Musical Fame ganha nova temporada no Rio


Créditos: Paulo Félix


Após o sucesso da sua primeira temporada em agosto do ano passado, o musical Fame, produção do CEFTEM (Centro de Estudo e Formação em Teatro Musical), ganha uma segunda no Teatro Prudential. Será a partir de fevereiro, entre os dias 4 a 19 de fevereiro, com sessões às terças e quartas às 20h.

A peça tem direção, e coreografia, de Victor Maia, e conta a história de um grupo de alunos empenhados a se formarem como artistas, no dia a dia de uma escola de artes performáticas muito rigorosa. Durante os anos que se passam lá dentro, eles descobrem mais sobre eles mesmos, sobre amor, limites, vocação e principalmente sobre os limites para se conquistar a tão desejada fama.

Créditos: Paulo Félix

O diretor ressalta que o espetáculo é emocionante, bem cantado, super dançado e principalmente, bem interpretado por uma nova geração de atores com fogo nos olhos e paixão pelo que fazem. Ele também ressalta o processo de seleção, que foi muito difícil, já que o espetáculo exige bons atores, cantores e bailarinos. Segundo ele, eles passaram por cinco fases de audição até encontrar o elenco.

Além de Victor Maia, o espetáculo conta com direção musical de Tony Lucchesi e Miguel Schönmann, tradução de Leonardo Rocha e versões de Bruno Camurati.

A produção é baseada na versão homônima.

FAME

Gênero: Musical
Temporada: 04 a 19 de fevereiro
Dias: Terça e Quarta às 20h
Classificação: 12 anos
Duração: 150 min
Valor: R$ 50 (inteira) R$ 25 (meia)
Teatro Prudential
Telefone: (21) 2558-3862
Lotação: 359 lugares
Venda online: Sympla

Entrevista com Andrezza Massei, a Dona Clotilde, de ‘Chaves – Um Tributo Musical’


Créditos: Rodrigo Negrini


Muitas personagens, de diferentes aparências e personalidades, podem habitar uma artista. Destemida quanto aos desafios profissionais, Andrezza Massei já foi uma cômoda de castelo, uma integrante do grupo Dynamos, uma dona de bar e de taberna, uma aviadora, uma freira, uma megalomaníaca, uma bruxa dos mares, uma atriz decadente do cinema mudo e agora vive uma personagem eternizada pela TV há quase 50 anos, Dona Clotilde, à convite da produtora de “Chaves – Um Tributo Musical“, em cartaz no Teatro Opus, em São Paulo, em sua segunda temporada. Conversamos com a cantriz sobre a Bruxa do 71, ops, a Dona Clotilde! rs

Acesso Cultural – Como tem sido a experiência de viver uma personagem que é tão conhecida do público, por diversas gerações?
Andrezza Massei – Poder viver uma personagem tão querida pelo público é uma experiência muito enriquecedora. Principalmente pelo fato de levar pro palco o que ficou tão conhecido na TV. Isso trouxe muitas possibilidades para a atuação.

Créditos: Stephan Solo

AC – Como foi seu processo de construção para a Dona Clotilde? Além das orientações de direção e da liberdade de não precisar copiar, você teve alguma inspiração real ou fictícia para criar a sua?
AM – A liberdade dada pela direção foi crucial para a criação da minha Clotilde. Obviamente me inspirei na própria Angelines e nas dubladoras brasileiras. Mas fiz questão de buscar referências em outras personagens como a Dona Bela, da Escolinha do Professor Raimundo, por exemplo. Outra grande fonte de inspiração foi a vida real!! Uma tia, uma vizinha… todas tinham um pouco da ‘bruxa’!!!

AC – A Dona Clotilde te reaproxima da comédia, depois de uma personagem mais sarcástica como a Úrsula e depressiva como a Norma Desmond. Como tem sido seu reencontro com este gênero, que te reconecta à personagens como de ‘Mamma Mia’ e ‘Mudança de Hábito’?
AM – Eu amo fazer comédia!! E acho que na verdade ela nunca saiu de mim!! A Rosie de Mamma Mia e a Irmã Mary Patrick pertenciam a um universo cômico mais evidente, mas nem por isso fácil de fazer! A Úrsula tinha um sarcasmo, um humor diferenciado! E a Norma tinha um comportamento patético, apesar de todo sofrimento. É necessário entender a tragédia para poder rir da desgraça e encontrar nela o humor!!!

