Quatro museus de arte para visitar no Alentejo




Maior região portuguesa reúne diversos pontos para amantes das artes

Por Andréia Bueno
A arte é um dos maiores interesses dos turistas que vão à Europa, justamente pelo continente guardar algumas das obras mais famosas de todos os tempos. No Alentejo, em Portugal, não é diferente. Seus pequenos museus têm diversos tesouros para os amantes da arte. 
Confira abaixo quatro museus de arte para visitar na maior região portuguesa:

Museu de Évora

Foto: Divulgação
Este é o principal museu da cidade mais importante do Alentejo. Com mais de cem anos de história, conta com 19 painéis de temas religiosos que são a menina dos olhos do acervo. No total, há mais de 20 mil objetos, entre pinturas de artistas como Francisco Henriques, Garcia Fernandes e Avercamp, estátuas romanas, entre outros.

Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida

Foto: Divulgação
Instalado no antigo Palácio da Inquisição, quase de frente para o Museu de Évora, o Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida é focado em arte contemporânea, apresentando diversas exposições de manifestações artísticas e culturais, além de investir em uma programação educativa, com debates e visitas guiadas, muitas vezes com o próprio criador das obras.
Museu de Arte Contemporânea de Elvas

Aka Vhils – instalacão concebida para a exposição Museu em Ruínas (Foto: Divulgação)
A cidade de Elvas é lar do MACE, um museu que possui, em seu acervo permanente, seiscentas peças da Coleção António Cachola, com obras de artistas portugueses que incluem desenho, gravura, pintura, escultura, vídeo, fotografia e instalações.
Museu da Tapeçaria de Portalegre
Foto: Divulgação
Localizado em Portalegre, próximo à fronteira com a Espanha, este museu se dedica às tapeçarias locais, que utilizam o chamado Ponto de Portalegre. São trabalhos belíssimos e originais feitos em lã. Há também exposições temporárias de artistas nacionais e estrangeiros, principalmente aqueles que utilizam a tapeçaria Portalegre de alguma maneira em sua expressão artística.

Paulista Cultural 2018




Por Nicole Gomez

Com o objetivo de consolidar a Avenida Paulista como um importante ponto de arte e cultura da cidade de São Paulo, as instituições Casa das Rosas, Centro Cultural Fiesp, IMS Paulista, Itaú Cultural, JAPAN HOUSE São Paulo e MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand promovem, no dia 11 de março, a primeira edição da Paulista Cultural.

Foto: Divulgação
Inspirado no “Museum Mile”, que anualmente reúne os museus da 5ª Avenida, em Nova York, a iniciativa prevê uma programação especial e atividades gratuitas nas sete instituições participantes do evento. 

Para estimular a visitação e o engajamento de públicos diversos com museus e centros culturais da Avenida, a Paulista Cultural realizará um intercâmbio pioneiro entre os espaços, que consistirá em uma ação em que, durante o segundo domingo de março, cada instituição abrigará atividades de outra, proporcionando arte para todos os gostos ao redor dos quase 3 km deste novo eixo da cidade.

A iniciativa é apoiada pelo SESC Avenida Paulista, futuro novo espaço desta importante Avenida, e recebe também outros sete espaços que realizarão programação paralela. São eles: CINEART-Conjunto Nacional, Caixa Belas Artes, Espaço Cultural Conjunto Nacional, Espaço Itaú de Cinema, Instituto Cervantes São Paulo, Livraria Cultura/Fnac, Mirante 9 de Julho e Teatro Gazeta. A ação acontece no dia 11 de março, das 10h às 18h na Avenida Paulista. 

9 Encontro Paulista de Museus no Theatro São Pedro




Por colaboradora Monise Rigamonti

O Encontro Paulista de Museus, que este ano chega em sua nona edição (9EPM), é considerado como um dos maiores eventos do setor museal paulista, reuniu profissionais de museus, gestores públicos de cultura, estudantes, e interessados. Aconteceu no Theatro São Pedro no Campos Elíseos em São Paulo, durante os dias 19 e 20 (segunda-feira e terça-feira) desta semana. 

Foto: Andréia Naomi e Rodrigo Ono

Realizado desde 2009, pela Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP) com o apoio da ACAM Portinari. Para esta ocasião fora definida a temática “Infraestrutura e Segurança”, permeando mesas de debates, conferências, workshops que foram realizados em parceria com o Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do SESC-SP, e painéis digitais com cases de projetos e soluções encontradas pelas instituições paulistas referente ao assunto principal, foram exibidos. 

Foto: Andréia Naomi e Rodrigo Ono

Durante o encontro, o conteúdo principal foi subdivido em 3 eixos principais: Gestão e Governança, Salvaguarda de Acervos e Comunicação e Serviços ao Público. Outro apontamento de extrema relevância fora com relação a importância do Cadastro Estadual de Museus (CEM-SP), ferramenta do SISEM-SP lançada em fase de testes no Encontro Paulista de Museus de 2016, ressaltaram que a adesão ao cadastro é vital, uma vez que os dados levantados servirão de base para o estabelecimento de políticas públicas, incluindo o repasse de verbas, além de proporcionar ao museu uma visão diagnóstica da instituição que pode ser apropriada para a elaboração do planejamento estratégico institucional.

Para o começo dos debates houve a presença dos gestores do SISEM-SP, autoridades políticas e colaboradores influentes. A primeira mesa do dia, constou com a presença dos alemães Uta Stapf e Kevin Clarke, do Schwules Museum, mediada por Franco Reinaudo (Museu da Diversidade Sexual), abordou a questão do deslocamento e preservação do acervo e a temática do museu. A segunda palestra fora “Medidas preventivas, energias bem investidas”, com participação Rosário Ono (FAU/USP), France Desmarais (ICOM e Blue Shield), Renata Motta (Assessoria de Museus da Reitoria da USP) e Roberta Silva (UPPM/SEC-SP). Encerrando o simpósio deste dia, tivemos a discussão “Acessibilidade do patrimônio museológico” com Maria Elisabete Lopes (FAU-USP), Elisa Prado de Assis (Elisa Prado Arquitetura), Amanda Tojal (Arte Inclusão) e Roberta Silva (UPPM/SEC-SP). 

