos – sistemas educacionais, costumes, repressão política, contestação de guerras. No Brasil não foi diferente e, a despeito da censura imposta por um regime de exceção, houve no período uma intensa produção artística, que retratou a atmosfera de tensão e riscos da época.
Para revisitar esse contexto, especificamente o período de 1965 a 1970, o Museu de Arte Moderna de São Paulo exibirá, entre 30/04 e 28/07, a exposição “Os anos em que vivemos em perigo”, que traz um recorte da coleção focado na segunda metade da década de 1960, um período plural da arte brasileira, que foi fundamental para o desenvolvimento de nossa produção até os dias atuais. Tal cenário transformou o antropofágico caldeirão cultural do país, no mesmo momento em que acontecia a reestruturação do MAM que, em 1969, teve sua nova sede inaugurada, resistindo aos tempos e chegando até o momento atual em que celebra seus 70 anos de história.
Com curadoria de Marcos Moraes, a exposição reúne desde a tendência pop até obras de filiação surrealista, muitas das quais exprimindo as inquietações sociais e comportamentais que marcaram aquela época. São ao todo 50 obras de artistas como Antônio Henrique Amaral, Anna Maria Maiolino, Antônio Manuel, Cláudio Tozzi, Maureen Bisilliat, Wesley Duke Lee, entre outros.
Pinturas, xilogravuras, fotografias e objetos foram selecionados para apresentar imagens associadas ao ambiente cultural vigente como as manifestações, greve, censura, utopia, repressão, desejo e identidade brasileira – um apanhado que apresenta a potencialidade da ampliação de horizontes produzida pela vanguarda brasileira nesta época. A ação educacional do museu também contribuirá para oferecer aos espectadores oportunidades de pensar sobre a cultura daquela década, oferecendo atividades estimulantes que complementam a experiência da visita ao MAM.
“Para a seleção de obras, considerei o contexto, o ambiente efervescente e os acontecimentos que envolveram esses artistas no período dos anos 60 com atitudes radicais frente ao sistema da arte vigente no país, entre eles as exposições: Nova Objetividade Brasileira (MAM RJ), 1ª JAC Jovem Arte Contemporânea (MAC USP), Exposição-não-exposição (Rex Gallery & Sons) e a 9ª Bienal de São Paulo. A proposta desta mostra será refletir sobre esses complexos momentos vividos, tendo como marcos os anos de 1965 e 1970 rebatendo e rebatidos em 2019, suas atmosferas marcadas pela vida e a presença do perigo e da ameaça”, propõe Marcos Moraes.
Serviço: Exposição Os anos em que vivemos em perigo
Data: de 30/04 a 28/07/2019
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Tel. (11) 5085-1300
Classificação indicativa: Livre
Ingresso: R$7,00. Gratuidade aos sábados. Meia-entrada para estudantes e professores, mediante identificação.
Agendamento gratuito de visitas em grupo pelo tel. 5085-1313 e e-mail
O Museu de Arte Moderna de São Paulo anuncia as listas de artistas para 2019 em seus clubes de colecionadores de fotografia e gravura. A iniciativa, criada para fomentar o colecionismo e incentivar a produção artística brasileira, dá direito aos sócios de cada clube de receberem cinco obras comissionadas pelo MAM para cada edição.
Além de adquirirem essas coleções de fotografias e/ou gravuras, os sócios contribuem para a ampliação da coleção do próprio museu, já que as obras são também incorporadas ao acervo do MAM.
Confira abaixo os nomes selecionados para o ano. A curadoria é de Eder Chiodetto (fotografia) e Felipe Scovino (gravura).
Fotografia
Elza Lima
Gisela Motta e Leandro Lima
Sara Ramo
Walter Carvalho
Nuno Ramos
Gravura
Claudio Tozzi
Matheus Rocha Pitta
Yuri Firmeza
Barrão
José Roberto Aguilar
As obras são produzidas em tiragens de 100 exemplares. Ao se associar aos clubes, os participantes passam a fazer parte também do programa de sócios do MAM, na categoria cultura, com benefícios como visitas guiadas às exposições do MAM e a acervos e exposições em outras instituições culturais, palestras com curadores, críticos ou artistas e cursos exclusivos, entre outras.
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