AC – Você já teve um contato com o universo dos palhaços em um trabalho anterior, com o grupo Parlapatões. Acha que levou aprendizados de lá para este trabalho? Se sim, quais?
AM – Sim e como!!! Os Parlapatões são mestres na área! O improviso, rapidez, ingenuidade, poesia, simplicidade, e toda técnica usada para fazer rir é essencial para o repertório de um ator!! Uso sempre, em todos os trabalhos!

Créditos: Rodrigo Negrini

AC – Você já tinha uma relação com o seriado ‘Chaves’? Se sim, consegue escolher 3 episódios que mais goste?
AM – O Chaves e todo universo do Chispirito me acompanhou durante toda minha infância!! Lembro de esperar a perua do colégio, na hora do almoço, assistindo ou pelo menos ouvindo ao fundo os episódios. É memória afetiva total!! Lembro até do cheiro da comida enquanto assistia!! Adorava o episódio da casa da bruxa (claro!!), do festival da boa vizinhança e o de Acapulco!!!

AC – O Chaves tem um público muito fiel de televisão. Você tem vontade de trabalhar com este universo? Se sim, entre tantos perfis de personagem que já viveu nos palcos, se pudesse escolher um para estrear em novela qual seria?
AM – Tenho muita vontade de viver nas telinhas uma vilã cômica! Alguém como a Madame Thenardier, que vivi em ‘Lés Misérables’, por exemplo, que causasse empatia instantânea!! Pela diversão e pelo reconhecimento do ‘politicamente incorreto’. Seria muito divertido!!

AC – Você está nos palcos, em grandes musicais, há quase 20 anos. Como enxerga esse processo de crescimento e como traçaria um panorama entre a Andrezza dos primeiros espectáculos e a de hoje, considerando o mercado, o público e as oportunidades recebidas.
AM – No começo dos anos 2000 o acesso ao conteúdo era mais precário. Não havia tantos profissionais especializados na área, e o mercado ainda era pouco movimentado. Então tive a oportunidade de aprender na prática, com pessoas extremamente competentes! Pude crescer junto ao mercado, entendendo como funcionava e percebendo tendências. Isso me deu uma bagagem muito grande para os dias de hoje!! Produções nacionais e versões brasileiras já fazem parte do nosso cotidiano, além dos profissionais que já estão fazendo sucesso fora do país. Já temos um público cada vez mais consciente e exigente no que diz respeito a qualidade! Acho que me encontro num momento de muitas possibilidades!! Hora de colher os frutos do que plantei durante todo esse tempo! Tem muita coisa boa por vir!!…

Godspell – A Cidade do Amor estreia no Teatro Bibi Ferreira




Estreia no dia 10 de janeiro, no Teatro Bibi Ferreira, Godspell – A Cidade do Amor. O espetáculo inspirado na obra de Stephen Schwartz, o mesmo de Wicked, narra a trajetória do personagem mais famoso da história da humanidade, em meio as dificuldades do dia-a-dia de uma grande metrópole. Venha se emocionar e sentir-se abraçado por essa história de amor que ultrapassa gerações.

Confira o elenco:

Créditos: Divulgação

Serviço:

Teatro Bibi Ferreira
Endereço: Av. Brigadeiro Luís Antônio, 931 – Bela Vista, São Paulo – SP, 01317-001
Telefone: (11) 3105-3129

De 10 de janeiro a 8 de março.
Sextas, sábados e domingos.
Ingressos aqui

10 perguntas para Sara Sarres, a Rosalie Mullins do musical ‘Escola do Rock’


Créditos: João Caldas


A bela atriz e cantora Sara Sarres, um dos maiores nomes do teatro musical brasileiro, com currículo nacional e internacional, está em cartaz com “Escola do Rock“, desde agosto no Teatro Santander, em São Paulo, onde fica até 15 de dezembro.

Protagonista feminina da comédia musical, no papel da diretora Rosalie Mullins, ela entra em reta final com seu 16º musical e celebra a honra de ter estrelado três das produções do grande Andrew Lloyd Webber que chegaram ao Brasil: “O Fantasma da Ópera“, “Cats” e “Escola do Rock“.