Foto: Andréia Naomi e Rodrigo Ono
No segundo dia das apresentações, teve abertura com a temática “Formas de financiamento para museus”, com Ricardo Blay Levisky (Levisky Negócios & Cultura), Mônica Barcelos (Coordenadora da Unidade Técnica do Programa Ibermuseus), Aldo Valentim (coordenador da UFEC/SEC-SP) e Regina Ponte (coordenadora da UPPM/SEC-SP). Prosseguiu com a apresentação dos resultados do CEM-SP, lançamento do novo site SISEM-SP e lançamento do SGBD CEM-SP além das Ações integradas do SISEM-SP/ CEM-SP e UFEC/Editais e ProAC-ICMS. 

Será disponibilizado posteriormente o material das mesas e debates na internet no site do SISEM, ao longo do cerimônia foi exibida a transmissão ao vivo. As edições anteriores já podem ser conferidas no portal, além de outros artigos e matérias pertinentes a museologia. Os vídeos podem ser acessados neste link:  http://sisemsp.org.br/canal-epm/

O Impressionismo e o Brasil no Museu de Arte Moderna de São Paulo




Por colaboradora Monise Rigamonti
Inaugurada nesta semana, na terça-feira (16/05), a mostra “O Impressionismo e o Brasil”, encontra-se na Grande Sala do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), com a curadoria do Felipe Chaimovich, fica em cartaz até dia 27 de agosto de 2017. 
 
Foto: Divulgação

A exposição é composta por mais de 70 pinturas do Período Impressionista incluindo artistas como Renoir – percursor do movimento na Europa, e de artistas como George Grimm – pioneiro desta técnica no Brasil, seguido por pintores nacionais como Antonio Parreiras, Arthur Timotheo da Costa, Georgina de Moura Andrade Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Eliseu D’Angelo Visconti, Antônio Garcia Bento, Mário Navarro Costa, Giovanni Battista Castagneto, as obras destes artistas integram a mostra. 

Para complementar a didática da exposição podemos ver 3 vídeos desenvolvidos por Carlos Nader discorrendo sobre o tema, observamos também uma linha do tempo pontuando os principais acontecimentos de cada época e falando sobre o desenvolvimento da tinta a óleo, além de alguns objetos de pintura que pertenceram a Antonio Parreiras em exibição na última sala. 
 
Antonio Parreras – Crepúsculo / Divulgação

O movimento Impressionista surgiu a partir da observação da paisagem ao ar livre e da necessidade que os artistas sentiam de representa-la, diferente da pintura acadêmica e de ateliê onde havia um tempo maior para a execução do trabalho, os pintores impressionistas quando vão retratar um cenário ao ar livre precisam ter uma precisão da técnica e uma rapidez na manipulação das cores para que consigam capturar a luz no mesmo instante em que estão pintando, passando a finalizar os quadros no mesmo dia. Ressaltando que foi possível o desenvolvimento desta técnica graças ao surgimento da produção industrial trazendo a novidade das tintas a óleo durante o século 19. 

Voltamos para o Brasil, a pintura de paisagem ao ar livre passou a ser praticada em 1884 quando o pintor bávaro George Grimm foi o responsável pelo início do seu ensino na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro. No começo da produção impressionista no Brasil houve um certo choque e uma ruptura com o modelo imposto pela academia na época, pois os trabalhos eram executados dentro da faculdade ou do ateliê do artistas, logo quando passaram a ir para os locais explorar a paisagem e a intensidade da luz gerou um certo antagonismo.    
 
Georgina de Moura – Canto do Rio / Divulgação

Devido a um uma intensa produção das telas, na década de 1880 quintuplicou o mercado de materiais industriais de pintura no Rio de Janeiro, que passou de onze lojas de tintas e objetos para pintores em 1882 para 52 lojas em 1889, com sortimento de importados, proporcionando ao artistas uma maior facilidade para encontrar os materiais e executarem as suas criações. 

Observamos na exposição uma linha contínua e orgânica da curadoria, nos contando a história do impressionismo no Brasil, percebo um extremo cuidado na organização e apresentação dessas obras para o público. Percebo que muitas vezes a produção nacional foi desconhecida ou deixada em segundo plano, especialmente no ensino formal, mas cada vez mais vejo que temos uma produção extremamente consistente e rica dos nossos artistas, muitos ganhando prêmio e consagrações no exterior.  
 
Giovanni Castagneto – Marinha / Divulgação
A primeira sensação que tive diante das telas foi de um verdadeiro encantamento perante as obras, admirando a intensidade das cores e das luzes representadas no cenário brasileiro em especial no Rio de Janeiro, onde a maior parte desta produção foi feita, representando a natureza selvagem brasileira que é viva, veloz, furiosa, mas de uma beleza que talvez seja indescritível em palavras, apenas em imagens. 


Serviço
O impressionismo e o Brasil com curadoria de Felipe Chaimovich

Visitação: 17 de maio até 27 de agosto de 2017
Entrada: R$ 6,00/3,00 – gratuita aos sábados
Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo – Grande Sala
Av. Pedro Álvares Cabral, s/no – Parque Ibirapuera (portões próximos: 2 e 3)
Horários: terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Telefone/email: +55 11 5085-1300/atendimento@mam.org.br
Site Oficial: www.mam.org.br