Em paralelo ela ainda está concluindo o curso de Fonoaudiologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa e se divide entre a vida de artista e também de empresária como proprietária da loja virtual “Casa da Voz” e do Studio S, onde também dá aulas de canto. Conversamos com Sara sobre a sua trajetória no mundo artístico. Confira!

Acesso Cultural: Podemos dizer que ‘Escola do Rock’ é voltado para todas as idades. Já fez muito sucesso como filme e vem fazendo também como musical. Como tem sido a experiência de fazer parte dele?

Sara Sarres: Tem sido deliciosa! A energia é sempre no 220v de pura alegria. Todos amam. Crianças, pais, avós, …é entretenimento puro para toda a família!

AC: A Rosalie Mullins é bem diferente de suas personagens anteriores. Como foi construí-la e o que buscou criar ou estudar para interpretá-la? Se baseou no filme ou montagens de outros países?

SS: Eu não me baseei em nada além do texto e dos direcionamento do meu diretor. Não havia assistido a peça e o filme tinha visto ha muitos anos e não busquei assistir novamente exatamente para não me influenciar.

AC: A personagem possui uma personalidade forte e características que ficam mais evidentes com a curva da história. Consegue mencionar uma diferença e uma semelhança que tenham?

SS: Diferença: Acho que sou mais paciente e tolerante.
Semelhança: Também me pergunto onde foi parar o meu rock. 🙂

AC: Você dá aulas de canto e também tem seus alunos. Fale um pouco sobre como é para você vivenciar esse processo de ensino.

SS: É muito motivador. É uma troca maravilhosa, ensino e também aprendo muito com todos eles. Torço e vibro por cada um e me realizo com todos os seus acertos e conquistas.

AC: Este é seu terceiro trabalho seguido com crianças, como é sua relação com elas?

SS: Minha relação é maravilhosa, tenho muito orgulho de fazer parte desse momento e ser referência e incentivo para cada uma delas. Estamos num momento lindo do desabrochar dessa geração para uma expressão artística, tão rica e complexa, como o Teatro Musical. Torço muito para que se realizem e cresçam carregando memórias lindas dessas experiências.

AC: Assim como as crianças você também começou cedo na carreira artística e teve todo apoio da família. Se lembra qual foi o primeiro talento que descobriu e em você e como foi a decisão de seguir nas artes?

SS: O primeiro talento foi musical. Meu pai teve a sensibilidade de notar e imediatamente me matricular numa escola de música. Devo tudo a ele. Meu grande herói e maior apoiador e incentivador.

AC: Nascida em Brasília, como foi a decisão de vir para São Paulo? Imaginava que sua carreira teria o rumo que teve e que conquistaria tantos papéis importantes?

SS: Decidi vir para São Paulo ao ser aprovada para interpretar Cosette, em ‘Les Miserables‘, em 2001. Nem pensei duas vezes e sai de casa com total apoio da minha família. Não imaginava que os musicais cresceriam dessa maneira… Vivemos realmente a ‘Era de Ouro‘. Musical após musical. Foi incrível!

Créditos: João Caldas

AC: De tantos papéis que fez ao longo de quase 20 anos de trajetória e em 16 musicais estrelados, poderia destacar quatro dizer o por que?

SS: o mais especial: O Fantasma da Ópera
o mais difícil: O Fantasma da Ópera

Era um grande sonho, mas, ao mesmo tempo, na minha primeira temporada tive que lidar com questões muito difíceis que tornavam o dia a dia muito desgastante. Em compensação, a Temporada Mundial coroou com perfeição minha relação com a obra e as memórias que eu tinha, substituindo por lembranças incríveis que guardo com muito carinho no coração.

– o mais divertido: Cats

‘Cats’ era uma grande festa, foi o elenco mais divertido e unido que já trabalhei. Gargalhava todos os dias.

– o mais saudoso: Les Miserables

Acredito sim ter sido o primeiro da ‘Era de ouro’, além de ter sido o meu primeiro em São Paulo. O grande encontro de pessoas que se tornaram minha família, nos palcos e na vida. E acho realmente que os anos que seguiram foram reflexo desse primeiro grande encontro de talentos e do momento cultural no país.

AC: Em paralelo aos musicais você estuda Fonoaudiologia, pretende clinicar, e ainda tem uma loja de artigos para o cuidado da voz. Como enxerga esse outro lado da sua carreira e profissão?

SS: Enxergo como fundamental, se tivesse metade das informações e ferramentas que domino hoje, tudo teria sido muito mais fácil.

AC: Quais são seus cuidados com a voz e qual conselho daria sobre isso para quem está iniciando nos musicais – ou até mesmo para quem já faz parte dele?

SS: Hidratação e sono! Escute o seu corpo, ele sempre te diz o que precisa e quais são os seus limites, respeite-o!

BÔNUS: AC – Quais são seus planos futuros e projetos para 2020?
SS: Ah, planejo muito palco, novas obras, muito estudo e um show de 20 anos de carreira. Será incrível celebrar esse caminhar!

“O Cravo e a Rosa” ganha musical com texto de Izabella Bicalho


Créditos: Rodrigo Lopes


Dia 11 de dezembro estreia em curtíssima temporada no Teatro Petro Rio das Artes, Gávea (RJ), “O Cravo e a Rosa, o Musical” prática de montagem com produção do CEFTEM (Centro de Estudo e Formação em Teatro Musical) em parceria com a atriz e produtora Izabella Bicalho, que assina o texto da produção. A peça fica em cartaz até 15 de dezembro com sessões de quarta a domingo às 21h. Dia 13 terá sessão dupla às 17h e 21h.

O musical, que é livremente inspirado na novela homônima, de Walcyr Carrasco, e tem direção de Rafaela Amado, direção musical de Cláudia Elizeu e músicas originais de Tony Lucchesi e Menelick de Carvalho.

A ideia nasceu da minha paixão pela novela, visto que novelas foram as minhas primeiras experiências artísticas quando eu era criança! Esta novela especificamente foi uma das últimas de direção do Walter Avancini um diretor incrível que trouxe coisas maravilhosas para a TV. No caso do “Cravo e a Rosa”, foi uma novela direcionada para o público das 18h que sutilmente discutia a transformação dos papéis do homem e mulher na instituição do casamento. Um trabalho único que juntava o entretenimento com a reflexão de forma divertida e emocionante. Portanto a ideia de fazer um musical veio da paixão que tenho por este trabalho tão significativo – explica Izabella.

Apesar de ser livremente inspirado na novela, tendo como base elemento da dramaturgia, algumas tramas foram atualizadas para algumas discussões, visto que a novela já tem quase 20 anos.

No musical, a discussão sobre os papéis dos homens e da mulher no casamento é o tema central, como pano de fundo as mudanças políticas importantes que aconteceram neste período da década de 20. Outra mudança diz respeito ao triângulo amoroso de Bianca, Heitor e Professor. Este também ganhou um final inesperado. Tudo inspirado pelas discussões contemporâneas sobre o papel de ambos na sociedade atual. As Sufragistas, mulheres que lutavam pelo direito de voto, também estão fortalecidas na nossa trama – completa ela.

Créditos: Rodrigo Lopes

Sinopse: Catarina é uma mulher à frente do seu tempo, feminista e idealista que luta pelo direito das mulheres, para poderem votar e conquistar respeito. Não quer casar e nem ocupar o papel destinado às mulheres da sua época. Conhece Petruchio, um fazendeiro que por sua vez, também não acredita no casamento e como Catarina, não se sente feliz em ocupar o papel destinado aos homens da sua época! Ao invés disso quer cuidar apenas da sua produção de queijos da fazenda e poder praticar seu hobby preferido que é artes culinárias! Estes dois acabam se encontrando e vivendo situações que fazem ambos repensarem sua vida. Com muita alegria e diversão a história se desenrola levando a um final divertido e surpreendente

“O Cravo e a Rosa, o Musical”

Gênero: Musical
Temporada: de 11 a 15 de dezembro
Dias: de quarta a domingo – curtíssima temporada
Horário: 21h – dia 13 sessões dupla às 17h e 21h
Duração: 2h
Classificação: 12 anos
Valor do ingresso: Inteira R$ 60 / Meia Entrada R$ 30
Teatro Petro Rio das Artes
Rua Marquês de São Vicente – Shopping da Gávea, 2º Piso – Loja 264
Lugares: 421